Aspectos da música sacra evangélica no âmbito da IECLB
Leonhard Fr. Creutzberg
Música Sacra por via de regra não é música absoluta, e sim, música em função de liturgia. Não domina, e sim serve à adoração, à oração e à pregação de Cristo.(1)
Neste sentido foi feito música sacra no âmbito da IECLB já desde os tempos da imigração alemã. Pois os cristãos evangélicos, chegados ao Brasil, cantaram os corais que aprenderam na sua pátria de origem. Sobre a imigração no Rio Grande do Sul escreve P. Bertold Weber (2): ¨As primeiras Comunidades evangélicas que se formaram em solo pátrio, continuaram a usar, nos cultos em suas modestas capelas ou salas, bem como nas horas devocionais e de recolhimento espiritual na família, o hinário evangélico alemão, que trouxeram entre a modesta bagagem do além-mar para a nova pátria.¨ O mesmo afirma P. Meinrad Piske (3) a respeito dos imigrantes no Vale do Itajaí: ¨Os imigrantes do Vale do Itajaí tinham desde o início a Bíblia e o hinário, os dois livros básicos da vida da comunidade evangélica¨. E em Joinville não foi diferente. Pois P. Fritz Wüstner escreve (4) que os primeiros colonizadores que trouxeram aquilo que se chama de ¨pátria¨, viviam no terreno da fé. Estavam familiarizados com Bíblia e hinário, e destes dois livros tiraram conforto na dura luta pela sobrevivência.
Mas nem todos os evangélicos de descendência luterana sabiam cantar, assim como seria desejável. Nas comunidades, onde o pastor estava firme no canto, os membros acompanhavam o pastor nas melodias. Podemos afirmar que no início a Música Sacra dependia praticamente da formação musical que os pastores haviam recebidos na Europa.
E o que fazer, quando o pastor não tinha o dom da música? Uma solução encontramos nos avisos de púlpito que o P. Osvaldo Hesse fez em 1859 em Blumenau. Para o dia 19-06-1859 convocou uma assembleia geral ¨para deliberar sobre importantes assuntos da nossa igreja, particularmente sobre a contratação de um cantor-mestre (Vorsänger) para os cultos…¨ (5) Foi contratado então o sr. Zopf, o qual, além de orientação coral, teve que fazer cobranças de contribuições e cuidar da manutenção do cemitério (6), provavelmente porque só de música não podia viver.
No entanto, na grande maioria dos casos a Música Sacra dependia de voluntários interessados. E geralmente foi na ausência do pastor, ou nos lugares onde não residia um pastor, que as pessoas com dom musical se revelavam.
Por exemplo, na crônica da Comunidade Evangélica de Joinville (7) se lê: Pastor Georg Hoelzel deixou Joinville em 1858. A comunidade ficou vaga, sem pastor durante algum tempo. Mas leigos cuidaram para que a vida espiritual não morresse. ¨Para melhorar o canto nos cultos certo sr. Geissler ofereceu seus préstimos, para, gratuitamente, acompanhar os hinos com seu violino. Isto foi aprovado alegremente, já que a comunidade ainda não dispunha de outro instrumento.¨
Grande importância na manutenção da música sacra em nossa igreja também têm os professores das escolas evangélicas. Aulas de canto faziam parte do currículo escolar (8). Ali as crianças aprendiam os corais evangélicos e desenvolviam o dom musical. Em muitíssimos lugares, antes duma comunidade eclesial se formou uma comunidade ou sociedade escolar, para instrução dos filhos.
Foram, também, em grande parte os professores destas escolas particulares que incentivaram a formação de corais das igrejas e eram os dirigentes destes corais. (9)
Papel de destaque também tinham — e ainda têm — as esposas dos pastores na conservação e aprendizagem da música sacra. Como ilustração citemos alguns exemplos:
¨Do ensino do canto, como diz a senhora pastor, eu fiquei encarregada. Na época do Advento fazíamos exercícios assíduos dos coros e velhas canções alemãs. Assomando eu à porta e entoando ‘O du fröhliche’ ou ‘Ihr Kinderlein, kommet’ ou ‘Stille Nacht’, da direita e da esquerda surgiam as crianças da escola, em coro cantando, onde quer que estivessem, nas casas ou nas plantações. De casa em casa se estendia o canto ecoando alegremente- pela mataria afora…¨(10)
Dois outros exemplos da cidade de Pommerode, o primeiro da época de 1910/14 e o segundo de 1925/32, transmitidos pelo prof. Johann Ehlert (11): ¨Nos cultos o acompanhamento no harmônio era feito pela esposa do pastor.¨ — ¨Pastor Rudolf Friedendorff… juntamente com a sua esposa… ambos dotados de talento musical, apoiaram e contribuíram para o aperfeiçoamento dos coros de Testo Rega e Pommerode, ambos dirigidos pelo professor J. Ehlert…¨
Sem dúvida, além de professores e esposas de pastores, muitíssimos outros voluntários dedicados deram sua contribuição na Música Sacra Evangélica, mesmo que seus nomes nunca foram lembrados em nenhuma crônica.
Uma segunda fase na Música Sacra — após a do canto de hinos e corais nos cultos — iniciou-se quando as comunidades evangélicas locais já estavam bem formadas e consolidadas e os problemas financeiros mais ou menos resolvidos. Isto aconteceu geralmente só na 2ª. geração, ou seja, 30 ou mais anos após a fundação das comunidades. Nesta época se formaram grupos corais e coros de trombones, e as comunidades se empenharam em adquirir um harmônio.
P. Rudolf Becker escreve a este respeito (12): ¨Mesmo nas pequenas e modestas comunidades aqui no Brasil cultivou-se o canto coral pela congregação e também por coros. Se não havia órgãos, havia, pelo menos, um harmônio que acompanhava o canto¨.
Antes dos grupos corais já existiam sociedades de cantores que cultivaram a música em geral: folclore, música popular e erudita. Entre outros ensaiaram, às vezes, música sacra. P. ex. em Joinville já existia um ¨Gesangverein¨ no ano de 1857, o qual participou do culto do lançamento da pedra fundamental da igreja evangélica em Joinville (13). E quando no ano de 1864 aconteceu o culto de dedicação da igreja, a festa foi abrilhantada por um motete, apresentado pelo ¨Schweizer-Gesangverein¨.
Provavelmente, no início havia falta de regentes que se interessassem especificamente pela música sacra. E os próprios cantores estavam mais interessados nas sociedades de cantores, onde, além de cantar para se divertir, também podiam cultivar comunhão, já que na época não existia rádio, TV ou outros divertimentos e havia poucas oportunidades ou locais sadios para se encontrarem regularmente.
Mas no decorrer dos tempos em muitas comunidades também se formaram grupos corais que se dedicaram primeiramente a música sacra, sem deixar de lado músicas de folclore.
O coral da Comunidade Evgl. de Joinville foi iniciado em 18-08-1892 por iniciativa da sra. Paulina Parucker (14). Em dias festivos e ocasiões especiais ela sempre contribuía com sua parte. Iniciado como coral de moças desenvolveu-se a um coral respeitável, que bem se podia comparar com outras sociedades de cantores (15).
É admirável, com quanta dedicação e quanto amor certos regentes se empenharam pelos seus corais. Por exemplo, o sr. Joseph Hille, de Bruedertal (Guaramirim) nos anos de 1907/08 veio semanalmente os 30 km de distância para cultivar o canto coral em Joinville. — Novamente cabe aqui um voto de louvor aos professores evangélicos e às esposas de pastores que dedicaram seus dons e seu tempo às horas de ensaios com os corais das igrejas, na grande maioria dos casos sem nenhuma remuneração. A música sacra sobrevive por causa do amor destas pessoas abnegadas.
Em muitas crônicas de comunidades evangélicas encontra-se anotado como acontecimento especial a aquisição dum harmônio. Em Joinville já havia um velho harmônio quando a primeira igreja foi inaugurada em 1864 (16). Mas já em 1869, cinco anos depois, lê-se na crônica (17)… ¨und das der Kirche gehoerende Harmonium war auch immerfort reparaturbeduerftig¨ (e o harmônio da igreja também necessitava constantemente de consertos). Os instrumentos, geralmente importados, sofreram com o nosso clima. Só no ano de 1896 a comunidade evgl. de Joinville conseguiu comprar um harmônio novo, e deu o velho de presente à Comunidade Dona Francisca Km 21 (18).
Na comunidade evgl. em ¨25 de Julho¨, ES, no ano de 1905 foi adquirido um harmônio. No dia 25 de fevereiro de 1905 foi realizada uma festa missionária, na qual o novo harmônio foi tocado pela primeira vez (19).
Na comunidade de Cupim, PR, houve culto festivo para a inauguração do novo harmônio em 31 de outubro de 1906. (20)
A crônica de Brüdertal (Guaramirim) relata, como muitas comunidades, apesar de pobres, conseguiram fazer uma aquisição tão cara (21): ¨Já há tempo existia o desejo de possuir um harmônio. A este respeito se enviou correspondência aos irmãos na fé na pátria alemã. No dia 27 de dezembro de 1908 a comunidade teve a grande alegria de ver seu sonho realizado. O harmônio, ainda muito bem conservado, era antigamente propriedade de um ¨africano¨, o General von Trotha. O tesoureiro do ¨Gotteskasten¨ da Baviera, Sr. Pastor Hüfner, conseguiu adquirí-lo por DM 300… O transporte resolveu a esposa do Pastor Roesel, quando esta voltou duma viagem da Alemanha¨.
A Comunidade em Ponta Grossa, PR, resolveu o problema do harmônio de outra maneira. Em 28 de janeiro de 1917 comprou o harmônio do seu próprio pastor, o sr. P. Wilhelm Fugmann, pelo preço de Rs. 600$000. A crônica relata: ¨Também esta aquisição constituiu para a Comunidade um progresso e despertou alegria¨(22).
Em muitas comunidades ainda se encontram velhos harmônios, de fabricação estrangeira, que suportaram o nosso clima e em parte ainda funcionam hoje em dia. Mais tarde a compra de um harmônio se tornara bem mais fácil, quando começou a funcionar em Novo Hamburgo, RS, a fábrica de Harmônios Bohn. Mesmo sendo assim, as crônicas falam sempre de novo da grande alegria reinante nas comunidades, seja que o harmônio no início do século da Alemanha, seja que por volta de 1950 foi adquirido no Rio Grande do Sul. (23)
As comunidades maiores e financeiramente melhor situadas também se esforçavam a ter um órgão de tubos. Isto aconteceu geralmente 50 ou mais anos após a fundação das comunidades, ou seja: já na geração. Vários órgãos foram construídos no início do século XX. E não era fácil ter um órgão na igreja, pois tudo tinha que ser importado do exterior.
A história do órgão da Comunidade Evgl. de Petrópolis, RJ, é uma das muitas histórias empolgantes que se deram por ocasião da primeira guerra mundial (24): As caixas com o órgão foram embarcadas na Alemanha pouco antes do irrompimento da guerra. Mas os documentos de embarque não chegaram até a Comunidade em Petrópolis. As caixas ficaram no armazém no cais do porto de Rio de Janeiro. E acumularam-se grandes despesas de armazenamento. Requerimentos não foram correspondidos. Certo dia as autoridades portuárias marcaram o leilão público do órgão, e já houve igrejas católicas romanas interessadas em conseguir o instrumento. Mas finalmente a Comunidade de Petrópolis conseguiu abatimento das altas despesas acumuladas, e recebeu o seu órgão, pois ¨pôde provar a existência de um coral da Igreja e um coral de alunos da escola evangélica, que se serviriam deste instrumento¨. E finalmente em 7 de junho de 1916 o órgão foi inaugurado.
O grande problema sempre era a falta de organistas formados. Quem tocava harmônios e órgãos eram de novo voluntários e pessoas com um certo dom musical interessadas em colaborar nas igrejas. Mas nem todos tinham sempre o cuidado necessário com os instrumentos. Em parte também o clima subtropical era um inimigo dos órgãos, de sorte que se fizeram necessárias reformas de tempo em tempo.
Muitas vezes o próprio pastor era o organista de sua comunidade. P. ex. na crônica de Petrópolis lemos (25): Pastor Georg Ratsch (em Petrópolis de maio de 1914 até julho de 1917) ¨era um artista, que dedicava boa parte do seu tempo e de suas forças à prática da música. Exatamente a ele foi reservado o direito de inaugurar o órgão da Igreja, que tinha sido encomendado pelo seu antecessor na Alemanha…¨ Em Joinville foi o pastor Hans Müller o grande mestre tanto no piano como no órgão. Sozinho apresentou vários concertos de órgão. Em muitas ocasiões colaborou com seu talento musical (26).
Na grande maioria das comunidades o cargo de organista ou tocador de harmônio era um cargo de honra que não causou despesas à caixa das comunidades. Mas em Joinville, já em 1893 foi resolvido dar ao organista 10 Mil-réis mensais. Para isto teve que tocar nos cultos e semanalmente ensinar corais aos confirmandos (27).
Corais de trombones sempre eram e ainda são raros no âmbito da IECLB. Em Petrópolis, RJ, já tocou um coral de trombones dos irmãos Eckhard por ocasião da inauguração da torre da igreja em 20 de junho de 1903 (28). Só a crônica não deixou claro se era um coral da igreja ou particular.
Como aconteceu com outros instrumentos, assim também os trombones tiveram que ser importados do exterior, e por isso se tornaram muito caros. Isto dificultou a formação de mais corais. Só quando uma comunidade recebia auxílios da Obra Gustavo Adolfo ou outra entidade doadora, e se um pastor local se interessava em conseguir estas doações, então podia se formar um coral de trombones.
A mesma dificuldade verifica-se em relação a músicas e partituras tanto para corais como para órgãos, harmônios ou outros instrumentos.
O coral da igreja em Joinville recebeu material de notas, por intermédio do conselheiro eclesiástico Stirner, o qual o conseguiu do cantor-mor da cidade de Rothenburg o/T, Sr. Schmidt (29).
As comunidades em 25 de Julho e Santa Joana, ES, receberam de presente livros de corais da Alsácia (Elsass) através do pastor Ihme. (30) Na região do Sínodo Evangélico Lutherano em Santa Catarina foi muito usado livrinho ¨Kleine Missionsharfe¨ para pequenos corais em duas vozes, e ¨Grosse Missionsharfe¨ para corais maiores.
Cada comunidade ou seus pastores ou regentes tiveram que virar-se para conseguir o seu material musical. Mais tarde, quando se descobriu que outras igrejas evangélicas atuantes no Brasil já haviam editado livros com músicas em 4 vozes, muitas comunidades passaram a usar ¨Salmos e Hinos¨ ou ¨Cantor Cristão¨ para os corais das igrejas. Mas livros para acompanhamento de harmônio e órgão continuaram vindos da Alemanha. Dependendo de que região vinham os pastores da Alemanha e que hinário alemão as comunidades usavam nos cultos, também havia grande variedade de livros corais para órgãos e harmônios.
Mesmo depois de já se terem formados os Sínodos, custou ainda muito tempo até que se iniciou uma orientação mais luterana no terreno da Música Sacra. A grande maioria das comunidades teve que, tateando, encontrar sozinhas os seus caminhos.
O início para uma orientação musical mais clara foi dado pelo Sínodo Riograndense em 1934, quando foi criado um Departamento de Música Sacra (31). Este departamento ¨devia auxiliar as comunidades e coros no cultivo da boa música, treinando coros e dirigentes e fornecendo músicas apropriadas. Nos anos turbulentos da guerra o departamento suspendeu suas atividades, assumindo-as novamente após o término do conflito¨.
E não só o Departamento de Música Sacra do Sínodo Riograndense sofreu em consequência da guerra, e, sim, toda a cultura musical. Já a 1ª. guerra mundial trouxe muitas dificuldades. Foi suspenso o contato com a igreja-mãe na Alemanha, e consequentemente não veio mais material litúrgico e musical de lá. As comunidades eram obrigadas a cantar e fazer música com aquele material que possuíam.
As consequências da 2ª. guerra mundial eram piores. Pois a grande maioria das escolas evangélicas (particulares), onde ainda se aprendia a cantar e fazer música, foram fechadas. E as escolas estaduais não ensinavam música. Além disso a proibição do uso da língua alemã fechou a boca de muitos corais e silenciou o cântico nos cultos. Ainda hoje, 40 anos depois do término da guerra, nota-se que as pessoas que frequentaram a escola na década de 1940, não cantam nos cultos; e nos corais temos cantores mais idosos e mais jovens, mas faltam os que não aprenderam a cantar por volta de 1940.
A situação começou a mudar só depois de 1947 com a Declaração dos Direitos Humanos pela ONU, declaração essa também assinada pelo Brasil. (32)
No entanto, nestes anos difíceis reaprendemos a antiga verdade: quando Deus fecha uma porta, ele abre uma outra. Já após a 1ª. grande guerra houve pessoas de visão ampla. Sentiram que a nossa Igreja tem que ser uma igreja no Brasil e para o Brasil. Assim surgiram liturgias, manuais de culto e ofícios e os primeiros hinários luteranos em português. (33)
Após a 2ª. guerra mundial se destacam os grandes corais de estudantes dos estabelecimentos particulares de ensino do Rio Grande do Sul: o Instituto Pré-Teológico e Colégio Sinodal em São Leopoldo e a Fundação Evangélica em Hamburgo Velho, todos sob a regência do Prof. Max Maschler (o qual em 1955 retornou para a Alemanha), e a Escola Normal Evangélica de Ivoti, sob a orientação do Prof. Hans Guenther Naumann.
1950, por ocasião do bi-centenário do falecimento de Joh. Seb. Bach, foram promovidos vários concertos sacros. (34) As feridas causadas pela guerra sararam lentamente. Pablo Komlós, em Porto Alegre, começou a ensaiar a ¨Paixão segundo São Mateus¨ de Bach, a qual apresentou em 1952 (35). Prof. Walter Gaus o seguiu em 1961 em São Paulo. A música sacra voltou a conquistar o seu lugar.
Em muitas comunidades voltaram a funcionar ginásios evangélicos. Henriqueta Rosa Fernandes Braga, no seu livro ¨Música Sacra Evangélica no Brasil¨, encerra o capítulo sobre a ¨Federação Sinodal¨, dizendo: ¨Em todos esses estabelecimentos a música tem lugar marcado como disciplina a ser aprendida e como arte a ser cultivada… ¨(36).
Reatados os laços com a Igreja Evangélica da Alemanha, e dados os primeiros passos da ¨Federação Sinodal¨ a música sacra em nossa igreja recebeu novos impulsos com a visita de Fritz Joede em 1955 e o chantre Friedrich Meyer em 1960, os quais dirigiram encontros de regentes de corais em várias comunidades dos então 4 Sínodos. (37)
Com a união dos Sínodos viu-se também a necessidade de ter um hinário unificado para toda a IECLB. Após as iniciativas particulares dos P. Wilhelm Fugmann (1932), P. Joseph Hohl (1932), P. Hans Mueller (1939) e P. Hans Wiemer (1945) foi editado a partir de 1955 (38) o hinário ¨Hinos Evangélicos¨ edição provisória.
Em junho de 1960 o Órgão Oficial da Federação Sinodal comunica que a comissão do Hinário, que já estava trabalhando há algum tempo, prevê concluir a obra e encaminhá-la para a impressão até fins de 1960 (39). No mesmo boletim o Sínodo Riograndense torna público que está editando, de 4 em 4 meses, partituras para corais ¨CANTATE DOMINO¨, com 4 hinos ou corais em português e alemão. (40) Até que o novo ¨Hinário da IECLB¨ estava realmente pronto para ser usado pelas comunidades, passaram-se mais alguns anos. Mas em 1965 finalmente pôde ser usado.
Enquanto as comunidades esperavam pela edição do novo hinário um grupo de estudantes de teologia formou um coral, ensaiou alguns dos hinos luteranos e, em julho de 1963, gravou o 1º. disco com hinos de nossa igreja, cantados em português (41). O disco tem o título ¨Nós cremos todos num só Deus¨ e contém uma seleção de 12 corais, na maioria dos séculos XVI e XVII. Foi um grande passo na música sacra da IECLB. Participaram deste coral: Gustavo Krüger, Paulo Schneider, Dietrich Krause, Egberto Schwanz, Nelson Kirst, Frank Graf, Ingo Schreiner, Carlos F. R. Dreher e Helmuth Burger.
Outro passo importante foi dado no ano de 1964, quando foi organizado o Departamento de Música Sacra na IECLB (42) e, com subvenção do Dep. do Exterior da Igreja Evangélica da Alemanha, a professora Barbara Friedburg iniciou em 1965 o seu trabalho como chantre de IECLB (43). Inicialmente ela deu uma preleção sobre Música Sacra na Faculdade de Teologia e dirigiu cursos de preparação de regentes para corais. Mais tarde participou da nova Comissão do Hinário (44), em maio de 1968 editou o cancioneiro ¨Louvai Cantando¨ para jovens, e em 1971 a ¨Introdução à Prática do Harmônio¨ com 55 arranjos fáceis a duas ou três vozes, para principiantes no acompanhamento do canto da comunidade. Ela continuou a editar as folhas ¨CANTATE, DOMINO¨, e no mais ficou totalmente absorvida pela educação musical nas escolas em São Leopoldo e vizinhança, de sorte que não pôde atender melhor os corais.
O trabalho da chantre Barbara foi acompanhado por uma ¨Comissão Coordenadora de Música Sacra¨ criada em 1965. Sobre esta comissão o Órgão Oficial da IECLB de Nov. 1965 comunica o seguinte: ¨Comissão Coordenadora de Música Sacra: É constituída esta comissão com os srs. diretor; H. G. Naumann, como presidente; pastores L. Weingaertner, G. Strebel, Joh. Roth e sra. Isolde Frank e, ainda, como pessoas de contato para os respectivos sínodos, os pastores A. Creutzberg e G. Bertlein. — São atribuições da Comissão: elaborar diretrizes para o trabalho da chantre Barbara Friedburg, receber o relatório anual da mesma, incumbência com tarefas especiais, assistência sob todos os aspectos à srta. Friedburg na realização de seu trabalho¨. (45)
No ano de 1967 o Conselho Diretor, por resolução do Concílio Eclesiástico da IECLB realizado em outubro de 1966, criou uma nova ¨Comissão do Hinário e de Música Sacra¨ para o estudo de todas as questões relacionadas com a música na IECLB. Membros desta nova comissão eram: Diretor; H. G. Naumann, srta. Barbara Friedburg, Diretor; P. L. Weingaertner, Dr. Harm Alpers, P. Martin Reusch. P. Gebhard Strebel, P. Walter Doerr e P. Helmut Burger (46).
Como fruto do trabalho desta comissão foi editado em 1971 um apêndice ao Hinário da IECLB, contendo 27 hinos traduzidos pelo P. L. Weingaertner e 4 hinos traduzidos pelo prof. S. Dietschi, os quais tinham sido preparados para a V. Assembléia da Federação Luterana Mundial, a qual não se realizou em Porto Alegre em 1970, como estava previsto.
Apesar da edição do material (como hinário, cancioneiro para Juventude Evangélica, Cantate Domino para corais e o manual para aprendizes de harmônio) que serviria para toda a IECLB, membros das Regiões Eclesiásticas I e II ficaram insatisfeitos com a atuação do Departamento de Música Sacra da IECLB. Isto porque a chantre Barbara estava presa nas escolas em São Leopoldo e Ivoti. Assim ela só conseguiu participar de alguns encontros de corais no Rio Grande do Sul, e para outras comunidades fora do Rio Grande não lhe sobrou mais fôlego, como ela mesma confessa no relatório de 1967 do Departamento de Música Sacra (47).
Para melhorar esta situação se pôs a disposição o P. Frank Graf, então pastor em Trombudo Central, SC. O 2º. Concílio da Região Eclesiástica II, realizado em Londrina, PR, em agosto de 1971, aprovou, entre outras, a seguinte moção: ¨k) Solicitar ao Conselho Diretor da IECLB, que se empenhe no sentido de possibilitar ao P. Frank Graf o estudo complementar em música, para poder assumir em nossa Igreja a direção do Departamento de Música Sacra¨ (48).
O dep. de Música Sacra da IECLB, alertado com isso do problema existente, tentou amenizar a situação, e designou, ainda em 1971 os pastores Paulo Schneider, Hans Hermann Ziel e Walter Doerr membros de contato deste departamento com as Regiões III, II e I respectivamente. (49)
A moção do Concílio da RE II foi aceita pelo Conselho Diretor da IECLB e P. Frank Graf foi licenciado para dedicar-se ao estudo da Música Sacra e viajou para a Alemanha em agosto de 1972. Estudou música sacra em Berlim e fez o exame de música de nível ¨C¨ na cidade de Luebeck, retornando ao Brasil no início de 1974. (50)
Barbara Friedburg ficou trabalhando na IECLB até o ano de 1971. Foram seis anos de dedicação à Música Sacra na nossa Igreja que não podemos subestimar.
Em abril, de 1974 o Boletim Informativo do CD comunica (51) que o P. Frank Graf passou a residir em Blumenau e que assumiu o cargo de chantre da IECLB e ao mesmo tempo o de Diretor do Departamento de Música Sacra. ¨Os seus principais encargos são o treinamento de dirigentes de coros e canto e de organistas, cursos de canto e de música, edição e divulgação de material para canto e música nas Comunidades. Dará,, além disso, assistência e orientação em música sacra aos futuros pastores, catequistas e outros obreiros da nossa Igreja¨.
Sob a orientação do P. Frank Graf continuaram anualmente as Semanas de Música em Ivoti e Panambi, RS, e esporadicamente em São Bento do Sul e Blumenau, SC, e em Araras, RJ, e Serra Pelada, ES.
Em 1976 organizou a ¨União de Corais Evangélicos¨ (UCE), uma entidade cultural, sem fins lucrativos, orientada pelo Dep. de Música Sacra da IECLB. A UCE contou em 1983 com 130 corais inscritos agregrando 2.774 cantores, que recebiam regularmente as folhas CANTATE DOMINO com arranjos de hinos e corais. P. Graf participou dos encontros de corais desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, incentivando e animando os cantores para o louvor a Deus.
Além disso realizou cursos de música para auxiliares de culto infantil, com o intuito de fomentar o trabalho musical entre as crianças, já que as escolas estaduais pouco fazem no campo da música. Também estes cursos se realizaram nos diversos Estados, desde o norte até o sul do nosso país.
Em Blumenau organizou o Curso de Música Sacra, um curso que formou músicos para servirem nas Comunidades, ampliando conhecimentos musicais básicos para os regentes, organistas e auxiliares. Era um curso de 2 a 3 anos de duração, havendo aulas num fim-de-semana por mês, com as seguintes matérias: regência coral, flauta, violão, harmônio, órgão, teoria musical, história da música, liturgia e hinologia. Até 1983 formaram-se 18 músicos para comunidades, os quais estão atuando principalmente na RE II.
O Dep. de Música Sacra, sob a direção do P. Frank Graf, além do material para corais, editou também material musical para o trabalho na Juventude Evangélica, O cancioneiro para a OASE, e para o Departamento de Catequese. (52)
Em 1976 foi instituída uma nova Comissão de Hinário, nomeada pelo Conselho Diretor da IECLB, da qual fizeram parte: Irmã Ruthild Brakemeier, P. Frank Graf, Prof. Hans Günther Naumann, P. Dr. Lindolfo Weingaertner e, temporariamente, P. Heinz Ehlert e dona Anna Lange. Esta colecionou novos hinos e revisou o hinário anterior. Deste trabalho nasceu o novo e atual hinário da IECLB, com o título ¨Hinos do Povo de Deus¨, editado a partir de 1981. (53) E baseado neste hinário, foi editado logo depois um Livro com arranjos, na maioria a 4 vozes, para acompanhamento de órgão ou harmônio. (54)
O ano de 1983 foi marcado pelas festividades dos 500 anos de Lutero com a gravação dum disco com corais luteranos, um grande encontro regional de corais em Blumenau e as apresentações do Windsbacher Knabenchor, o qual visitou 13 cidades, desde Porto Alegre até Recife.
A atuação do diretor do Dep. de Música Sacra por um lado concentrada a Blumenau, SC, e por outro lado espalhada pelas cinco Regiões Eclesiásticas, visando maior participação das comunidades na música sacra, não permitiu dar maior atenção na formação musical dos futuros pastores. O Dep. de Música Sacra realizou cursos de música na Faculdade de Teologia. Mas estes foram visitados só por voluntários, já que a matéria ¨música¨ não foi exigida nos exames finais dos candidatos ao pastorado. Algo lamentável.
Além do trabalho do Dep. de Música Sacra, nestes últimos anos muito também foi realizado por iniciativas particulares de pastores e membros dedicados nas comunidades. Em várias comunidades formaram-se corais infantis, dos quais alguns já gravaram discos. Em outras há grupos de flautistas, coro de trombones, conjuntos de violões ou de metais. A Juventude Evangélica realiza há alguns anos os FEMUCA (Festival de Música e Canto) onde apresentam músicas novas e antigas.
Há, pelo Brasil afora, inúmeros cantores, instrumentalistas, organistas, regentes, músicos, e até fabricantes de instrumentos que se dedicam à música sacra na nossa igreja. Mas infelizmente (ou, quem sabe: felizmente) a grande maioria pratica a música como um hobby, ao lado de outras atividades e profissões.
Em 1984 o P. Frank Graf entregou o cargo de diretor do Dep. de Música Sacra e no ano seguinte voltou a ser pastor de uma paróquia. O Dep. de Música Sacra ficou acéfalo. (55)
Já o XIII Concílio Geral da IECLB (outubro de 1982) havia incumbido o Conselho Diretor a avaliar o Dep. de Música Sacra. Os Pastores Regionais e o CD, em sua reunião de dezembro de 1983 ocuparam-se com o assunto e resolveram: ¨a) manter o Departamento de Música sacra; b) incumbir a RE II de escolher cinco pessoas mais o Presidente do Dep. de Música Sacra para formarem uma comissão que estude a filosofia, objetivos e tarefas do Dep. de Música Sacra; c) solicitar ao P. Frank Graf de continuar na direção do Dep. de Música Sacra, como o vem fazendo até o momento.¨(56)*
O P. Frank Graf havia notado que, (apesar de todo o esforço de atender a igreja toda como vinha fazendo), o trabalho de uma só pessoa de tempo integral no Dep. de Música Sacra era insuficiente. Muito tinha que ser feito. Mas era impossível atender a todos.
Um reflexo disso se nota nas duas moções, referentes à Música Sacra, aprovadas no VIII Concílio Regional da RE II (agosto 1983): ¨Moção No. 2 — Tendo em vista que os corais da RE II encontram dificuldade de material; os corais não têm recebido assistência adequada; regentes de corais necessitam de mais oportunidades de formação; a área de atuação do Departamento de Música Sacra é muito abrangente, vimos através desta moção propor que se crie um Conselho Regional de Música Sacra.¨ ¨Moção No. 3 — Tendo em vista que o Dep. de Música Sacra não está atendendo a contento as necessidades das Comunidades e Corais da IECLB, vimos propor através desta moção que o Conselho Diretor da IECLB reformule o referido Dep., visando um trabalho mais descentralizado e melhor organizado no âmbito da IECLB¨. (57)
O Conselho Regional da RE II, atendendo à primeira destas moções, nomeou em sua reunião de novembro de 1983 uma Comissão Regional de Música Sacra, que devia coordenar o trabalho musical a nível da RE II. Foram nomeados os pastores Frank Graf, Hans Hermann Ziel, Leonhard Creutzberg, Helmuth Koller, Ari Bencke, Friedrich Genthner, as senhoras Beate Weingaertner, Leones Rudnick, e o sr. Gerd Weiland. (58)
Esta comissão, após reflexões iniciais sobre teologia e música, elaborou 10 TESES para definir o futuro trabalho de Música Sacra na IECLB. Estas teses foram aprovadas pelo Conselho Diretor, publicadas no Boletim Informativo do CD N? 87 e recomendadas às Regiões Eclesiásticas a serem postas em prática, a título de experiência, e o resultado deveria ter sido apreciado em março de 1985. (59)
No entanto, um ano era muito pouco tempo para implantar as comissões regionais e ainda fazer experiências. Na RE II notamos que há poucas verbas para o muito que deveria ser feito. Provavelmente vamos continuar como era antigamente: a Música Sacra depende de voluntários que dedicam seus dons à causa de Deus.
OBSERVAÇÕES E BIBLIOGRAFIA
1 Karl Seibel, artigo ¨Música na Ecumene¨ pág. 93 em ¨Seleções Evangélicas Ano 1964¨, Editora Metrópole, Porto Alegre.
2 Bertold Weber, artigo ¨Cantai ao Senhor¨ pág. 136 em ¨Seleções Evangélicas 1966¨, Editora Sinodal, São Leopoldo.
3 Meinrad Piske ¨Centenário da Igreja Blumenau-Centro¨, pág. 34 no Anuário Evangélico 1978¨, Editora Sinodal, São Leopoldo.
4 Fritz Wüstner ¨Kirchengemeinde Joinville, Evangelisches Bekenn en in Schwachheit und Kraft¨ pág. 10, Joinville, 1951.
5 Rolf Dübbers ¨Kanzelnachrichten aus vergangenen Tagen¨ pág. 63 em ¨Unsre Vãter — Nossos Pais¨, Rio do Sul, 1961 — tradução de Claus Gesner.
6 idem, ibidem.
7 Fritz Bühler ¨Chronik der evangelischen Kirchengemeinde zu Joinville in Dona Francisca¨ em ¨Evangelisch-Lutherisches Gemeindeblatt¨ do Sínodo Evangélico Lutherano de Santa Catarina, Paraná e outros Estados, Ano I, No. 5, pág. 20.
8 p.ex. ¨Evangelisch Lutherisches Gemeindeblatt¨ do Sínodo Evang. Luth. de Santa Catarina, Paraná e outros Estados, Ano II, No. 7, pág. 53.
9 ibidem, Ano 1, No. 12, pág. 76.
10 Wilhelm Lange ¨Natal sob o signo da Palavra de Deus¨ pág. 111 em ¨Unsre Väter — Nossos Pais¨, Rio do Sul, 1961 — tradução de Walter Lange.
11 Johann Ehlert ¨Memórias de um veterano Testcense¨ pág. 81 em ¨Unsre Väter Nossos Pais¨, Rio do Sul, 1961 — tradução por Lauro Harbs.
12 Rudolf Becker ¨O Sínodo Riograndense¨ pág. 60 em ¨75 Anos de existência do Sínodo Riograndense 1886 — 1961¨, Editora Sinodal, São Leopoldo, s.d.
13 Fritz Bühler, Op. cit. Ano I, No. 4, pág. 15.
14 Fritz Wüstner, Op. cit. pág. 48.
15 idem, ibidem, pág. 53.
16 Fritz Bühler, Op. cit. Ano I, No. 6, pág. 29
17 idem, ibidem, Ano I, No. 7, pág. 37.
18 Fritz Wüstner, Op. cit. pág. 35.
19 Moritz Hess ¨Kirchliche Nachrichten aus unserer Synode¨ pág. 76 em ¨Evangelisch Lutherisches Gemeindeblatt¨ do Sínodo Evgl. Lutherano de Santa Catarina, Paraná e outros Estados, Ano I, No. 12, pág. 76.
20 Johannes Knoerr ¨Kirchliche Nachrichten aus unserer Synode¨ em ¨Evangelisch Lutherisches Gemeindeblatt¨ do Sínodo Evgl. Lutherano de Santa Catarina, Paraná e outros Estados, Ano II, No. 6, pág. 46.
21 Hans Riegel ¨Brüdertal von 1886 — 1955¨ pág. 59 em ¨Lutherische Kirche in Brasilien 1905 — 1955¨, Joinville, 1955.
22 Lorenz Hahn ¨Comunidade Evangélica Luterana de Ponta Grossa¨ pág. 140 em ¨Lutherische Kirche in Brasilien 1905 — 1955¨, Joinville, 1955.
23 Crônicas de Jaraguá I e II e Massaranduba, pág. 82, 83, 84, 89 e 90 em ¨Lutherische Kirche in Brasilien 1905 — 1955¨, Joinville, 1955.
24 Hans Wiemer ¨Esboço histórico da Comunidade Evgl. de Petrópolis¨ pág. 100-102 em ¨Fragmentos Históricos compilados por ocasião dos Congressos em Petrópolis¨ A.D.1954, Rio de Janeiro.
25 idem, ibidem.
26 Fritz Wüstner, Op. cit. pág. 75
27 Fritz Bühler, Op. cit. Ano II, N? 4, pág. 27
28 Hans Wiemer, Op. cit. pág. 96
29 Fritz Wüstner, Op. cit. pág. 48
30 Moritz Hess, Op. cit. Ano I, N? 12, pág. 77
31 Rudolf Becker ¨O Sínodo Riograndense¨, op. cit. pág. 60
32 Erich Fausel ¨Präses D. Dohms, Festgabe zum 75. Synodaljubiläum¨, pág. 47-53, Editora Sinodal, São Leopoldo, 1961.
33 ¨Cantate¨, Ponta Grossa, PR, 1931, compilado pelo P. Wilhelm Fugmann; ¨Hymnos para o Culto Evangélico Allemão¨, Petrópolis, RJ, 1932, editado pelo P. Joseph Hohl; ¨Hymnos da Igreja Lutherana¨, Joinville, 1932, tradução por P. Hans Müller.
34 Henriqueta Rosa Fernandes Braga ¨Música Sacra Evangélica no Brasil¨ pág. 93, Livraria Kosmos Editora, Porto Alegre, 1961.
35 cf. programa no arquivo do autor.
36 Henriqueta Rosa Fernandes Braga, Op. cit. pág. 100
37 Órgão Oficial da Federação Sinodal (Igreja Evangélica de Confissão Lut. no Brasil) ¨Kirchliches Amts – und Mitteilungsblatt¨ No. 4, Junho de 1960, pág. 2.
38 Conforme anotação no fichário editorial da Editora Sinodal, São Leopoldo.
39 Órgão Oficial da Federação Sinodal ¨Kirchliches Amts- und Mitteilungsblatt,¨ N° 4, Junho de 1960, pág. 3.
40 ibidem, pág. 12.
41 Gravado pela Chatecler internacional, em São Paulo, CMG-4004
42 Joachim Fischer, artigo ¨A Presença Luterana¨ pág. 16 em ¨Presença Luterana 1970¨, Editora Sinodal, São Leopoldo, 1970
43 Órgão Oficial da IECLB ¨Kirchliches Amts – und Mitteilungsblatt¨ No. 10, de Abril 1965, pág. 6.
44 idem, No. 14, de janeiro de 1968, pág. 5.
45 idem, No. 11, de novembro de 1965, pág. 2.
46 idem, No. 14, de janeiro cre 1968, pág. 5.
47 idem, ibidem, pág. 18 e 19.
48 Boletim Informativo da RE II de 1-9-1971, item 5-k
49 Boletim Informativo do Conselho Diretor da IECLB, No. 12, de 6-11-1971, pág. 4.
50 idem, No. 17 de 25-1-1973, pág. 3, item 23 e No. 25 de 24-4-1974, pág. 4, item C.6.
5 1 idem, No. 25 de 24-4-1974, pág. 4, item C.6
52 Os dados sobre a atuação do P. Frank Graf foram extraídos (a) do Relatório do Pastor Presidente, Biênio 1981/82, no XIII Concílio Geral da IECLB, 20 a 24-10-1982, Hamburgo Velho, pág. 54, item 15.2; (b)Relatório do P. Frank Graf sobre o Dep. de Música Sacra, Blumenau, março 1983.
53 ¨Hinos do Povo de Deus¨, Editora Sinodal, São Leopoldo, 1981
54 ¨Hinos do Povo de Deus, Arranjos para organistas¨ Ed. Sinodal, São Leopoldo, 1981.
55 Boletim Informativo do Conselho Diretor da IECLB, No. 91, de 17-4-1985, pág. 3, item A.3; Obs.: Até o ano de 1984 o Prof. H. G. Naumann ainda figura como ¨Presidente da Comissão Coordenadora do Dep. de Música Sacra¨ conforme Prontuário da IECLB anexo ao ¨Anuário Evangélico 1985¨ pág. 187, item 4.
56 Boletim Informativo do Conselho Diretor da IECLB, N? 84 de 27-12-1983, pág. 3 e 4, item C.5.
57 Boletim Informativo da RE II, N? 24, de 15-9-1983, pág. VI.
58 idem, No. 25, de 15-12-1983, item K.
59 Boletim Informativo do Conselho Diretor da IECLB, N? 87, de 31-7-1984, pág. 6 e 7, item C.10.
Obs.: Aos interessados no assunto recomendo especialmente o trabalho minucioso de Henriqueta Rosa Fernandes Braga ¨Música Sacra Evangélica no Brasil (Contribuição à sua História)¨ da Livraria Kosmos Editora, Erich Eichner & Cia. Ltda. Rio de Janeiro – São Paulo – Porto Alegre, 1961, o qual, além do capítulo sobre a ¨Federação Sinodal (Igreja Evangélica de Confissão Luterana)¨ pág. 77-100, contém 24 páginas de Bibliografia, e um proveitoso Índice Alfabético (remissivo) de 24 páginas.
Joinville, em janeiro de 1986.
Fonte: Simpósio de História da Igreja. Realizado a 23-24 de maio de 1986, em São Leopoldo, por ocasião do centenário de fundação do antigo Sínodo Riograndense. Co-edição Rotermund A. A. – Editora Sinodal, São Leopoldo/RS, 1986