Prédica: 1 Coríntios 15.12-20
Leituras: Isaías 35.1-10/ Mateus 22.23-33
Autor: Julio Cezar Adam
Data Litúrgica: 25º Domingo após Pentecostes/ Finados
Data da Pregação: 02/11/2008
Proclamar Libertação – Volume: XXXII
1 Introdução
A mensagem a partir de 1 Coríntios 15. 12-20 será para o culto no Dia de Finados (25º Domingo após Pentecostes). Nada mais conveniente do que o texto de Paulo por causa de sua mensagem centrada no evento da Páscoa: a ressurreição. É um dia em que, de uma maneira especial, as pessoas lembram de seus entes queridos mortos. Talvez uma das únicas épocas do ano em que essa lembrança ainda tem espaço garantido. É um dia para ouvir sobre a ressurreição, a vida e a morte, sua e dos seus.
Sugiro considerar, na elaboração da mensagem, uma suspeita: o ser humano contemporâneo, inclusive aqueles que participam com certa freqüência da igreja, não tem um conhecimento apurado do que de fato é a ressurreição. O que se sabe e se crê, em grande medida, está relacionado hoje a compreensões mescladas com outras doutrinas pós-morte, sobretudo a doutrina da reencarnação. Basta considerarmos a enormidade de novelas e filmes que abordam essa perspectiva.
A teologia da ressurreição como tal é algo complexo, difícil de se entender. Outras interpretações são racionalmente mais aceitáveis, talvez por ser amplamente difundidas ou simplesmente porque combinam mais com tendências contemporâneas, como a negação da morte, o individualismo e o controle nas próprias mãos.
Existem correntes da teologia que afirmam que Cristo não ressuscitou como tal. Ele ressuscitou para dentro do querigma, para dentro de sua mensagem. Seus seguidores fizeram-no ressuscitar em nome da boa-nova etc. Essa é uma boa discussão para a academia. Não é, no entanto, o que as pessoas querem ouvir em sua fé e espiritualidade. Parece-me que, também nesse sentido, o texto de Paulo é um alerta e um chamado a olhar a ressurreição como um fato possível e real aos olhos da fé.
O contexto em que Paulo escreve, as razões por que escreve, o que escreve e a forma como escreve levam-nos a pensar na necessidade da catequese em nossas comunidades, inclusive no culto. As cartas de Paulo não deixam de ser um tipo valiosíssimo de “educação à distância”. Por isso apresento aqui, principalmente como subsídio, elementos do contexto de Paulo e sua carta e elementos que ajudam a entender a própria ressurreição, ou pelo menos para abrir a discussão e fazer pensar. O capítulo “A morte como problema humano, aspectos biológicos e antropológicos”1, do professor Brakemeier, tem me ajudado enormemente nesse sentido. Sugiro lê-lo, se possível.
2 Contexto
Corinto era uma cidade comercial e industrial (cerâmica, bronze e artesanato), rica, próspera e moderna, com acesso a dois portos importantes (mar Ageu e mar Adriático), era caminho de transporte e comércio. A população de cerca de 500 mil habitantes era urbana, formada por viajantes vindos de várias partes, de diferentes raças, culturas e religiões. Formava um cenário heterogêneo e plural, predominantemente pagão. O templo de Apolo era um dos mais conhecidos e antigos da Grécia. Em uma colina ficava o santuário de Afrodite, com mil sacerdotisas. Grupos de judeus compunham esse cenário. Quase metade da população era escrava. Por isso o contexto era conflitante. Corinto era ainda sede administrativa do imperialismo romano. “Em suas ruas era fácil cruzar com o homem cosmopolita, o místico do oriente, o judeu da Palestina e da diáspora, o filósofo grego e o homem do povo que juntava tudo num sincretismo religioso popular.”2 Justamente por isso Paulo começa sua carta dizendo que o evangelho de Jesus Cristo, Cristo crucificado e ressurrecto, é loucura para os gregos e gentios e escândalo para os judeus (1 Co 1.23).
A comunidade de Corinto foi fundada por Paulo em sua segunda viagem missionária (50-52 d.C.). Vindo de Atenas, Paulo esteve em Corinto por um ano e meio, trabalhou como construtor de tendas na fábrica do judeu Áquila e sua mulher Priscila e hospedou-se na casa deles.3 Ao que parece, o apóstolo teve algum problema com grupos de judeus da cidade e é obrigado a ir para Éfeso. Ali, mais tarde, no ano 54 d.C., Paulo escreve essa carta (uma carta anterior deve ter sido escrita, 1 Cor 5.9). A Primeira Carta de Paulo aos Coríntios é um dos textos mais antigos do Novo Testamento, mais antigo do que os evangelhos.
A carta é parte do projeto missionário de Paulo, respondendo a uma série de perguntas e notícias, trazidas até ele ou oralmente ou através de uma correspondência. A carta é, pois, destinada aos ouvintes da comunidade, devendo ser lida nas assembléias litúrgicas (prece e bênção no início e no fim). Não são discursos teóricos, especulações teológicas, mas respostas que incluem a vida em comunidade dos ouvintes.
A comunidade que havia crescido bem e com grande entusiasmo parece ter recaído numa pobreza espiritual e numa certa confusão confessional e comportamental. A comunidade de Corinto recaiu em seu passado. Grupos rivais estabelecem-se na comunidade. Alguns retornam a práticas de libertinagem, prostituição, que caracterizavam o contexto urbano e cosmopolita da cidade. Outros outorgavam-se uma sabedoria presunçosa, fortalecida inclusive pelo entusiasmo espiritual experimentado. Há um retorno às religiões mistéricas e à gnose (separação da alma do corpo) e dificuldade em se reorientar nos critérios seguros da fé cristã. A ressurreição dos mortos é um desses critérios. Havia um pensamento de que a ressurreição já se dera no momento em que receberam o Espírito Santo e, portanto, não há mais ressurreição dos mortos. A esses, provavelmente, é que Paulo se dirige nesse trecho da carta (1 Co 15). Eles acreditavam já fazer parte, em espírito, do mundo ultraterreno de Deus, onde a ressurreição dos mortos não passaria de figura de linguagem.4
A comunidade de Corinto nasceu a partir de uma nova proposta: a do evangelho. Justamente por ser cosmopolita e plural, a nova proposta foi aceita com entusiasmo e, ao mesmo tempo, por seu caráter heterogênico, libertino e sincrético, acabou com a saída de cena do apóstolo, recaindo em práticas e crenças fora da proposta cristã.
Quanto à delimitação e análise detalhada do texto (versículos), inclusive a exegese a partir do original, sugiro conferir as ricas informações trazidas por Ulrich Schoenborn no PL III, p. 13-21, e Osmar Zizemer no PL XVII, p. 63-68. O capítulo 15 da carta forma um todo, tendo por tema a ressurreição de Cristo e a ressurreição dos mortos. Nem uma nem outra estavam claras na comunidade de Corinto. A fé na ressurreição de Cristo e dos mortos desaparecera ou estava sendo questionada. Por isso, nos v. 1-11, Paulo faz uma apologia, procurando provar pela evidência dos muitos que viram o Cristo ressuscitado, inclusive ele. Entre esses há pessoas que ainda vivem e poderiam ser interrogadas. Nos v. 12-20, nosso texto, Paulo lança uma ponte entre a ressurreição de Cristo e a ressurreição dos mortos. Uma está relacionada à outra. Não dá para tomar uma e negar a outra. Negar uma ou outra é o mesmo que desfazer a base da fé e da esperança cristã. No v. 21 até o final do capítulo, Paulo procura explicar como se dá a ressurreição, ou seja, a transformação em corpo espiritual, no final dos tempos, rebatendo a idéia presente na comunidade de que podemos ressuscitar estando ainda vivos.
3 Meditação
Mesmo sendo contextos completamente diferentes, muitos hoje, assim como aqueles em Corinto outrora, misturam elementos de uma e de outra religião e crença e, muito provavelmente, constroem sua própria idéia de vida pós-morte, de “ressurreição”. Outros tantos olham a ressurreição com certo ceticismo e, também como em Corinto, já não se importam muito se há ou não ressurreição dos mortos.
O tema central do texto de Paulo é a fé na ressurreição de Cristo e dos mortos. Sendo Dia de Finados, não deveríamos fugir da tarefa de falar a respeito. Não deveríamos, pois, apenas interpretar a ressurreição para as situações de morte no dia-a-dia. Sugiro por isso uma prédica catequética. É uma ótima oportunidade para explicar de forma compreensível, clara e dialógica – sem apelar para dogmas e grandes verdades e palavras teológicas –, o que foi a ressurreição de Cristo e o que significa para o cristão a fé na ressurreição.
O que é, afinal, a ressurreição? O ideal seria que, em grupos de estudo bíblico, nas reflexões que antecedem o encontro dos grupos da comunidade, na semana que antecede o culto, fosse estudado o tema, estudando, inclusive, todo o capítulo. O que vocês entendem por ressurreição? Esta deveria ser a pergunta para desencadear a conversa. Se não for possível fazer isso ao longo da semana, sugiro que se faça no culto.
Como disse antes, falar da ressurreição demanda clareza, em primeiro lugar, por parte do pregador. Não supor que a comunidade domina o assunto, nem jogar com várias possibilidades, parece-me o ideal. Nossas comunidades carecem de catequese para entender temas pilares como esse. Conforme Brakemeier, nem mesmo a Bíblia oferece um porto seguro sobre o como da ressurreição. “Há passagens indicando que a ressurreição terá lugar imediatamente após a morte (Lc 23.43: Fp 1.23). Conforme outras, ela acontecerá no final dos tempos, por ocasião da volta de Jesus Cristo (1Ts 4.13s.: Mc 13.24s.). Juntamente com o livro de Daniel (12.2), o Apocalipse de João (20.4,12) apregoa uma dupla ressurreição, uma para a vida eterna, outra para o juízo (cf. também Jo 5.29). Enquanto isso, outros testemunhos insinuam ser a ressurreição reservada para ‘os que são de Cristo’ (1 Co 15.23).”5 As pessoas de todos os tempos carecem de explicações claras, assim como aquela que Paulo ofereceu aqui aos coríntios, por se tratar de um tema existencial e também por serem muitos os outros movimentos, filosofias, religiões e crenças que oferecem explicações “seguras”, até com pretensões científicas. A clareza está alicerçada na fé e não na especulação, no “como”.
A idéia de ressurreição cristã, ao mesmo tempo em que é o cerne e a base da fé cristã – “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé” (v. 14) –, arranca das mãos do ser humano o controle e a explicação racional. Ela não é garantia e segurança racional. O que podemos dizer é que “a passagem para a vida eterna está atrelada ao juízo. O momento exato do mesmo, porém, não está fixo” (Mt 25.31s.; 2 Co 5.10; Ap 20.1s.). (O Novo Testamento) documenta, a seu modo, o desinteresse especulativo da fé. Deus fará justiça, mas não compete ao ser humano saber como. O novo mundo de Deus subtrai-se à exploração e ao mapeamento pelo ser humano. Importante é saber que a morte tem em Deus sua barreira”6. Por isso atrai poucos adeptos nesses tempos em que o ser humano vive como se tivesse controle de tudo, da vida, da morte e do pós-morte. Hoje, em sua presunção, o ser humano prefere inclusive crer que a vida acaba com a morte (imanentismo) do que arriscar-se na confiança de lançar-se nos braços de Deus.
A ressurreição é isto: Não temos provas concretas, nem explicação lógica e racional, muito menos certeza científica, comprovação. Abraçar a ressurreição requer humildade e fé. É algo inimaginável aos olhos da razão e da especulação pragmática. É, assim como a morte, um mistério. De concreto temos apenas Cristo (v. 16) e a fé nele, dizendo que, mesmo mortos, continuamos nas mãos de Deus. Cristo abriu o caminho para nós. Já nada nos separa do amor de Deus, nem a vida tampouco a morte, como Paulo irá dizer em Romanos 8.38-39. Quando morremos, devolvemos nossos corpos à terra (v. 35s.). Nenhuma parte se desprende e fica vagando por aí ou num céu cinematográfico. O que permanece imortal é a nossa relação com Deus. Nossa identidade e nosso ser permanecem guardados com Deus até o Dia do Juízo.7 Essa é a promessa que temos; ela é acessível a todo o que nela crê. Ou seja, “não há garantia antropológica da ressurreição. Existe somente uma certeza teológica, ou seja, existe uma promessa, à qual a pessoa é chamada a se apegar. Também a vida futura só poderá ser recebida por graça e fé. Conseqüentemente, justificação por graça e fé e ressurreição dos mortos formam um só pensamento coerente”8. Da humildade e da fé nasce a esperança, esperança em Cristo para a ressurreição para esta vida (v.19) e na vida eterna.
Em vez das pessoas ficarem especulando, muito mais deveriam fortalecer sua fé e confiança em Deus, Senhor da vida. O texto do evangelho (Mt 22.23-33) é um bom exemplo disso. Ali Jesus sobrepõe a discussão especulativa, racional e pragmática à questão teológica e espiritual. A fé e a confiança naquilo que o Deus dos vivos promete, fez e faz é que deve prevalecer. Ao lado da fé na ressurreição, as pessoas deveriam alegrar-se com a graça e viver de forma condizente com a fé nesse Deus que desfaz a morte como ponto final da vida. A esperança que emana da ressurreição tem conseqüências para a vida toda. Nesse sentido, a fascinante visão de Isaías (Is 35.1-10) pode dar o impulso para a construção da esperança já agora.
4 Imagens
Gosto muito da pequena história que ilustra o salto para a fé.
Um menino encontrava-se sobre um muro alto em uma noite escura.
Lá de cima do muro ele não conseguia ver quem estava no chão. Ele apenas ouvia a voz do pai, que estava lá e dizia: “Meu filho, pode pular, eu estou aqui embaixo. Estou te vendo e vou te segurar nos braços”. O menino não pensa duas vezes. Reconhecendo a voz do pai, mesmo não o vendo, ele pula e o pai o segura nos braços.
A fé e a fé na ressurreição são assim. Temos uma promessa, a promessa de Deus, manifestada grandemente na ressurreição de Jesus Cristo. Podemos lançar-nos que Deus nos sustentará. Podemos morrer que continuamos nele. A fé é esse jogar-se na certeza de que Deus lá estará.
“Se morremos, não caímos no nada; caímos nas mãos de Deus” (Gottfried Brakemeier).
5 Subsídios litúrgicos
Acolhida:
O apóstolo Paulo escreve: “Se Cristo não tivesse ressuscitado, nada teríamos para anunciar, e vocês nada teriam para crer”. “Mas a verdade é que Cristo ressuscitou” (1 Co 15.14, 20).
E o próprio Jesus falou: “Eu sou aquele que vive; estive morto, mas agora vivo para sempre. Tenho autoridade sobre a morte e sobre o mundo dos mortos” (Ap 1.18).
Oração do dia:
Deus da vida, que tiraste o poder da morte pela ressurreição de Jesus Cristo, teu Filho, e que esperas que divulguemos isso pelo mundo com nossas palavras e ações, concede fé e ilumina nosso entendimento, que busca provas, fazendo com que olhemos para além do túmulo vazio, a fim de que nossos ouvidos e nosso coração percebam o que nossos olhos não podem ver e nossas mãos não podem tocar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo, hoje e sempre. Amém.
Oração geral da igreja:
– Intercedemos, nosso Deus, por fé na ressurreição do corpo, do corpo de Cristo e do nosso corpo, para que fiquemos livres da tentação de crenças e filosofias que prometem soluções fáceis por caminhos individualistas.
– Intercedemos, nosso Deus, pela ação da tua igreja, para que, em gratidão por tudo o que fizeste por nós, haja mais disposição para o estudo da tua palavra, mais vontade de celebrar e viver em comunidade, mais tempo para servir na tua seara.
– Intercedemos, nosso Deus, pelas pessoas que sofrem nesse mundo, para que a mensagem da ressurreição e vida plena arranque do nosso meio a ânsia de poder, a sede de riqueza, a presunção da segurança a qualquer preço, o desprezo por quem é diferente, os muros que dividem, a fim de que os sinais da vida sejam mais fortes, despertem a esperança e transformem nosso mundo.
– Intercedemos, nosso Deus, por todas as pessoas, famílias, que choram a morte de seus entes queridos. Que teu Espírito consolador anime sua fé e anime nossa comunidade para que seja uma luz de esperança em suas vidas.
Oração eucarística (dípticos ou mementos):
A oração eucarística afirma a perspectiva escatológica que move a vivência cristã. Daí a importância dos dípticos ou mementos, que afirmam que a Ceia é celebrada em união com todas as pessoas que já partiram desta vida como seguidoras e testemunhas da causa de Cristo. Ao mesmo tempo, testifica a esperança cristã na ressurreição para a vida eterna, quando ocorrerá o banquete que o próprio Senhor vai preparar e servir à mesa. A oração eucarística expressa a convicção cristã de que “nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nada poderá separar-nos do amor de Deus” (Rm 8.38-39). Portanto os dípticos ou mementos permitem que a comunidade seja envolta poimenicamente, em especial as pessoas enlutadas, pois manifestam a idéia da comunhão dos santos no corpo de Cristo.9 Aqui um exemplo:
L – Lembra-te, Deus da ressurreição, das testemunhas da ressurreição de Jesus e dos nossos familiares e pessoas queridas que já partiram desta vida (pode-se aqui citar os nomes das pessoas falecidas da comunidade), chamando-as da morte para a vida eterna, guiando-nos, juntamente com elas e com todas as pessoas que chamarás da morte para a vida, ao banquete na tua presença, na glória eterna, quando nunca mais haverá lágrima nem morte. Com todas elas proclamamos tua glória por todo o sempre.
C – Por Cristo, com Cristo e em Cristo…
Bênção:
Que a força que abriu o sepulcro nos abençoe em nossas fraquezas; que o amor que venceu a morte nos ajude a vencer a indiferença; que a presença do Consolador nos faça dormir tranqüilos e acordar em paz. Amém.
(Luiz Carlos Ramos)
Bibliografia
BRAKEMEIER, G. O ser humano em busca de identidade: contribuições para uma antropologia teológica. São Leopoldo/São Paulo: Sinodal/Paulus, 2002. p. 172-190.
BORNKAMM, G. Paulo: vida e obra. Petrópolis: Vozes, 1992.
Notas
1 BRAKEMEIER, G. O ser humano em busca de identidade: contribuições para uma antropologia teológica, p. 172-190.
2 T. FRIGERIO, p. 37.
3 G. BORNKAMM, p. 97.
4 G. BORNKAMM, p. 101s.
5 G. BRAKEMEIER, p. 188.
6 G. BRAKEMEIER, p. 188s.
7 G. BRAKEMEIER, p. 178s.
8 G. BRAKEMEIER, p. 189.
9 Conforme o Livro de Culto da IECLB, p. 41.