Proclamar Libertação – Volume 33
Prédica: Números 21.4-9
Leituras: João 3.14-21; Efésios 2.1-10
Autor: Antonio Carlos Ribeiro
Data Litúrgica: 4º Domingo na Quaresma
Data da Pregação: 22/03/2009
O teólogo fala a partir da e para a comunidade de fé. Mas fala fazendo e desfazendo metabolicamente a sustentação dessa comunidade, mexendo e remexendo nos limites e contornos dos mitos que a fundam e a sustentam, sendo em parte o sacerdote que afirma e o profeta que nega; isso porque a teologia não é só empresa eclesial – sua autorização para dizer palavras está sustentada na Palavra que funda o mundo e que dele acaba sendo cúmplice.
Vítor Westhelle
Sentimentos aparentemente antagônicos podem apoderar-se de nós, como estar num tempo de preparação para a Paixão do Senhor e experimentar a alegria. Para isso nos convida este domingo chamado Laetare na tradição litúrgica da igreja cristã: alegrai-vos. Em meio ao tempo de preparação interior, contrição e arrependimento, não somos impedidos de experimentar laetitia (alegria). Essa não nos vem de um momento alegre, mas da libertação que nos é assegurada pelo gesto de Cristo, da convicção da fé que o ato provoca, da clareza da vocação para o testemunho e do significado de nossa presença em determinado lugar e função.
Os textos bíblicos indicados têm uma viva relação entre si. O texto de Números 21.4-9 narra a situação em que o povo hebreu enfrenta a necessidade de alimentos, transforma-a em insatisfação e passa a responsabilizar o líder Moisés e Deus, em nome de quem foram libertados do Egito. Diante do castigo sofrido e das consequências duras e definitivas, a serpente erguida para ser vista tornou-se um sinal de libertação dos males.
O texto do Evangelho de João 3.14-21 destaca a palavra de Jesus a Nicodemos na penumbra exigida pelas relações de poder do membro do Sinédrio, relacionando a figura da serpente erguida com o sacrifício que resultará de sua pregação, enfatizando a universalidade da percepção do gesto, seu poder de intervenção na realidade e o impacto para o povo de Israel.
Na Carta aos Efésios 2.1-10, o mesmo sacrifício é relacionado com a salvação vicária, mas com ênfase no gesto de amor e graça, a quem não poderia retribuir, e com impacto para o futuro e para a universalização (catolicidade = o pressuposto de que qualquer pessoa pode ser membro da igreja) da fé cristã.
O texto da prédica (Números 21.4-9) faz parte do material acrescido à tradição bíblica no período de peregrinação do povo pelo deserto. É próprio da situação de quem integra o grupo que peregrina do Egito em direção à terra que mana leite e mel. Outro elemento entre esse texto e os correlatos são as dificuldades que surgiram no período da peregrinação, segundo o relato bíblico. Parte significativa das dificuldades que surgem durante a caminhada vem das murmurações, dos gestos pequenos nos dois sentidos (recatado, discreto e baixo tom, e egoísta, agarrado a interesses e ideologias e destrutivo).
As reclamações dirigem-se às lideranças que comandaram o conjunto de ações do povo e pediram as dez pragas que desembocaram na decisão do faraó de libertar o povo. Assim como os fatos do cotidiano desse processo demandaram decisões, esforços e conspirações de toda ordem, houve quem não estivesse plenamente convencido e aderisse, mas sem uma demanda própria envolvida, quem projetasse expectativas não-respondidas, razões pelas quais os ressentimentos foram alimentados e depois passaram rapidamente de pequenas vinganças a grandes ódios. São as impaciências do caminho (v. 4). “O povo falou contra Deus e contra Moisés” (v. 5). Esses sentimentos logo se transformaram em cobranças ligadas às necessidades básicas da subsistência. Junto com a cobrança veio o lamento, que implica oposição, contestar culpando e exigir além do devido. Essa atitude mostra ingratidão a Deus e desgasta as lideranças que se empenharam firmemente para libertá-los daquela situação, também elas pagando preços altos.
A primeira parte da pergunta é sobre as intenções de Deus para com a atitude de libertá-los. Ela levanta dúvidas a respeito da intenção genuína e baseada em amor: “Por que nos fizeste subir do Egito?”. A segunda parte pragueja diante das situações do cotidiano, como a moradia no deserto e a alimentação: “Para que morramos neste deserto, onde não há nem pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil” (v. 5). O pão e a água são insuficientes, sendo a ração menor que a necessidade. A Bíblia de Jerusalém traduz: “Estamos enfastiados desse alimento de penúria”.
Nessas circunstâncias, as pessoas passam a temer por suas próprias vidas, na verdade indagando pelo fundamento da fé e pela responsabilidade das lideranças que os trouxeram àquele lugar. Deus, segundo o relato, mandou serpentes venenosas, que atacavam e levavam muitos à morte (v. 6).
Essa circunstância pode estar relacionada com as minas de cobre de Arabá, onde esse metal já era explorado no século XIII a.C. Em Meneiyeh foram encontradas diversas pequenas serpentes de metal, usadas como amuleto de defesa contra a peçonha mortal desses répteis. Em outras circunstâncias e talvez até com o povo enfrentando maiores dificuldades, Deus se compadece, providencia os bens necessários e atende as necessidades.
Isso força o povo a humilhar-se, procurando Moisés, admitindo ter pecado, assumindo que o pecado era falar contra Deus, em nome de quem Moisés agiu, e contra ele próprio, pedindo que ele orasse para que o Senhor os salvasse das serpentes. Diante da humilhação, imposta e admitida, Moisés orou (v. 7).
As serpentes têm valor arquetípico, simbólico e político, fazendo retornar a memória das relações de dominação absoluta, do fascínio exercido através do olhar, dos projetos de poder, imposição de ideias e exigência de submissão, que ultrapassam continentes. Os efeitos de sua atuação são semelhantes nas reações físicas e psicológicas: a dor, a sensação de embriaguez, a impotência diante da peçonha ou da artimanha e o torpor, traduzido na lucidez diante desses efeitos registrados como memória da derrota.
A solução dada a Moisés é a criação de outra serpente, também abrasadora, para enfrentar o poder das primeiras, a ser colocada sobre uma haste e mostrada aos feridos para que vivam (v. 8).
O ataque do animal peçonhento será vencido pela representação imagética, fazendo com que a memória do ataque sofra reversão. A serpente de bronze que Moisés mandou fazer, fixar numa haste e mostrar aos feridos (v. 9) revela a dimensão mágico-ritual israelita – com empréstimos de outros povos – , já que as influências culturais não respeitam limites territoriais. Reimer destaca que “aqui a serpente assume outra simbologia, talvez mais próxima do símbolo da serpente associada à medicina (símbolo da classe médica). Em vários povos da Antigüidade, cultos ligados à serpente aparecem como um meio para afastar desgraças (na arqueologia, veja-se o caso da serpente de bronze encontrada em Timna, ao norte do porto de Eliat)”.
A importância desse acontecimento mostra-se na perpetuação que provocou, sempre pela via do imaginário cristalizado em linguagens religiosas, como máscaras do sagrado, no cerimonial religioso dos israelitas. Assim, “tal prática não ficou somente na esfera do privado e do familiar, mas ganhou espaço dentro do próprio templo de Jerusalém. Não temos muitas informações sobre o ritual litúrgico. Mas 2 Reis 18.4 fala que o povo queimava incenso para a serpente, que recebeu o nome de Neustã. Reimer lembra ainda que “Ezequias (rei de Judá entre 716-687 a.C.), no contexto de sua reforma religiosa, ‘removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o posteídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera (…)’”.
Se a religiosidade é verdadeiramente composta de colagens e sedimentações de elementos sobre um órgão, como acontece com a incrustação de restos de matéria orgânica no plano físico, ela pode ser purificada quando se verificarem os elementos que se incrustaram. A reforma de Ezequias intenta purificar a religião judaica dos elementos de empréstimos culturais e religiosidade popular, propugnando a adoração somente a Javé. A noção da autoridade que promove a assepsia vai verificar as novas práticas religiosas que se ligaram à religião do templo.
Esse texto pode ter surgido no contexto da peregrinação no deserto para ser essa referência originária, argumentando-se a partir do peso de sua antiguidade. Ademais, o texto refere-se ao deserto como um lugar paradigmático na Bíblia, marcado pela falta de condições de vida, pela distância dos povoados, exposto aos animais de caça e aos salteadores e sempre relacionado a crises, momentos de provação aguda e de discernimento.
O relato sobre as serpentes no contexto da peregrinação no deserto traz material farto para interpretações. Ao mesmo tempo em que as elaboramos, precisamos indagar se não sofremos a tentação de identificar nossa compreensão como a mais correta. Sem perder a visão do conjunto, devemos assumir nossa perspectiva teológica, confessionalmente luterana e associada ao papel de nossa igreja na sociedade. Numa prédica, Lutero adota uma postura autoinclusiva, como teólogo e como comunidade, ensinando a nos expor ao vendaval:
A história se repete! Também nós fazemos parte de uma raça de víboras que espalha veneno através de seu egoísmo, que, fatalmente, leva à morte. Pior é que, muitas vezes, não nos damos conta de que a maldade no mundo não é culpa de Deus, mas é fruto de nossa rebeldia contra ele. E, enquanto continuarmos investindo em nosso próprio veneno, muitos ainda perecerão. Um mundo melhor não se cria só com boa vontade. A solução é bem outra: “Assim como Moisés levantou numa estaca a serpente de bronze no deserto, também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna” (Jo 3.14s). O Filho de Deus, Jesus Cristo, erguido no Gólgota, é o único sinal de um novo mundo. E não há outro!
(Comissão Interluterana de Literatura. Extratos de pregações: a imagem da graça. http://www.lutero.com.br/novo/vida_de_lutero_como_pregou2. php?mes=05&ano=2004. Acesso: 12.05.2008.
A mesma imagem do réptil peçonhento que provoca desespero existencial, dor e morte, agora moldada em metal e erguida no caniço, cura os feridos que olham para ela. Que mudança existe entre a lembrança do ataque feroz e a imagem da cobra de metal? Talvez apenas o olhar – marcado por sofrimento, risco e horror – de quem se defendeu, mas foi ferido, tentou socorrer as vítimas ou perdeu alguém amado. O símbolo tem a ver com a realidade que simboliza, enquanto o sinal apenas aponta para uma situação, ensinou Tillich.
A imagem suspensa da serpente de metal faz-nos lembrar da cruz e, em seguida, do sacrifício de Jesus Cristo. A cruz não era apenas o instrumento letal de tortura, adotado pela primeira vez em Cartago e depois tornado símbolo da mais alta punição pelos romanos. Cruel, seu objetivo não era apenas punir o réu com a morte, mas aniquilá-lo física e moralmente, deixando seu corpo despido e exposto por tempo indeterminado, até que fosse comido pelos pássaros e se desintegrasse pelos efeitos do sol, da chuva e do vento. No fato de ter sido aplicado a Jesus percebe-se a ira que ele provocou ao desafiar os poderes, religioso judaico e militar romano, e a intenção dos perpetradores, executada pelos algozes, de varrer da sociedade quaisquer sinais de sua existência humana.
A crueldade do espetáculo, perdoem o pleonasmo, alcançou outro efeito: tornar-se um escândalo que se tornou perene pelo impacto provocado nos circunstantes e por ter ocorrido num lugar e num momento histórico que contribuíram para sua difusão. Morte cercada de desonra e anátema, seus efeitos podem ser avaliados pela perseguição de morte imposta a seus seguidores até um século depois, além do testemunho de seus seguidores ao longo dos séculos.
Os desacatos do papa alemão Bento XVI ao islã, citando um imperador medieval ou batizando um jornalista convertido do islamismo, deliberados e sem desculpas, provocaram assassinatos de freiras e incêndios de igrejas cristãs, inclusive uma ortodoxa e uma anglicana, em países islâmicos na África e no Oriente Médio. Além da mídia, já houve teólogos pedindo responsabilidade pastoral.
O escândalo gera um incômodo que supera em muito a quebra da tranquilidade, o mal-estar e o conflito entre partes. Ele provoca rupturas em estruturas sociais, estremece a relação saudável de pessoas de diferentes fés que fazem parte da mesma sociedade complexa (aquilo que é tecido junto) e exige reação, seja para romper com a realidade ou encontrar um modo de conviver com ela (sublimar). Westhelle destacou que, muito tempo depois, o escândalo ainda retém potencial para passar da realidade à representação, mostrando como Lutero descobriu na cruz a reversão do próprio desconforto, denunciando a transformação da essência em aparência e a compreensão do significado do amor no grito do abandonado. Só quando a cruz é mostrada fazem sentido as contradições: morte-perpetuação, encarnação-ministério, aniquilação-enlevação.
Assim como o ato de olhar para a serpente metálica possibilitou a cura, a tribulação (Anfechtung) pela qual teólogos e teólogas da cruz passam, dá coragem (parrhesia) para dizer as coisas como elas são. A teologia da cruz não é uma doutrina, mas uma disposição franca e honesta de expressar-se, a decisão de levar às últimas consequências o ensino da comunidade joanina: quem tem verdadeiro amor joga fora todo o medo.
Na vida de fé da igreja cristã, a tarefa dos teólogos e teólogas é fazer e desfazer metabolicamente a sustentação da comunidade. Só com coragem e autoinclusão, podem dizer que o grupo é “raça de víboras que espalha veneno através de seu egoísmo, que, fatalmente, leva à morte”, como Lutero fez em sua prédica. E ao mesmo tempo sustentar suas afirmações teológicas, enfrentando até falsa piedade e apego ao poder de quem o exerce e gosta de manter suas prerrogativas. Sua tarefa é também lembrar que tentar controlar o anúncio da Palavra é, na prática, controlar a Palavra ou interferir na autoridade que ela transfere à atuação eclesial através do ministério ordenado. A igreja, nas diversas instâncias, não controla a salvação que vai anunciar, mas é a Palavra que cria a igreja (Creaturae Verbi). A comunidade é dona do templo, da casa e do carro paroquial, mas da salvação é apenas portadora, providenciando o lugar em que o anúncio deve ressoar.
Essa contestação travestida de lamento provocou desgastes, rupturas e fissuras no Deus vestitus (a experiência religiosa) do povo de Israel no deserto. Isso mostra ingratidão a Deus, desgasta lideranças e precipita a experiência do Deus nudus (o abismo irresistível), que alguns identificam com o fervor e a piedade, após dispensar a piedade tradicional. Como se essa não fosse também piedade e não estivesse criando tradição ao expressar-se na comunidade.
Como não há expressão cúltica sem mediações, só depois de buscar o Deus nudus no mágico – e no midiático – se descobre em desamparo maior que o esperado. A relação com o Deus nudus, que é impossível porque exige a mediação do Deus vestitus, dá-se como experiência de fé na comunidade. A fé busca uma linguagem humana (fides quaerens intellectum).
A tensão descrita no texto de Números 21.4-9 é a tentação de pretender a comunhão com o Deus nudus, ao mesmo tempo em que submete o Deus vestitus a nosso controle administrativo. Na situação descrita no texto, o que parece ter provocado essa atitude foi a impaciência, somada à decisão de exigir direitos, tirar proveito pessoal e assegurar certo grau de afirmação. A tentativa de tirar vantagens em termos de conquista, dominação ou influência tem intenções distintas. Sem o Espírito, do qual vem a força para ser igreja, a relação será a de troca ou teologia da recompensa, como a do povo que julga poder exigir cuidados, bem-estar e alimentação. O que veio foram serpentes. Tensionar até o limite de tentar Deus não acaba em boa coisa.
Para ilustrar a coragem de dizer a verdade (parrhesia), sugiro a história de Henfil:
Conta-se que as situações mais agudas da miséria brasileira no regime militar ficaram internacionalmente conhecidas através das caricaturas de Henfil, irmão de José Mário e Herbert de Souza, o Betinho. Sabendo usar como poucos a ironia, dissecou os conflitos políticos da ditadura militar nas tiras de imagens e diálogos e nas chamadas Cartas à Mãe. Seus irmãos o repreendiam, indagando se ele não comprometeria a mãe. Ele respondia risonho: “Vão me prender por quê? Não posso escrever para minha mãe? Ademais, quem tem mãe não tem medo”. Confesso que essa frase passou a fazer sentido quando pregava sobre Maria, a mãe do salvador Jesus. Entendi por que até o islã a reverencia como a mãe do profeta.
Outra metáfora usada pelo reformador é a do Deus revelatus e do Deus absconditus:
O Deus revelado é aquele que se revela na criação e na encarnação – Cristo, a Palavra encarnada – e pode ser achado no anúncio dos profetas, na pregação dos apóstolos e nos evangelhos. O Deus escondido é aquele que está presente, mesmo que invisível, nas mais diversas situações do cotidiano humano, por vezes nas situações mais difíceis, duras e dramáticas, as que mais negam sua natureza (absconditus sub contraria specie).
A confissão do centurião diante da cruz revela sua percepção da revelação. Essa, muito provavelmente, não está baseada no conhecimento dos ensinos de Jesus, “mas porque ele se sabia parte de todos nós que impusemos direta ou indiretamente esse sofrimento. Ver-se naquela máscara tornou-se para o centurião aquela ‘transparência espelhante’ que lhe mostrou sua própria condição. Ele conheceu a si mesmo no momento em que reconheceu Deus e reconheceu Deus porque veio a conhecer quem ele era” (Westhelle, 2008: 113).
Saudação:
A saudação pode ser feita pelo celebrante durante suas palavras iniciais. Ao falar de Quaresma, o dirigente insiste no compromisso de guardar esse tempo de preparação para a paixão do Senhor. Chamar a comunidade a refletir sobre a Quaresma como tempo de preparação, para que seja tempo de serviço criativo e de renovar a disposição para seguir a Semana Santa, do Domingo de Ramos à manhã pascal. Em seguida, as crianças entram e distribuem flores violetas, as luzes e as velas do altar são acesas. Após o gesto, o celebrante comenta: Assim Deus nos quer acolher neste lugar para a celebração, afetivamente. Venham renovar votos de arrependimento e compromisso de caminhada com Cristo!
Confissão de pecados:
Estamos aqui, Senhor, para admitir nossas faltas, impaciências e desamor. Não conseguimos nos preparar para reviver a paixão do Senhor se carregamos essa mágoa. Faze conosco, Senhor, essa troca maravilhosa, levando nossa dor, tristeza e sofrimento e dando-nos amor, paz e confiança no sacrifício de Jesus Cristo em nosso lugar. Ajuda-nos a, confiantes em teu amor e graça, viver na esperança em tua presença e sob teus cuidados. Tem piedade de nós, Senhor!
Oração do dia:
Deus, que sustentaste teu povo, ano após ano, neste tempo de Quaresma e o preparas para reviver a paixão do Senhor, orienta com tua Palavra o seu caminho, seguidamente tão difícil, desconhecido e perigoso. Por nosso Senhor Jesus Cristo, que contigo e com o Espírito Santo vive e reina de eternidade a eternidade. Amém!
Oração final:
Para este momento, a comunidade é convidada a, após a oração de despedida, o Pai-Nosso e a bênção, recitar o hino “Kyrie Criança”:
Vem, Senhor, ouvir o clamor
Por tantas crianças do mundo.
Vem, Senhor, sentir nossa dor
Que toca a gente tão fundo
E são crianças sem pão e sem lar,
Ficam nas ruas à espera de um olhar.
Junto conosco vem dar atenção.
Kyrie Eleison, escuta esta oração.
REIMER, Haroldo. 4º Domingo da Quaresma – Nm 21.4-9. Proclamar Libertação, v. 22. São Leopoldo: Sinodal / EST, 1997.
WESTHELLE, Vítor. O Deus escandaloso: o uso e abuso da cruz. Trad. Geraldo Korndörfer. São Leopoldo: Sinodal / EST, 2008.
. Uma fé em busca de linguagem: o sedicioso charme da Teologia na IECLB. Estudos Teológicos, v. 32 (1): 68-82, 1992.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).