Proclamar Libertação – Volume 34
Prédica: Atos 16.16-34
Leituras: João 17.1a, 20-26 e Apocalipse 22.12-14, 16-17, 20-21
Autor: Ervino Schmidt
Data Litúrgica: 7º Domingo da Páscoa
Data da Pregação: 16/05/2010
1. Introdução
Estamos diante de uma narrativa fascinante, dinâmica e cheia de ação. Sobre esse texto encontramos várias interpretações em Proclamar Libertação. Todas destacam o caráter narrativo do texto.
Quanto à delimitação da perícope, podemos encontrar duas indicações nos lecionários da igreja: uma mais breve, Atos 16.23-34, e outra mais extensa, Atos 16.16-34. Particularmente prefiro a mais extensa. Ela leva em conta o contexto maior, ou seja, ela integra o motivo que levou à prisão de Paulo e Silas.
Sob o ponto de vista histórico, fez-se a observação crítica de que todo trecho (v. 24-34) originalmente teria sido uma narrativa independente, pois o v. 35, sem prejuízo de conteúdo, daria boa conexão imediata com o v. 23. Seria um episódio isolado, uma típica lenda, construída nos moldes de histórias gregas de libertação. A tradição teológica liberal do século 19 tinha muito interesse nesse tipo de análise. O trecho todo era visto como um conglomerado de inverdades, que precisava ser eliminado.
A libertação por meio de um terremoto, a tentativa de suicídio do carcereiro e sua tão repentina conversão despertam até hoje a suspeita do historiador. Mas mesmo que os detalhes da narrativa nos pareçam estranhos, ela se refere a algo acontecido no tempo de fundação da comunidade em Filipos. A conversão do carcereiro devia ter sido comentário corrente e estar baseada em algo realmente ocorrido. O próprio apóstolo Paulo menciona o episódio da prisão em 1 Tessalonicenses 2.2. Fala do sofrimento e dos insultos de que ele e Silas foram vítimas.
Questões históricas à parte, a pergunta, assim me parece, deve ser antes de tudo: que experiência de fé o evangelista Lucas quis transmitir a seus leitores? É necessário precavermo-nos de dois extremos: declarar tudo lenda, por um lado, ou espiritualizar toda a narrativa, por outro lado.
Que testemunho o evangelista quer passar para as comunidades? Eis a questão! Qual é a mensagem?
O texto é extremamente rico. São muitos os temas que poderiam ser destacados. No meu entender – os estudos e as meditações que li vão basicamente na mesma direção –, são parte da mensagem os seguintes aspectos:
– Tortura e prisão não são capazes de impedir o livre curso do evangelho. Em várias ocasiões, o apóstolo Paulo, lembrando suas viagens missionárias, confirma isso. Ao companheiro Timóteo, por exemplo, escreve: “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, descendente de Davi, conforme o evangelho que eu anuncio e pelo qual sofro, a ponto de estar acorrentado como um mal-feitor. Mas a palavra de Deus não está acorrentada” (2Tm 2.8-9).
– Também em perseguição e sofrimento o apóstolo louva a Deus. Ele se sabe livre para o testemunho público, mesmo em circunstâncias adversas. Não teme e não se envergonha. Ele escreve: “Cristo será exaltado em meu corpo, seja por minha vida, seja por minha morte” (Fl 1.20b).
– A libertação leva a gesto solidário. O apóstolo não está apenas livre. Ele está livre para servir. Através de seu testemunho o carcereiro chega a crer.
– A fé em Cristo cria nova comunhão. Essa é, então, o espaço da vivência do amor reparador. A fé tem consequência prática. Faz “lavar as chagas”. Ter em mente esses aspectos da mensagem pode ajudar-nos a aprofundar alguns detalhes do nosso trecho bíblico.
2. Comentando o texto
2.1 – A prisão de Paulo e Silas (v. 16-24)
O apóstolo e seu companheiro de viagem encontravam-se em Filipos, cidade principal do distrito da Macedônia e colônia romana. Ali fundaram uma igreja. Os inícios da mesma remontam à conversão de uma mulher, comerciante de púrpura, chamada Lídia. Mais tarde, Paulo enviaria uma carinhosa carta a essa jovem igreja: a Epístola aos Filipenses. Mas surgiram contratempos. Deram com uma criada “que tinha um espírito de adivinhação”. Diz o texto que “seus oráculos obtinham avultados lucros”. Predizer o futuro na época, como também hoje, era ocupação rendosa. Paulo, em nome de Cristo, expeliu esse espírito de adivinhação. Os patrões então arrastaram Paulo e Silas “até a praça pública perante os magistrados”. É interessante observar que o verdadeiro motivo da acusação contra os dois missionários não foi mencionado, qual seja, a perda dos “avultados lucros” que sofrem os patrões. Em vez disso, os acusadores apontam que esses homens estariam lançando a perturbação na cidade e mais: eram judeus e estariam “pregando normas de comportamento” que os romanos não poderiam seguir nem admitir (v . 20 e 21). Impressiona a astúcia com que se age para encobrir a questão econômica. Apela-se ao antissemitismo da multidão e ao orgulho de ser romano. Realmente uma construção engenhosa.
Essa manobra surtiu efeito. A multidão se amotinou. Os estrategos (conforme a versão de Almeida, “pretores”) mandaram arrancar a roupa dos dois e açoitá-los. E, por fim, são lançados no cárcere.
Ainda um detalhe digno de nota: o carcereiro recebe ordem expressa de vigiá-los de perto. Com isso o autor já aponta para a grandiosidade dos acontecimentos que serão narrados em seguida.
2.2 – Oração e canto à meia-noite (v. 25)
Repetidas vezes é mencionado no próprio livro de Atos que, em contexto de perseguição, a oração e o louvor têm um lugar importante. Lembremos Pedro e João diante do Sinédrio (At 4) e o apedrejamento de Estevão. Enquanto o apedrejavam, ele pronunciou como invocação: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.58ss). Outra situação: Enquanto Pedro está na prisão, “a oração ardente da igreja subia sem cessar para Deus em sua intenção” (At 12.5).
Paulo e Silas em oração “cantavam os louvores de Deus e os outros presos escutavam”. Eles haviam apanhado muito. Foram brutalmente açoitados. Foram “moídos a pancadas” (v. 22s). Por fim, algemados, foram lançados no fundo de um cárcere. Tudo o que passaram seria motivo para grande revolta e amargura. Ainda mais sabendo que foram presos por ter feito o bem. Mas Paulo e Silas oraram e cantaram louvores a Deus. Assim fazendo, expressaram a inabalável confiança que tinham em Deus e a disposição de servi-lo mesmo diante do sofrimento.
E Deus mostrou seu poder e seu amor naquela noite especial.
2.3 – A libertação (v. 26-28)
Com certeza, o apóstolo Paulo e Silas esperavam sua libertação através de um ato de soltura por parte daqueles que detinham o poder temporal nas mãos. O agir divino acontece por meio das pessoas. Sabiam que homens podem ter poder, mas Deus é poder! Em nenhum momento, porém, é dito que os dois oraram por um milagre do tipo de um terremoto que viesse literalmente abalar a estrutura da prisão. Mas o texto narra de maneira dramática um tremor de terra tão violento, que destrói os alicerces do cárcere. Em consequência, “todas as portas se abriram no mesmo instante e os grilhões de todos os prisioneiros se arrebentaram”. Mesmo que uma relação causal entre oração e terremoto não pode ser afirmada, o evangelista Lucas não deixa dúvidas de que isso tudo é resposta de Deus, que manifesta seu poder e liberta das cadeias que nos prendem. Mas permanece: A narrativa aponta para muito além do abalo sísmico!
Ela destaca a manifestação da presença de Deus junto a seus servidores e o testemunho divino em favor deles e através deles.
2.4 – A conversão do carcereiro (v. 29-31)
O carcereiro havia sido instruído para vigiar de perto os presos. Ele sabia do seu compromisso. A lei romana era severa. De acordo com ela, se um guarda perdia um prisioneiro, sofreria a mesma pena dos que ele vigiava. Não é dito no texto, mas é provável que entre aqueles presos existiam condenados à morte. O carcereiro entrou em pânico. Era preferível tirar a própria vida a ter que passar pela execução. Queria suicidar-se. Paulo impede tal ação. Gritou bem alto: “Não faça isso! Todos nós estamos aqui!” Foi a grande surpresa! Os prisioneiros não tinham fugido. O carcereiro percebeu que aqui se manifestava um poder diferente daquele com o qual ele costumava lidar. É esse poder que fez esses dois homens agirem de uma maneira tão diversa do esperado. É esse poder que lhes deu a ousadia de desistir da liberdade, para em liberdade servir. “Paulo estava disposto a abrir a porta da salvação ao carcereiro que lhe havia trancado a porta da prisão” e “pregou ao homem que lhe prendeu os pés nos cepos” (Barclay, citado cf. van Kaick, p. 236). O mais tardar é aqui que se percebe não ser o violento terremoto o centro da narrativa, mas o milagre do vir a crer, ou seja, a conversão do carcereiro.
A fé vem pelo testemunho. O próprio apóstolo Paulo diz: “Portanto a fé vem pelo ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo” (Rm 10.17). Assim também aqui não é a conversão que produz a salvação; pelo contrário, a experiência de salvação do carcereiro leva-o à conversão. Ele percebeu que Deus manifestou o seu poder na libertação dos seus servos das cadeias que os prendiam. Surge então nele o desejo de ter parte com esse Deus que, em seu poder soberano, operou libertação. Assim ele se dirige aos apóstolos: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?”. Há intérpretes que entendem a alocução kyrioi em alusão indicativa para kyrios, o único Senhor e Salvador.
A pergunta: “Que devo fazer?” encontramos em várias ocasiões no Novo Testamento. Alguns exemplos: As multidões perguntavam a João após ouvir sua enérgica proclamação: “Que devemos fazer?” (Lc 3.10). Um legista pergunta: “Mestre, que devo fazer para receber a herança da vida eterna?”, se bem que o faz para pôr Jesus à prova. Após o discurso de Pedro, a multidão dirige-se a ele e aos outros apóstolos, dizendo: “Que é que nós devemos fazer, irmãos?” (At 2.37).
Essa é, pois, também a pergunta do carcereiro. E Paulo lhe responde: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (v. 31).
Aqui a maioria dos intérpretes discute longamente a questão da correta relação entre fé e obras. Paulo usa o imperativo “crê”. Trata-se, então, porventura, de uma ação humana?
Nelson Kirst conclui, em sua meditação, que ação divina e ação humana se complementam. “Crer é dom, mas esse dom precisa ser aceito e cultivado. No nosso caso, isso até pode ser entendido assim: na pergunta do carcereiro (v. 30) já se manifesta fé, fé que recebeu como dom; e agora (v. 31) Paulo o estimula a aceitar e cultivar essa fé” (PL VII, p.125).
Chama atenção ainda que, na resposta do apóstolo, está incluída a família do carcereiro. Salvação é entendida como tendo dimensão comunitária.
2.5 – Vida em comunhão (v. 32-34)
A fé do carcereiro tem consequências imediatas para as pessoas ao seu redor e a comunidade na qual vivia. Inicia a vida em conversão, voltando-se para Paulo e Silas, lavando-lhes as chagas. Esses, por sua vez, não tinham sequer lamentado a dor dos vergões causados pelos açoites. Eles, isto sim, haviam testemunhado o poder do amor de Deus e apelado para que as pessoas viessem a crer.
O carcereiro creu e, em arrependimento sincero, mostra atitudes contrárias à vida que até então vinha levando. “O interessante é que esse homem imediatamente confirmou e provou sua conversão por meio de fatos. Nem bem se converteu a Cristo, lavou as feridas nas costas dos prisioneiros e lhes deu de comer.
Nesse momento, seu cristianismo se expressou no mais concreto ato de bondade. Se o nosso cristianismo não nos torna bondosos, não é cristianismo” (Barclay, apud van Kaick, PL VII, p. 236/237). Sem mudança de atitudes, tratar-se-ia de algo ilegítimo e espúrio. Crisóstomo, teólogo e escritor cristão, patriarca de Constantinopla, que viveu no final do século IV, início do V, deu uma interpretação bem original. O carcereiro “lavou e foi lavado, lavou-lhes as chagas e foi lavado dos seus pecados” (Homilias 36,2).
Um detalhe ainda, porém muito importante, precisa ser destacado, a saber: a pregação leva ao batismo, ou seja, à integração no corpo de Cristo e desemboca em grande alegria.
3. Louvor em meio ao sofrimento – alguns testemunhos mais
“Um pássaro, mesmo preso numa gaiola, ainda canta uma linda melodia”, diz um provérbio. É necessário, porém, dizer que o canto, ao qual aqui nos referimos, brota de uma firme e inabalável fé em Deus. Ele não é simplesmente algo que provém da própria natureza humana. Mas, de fato, oração e canto de louvor, brotados de profunda experiência de fé, podem ser comparados a “uma linda melodia”. E, graças a Deus, ao longo da história, sempre houve destemido testemunho, mesmo em situação de perseguição e tortura.
Lembrei-me, nesse contexto, de um cantor de quem nós temos numerosos hinos em nosso hinário. Refiro-me a Paul Gerhardt.
Ele viveu na Alemanha na época da Guerra dos Trinta Anos (1618- 1648). Era tempo de grandes tribulações. Havia muita fome. Havia a soldadesca espoliando, matando e estuprando. Alastrava-se a peste. Mais da metade da população foi dizimada. O pastor Paul Gerhardt sentiu na própria carne os horrores da guerra. Logo no início dela, perdeu os seus pais.
Como muitos outros pastores resistentes, Paul Gerhardt foi destituído do seu pastorado. Não bastasse isso, perdeu quatro dos seus cinco filhos e também sua esposa. Mal podemos imaginar as angústias e as dores causadas por essas perdas.
Em meio a todo esse sofrimento, ele escreveu poesias que refletem sua profunda fé. Basta ler os hinos que ele nos deixou para perceber seu poderoso testemunho. É como se estivesse a dizer: “Haja o que houver, cantate”!
Lembrei-me, também, do pastor e teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer.
É conhecida a sua história. Em meio às turbulências e agitações do regime nazista, ele foi preso. Seguiu paciente o caminho do sofrimento aquele que sempre se entendeu como instrumento nas mãos do Senhor da história. Seu entendimento de fé cristã não admitia passar ao largo dos padecimentos dos semelhantes. Via, isto sim, a necessidade de assumir em nome do Senhor o sofrimento dos outros e lançar-se à ação responsável. Ação responsável seria aquela que não é ditada pelo medo, mas que brota do amor libertador e redentor do próprio Cristo. “Mera expectativa passiva e assistência indiferente não são atitudes cristãs. O cristão… desperta com as experiências do sofrimento dos irmãos, pelas quais Cristo padeceu, e isso o impele à ação e à compaixão” (Resistência e Submissão, p. 28).
Assim, Bonhoeffer não pode consentir com as injustiças e atrocidades contra os judeus. A situação era dramática! Importava tentar evitar o caos.
Em 5 de abril de 1943, ele foi preso e, no dia 9 de abril de 1945, executado. Porém, mesmo na prisão, ele não deixou de dar seu fiel testemunho, que impressionou vivamente os companheiros de cela e mesmo os próprios guardas.
Como terceiro exemplo, podemos citar Frei Tito de Alencar Lima, da história recente do nosso próprio país. Ele era conhecido por sua generosidade e por seu envolvimento decidido pela promoção da dignidade do ser humano.
Mas esse, para a ditadura militar, era exatamente o seu “crime”.
Ele foi um corajoso seguidor de Cristo, cujo incondicional amor experimentou em sua própria vida. Esse amor viveu, pois, concretamente.
Frei Tito foi um dos milhares de presos políticos brasileiros no regime militar. Sabemos do horror que se instalou após o golpe de 1964.
O caminho de sofrimento do frei foi desde as câmaras de tortura em São Paulo até ao exílio e, finalmente, até sua morte na França.
Sua vida foi toda resistência. Viveu o amor de Cristo, apoiando decididamente as lutas por libertação. Entendeu igreja como necessariamente aberta aos excluídos. Seu testemunho destemido influenciou toda uma geração.
4. Observações quanto à prédica
A perícope prevista para o 7º Domingo da Páscoa é “um verdadeiro tesouro homilético. Oferece um sem-número de possibilidades para a pregação em termos de assunto e de formas” (N. Kirst. PL VII, p.126).
Devido à riqueza de detalhes e ao dinamismo da ação, sugere ela uma prédica narrativa. Sem dúvida, isso é uma opção perfeitamente viável. Terá que se ter o cuidado, porém, de não dramatizar demais os elementos miraculosos do abalo sísmico. É necessário lembrar que temos diante de nós uma história de conversão. O evangelho é pregado aos gentios, a todos os povos. Os demais textos de leitura para o domingo também são, de algum modo, inclusivos. Em João 17, Jesus pede ao Pai “que todos sejam um… para que o mundo creia”.
Sugiro iniciar mencionando o que significa sair de sua casa, de seu ambiente e enfrentar algo novo em um contexto cultural totalmente diferente. É o que o apóstolo Paulo e Silas fizeram. Seu caminho os leva, por um determinado período, através da Ásia Menor. Estão em viagem missionária.
Em seguida, poderá ser narrado o que lhes sucedeu em Filipos. Os comentários feitos acima sobre o texto poderão ser de ajuda.
Destaque merece a convicção expressa de que nada pode deter a divulgação da palavra de Deus. Mesmo em aflição e perseguição, ou seja, nas situações mais adversas, ela se impõe. Temos exemplos para isso.
A Palavra se faz ouvir e desperta fé e, assim, leva à nova vida. O carcereiro imediatamente confirmou e provou sua conversão por meio de fatos concretos. Isolar-se e refugiar-se dentro de uma fé individualista seria cinismo. A fé leva a ações solidárias e é comunitária. Integra em nova comunhão.
A ação de Deus é libertadora e vai além do que podemos imaginar. Pelo seu poder, Ele transforma situações de crise e dificuldade em oportunidades de profunda experiência de fé.
5. Subsídios litúrgicos
Confissão de pecados:
Senhor, colocamos diante de ti nossa omissão quando vemos tantas pessoas sofrendo fome, violência, desabrigo, discriminação.
Tem piedade de nós, Senhor.
Deus da misericórdia, quantas vezes nos acomodamos e esquecemos que fé não é algo meramente particular, mas quer ser vivida em comunidade e expressa em gestos solidários.
Tem piedade de nós, Senhor.
Deus uno, condoemo-nos ao olhar teus filhos e tuas filhas divididos, mas nos falta disposição para vencer fronteiras de separação. Não levamos suficientemente a sério o desejo de teu Filho que todos sejam um para que o mundo creia.
Tem piedade de nós, Senhor.
Oração de coleta:
Ó Deus, tua Palavra alcança os confins da terra. És o Deus do amor inclusivo. Queres que todos se convertam e sejam um como tu és um. Abre os nossos corações para que possamos receber com devoção tua mensagem no dia de hoje. Amém.
Oração de intercessão:
Senhor, abre coração e mente das nossas autoridades para que não estejam tão preocupadas com o seu poder e com o acúmulo de bens e riquezas em proveito próprio. Dá que enxerguem as reais necessidades do povo.
Senhor, fortalece e mantém no reto caminho os responsáveis pelas nossas igrejas para que as possam conduzir conforme a tua vontade.
Abençoa os sinceros esforços em prol da unidade, a fim de que o trabalho realizado em comum seja um significativo testemunho para o mundo.
Exemplo de hinos de Paul Gerhardt:
Chama a atenção que somente uma fé fundamentada firmemente em Cristo é capaz de resistir e irromper em cântico mesmo na tribulação.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).