A China é considerada o país de origem dos sinos, que, provavelmente, já têm uma história de 5.000 anos. Os sinos chineses eram fabricados com a abertura para cima e não tinham o badalo, aquela haste metálica terminada em bola. Para produzir o som, batia-se na parte externa.
Naquela época, os sinos podiam ser usados como instrumentos musicais, para marcar a hora e até como unidade de medida para grãos.
Da China, os sinos se espalharam por outras regiões da Ásia e chegaram também a outros continentes. Na Idade Média, tornaram-se muito comuns em países da Europa.
Na Bíblia, os sinos aparecem inicialmente relacionados com as vestes sacerdotais, conforme lemos em Êxodo 28.31-33:
Faça também a sobrepeliz da estola sacerdotal toda de pano azul. No meio dela haverá uma abertura para a cabeça. Essa abertura será rematada, como a abertura de uma gola, para que não se rasgue. Em toda a borda da sobrepeliz coloque romãs de pano azul, púrpura e carmesim; e sininhos de ouro no meio delas. Haverá em toda a borda da sobrepeliz um sininho de ouro e uma romã, outro sininho de ouro e outra romã.
O som dos sininhos seria ouvido enquanto o sacerdote caminhava pelo santuário. A função é de chamar a atenção da comunidade para a santidade divina.
Sinos eram muito usados como instrumento musical no louvor a Deus e ajudavam a dar o tom para as pessoas que cantavam:
Davi e todo o Israel se alegravam diante de Deus com todas as suas forças, com cânticos, com harpas, liras, tamborins, címbalos e trombetas. (1Crônicas 13,8)
Assim, todo o Israel levou a arca da aliança do Senhor, com júbilo e ao som de clarins, trombetas e címbalos, fazendo ressoar harpas e liras. (1Crônicas 15,28)
Louvem-no com címbalos sonoros; louvem-no com címbalos retumbantes. (Salmos 150, 5)
No âmbito do cristianismo, os sinos ganharam importância a partir do século 5. E foi nos mosteiros que eles eram especialmente utilizados. Ali, o som dos sinos chamava para a oração.
Dos mosteiros, os sinos chegaram às igrejas de povoados e cidades. Os sinos das igrejas convidavam para oração e convocavam a população para as celebrações.
Sinos também era usados para anunciar eventos, tais como um incêndio, a aproximação de tropas inimigas, a chegada de uma pessoa importante.
A palavra “sino” tem origem no termo latino signum, que significa sinal, marca.
O sino é considerado um símbolo de comunhão. Ao ouvir o sino, as pessoas são animadas para a comunhão com Deus e lembradas que formam uma comunidade, que podem se unir em pensamento e oração.
Se o som do sino não for entendido como um sinal de comunhão e do amor de Deus, será somente o som de um objeto de metal, conforme escreveu o Apóstolo Paulo:
Texto: Emilio Voigt
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