|

“Quem dera que eles sempre tivessem no coração esta disposição para temer-me e para obedecer a todos os meus mandamentos. Assim tudo iria bem com eles e com seus descendentes para sempre!” (Deuteronômio 5.29)

 “Um novo mandamento lhes dou: amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” (João 13.34-35)

No mundo de 2025, repleto de avanços tecnológicos e mudanças sociais, o desafio de viver o amor cristão permanece tão relevante quanto nos tempos bíblicos. Mas, o que significa amar verdadeiramente neste contexto?

Deuteronômio 5.29 nos lembra que o amor começa com um coração disposto a temer e obedecer ao Senhor. Esse temor não é medo, mas respeito e compromisso. Amar é mais do que sentimentos; é ação fundamentada em Deus. Obedecer os seus mandamentos nos leva a buscar o bem da pessoa próxima, promover justiça e construir comunidades alicerçadas na verdade.

Jesus, em João 13.34-35, eleva ainda mais o padrão. Ele nos chama a amar como Ele nos amou. O amor de Jesus é sacrificial, paciente e incondicional. É um amor que não mede esforços para acolher, perdoar e restaurar. Essa é a marca distintiva do discípulo de Cristo: um amor que reflete a luz divina no mundo.

Mas, como amar em 2025, num cenário onde há divisões políticas, conflitos culturais e uma aparente frieza nas relações? Penso em quatro ações que podemos começar a praticar ou continuar praticando durante este ano.

A primeira delas é exercitar uma escuta ativa e com empatia, pois em meio à correria e às distrações digitais, ouvir com atenção e compreender as dores e alegrias da pessoa próxima é um ato de amor. Pergunte-se: “Como posso estar presente para esta pessoa hoje?”

A segunda ação é exercitar o perdão. Em nosso mundo, os cancelamentos (de amizades, como no Facebook, Instagram) e julgamentos estão cada vez mais comuns e rápidos. Dessa forma, o perdão se torna um testemunho poderoso. Amar é dar espaço para a graça, assim como Deus nos deu.

A terceira ação é exercitar a generosidade em palavras e ações. Amar é mais que palavras, é agir, seja através de um gesto simples, como compartilhar algo que temos, ou iniciativas maiores, como lutar por justiça social. As nossas ações são uma enorme fonte de missão e tornam visível o amor de Cristo.

A quarta ação é exercitar o amor a todas as pessoas. Em um tempo em que barreiras podem ser erguidas facilmente, somos chamados e chamadas a agir de forma diferente e mostrar que é possível enxergar a pessoa próxima com respeito, amor e lembrar que somos a imagem e semelhança de Deus.  Como podemos amar a Deus que não vemos se não conseguimos amar as pessoas que vemos e convivemos? (1 João 4.20-21)

E por último, mas não menos importante, é exercitar o amor em 2025 como um ato de Fé. É um desafio que não deve ser visto como algo penoso, mas um privilégio. Quando seguimos o exemplo de Cristo e obedecemos à vontade de Deus, mostramos ao mundo um caminho de esperança. Assim, tudo irá bem conosco e com nossos descendentes, conforme Deuteronômio.

Que o Espírito de Deus nos ajude para que nossas palavras, atitudes e escolhas reflitam o amor de Deus por cada um e cada uma de nós. Amém.

Oração: Querido e amado Deus, dá-nos um coração que ouve os clamores deste mundo, para que possamos como Teus servos, servir a nossa pessoa próxima, conforme o Teu amor. Ensina-nos a amar como Jesus nos amou: com paciência, sacrifício e graça. Que nosso amor a pessoa próxima seja reflexo da Tua presença em nós, testemunhando ao mundo que somos Teus discípulos e Tuas discípulas. Sustenta-nos pelo Teu Espírito, para amar mesmo em tempos difíceis. Em nome de Jesus. Amém.

Pa. Ma. Jéssica Lais Kriese Duffeck
Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Unidos na Fé em Vale Real