O Dia de Finados já passou. Em pouco tempo, os cemitérios foram enfeitados com muitas flores. Jardins floridos quase nos fazem esquecer que ali jazem pessoas das quais sentimos falta, pois já não estão entre nós.
Por que tantas flores? Por que flores, alegres sinais de vida, se encontram em meio a sepulturas, tristes sinais de morte?E há também as cruzes. Sobre quase cada sepultura destaca-se uma cruz. Para muitos, apenas mais um sinal de morte. Para nós cristãos, porém, um símbolo da morte de Jesus Cristo por nós na cruz. Lá, ele, inocente, foi pregado em nosso lugar, carregando sobre si a nossa culpa. Derramando seu santo sangue, o justo morreu pelos culpados diante de Deus. Deus aceitou este sacrifício, e nossos pecados foram
perdoados, Justificados pela cruz de Cristo, nos tornamos justos diante de Deus. Cristãos, todos fomos batizados sob a cruz de Cristo. Lavados de nossos pecados pela água do santo batismo, fomos entregues a Jesus Cristo. Somos dele! Nada pode nos separar de seu amor!
Por isso também as flores, evidentemente não as de plástico! Elas apontam para a ressurreição de Cristo e também para a esperança por nossa ressurreição. Por isso deveriam estar sempre frescas e vivas. Não deveríamos visitar os cemitérios apenas uma vez por ano, por ocasião de Finados, mas com bem mais frequência, para que as flores fossem sempre sinais de Ressurreição.
Assim, olhando para as cruzes e para as flores, podemos ser lembrados das palavras do Apóstolo Paulo e fortalecer a nossa fé e a nossa esperança através delas: “Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Romanos 14.7s).
P. Dr. Carlos Arthur Dreher
(Professor e Pastor aposentado da IECLB)