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IECLB participa de grupo de trabalho sobre o tema Palestina-Israel

 

Atenas: A Igreja da Grécia recebeu uma delegação de representantes de 20 igrejas cristãs e organizações ecumênicas para uma reunião do Grupo de Trabalho sobre a Palestina e Israel. O encontro aconteceu entre os dias 16 e 18 de setembro, no Centro Interortodoxo do Monastério de Pendeli, em Atenas. O jornalista Tobias Mathies representou a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

O grupo foi estabelecido pelo secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Dr. Jerry Pillay. A solicitação para criação do grupo veio da 11ª Assembleia do CMI, que debateu a respeito da temática. O tema em 2022 foi “O amor de Cristo move o mundo para a reconciliação e a unidade”. Nesse contexto, a Assembleia declarou que era preciso “buscar justiça e paz para todos no Oriente Médio”. Por isso, solicitou à comunhão ecumênica mundial que realizasse consulta e reflexão sobre uma política alternativa, perspectiva e solução abrangente para a situação na Palestina.

Com base neste impulso, o grupo examinou, discutiu e discerniu as implicações dos recentes relatórios de órgãos da ONU, da B’Tselem, Human Rights Watch e Anistia Internacional. Os relatórios indicam aumento da violência e da opressão naquela região.

Pillay solicitou ao grupo que, após o estudo dos relatórios, revisasse a posição do CMI sobre o tema Palestina-Israel, à luz dos desdobramentos atuais. Por fim, que se formulasse uma recomendação de política sobre a posição da fraternidade ecumênica alinhada com os princípios de “paz justa”.

 

Reflexões a partir da Bíblia e do contexto

Audeh Quawas, da Igreja Ortodoxa – Patriarcado de Jerusalém, apresentou uma reflexão sobre o contexto geopolítico e social da região. Rifat Kassis, do programa Kairos Palestine, completou a explanação ao examinar o conteúdo dos relatórios das organizações não governamentais. Nader Abu Amsha, do Departamento de Serviço para Refugiados Palestinos, acrescentou ao debate possíveis soluções na busca por paz para todos, a partir da real situação.

“Um robusto relatório foi apresentado ao Plenário, depois de três dias de muitas discussões, sob os imperativos bíblicos e teológicos de amor, compaixão e busca pela paz. O Conselho Mundial de Igrejas tem uma vocação profética, enraizada na Bíblia, a partir do mandato para orar e buscar justiça e libertação dos oprimidos. Jesus Cristo sempre esteve ao lado das pessoas que sofrem e, em seu ministério, pregou uma mensagem de esperança e reconciliação para o mundo”, resumiu Mathies.