Proclamar Libertação – Volume 33
Prédica: Isaías 44.1-5
Leituras: Lucas 1.39-55; Filipenses 4.10-13
Autor: Cláudio Kupka
Data Litúrgica: Domingo de Louvor através da Música
Data da Pregação: –
Proponho inicialmente uma leitura “de cuca fresca”, em que buscaremos captar as primeiras impressões do texto, a lógica das ideias do texto e a maneira como ele nos atinge.
a – Em nosso caso, chama atenção a ênfase nos nomes Jacó em justaposição a Israel (v.1), a sequência dos verbos criar, escolher, derramar e brotar (v. 2-4), a água em justaposição ao Espírito e bênção (v. 3) e a ideia de ter Israel como sobrenome (v. 5).
b – Em segundo lugar, chama atenção que se trata de uma manifestação cheia de esperança. É uma declaração afirmativa de um amor incondicional e compromisso de Deus com seu povo. Enfatiza a ideia de que Deus tem poder para sempre de novo restaurar seu povo numa relação de confiança e bênção.
c – Em terceiro lugar, parece ser um texto muito apropriado para tratar o tema Batismo. Seus temas estão todos lá: criação, escolha, água, Espírito, bênção, nome etc. Como fala em posteridade e terra seca e sede, posso me imaginar como pais, preocupados com a espiritualidade de seus filhos, leriam esse texto.
Para não perder as ideias da primeira aproximação, é importante encaminhar a pesquisa de ideias e subsídios a partir dessas primeiras associações. Elas podem ser úteis mais adiante.
Uma boa ideia seria coletar relatos de pais preocupados com a espiritualidade de seus filhos, de pais de confirmandos interessados no papel que a igreja pode exercer nesse período na vida de seu filhos ou ainda algum relato de uma palestra pré-batismal. Outra providência útil seria coletar alguma ilustração que falasse sobre a importância ou sobre o processo de transmissão da experiência de fé. Como os v. 3 e 4 têm um tom muito poético, eu desafiaria você a pesquisar uma poesia que expressasse essa ideia da importância da água irrigando a planta.
Com esses três tipos de elementos ilustrativos, estaríamos agregando uma riqueza de imagens à prédica. O relato traria uma dimensão bem humana de interesse dos pais. A ilustração remeteria à dimensão da identidade pessoal e familiar, e a poesia traria um tom mais subjetivo à prédica, destacando a ideia de que Deus sacia definitivamente a sede humana por vida.
É bom lembrar que a comunicação da mensagem acontece em diferentes camadas e linguagens. É preciso ter consciência delas e oferecer elementos que propiciam ao ouvinte assimilá-las conforme seu estado emocional e mental, conforme suas preocupações e necessidades do momento. Como se sabe, ninguém acompanha 100% do tempo o desenvolvimento das ideias da prédica. Em algum momento, o ouvinte segue um caminho seu, ou seja, faz sua pequena viagem pessoal pelo tema. Em si isso não é mau. É o processo de legitimação da mensagem para a realidade do ouvinte. Muitos vão lembrar depois somente de uma ilustração, de uma frase, de um sentimento. Não é problema, desde que essa pessoa não saia de mãos vazias.
Agora é hora de averiguar se as pressuposições da primeira leitura do texto conferem. O que não podemos, nessa fase, é “matar” a riqueza simbólica do texto com a exegese. A exegese precisa investigar o texto sem dissecá-lo, sem tirar-lhe a vida. Ao mesmo tempo, devo ter um olhar para a lógica do texto e para as alternativas que ele me oferece, pensando na prédica que vamos formular. É uma vigem de altos e baixos, mas que, no final, resultará num texto que seja interessante para a comunidade que tenho em mente.
a – Começamos com a menção do nome de Jacó em correlação a Israel. Em nenhum outro livro da Bíblia, o uso de Jacó como sinônimo de Israel é mais frequente (mais de 50 vezes).
Mesmo que Israel possa ser simultaneamente o outro nome de Jacó e o nome do Reino do Norte, nesse caso refere-se ao povo como um todo. Existe aqui a clara intenção de referir-se a Israel como unidade. Mesmo que estejamos no contexto do Segundo Isaías, que no caso trata especificamente do povo do segundo exílio (Judá), o profeta refere-se a Israel como um todo. A referência ao patriarcado resulta de uma busca pelas origens de Israel, do resgate de uma identidade primeira que ajude o povo a retomar sua autocompreensão.
No entanto, não podemos perder de vista o aspecto bem humano do patriarcado. Não é à toa que essa história é ricamente detalhada em relatos de cunho pessoal e familiar. Chamar Israel de Jacó também nessa perspectiva não é sem propósito. Jacó foi aquele filho que roubou a bênção de seu irmão, o verdadeiro primogênito. Roubou a bênção sem saber bem o que era. Aliás, sabia muito pouco a respeito desse Deus que o abençoava. No entanto, quando se achava que a aliança de Deus com Abraão estivesse perdida, descobrimos Deus levando a sério a bênção que Jacó roubou. Renovou o pacto de seus antepassados com Jacó apesar dele ser jovem, imaturo e rebelde. Jacó podia não compreender Deus, mas Deus conhecia Jacó.
Mais tarde, Jacó também foi pai. E como todo filho que não trabalhou suficientemente sua relação com os pais, tornou-se um pai com sérios problemas na educação de seus filhos. Jacó frustrou-se como pai por ter aparentemente perdido um filho preferido. Mais tarde, ao reencontrar José, descobriu a verdade sobre o motivo de seu desaparecimento. Jacó também foi um pai preocupado com a descendência. Mas Deus sempre acompanhou Jacó misericordiosamente. Deus transformou as crises de sua vida em bênção. Deus mudou Jacó lentamente: de um homem mesquinho e inseguro numa pessoa sábia e cheia de fé. Jacó personifica Israel. Por isso Isaías afirmativamente chama Israel de Jacó, pois quer resgatar o projeto de Deus para com esse povo. Mesmo exilado, mesmo vivendo em terra estranha, longe do templo, esse povo não perde suas referências primeiras. O povo de Israel, por seus erros, pode parecer ter desistido de Deus. Deus, em todo caso, não.
b – Esse projeto começa quando Deus escolhe esse povo. A grande pergunta que pairava no ar é se, em função de todos os erros e desvios do povo, esse havia sido abandonado por Deus, ou seja, que a eleição havia sido desfeita. Isaías então retoma a ideia da eleição, formulando-a de uma maneira mais universal. Deus escolhe o povo de Israel porque o criou, porque foi gestado no ventre de Deus.
Em Isaías, eleição tem duas dimensões. Deus toma a iniciativa. É um ato de graça. Mas, em segundo lugar, ela acontece em diálogo. É um vínculo que precisa ser alimentado continuamente. Por isso o povo suspeita da quebra da aliança, pois da sua parte não alimentou sua confiança em Deus e em suas promessas. Quando Israel dirá: O senhor não se importa mais conosco, Deus afirma: Eu os escolhi e nunca os rejeitei (Is 41.9b).
c – A questão central dessa perícope é a definição do caráter dessa afirmação da graça de Deus na relação com Israel. A fé em Deus, a fidelidade, a perpetuação ou não de uma relação de confiança com Deus não são uma garantia humana, nem seguem uma lógica genética.
É sempre Deus que irrompe na vida de pessoas e derrama seu Espírito, como água em terra seca, trazendo vida nova. De especial importância se reveste a metáfora da terra seca. É a nossa sede que evidencia a necessidade de Deus. Essa reflexão é aplicada nesse caso à questão da descendência. Que garantia Israel tinha que sua descendência permaneceria fiel ao Senhor? Em si nenhuma. Deus não deixou nenhuma fórmula mágica, pois a fé não segue um método lógico. Diante deles estava somente a possibilidade do testemunho vivo do quanto a atual geração tinha na comunhão com Deus seu alimento. A possibilidade da descendência experimentar Deus verdadeiramente será algo entre elas e Deus.
Nesse sentido abundam exemplos de como a fé ressurgiu em Israel em meio a tempos de apostasia. Em especial, lembra-se do reinado do jovem rei Josias (2Rs 22.1-23.30), durante o qual houve uma redescoberta da Torá e um avivamento espiritual por conta disso.
d – O v. 5 enseja uma série de afirmações de adesão espontânea à fé em Deus. Parecem frases ditas no momento de um novo despertamento. A ideia de ter Israel por sobrenome sugere que inclusive não-judeus vão converter-se. Onde Deus age com seu Espírito surgem expressões genuínas de fé num contexto afirmativo. Percebe-se que o agir de Deus é tão misteriosa- mente surpreendente, que a consequência disso é o surgimento de fé onde não se espera. É bom lembrar que o conceito de raça e povo exclusivo não foi sempre tão hermético. Muito cedo aderiram à fé de Israel muitas pessoas de fora de sua etnia. O exemplo mais lembrado é o de Rute: “O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rt 1.16b).
Creio que já está bastante claro em que direção esse texto nos quer conduzir.
a – A partir de Jesus Cristo, o povo de Deus inclui todos os que creem. A graça não desconhece barreiras étnicas, sociais e culturais. Somos herdeiros da fé judaica dentro de um novo e ampliado referencial. O próprio Jesus evidenciou essa ampliação quando encontrou verdadeira fé entre pagãos. É preciso resgatar a dimensão da proximidade de Deus, que somos criação de Deus. Trata-se de uma intimidade maternal de Deus. Como pode uma mãe deixar de olhar com profundo amor e cuidado para um filho ou filha gestados por meses em seu ventre? Somente alguém totalmente perturbado o faria. Deus reafirma sua escolha pelo ser humano a partir de uma coerência de ações marcadas pelo cuidado e pelo amor. Esse cuidado supera inclusive nossas crises e desvios.
Deus não barra necessariamente as consequências negativas de nossas ações. Elas são educativas. Deus, no entanto, não nos condena, não nos aparta de sua graça. A graça de Deus sempre é ativa em nossa vida, porém não para ser banalizada; ela espera o momento certo para ser afirmada. O momento certo é o do arrependimento e da busca.
b – As crises da vida são momentos de profundas buscas por sentido na vida. Uma canção em inglês tem como título: A sombra é a prova do sol que brilha. A única condição para o agir misericordioso de Deus é que o ser humano tenha contato íntimo com seu vazio, que tenha consciência do esgotamento de suas próprias opções. Que outra maneira estaria aberta a receber a graça? Não devemos desprezar qualquer manifestação desse vazio. É o ser humano clamando, sem saber, pela graça. É o Espírito agindo muito antes de o reconhecermos. Por isso a palavra de Deus nunca pode ser proferida considerando um público-alvo exclusivo, pois o agir do Espírito de Deus sempre irá romper essas barreiras, sempre poderá nos surpreender.
c – O texto trata da preocupação com a fé das futuras gerações. Cabe aos pais darem seu testemunho permeado pela graça e confiar no agir de Deus pelo Espírito Santo. Não há fórmula mágica. À comunidade de fé cabe zelar pela compreensão da centralidade do Batismo em sua vida e zelar pela educação cristã em todas as faixas etárias. Não é surpreendente que haja ausência de pessoas em determinada faixa etária. Não há nesse fato uma omissão quanto à educação contínua de seus membros?
d – Cabe também uma ponte para o tema do “Domingo de louvor através da música”. A música tem sido, desde os tempos do Antigo Testamento, a expressão artística preferida para dar vazão à intensidade da expressão de fé. Os salmos são testemunho cabal dessa afirmação. Um exemplo especial é o próprio texto de Lucas 1.39-55, no qual Maria expressa profundo louvor a Deus por sua vocação para gestar o Filho de Deus em seu ventre. Não é dito se Maria cantou, mas não é à toa que esse tem sido um dos textos mais musicados.
Coletar relatos sobre pais preocupados com a espiritualidade de seus filhos não deve ser uma tarefa difícil. Deixo essa tarefa ao encargo do leitor(a). No entanto, partilho ideias dos outros elementos que sugeri anteriormente.
Contam que um certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Então ele chegou a uma cabana em ruínas. O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra sob a qual se acomodou, fugindo do calor do sol desértico. Olhando ao redor, viu uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela e começou a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa. Olhou- a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte recado: “Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir”. O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa estava quase cheia de água. De repente, ele se viu em um dilema: Se bebesse aquela água, poderia sobreviver, mas se despejasse toda a água na velha bomba enferruja- da, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá do fundo do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar a garrafa cheia para a próxima pessoa… Mas talvez isso não desse certo. Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar sua vida? Deveria perder toda a água que tinha na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando? Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear… E a bomba começou a chiar. E nada aconteceu! E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água, depois um pequeno fluxo e finalmente a água jorrou com abundância. A bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela até se fartar. Encheu-a outra vez para o próximo que por ali poderia passar, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela: “Creia-me, funciona! Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta”.
Se não fosse a esperança de que me aguardas
com a mesa posta, o que seria de mim eu não sei.
Sem o Teu Nome a claridade do mundo não me hospeda,
é crua luz crestante sobre ais.
Eu necessito por detrás do sol do calor
que não se põe e tem gerado meus sonhos,
na mais fechada noite, fulgurantes lâmpadas.
Porque acima e abaixo e ao redor do que existe permaneces,
eu repouso meu rosto nesta areia contemplando as formigas,
envelhecendo em paz como envelhece o que é de amoroso dono.
O mar é tão pequenino diante do que eu choraria se não fosses meu Pai.
Ó Deus, ainda assim, não é sem temor que Te amo, nem sem medo.
Cantos: Uma série de cantos pode ser escolhida, fazendo uma ponte entre o(s) tema(s) do culto. Sugerimos: Senhor, tu tens sido nosso refúgio (Hinos do Povo de Deus v. 1, n° 213), Bondade e misericórdia (Hinos do Povo de Deus v. 1, n° 232), Canto o novo canto da terra (Hinos do Povo de Deus v. 2, n° 433), Canta minh’alma ao Senhor (Hinos do Povo de Deus v. 2, n° 467), De todas as tribos (Hinos do Povo de Deus v. 2, n° 469), Ontem, hoje e sempre (Hinos do Povo de Deus v. 2, n° 474).
Litania de acolhida:
L: Se a vida nos dá a impressão de que estamos sós e abandonados,
C: O chamado do nosso Criador nos lembra que somos especiais para ele.
L: Se a culpa nos faz crer que não há como remediar nosso futuro,
C: A cruz de Cristo aponta para o perdão que renova nossa vida.
L: Se a frieza das nossas relações nos faz sentir sozinhos,
C: O Espírito de Deus nos reúne e nos acolhe em sua comunhão.
L: Se chegamos aqui desorientados e sem horizontes,
C: A presença de Deus entre nós nos conforta e anima na caminhada.
Litania de acolhida 2:
L: Deus é o nosso Salvador; confiemos nele e não tenhamos medo.
C: Vamos até as fontes cheios de alegria e bebamos da água que nos salva.
L: Louvem ao Deus Eterno! Gritem pedindo a ajuda de Deus!
C: Digamos a todos os povos o que ele tem feito e anunciemos a sua grandeza.
L: Cantem hinos de louvor, pois ele fez coisas maravilhosas. Que o mundo inteiro saiba disso!
C: Alegrem-se e louvem a Deus, pois o santo e poderoso Deus de Israel mora no meio do seu povo.
Oração de coleta:
Querido Deus e Pai, agradecemos-te por nos reunires nesta manhã/ noite. Somos comunidade criada e preservada por ti. No poder do teu Espírito, geração após geração é alimentada pela palavra viva de teu evangelho. Esteja entre nós, esteja entre nossos familiares, esteja no mundo como água viva que sacia por vida e esperança. Amém.
Confissão de fé (Dietrich Bonhoeffer):
Creio que Deus pode fazer com que de tudo, mesmo do negativo, resulte algo bom. Para isso necessita de homens e mulheres que permitam e creiam que tudo lhes servirá para o bem. Creio que Deus pode nos dar em cada situação difícil a capacidade de resistir. Mas não a dá adiantado, para que não confiemos em nossas próprias forças, e sim em seu poder. Essa confiança nos livrará do medo e do temor pelo futuro. Creio que nossos erros e fracassos não são em vão e que para Deus não é mais difícil utilizá-los como o faz com nossos sucessos. Creio que Deus não é um destino cego e indiferente, mas que espera nossas orações e nossos atos responsáveis.
Oração de intercessão:
L: Em meio à alegria da comunhão desta manhã, lembramos e te pedimos, ó Deus, por aqueles que a dor e a preocupação não permite estar alegres.
C: Senhor, tu podes transformar nosso lamento em festa.
L: Pedimos-te pelos que estão sós e tristes, pelos que perderam seus queridos e pelos que estão longe daqueles que os amam.
C: Senhor, vence o sabor amargo da ausência e faze-nos sentir o gosto de tua presença.
L: Pedimos-te pelos que perderam seu trabalho e se sentem fracassados, pelos que baixara seus braços e só encontram portas fechadas no caminho.
C: Senhor, seja o sabor de nossa vida insípida e restaura nossas forças.
L: Pedimos-te pelos que perderam sua alegria seja pelas injustiças da vida, seja pelas dificuldades, seja pela falta de compreensão ou seja porque talvez nunca a encontraram.
C: Senhor, ajuda-nos a ser gratos por tantas coisas que nos tens dado na vida e a sempre encontrar motivos para te louvar. Amém!
L: Por essas e tantas outras necessidades, que só tu podes nos satisfazer. Oramos a Ti com as palavras que Jesus nos ensinou…
Pai nosso (O Pai Nosso de Deus)
Filho meu que estás na terra, preocupado, solitário, tentado.
Eu conheço perfeitamente teu nome. Eu o pronuncio santificando-o, porque te amo.
Não, não estás a sós, porque és habitado por mim e juntos construímos esse reino do qual serás herdeiro.
Quero que faças a minha vontade porque a minha vontade é que tu sejas feliz, pois a glória de Deus é a vida do ser humano.
Conte sempre comigo e terás o pão para hoje. Não te preocupes, só te peço que saibas compartilhá-lo com teus irmãos.
Sabes que perdoo todas as tuas ofensas antes mesmo de tu as cometeres, por isso te peço que faças o mesmo com os que te ofendem.
Para que nunca caias em tentação, tome a minha mão bem forte e eu te livrarei do mal, pobre e querido filho meu.
Bênção:
Que Deus os abrace com amor de um Pai, que os cuide com o carinho de uma mãe, que os faça sorrir com a ternura de uma criança e os guie com a sabedoria dos avós. Amém.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).