Culto Eucarístico
21 de agosto/ 10° Domingo após Pentecostes
Celebração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência
“Porque as pessoas veem as aparências, mas Deus vê o coração”
1 Sm 16.7b
Introdução
Nós nos pertencemos uns aos outros. Esta celebração prevê o texto de Rm 12.1-8 para a pregação, epístola prevista para o dia 21 de agosto, quando inicia a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência. Compreendemos a Igreja como um só corpo. Viver em comunidade permite que enxerguemos um pouco além das aparências. Dois pressupostos importantes irão perpassar esta liturgia.
Como recurso didático, sugiro que o/a pregador/a use duas rosas. Mas apenas uma fica exposta (pode estar desde o início do culto no púlpito). Em determinado momento, essa rosa é mostrada com a clara intenção de que seja admirada em sua beleza. Pode ser desenvolvido um pequeno diálogo com a comunidade: o que vocês acham, quantas pétalas esta rosa tem? O/A pregador/a começa a arrancar as pétalas, uma a uma, deixando-as cair no chão. Pode motivar as crianças a contar com ele o número das pétalas. O recurso é pra despertar curiosidade sobre a pregação. Finalmente: agora temos muitas pétalas, mas não temos mais uma rosa. Pena! Ela era tão bonita. Uma pétala sozinha, ou mesmo juntando todas elas, não tem mais a mesma beleza da rosa.
O mesmo acontece conosco. Individualmente, cada um de nós pode estar bem. Mas, viver em comunidade é muito melhor. No caso da rosa: nenhuma pétala é igual. Mas elas estão ordenadas, a partir do centro (Cristo), onde uma protege a outra. A partir do seu centro, as pétalas têm firmeza e formam uma unidade bonita: a rosa. No caso das pessoas: Somos muito diferentes umas das outras, com limites e dons. Juntos e juntas, formamos a Igreja, o corpo de Cristo. Separados, somos rosa despedaçada. Juntos e juntas, formamos uma bonita rosa (apresentar a outra rosa que estava escondida e colocá-la no lugar daquela que foi despedaçada). Viver em comunidade permite que desenvolvamos nossos dons, onde nossos limites não são problema; onde nos sustentamos mutuamente e onde conseguimos enxergar um pouco mais longe, para dentro do coração.
LITURGIA DA ENTRADA
Sugerimos que pessoas com deficiência sejam convidadas para participar da liturgia e também auxiliar na distribuição dos elementos da Ceia.
Sino
(Prelúdio ou momento de silêncio – oração individual)
Acolhida
L “Porque as pessoas veem as aparências, mas Deus vê o coração” (1 Sm 16.7b). Com estas palavras de Samuel queremos saudar a todas as pessoas que aceitaram o convite para celebrar este culto dentro da Semana Nacional das Pessoas com Deficiência. Estamos vivendo numa época que valoriza muito a imagem, o visual, as aparências. A estética tem recebido um grande valor: a cirurgia plástica, os Spas, as academias nunca estiveram tão cheias. Por isto, é muito oportuno que o Programa Diaconia Inclusão de nossa Igreja escolheu como tema desta semana “Porque as pessoas veem as aparências, mas Deus vê o coração”. Nesta celebração queremos nos aproximar de Deus, pedindo que Ele nos transforme e, assim como Ele, possamos olhar para o coração, valorizando a pessoa como um ser integral, criado à imagem e semelhança de Deus, integrado à sua criação, vivendo a sua paz.
Canto HPD 123 ou 330 ou 333
Saudação Trinitária
L Em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
C Amém.
L Elevo os meus olhos para os montes e pergunto: de onde me virá o socorro? O Salmista responde:
C O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra.
Confissão de Pecados
L Ao olharmos para a Palavra de Deus como se olhássemos para o espelho, perceberemos as nossas falhas. Por isso, com humildade, confessemos os nossos pecados.
L Misericordioso Deus, como membros do teu corpo, nem sempre somos pétalas de uma rosa, que, unidas, se protegem mutuamente e formam uma comunidade. Muitas vezes, colocamos como prioridade nossos interesses individuais e esquecemos as pessoas da família e da comunidade. Preocupamo-nos e focamos muito nossas vidas; não enxergamos as necessidades e alegrias de quem vive ao nosso lado.
Nesse sentido, reconhecemos nosso pecado e, por isto, clamamos:
C Perdão, Senhor, perdão.
L A tua ação quer nos manter unidos e unidas, mas somos sensíveis a outras orientações que nos desviam da tua palavra. Desorientados, muitas vezes, zanzamos como ovelhas sem pastor, carentes, solitários e até mesmo zangados e nervosos. Reconhecemos, no entanto, teu grande amor e sabemos que enxergas o que se passa em nossos corações. Por ser a tua graça maior do que a nossa culpa, ousamos
levantar nossa voz a Ti e, com esperança, pedimos: perdoa-nos, Senhor, e dá que possamos começar sempre de novo.
C Perdão, Senhor, perdão.
Proclamação da Graça – Palavra de absolvição
L “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos e a verdade não está em nós. Se, porém, confessarmos os nossos pecados, Deus, que é fiel e justo, nos perdoará e nos purificará de toda injustiça.” (1Jo 1.8-9) Como ouvimos neste anúncio, Deus, que é amor, já perdoou aos que sinceramente se arrependeram. É este perdão que lhes anuncio, em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo.
C Amém.
Kyrie
L Trazemos diante de Deus, que nos vê por inteiro, as dores causadas pelo preconceito e pela dureza do coração humano. Pelas dores que abrem feridas internas difíceis de tratar, e que ferem a criação, clamemos ao Senhor, cantando:
Canto “Pelas dores deste mundo”
Gloria in Excelsis
L “O Verbo se tornou carne e habitou entre nós”, testemunha João em seu Evangelho. Lucas conta que isto foi motivo para que os anjos entoassem “Glória a Deus nas alturas”. Nós também temos muitos motivos para glorificar a Deus: pela ação do Espírito Santo, que tem chamado pessoas à fé e, a partir dela, construíram e continuam construindo comunidades nas quais todas as pessoas são acolhidas e animadas com a pregação e o testemunho da Palavra. Glorificamos a Deus porque espaços preciosos de acolhimento, de educação e de saúde têm sido construídos em nossa sociedade. Glorificamos a Deus, pois não somos pétalas perdidas, mas temos nossa unidade garantida a partir da ação de Jesus Cristo. Portanto, como pessoas
agradecidas e fortalecidas, a uma só voz, cantamos Glória a Deus nas
alturas.
Canto Glória, glória, glória
Oração do Dia
L Oremos: Deus bondoso! Obrigado por podermos levar a ti nossa oração, falando de nossas dores, culpa e desespero. Somos pessoas gratas porque prometes saciar a nossa sede com a água da vida. Louvado sejas por tua graça, que nos fortalece em nossas fraquezas e limites com a ação do teu Espírito Santo. Abre nossos corações e nossas mentes para a tua palavra. Faze-nos colaboradores e colaboradoras que levam, em teu nome, rios de água viva, apoiando e confortando aos que têm sede de amor, permitindo assim a constituição de comunidades unidas, inclusivas e sensíveis. Por Jesus Cristo, que contigo e o Espírito Santo vive e reina eternamente.
Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
Canto HPD 379 ou 351
Leituras Bíblicas
1ª Leitura
L Isaías 51.1-6
Canto “A tua Palavra é semente” ou “Pela Palavra de Deus”
Salmo do dia
L Salmo 138
Evangelho
L Aclamemos o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, cantando:
C Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia.
L Mateus 16.13-20
L “Fiel é a Palavra e digna de inteira aceitação” (1 Timóteo 4.9).
Preparando-se para a pregação, cantamos:
Canto “Bom que já nos pertencemos”
Pregação Romanos 12.1-8
Confissão de Fé: Credo Apostólico
Canto HPD 209
Oração Geral da Igreja
L A comunidade cristã reunida tem uma tarefa especial: orar. É o que queremos fazer agora. Oremos.
Deus bondoso, ajuda a tua Igreja a permanecer fiel e a proclamar a tua salvação em palavras e em obras de misericórdia. Pedimos, Senhor, pelas lideranças, para que não lhes falte ânimo para o serviço comprometido com a causa do Evangelho. Ajuda as comunidades para que possam ser unidas, sem fazer distinção das pessoas com seus limites e dons, onde todos possam apoiar-se mutuamente como membros de um só corpo. Pedimos que as pessoas possam sentir e se alegrar com a tua presença. Dá à tua Igreja a capacidade de amar cada vez mais a ti e a irmãos e irmãs. Auxilia as pessoas responsáveis pelo trabalho da diaconia para que sua ação resulte na inclusão de cada pessoa no seio da Igreja e na sociedade.
Pedimos, Senhor, para que assistas as pessoas que sofrem porque vivem afastadas de Ti e não têm esperança de dias melhores, caindo em desânimo e nas ilusões que o mundo oferece. Pedimos pelas pessoas que encontram limites na inclusão, na Igreja, escola, trabalho e círculos sociais. Pedimos também pelas pessoas entristecidas, enfermas e enlutadas (lembrar nomes e situações …………………. ) para que encontrem em Ti a força que necessitam para viver, encontrando alívio para suas dores. Ajuda-nos como comunidade a sermos mais acolhedores e sensíveis e ensina-nos a testemunhar o teu amor.
Acolhe, Senhor, a nossa oração que trazemos a Ti neste dia.
C Amém
LITURGIA DA CEIA
Anúncio das Ofertas
L Ofertar é um gesto da nossa motivação para servir com nossos recursos financeiros para o testemunho da Igreja no mundo. O Conselho da Igreja destina as ofertas deste culto para o trabalho junto às Pessoas com Deficiência. As ofertas são para a manutenção deste trabalho, que visa proporcionar aos Sínodos a oportunidade de realizar seminários, cursos, oficinas sobre o tema inclusão e deficiência. Além da formação, as ofertas auxiliam na elaboração de materiais, como o Subsídio para a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência. Um mundo mais justo e inclusivo, onde se respeitam as diferenças, é um mundo melhor para as pessoas com e sem deficiência, pois será um mundo em que se vive comunhão e solidariedade.
Canto HPD 249
(enquanto isto as ofertas são recolhidas e os elementos da Ceia são trazidos ao altar)
Oração de Ação de Graças
L Oremos: Nós te louvamos, Deus provedor, por estas ofertas e te agradecemos porque dispões do fruto do nosso trabalho para o serviço do teu reino. Para o teu louvor, dizemos (cantamos) juntos e juntas:
C Graças, Senhor, por tua bondade, teu poder, teu amor.
L Nós te louvamos e agradecemos, Deus Salvador, pelo fruto do trigo e o fruto da videira, tuas dádivas, que com o trabalho humano foram transformados em pão e suco (vinho), que aqui te trazemos.
Pedimos-te que estes alimentos sejam para nós, nesta Ceia, comida e bebida para nossa salvação. Para teu louvor, dizemos (cantamos) juntos e juntas:
C Graças, Senhor, por tua bondade, teu poder, teu amor.
L Nós te louvamos, Deus vivificador, tu que santificas o corpo da Igreja e infundes nela o sopro da vida: habitas em nós e nos tornas templos vivos de tua presença. Para o teu louvor, dizemos (cantamos) juntos e juntas:
C Graças, Senhor, por tua bondade, teu poder, teu amor.
Narrativa da instituição
L Por tudo que fizeste por nós, Deus de amor, também reavivamos e celebramos o que Jesus nos ordenou que fizéssemos em sua memória quando instituiu a Santa Ceia:
Nosso Senhor Jesus Cristo, na noite em que foi traído, ele, nosso Senhor Jesus Cristo, tomou o pão, rendeu graças, o partiu e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei: isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim.” A seguir, depois de cear, tomou também o cálice, rendeu graças e o deu a seus discípulos, dizendo: “Bebei dele todos, porque este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vós, para remissão dos pecados. Fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
L Portanto, todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos a morte do Senhor por nós até que ele venha.
C Anunciamos, Senhor, a tua morte e proclamamos a tua ressurreição.
Epiclese
L Envia, Deus bondoso, o Espírito Santo, o mesmo que enviaste aos teus apóstolos no dia de Pentecostes. Ele mantém viva a fé em nós e nos estimula para a comunhão e a partilha. Que pela presença deste mesmo Espírito o pão e o suco da videira sejam para nós, nesta Ceia, corpo e sangue de Cristo.
C Envia teu Espírito, Senhor e renova a face da terra.
Pai Nosso
L Juntemos nossas mãos e vozes e oremos a oração que Jesus mesmo nos ensinou:
C Pai nosso
A Paz
L A paz duradoura somente o Senhor poderá nos dar. Roguemos ao Senhor para sustentar nossa esperança pela paz verdadeira.
Roguemos para que, como as pétalas estão unidas no cerne da rosa, a paz nos reúna na comunhão. Nesse sentido, cumprimentemo-nos mutuamente, desejando a “paz de Cristo”.
Fração
L O cálice pelo qual damos graças é a comunhão no sangue de Cristo.
O pão, pelo qual damos graças, é a comunhão no corpo de Cristo.
C Nós, embora muitos, somos um só corpo.
Comunhão
L Vinde, pois tudo está preparado. Vinde participar da Ceia do Senhor!
Oração Pós-Comunhão
L Oremos: Deus de amor, revigorados e revigoradas com teu alimento, envia-nos para viver sob o poder do teu Espírito. Conduze-nos em alegria e fé, em verdade e justiça, para que possamos receber e viver o teu Evangelho no mundo e manter a unidade e o vínculo que temos em Ti. Por Jesus Cristo, pedimos. Amém.
LITURGIA DE DESPEDIDA
Canto HPD 377
Bênção Final
L Nas noites de deserto, caminha à nossa frente, Senhor. Nas tempestades da vida, sê nossa proteção. Nas incertezas da alma, sê nossa esperança. Nas alegrias e nas vitórias, seja a ti o nosso louvor!
A bênção de Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, seja com vocês, agora e para sempre. Amém!
Envio
L Vão em paz e, nela unidos como as pétalas da rosa, sirvam ao Senhor com alegria.
Liturgia moldada pelo
Pastor Sinodal Marcos Bechert
Sínodo Vale do Taquari
Índice do Caderno de Subsídios da Semana Nacional das Pessoas com Deficiência – 2011