Prédica: Atos 2.22-23,32-33,36-39
Autor: Augusto Ernesto Kunert
Data Litúrgica: Domingo de Pentecostes
Data da Pregação: 03/06/1990
Proclamar Libertação – Volume: XV
A escolha dos versículos para definir a perícope encontrou alguma discussão entre os comentaristas. Helmut Esser, por exemplo, opina que a perícope deve iniciar com o v. 75, pois não podemos iniciar um pensamento no meio de uma citação com por isso (26). Contudo, Helmut Esser coloca o v. 25 entre parênteses e prolonga a perícope até o versículo 41 (p. 241-42).
Prefiro acompanhar a determinação da Comissão Litúrgica, que encontra apoio de Gottfried Voigt (p. 257). O texto, em sua composição, é um tanto interrompido na sequência dos versículos. Ele pula dos versículos 22-23 para 32-33 e dá novo salto para 36-39. Mesmo que nunca gostasse de pregar sobre perícopes agrupadas por versículos entrecortados, devo admitir, com Gottfried Voigt, que a perícope proposta pela Comissão Litúrgica tem sequência clara, não prejudica sua compreensão e mantém uma linha objetiva de pensamento.
l — Exegese
O discurso de Pedro – eu prefiro o termo a prédica ou o testemunho de Pedro — aconteceu no dia de Pentecostes. Antecederam à prédica os fatos narrados em Atos 2.1-13. Na primeira parte do discurso (14-21) Pedro se atém mais à defesa dos companheiros de jornada, ao anúncio de que Deus prometeu o envio do Espírito, e à ocorrência de milagres e sinais. A segunda parte do discurso inicia com o v. 22. Pedro aborda diretamente os presentes: Varões israelitas, escutai estas palavras…
V. 22-23: Pedro diz aos varões israelitas o que entende por invocar o nome do Senhor; o que lhe significa dia do Senhor e quem é o Messias. Nestes pensamentos concentra-se a segunda parte da prédica de Pedro. Wolfgang Beyer, acompanhando outros teólogos, opina que Pedro em sua prédica se baseia em Joel 3.5 (na Bíblia em português 2.28-32). A pregação de Pedro é cristocêntrica. Jesus, como Nazareno, é procedente da cidade de Nazaré. Deus mesmo legitimou a Jesus no meio de seu povo através de maravilhosos prodígios e sinais. Entre os presentes Pedro usa isto como ponto de apoio; havia pessoas que presenciaram milagres e sinais de Jesus. Acontece, assim, que se estabelece um ponto em comum entre pregador e ouvintes (Beyer, p. 22).
V. 32-33: Jesus, o Nazareno rejeitado, crucificado, morto e sepultado, foi ressuscitado por Deus. Deus o confirmou como seu Messias. Lucas, o escritor de Atos, confirma em Lc 3.22 que Jesus é o Filho amado de Deus. O ressuscitado, segundo Pedro na prédica, é exaltado por Deus como Senhor e com poder sobre o Espírito. Jesus, o Cristo e Senhor, ê o autor dos acontecimentos a se desenrolarem perante o povo reunido e, ao mesmo tempo, a pessoa envolvida. Os apóstolos são testemunhas da ressurreição e da ascensão. Agora toda aquela gente reunida com os apóstolos na manhã de Pentecostes torna-se testemunha da vinda do Espírito Santo. A pregação de Pedro com o envolvimento dos ouvintes dá testemunho da ação de Jesus Cristo no poder do Espírito Santo.
V. 36: Poderíamos dizer que Pedro resume sua pregação no pensamento: Deus fez de Jesus, a quem os judeus rejeitaram e crucificaram, o Cristo e Senhor. O Messias, anunciado pelos profetas e esperado ansiosamente por Israel, veio em Jesus Cristo e assume como Rei e Senhor, depois da ressurreição e da ascensão, o governo do mundo e o pastoreio da comunidade. Deus dá a Jesus o nome que está acima de todos os nomes (Fp 2.10s.).
Pedro faz, em sua pregação, referências aos reis e imperadores. Estes gostavam de chamar-se deus e senhor, ligando seu nome e posição à religião. Até em Israel há a tradição de chamar o Deus de Israel de Senhor Zebaot. Wolfgang Beyer comenta neste contexto: Esta denominação, rica em conteúdo e significação, diz que Jesus ê Senhor exaltado aos céus, que está presente em sua comunidade, que virá ter com ela e que por ela é adorado. Jesus virá como juiz e no juízo revelará o seu poder divino sobre o mundo. Deus mesmo fez a Jesus o Cristo. Jesus Cristo, como Rei e Senhor sobre o mundo, é o instrumento obediente – o servo – do Criador e Todo-Poderoso. Aqui se mostra de maneira mais pura, conclui Wolfgang Beyer, a santa e maravilhosa grandeza de Deus, que elevou o homem humilhado e crucificado à função de todas as funções (P- 26).
Pedro refere-se ao Salmo 110. Na referência ao Filho do homem, sentado à direita de Deus, Pedro lembra tanto o Salmo 110 como Daniel 7.13, sublinhando a posição de poder e de autoridade do Messias e Senhor. A relação estabelecida entre Jesus e o Salmo no Filho do homem, Messias fez com que encontrássemos no NT um grande número de versículos com referências a este respeito (l Co 15.25s; Ef 1.20; Cl 3.1; l Pé 3.2 e outros). Artur Weiser comenta: Esta compreensão é facilitada pelo próprio Salmo que vê, em seus critérios religiosos e na missão sacerdotal do rei terreno, a representação do Deus da história na terra. O Salmo 110.5, com sua compreensão teocêntrica da história do mundo, nos faz olhar para além das cousas terrenas, para a consumação dos tempos. Exatamente este momento religioso tão significativo para o reino no AT foi assumido e desenvolvido por Jesus. Jesus incluiu este momento religioso da vida nacional-política e o colocou na amplitude e profundidade do Reino de Deus (Weiser, p. 476).
V. 37: O compungiu-se-lhes o coração alerta para algo muito importante. A prédica de Pedro, com crítica direta e denúncia clara, acertou os ouvintes. A Palavra e o Espírito agiram nos corações das pessoas presentes. A consciência foi atingida. Aconteceu o reconhecimento da culpa. O passo seguinte está na pergunta: Que faremos, irmãos? A formulação da pergunta nos diz que algo importante aconteceu com as pessoas. Antes temia-se pela segurança de Pedro e dos demais apóstolos. Agora, atingidos pela Palavra e pelo Espírito Santo, chamam a Pedro e os apóstolos de irmãos. A Palavra e o Espírito Santo têm o poder transformador. Sob sua ação acontece a renovação do nosso homem interior. O homem morto pelo pecado é ressuscitado para a nova vida.
V. 38-39: A resposta de Pedro é clara e direta, sem rodeios: Arrependei-vos. Este é o primeiro passo a ser dado. Reconhecer e assumir a culpa, o erro, o pecado. Fugir e esconder-se é permanecer na culpa, na negação e no afastamento de Deus. O coração compungido foi acertado pela ação do Espírito Santo. A pergunta que faremos, irmãos? diz exatamente que o Espírito em sua ação renovadora operou o arrependimento.
Pedro sublinha mais outros aspectos: Cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo. O batismo tem consequências para o batizando. No V. 38 Pedro cita dois momentos: a) a remissão dos pecados; b) o recebimento do dom do Espírito Santo. O batismo é a expressão da transformação acontecida com a pessoa.
II — Meditação
1. A perícope estabelece a ligação íntima entre Messias e Senhor. O Messias é o Senhor; Jesus é o Messias e é o Senhor. A esperança pela a vinda do Messias estava muito viva entre o povo. Havia uma linha teológica que dizia que a salvação aconteceria a partir de um resto de eleitos. E muito cedo a comunidade cristã identificou-se com este resto de eleitos. Dotada com o dom do Espírito Santo, a comunidade primitiva sabia-se o verdadeiro Israel, ao qual, como grupo confessante, é dada a salvação. O Reino de Deus deveria coincidir com a vinda do Messias, o qual era identificado com um filho da casa do rei Davi. Assim como o rei Davi, o Messias irá governar o mundo com mão forte. Enquanto Daniel nos dá a imagem do Messias como um ser sobrenatural que desce do céu para a terra, Isaías 53.10 nos fala do servo de Deus que carrega o sofrimento do mundo. Quando fala aos varões israelitas do Messias Jesus como o rejeitado, humilhado e crucificado, Pedro aproxima-se bastante da imagem do Messias como servo de Deus. A este Messias, Deus ressuscita, eleva aos céus, dando-lhe poder sobre o Espírito Santo. O Messias é feito Senhor. Com a sua pregação, Pedro reativa entre o povo a imagem do Messias.
2. Em Jesus se cumpre a promessa do Messias. Para os cristãos que assumiram a esperança de Israel no Messias, a escatologia se concentra na cristologia. Pedro resume isto em três pensamentos:
a) Jesus de Nazaré foi revelado por Deus em sua vida terrena como o Messias. Através dele Deus operou milagres e sinais,
b) Jesus foi entregue ao sofrimento para que se cumprisse o plano de Deus para a redenção do mundo. Jesus assumiu o plano de Deus no Getsêmani (Lc 22.42). Para nós, o caminho de Deus, seu plano de salvação, tornam-se compreensíveis depois da Páscoa. A ressurreição nos diz que a cruz não foi loucura, escândalo, mas o caminho de Deus para salvar o que estava perdido. Assim, a morte de Jesus, vergonha e desprezo para o mundo, é vencida pela ressurreição para a vida nova.
c) Deus levou o seu plano até o fim. Não terminou com a sepultura. O final não foi que o Messias ficasse entregue à morte. Isto seria a derrota total. Deus responde à morte com a ressurreição de Jesus. E aí está o grande momento na pregação de Pedro: A este Jesus Deus ressuscitou (v. 32). O ressuscitado foi exaltado e recebeu poder sobre o Espírito Santo.
3. Esta perícope é importante como texto da prédica em Pentecostes. Muitos membros preferem ouvir o texto que relata os acontecimentos como procedentes do Espírito Santo. O grande significado da perícope está no fato de ser cristocêntrica. E é necessário ver a vinda do Espírito Santo a partir de Jesus, o ressuscitado, Cristo e Senhor. Pentecostes é possível porque lhe antecedeu a Páscoa. Com Jesus morto, não haveria vida nova, ascensão, tomada de poder sobre o Espírito Santo. A ressurreição tornou-se decisiva para Pentecostes. Na ressurreição o plano de Deus se efetiva, se enche de vida, cria vida nova, aproxima as pessoas e cria comunhão, pois: Onde há ressurreição dos mortos, há remissão dos pecados, vida e salvação, diz Lutero no Catecismo Menor (Livro de Doutrina, p. 23). Páscoa é como um rio caudaloso que leva suas águas da vida para o povo reunido em nome de Jesus Cristo. E ele, na plenitude do seu amor, derrama sobre os que o invocam em Espírito e na Verdade o dom do Espírito renovador, o Espírito da vida, da comunhão, remissão e salvação.
4. Na prédica de Pedro o critério teológico da pré-existência de Jesus. ainda não está presente. Lucas não trata o assunto no sentido do LOGOS, como o faz o Evangelho de João. Em Atos é dominante o critério que Deus fez de Jesus o Cristo e Senhor. Lucas entende que Deus deu a Jesus o poder sobre o Espírito. O teólogo Wolfgang Beyer opina que já a comunidade de Jerusalém deve ter usado o termo KYRIOS, Senhor. Isto (assim raciocina Beyer) é deduzível do fato de que Paulo, em l Co 16.22, usa a expressão aramaica MARANATHA, o que em Ap 22.20 é traduzido por vem, Senhor Jesus (p. 26).
É aceitável a ideia de que também em Jerusalém o termo KYRIOS fosse conhecido. Jerusalém era um centro religioso e cultural. Pelo menos os judeus, vindos de muitas partes do mundo, iam a Jerusalém para adorar no templo. Atos 6.1 nos confirma a presença de gregos na comunidade de Jerusalém: Naqueles dias, multiplicando-se o número de discípulos, houve murmuração dos helenistas… Daí podemos concluir que o termo KYRIOS era conhecido na comunidade. Também o apóstolo Paulo desenvolve o pensamento de que Deus fez Jesus o Cristo e Senhor. Em Ef 2.5-11, referindo-se à ressurreição, diz: E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Jesus Cristo. (v. 6.) Paulo, assim conclui Wolfgang Beyer, desenvolveu a partir deste critério o conceito teológico arrolado em l Co 15.28: Se o universo é submetido ao Filho, o Filho se submeterá a quem lhe submeteu tudo para que Deus seja tudo em todos. (p. 27.)
5. A perícope segue o pensamento de que Deus estabeleceu o plano de salvação. No plano, Deus consentiu que Jesus fosse rejeitado e crucificado pelos compatriotas, que serviram-se de mãos pagãs para ultimar a morte. Deus declara Jesus o Messias. Deus ressuscita Jesus dos mortos. Deus fez com que Jesus fosse exaltado para os céus. Deus fez Jesus o Cristo e Senhor, dando-lhe o poder sobre o Espírito Santo. Vemos que a perícope está carregada de mensagem evangélica. Devemos cuidar para que, na prédica, não nos percamos na imensidade de material e possibilidades que o texto oferece. Chamo a atenção para o perigo de isolarmos Pentecostes como momento único na vida da Igreja. É bem verdade que Pentecostes é o dia da fundação da Igreja, mas o acontecimento de Pentecostes não está isolado nem a Igreja vive isoladamente. Pentecostes está numa sequência de acontecimentos. Como Páscoa ocorreu depois da Sexta-feira Santa, Pentecostes veio depois da Páscoa. Pentecostes é testemunho vivo da Páscoa. Esta linha de relação nos acontecimentos deve ser mantida. Para tanto nada melhor do que uma pregação cristocêntrica, pois a pessoa de Jesus está no centro de todos os acontecimentos. A prédica de Pedro no dia de Pentecostes foi essencialmente cristocêntrica. A ação do Espírito inicia com o Cristo vivo. E o Espírito como diz Lutero, chama, congrega, ilumina e santifica toda a cristandade na terra (Livro de Doutrina, p. 11).
O Espírito, enviado pelo Cristo vivo, age na Palavra para operar a fé, criar vida nova, gerar a renovação do nosso homem interior, estabelecer comunhão; põe a comunidade a caminho da diaconia, enviando-a para a missão, para reunir os que estão perto e os que estão longe.
6. Uma pergunta que vai preocupar o pregador é como colocar o texto no contexto da realidade brasileira! Não vejo como deixar a denúncia de lado. A denúncia ocupa espaço importante. O texto sugere a denúncia do pecado. Pedro, dirigindo-se aos ‘Varões israelitas, diz com toda franqueza: Vós o matastes, crucificando-o por mãos de ímpios (v. 23). A denúncia do pecado faz parte do texto. Na abordagem da culpa não podemos querer sair pela tangente. O pensamento do texto é significativo. Mesmo que o desígnio de Deus quisesse que Jesus fosse crucificado, os varões israelitas e os ímpios não estão isentos de culpa.
Um posicionamento de denúncia frente à realidade brasileira deve considerar a co-responsabilidade do pregador e da comunidade. Ambos não estão isolados, fora da sociedade, pelo contrário, são parte integrante da mesma. Pastor e comunidade querendo dar uma de outsider, vão imitar a Pilatos em seu ato de lavar as mãos, para demonstrar sua pretensão de inocência na condenação de Jesus. Ao assumir minha co-responsabilidade pela sociedade brasileira sofrida cresce a compreensão de que o meu ato de corrupção é pecado contra o povo, contra a economia nacional, ao mesmo tempo, contra o Deus da verdade, da justiça e da vida. O pecado é marcado pela Palavra de Jesus O que fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes (Mt 25.40). Ao atacarmos a denúncia com esta sinceridade, teremos condições para testemunhar com credibilidade. O momento nacional oferece uma série de possibilidades para atualização do pecado como procedimento perverso, usurpador, demagógico, corrupto e mentiroso, que vem acontecendo na vida pública, econômica e política do Brasil. O procedimento com este estigma é pecado contra o homem e contra Deus. O pregador deve tomar cuidado para que não use Pentecostes para uma pregação essencialmente social e política. Nos compete atualizar Pentecos¬tes em uma dura e difícil vivência social e política do povo. Daí o critério da pregação cristocêntrica, do Cristo que envia o Espírito renovador, ser fundamen¬tal.
7. O texto fala ao homem angustiado. A denúncia do pecado atingiu as pessoas. E estas perguntaram: O que faremos, irmãos? A pergunta dá a entender que algo aconteceu com aquela gente. Os mesmos homens que zombaram: Estão cheios de mosto, dirigem-se aos apóstolos como irmãos. Estavam compungidos em seus corações. O Espírito Santo transformou o íntimo daquelas pessoas. O Espírito as preparou para aquilo que Pedro expressa em sua resposta: Arrependei-vos (v. 38). Em sua resposta, Pedro mostra três momentos importantes:
a) O arrependimento: Com o arrependimento acontece a transformação. No arrependimento acontece a renovação da maneira de pensar, sentir e agir, estabelecendo novo relacionamento com as pessoas, com a natureza e com a sociedade. A renovação é ação do Espírito Santo, e ela acontece com a pregação da Palavra, como mostra a prédica de Pedro em pleno dia de Pentecostes,
b) O batismo: O batismo, conforme v. 38, tem características fundamentais:
1) o batismo é feito em nome de Jesus Cristo;
2) o batismo nos faz propriedade de Jesus Cristo e nos integra na comunidade;
3) o batismo nos dá remissão dos pecados,
c) A concessão do Espírito Santo: O v. 38 nos diz ainda que o arrependido e batizado recebem o dom do Espírito Santo.
III — Subsídios litúrgicos
1. Confissão: Senhor, nosso Deus! Inclina-te para ouvir a oração da tua comunidade. Vê nosso coração, quanto fogo pecaminoso nele arde. Vê toda nossa vida, o quanto ela está distante da vida renovada que vem de ti. Onipotente e misericordioso Deus, perdoa-nos a nossa culpa, sara as nossas feridas e vem a nós com o teu Santo Espírito, o poder renovador, para que te louvemos e adoremos por Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém! (Cf. Der Gottesdienst, p. 100.)
2. Oração de coleta: Proponho usar a explicação que Martim Lutero dá ao 3? Artigo do Credo Apostólico, conforme o Catecismo Menor.
3. Oração final: Misericordioso e onipotente Deus! A tua comunidade espera por ti, que abras a tua mão bondosa e nos presenteies com a riqueza de dons do teu Santo Espírito. Muitos, Senhor, esperam por ti. Responde, ó Deus, e abrem-se os céus para derramar sobre nós o Espírito Santo. Sabemos, Senhor, que entre nós há muito chão duro e faze com que as tuas chuvas de bênção abram a terra ressequida e os corações endurecidos, que pelo egoísmo, pela rotina, pela indiferença, morreram para uma vida em ti. Há muita desconfiança entre os irmãos e as irmãs da comunidade; muita teimosia que não quer esquecer e perdoar, muita indiferença, falta de disposição para o sacrifício: Acorda, Senhor, os corações sonolentos, fortalece-os na fé, no amor e na esperança. Abre os corações com a força renovadora e transformadora do teu Espírito, para que o teu-reino venha aos nossos corações, entre em nossos lares, escolas, igrejas e povo. Amém! (cf. Der Gottesdienst, p. 103).
IV — Bibliografia
– ARPER, K./ZILLESSEN, A. Evangelisches Kirchenbuch. V. 1. Der Gottesdienst, 7a ed., Göttingen, 1940.
– BEYER, W. Die Apostelgeschichte. NTD 5. Göttingen, 1940. – Göttinger Predigtmeditationen. Ano 61. Gottingen, 1972.
– HAENCHEN, E. Die Apostelgeschichte. Meyers Kritisch-Exegetischer Kommentar über das Neue Testament. 6a ed., Göttingen, 1968.
– LIVRO DE DOUTRINA, 22a ed. Ed. Sinodal, São Leopoldo/Metrópole, Porto Alegre.
– VOIGT, G. Die lebendigen Steine. Berlin, 1983.
– WEISER, A. Die Psalmen. V. I/II. ATD 14/15. Göttingen, 1955.