Proclamar Libertação – Volume 36
Prédica: Ezequiel 2.1-5
Leituras: Marcos 6.1-13 e 2 Coríntios 12.2-10
Autor: Olmiro Ribeiro Junior
Data Litúrgica: 6º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 08/07/2012
Quero falar de uma coisa, adivinha onde ela anda, deve estar dentro do peito ou caminha pelo ar. Pode estar aqui do lado, bem mais perto que pensamos… Há que se cuidar da vida, há que se cuidar do mundo, tomar conta da amizade. Alegria e muito sonho, espalhados no caminho.
Verdes, planta e sentimento, folhas, coração, juventude e fé.
(Milton Nascimento – Coração de Estudante)
1. Introdução
A igreja e a comunidade cristã mantêm-se por meio de uma palavra, uma fala diferenciada. Pentecostes foi um grande evento em que as pessoas foram tocadas para falar a mensagem de Deus. Jesus percorreu aldeias, curou, sofreu, morreu e ressuscitou, para que a mensagem de Deus não se perdesse, não fosse silenciada.
Após Pentecostes, somos convidados a não esquecer essa mensagem que transforma, liberta e significa vida. Somos convidados a continuar falando, como nos fala a canção de Milton Nascimento.
Os textos bíblicos revelam o compromisso que temos com a mensagem de Deus, as dificuldades de falar essa mensagem, que é a mensagem da cruz. Em 2 Coríntios 12.2-10, Paulo revela o espinho na carne, sinônimo de sua fraqueza, posto para que ele não se glorie por ser mensageiro de Deus. Marcos 6.1-13 destaca a incompreensão dos conterrâneos de Jesus, que se maravilham com suas palavras, mas ficam descrentes por conhecê-lo bem. Consecutivamente, aparecem o envio e a exortação para os discípulos saírem pregando a mensagem de Deus.
A mensagem de Deus é maior do que o mensageiro, e é o Espírito Santo que nos chama e capacita para falar tal mensagem mediante a graça de Deus. Mensagem que é palavra, pensamento, vivência e compromisso com a cruz.
2. Exegese
2.1 – O livro de Ezequiel
O livro de Ezequiel surgiu entre os anos de 593-571 a.C. durante os mais terríveis dias da história de Judá: os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Ezequiel, que no hebraico significa “Deus fortalece”, era de família sacerdotal. Em Judá, ele estava se preparando para o trabalho sacerdotal do templo quando foi levado prisioneiro à Babilônia em 597 a.C. Ezequiel é o primeiro a profetizar fora da terra de Israel. Isso significa uma ruptura decisiva na história da profecia bíblica: alguém apresentar-se como profeta longe da terra santa. Ezequiel é o único livro profético inteiramente autobiográfico. Ele foi escrito na primeira pessoa a partir da perspectiva do próprio profeta, com vasto número de ações simbólicas (3.22-26; 4.1-14; 12.10-20; 21.6,18-24; 24.15-24; 37.15-28).
Ezequiel atuou como profeta dos exilados, dos que estão afastados da terra santa, ou seja, sem Deus. Mediante profecias, parábolas, sinais e símbolos, o profeta procura dramatizar a mensagem de Deus ao povo exilado, centrando a mensagem na restauração futura de Israel. Ezequiel tem como propósito principal lembrar à geração nascida durante o exílio babilônico a causa da destruição sofrida por Israel, o julgamento das nações gentias e a chegada da restauração nacional de Israel. O profeta reacende no povo o desejo de retornar à terra prometida.
2.2 – Contexto narrativo
A perícope prevista para o 6° Domingo após Pentecostes encontra-se no início do livro de Ezequiel, no bloco que contém mensagens de condenação (Ez 1.1-24.27). A vocação do profeta encontra-se em Ezequiel 1.1-3.21, trecho que pode ser estruturado da seguinte forma: a) introdução (Ez 1.1-3); b) visão da glória de Deus (Ez 1.3-28); b) o atalaia de Israel (Ez 2.1-3.21). A perícope destaca o chamado de Ezequiel: após ter tido as visões, ele ouve a voz do Todo-Poderoso, que o ordena a falar ao povo o que viu e ouviu.
2.3 – Análise do texto de Ezequiel 2.1-5
É importante considerar o contexto anterior das visões para a análise do texto: após ter visões de Deus, o profeta ouve a voz do Altíssimo.
V. 1 – Ezequiel ouve a voz do Senhor, que o chama de Filho do homem e pede para colocar-se em pé. Ouvir a voz: a marca do profeta é ouvir a voz de Deus. No caso de Ezequiel, o povo estava se acostumando na Babilônia a uma certa liberdade. O profeta é aquele que aproxima o povo rebelde de Deus. Filho do homem: terminologia característica em Ezequiel para diferenciar a criatura do criador. O Filho do homem é o ser errante, mas que não perdeu o vínculo com a majestade do criador. Põe-te em pé: o chamado de Deus tira as pessoas de sua área de conforto. Por isso ficar em pé é muito mais do que uma simples posição de respeito, mas revela uma ruptura da posição cômoda em que a pessoa estava. Ficar em pé é o compromisso de estar pronto também para andar, é fazer a vontade de Deus, que está acima da vontade humana.
V. 2 – Toda a disposição de ouvir e de servir a Deus, ou seja, ficar em pé, não é fruto da vontade humana, mas do próprio Deus, por intermédio de seu Santo Espírito. Espírito: ruach, no hebraico, é a força vital, o sopro divino que dá vida, alento e poder às suas criaturas. Ele não é uma subdivisão humana, mas a força, a presença, a ação misteriosa de Deus na humanidade.
V. 3 – Aqui se encontra a descrição da missão do profeta: ele é chamado para falar aos filhos rebeldes de Israel, aqueles que se afastaram e continuam afastados do amor e da presença de Deus, mas também às nações que atacaram Israel, destruíram a terra, exilaram o povo e, assim, afrontaram o poder de Deus. A mensagem, portanto, não é destinada apenas ao povo de Deus, mas também aos inimigos do povo. Envio: o profeta só pode cumprir sua missão se for enviado por Deus. O envio demonstra que ele não está agindo por sua vontade e interesse, mas pela vontade do Senhor. A função de Ezequiel é falar ao povo que o Senhor não o esqueceu.
V. 4 – Este versículo descreve as características dos ouvintes que o profeta encontrará: um povo indiferente, acomodado com a suposta liberdade e facilidade do exílio. No entanto, com todas as dificuldades e certa rejeição dos ouvintes, o profeta necessita falar a mensagem do Senhor. Duro semblante: Pessoas indiferentes, que não acolherão o profeta e suas palavras. Obstinados de coração: o exílio aparentemente deu uma vida boa e agradável para o povo; assim, ele não tem desejo e necessidade de voltar. Ele está convencido de que está bem ali onde está.
V. 5 – Independente da disponibilidade e da aceitação do povo, o profeta tem que cumprir sua missão e vocação de falar. O povo necessita ter consciência de que a presença de Deus esteve entre eles na pessoa do profeta. Quer ouçam, quer deixem de ouvir: o profeta não tem responsabilidade com a aceitação da mensagem. Ele tem responsabilidade de falar essa mensagem, de torná-la conhecida, mas não aceita. O êxito da mensagem não depende do profeta, apenas da divulgação. Profeta: a voz de Deus entre o povo, a voz de juízo e consolo, o convite ao arrependimento, à conversão e à bênção.
3. Meditação
Após a festa de Pentecostes, a igreja segue sua missão de anunciar a mensagem da cruz, mensagem de juízo, de perdão e de graça. Mensagem que cativa e encanta as pessoas a tornar-se mensageiras de tal palavra. A igreja é convidada a seguir fazendo o que os profetas do Antigo Testamento, como Ezequiel, fizeram: ouvir, seguir o chamado e o envio e falar. Dessa maneira, a mensagem precisa incentivar as pessoas a cumprir o chamado e o envio que receberam no Batismo: anunciar a mensagem de Deus em palavras e ações.
3.1 – Libertar do quê?
– Libertar da autoglorificação, da necessidade de reconhecimento e bajulação das pessoas envolvidas em anunciar a mensagem de Deus, que não conseguem perceber que importante é a mensagem e não o mensageiro.
– Libertar da falta de compromisso, da preparação e do engajamento com a mensagem de Deus, que é a mensagem da cruz. Libertar da deturpação de anunciar uma mensagem agradável, baseada em conivência relacional e amigável, mas sem o fundamento do perdão, do juízo e da graça.
– Libertar da acomodação e da inércia, da falta de envolvimento com a mensagem que vem como chamado e envio. Deus fala para chamar e enviar as pessoas a viver a sua vontade.
– Libertar da falta da pregação da mensagem da cruz, da falta de ouvir a voz e a fala de Deus.
3.2 – Libertar com base em quê?
– Libertar com base na ação de Deus por intermédio do Espírito Santo, que chama pessoas para anunciar a sua mensagem. Esse chamado nos cativa e compromete a falar da vontade de Deus.
– Libertar com base no fundamento da igreja cristã e da Reforma Protestante, a pregação da Boa-Nova, sem a qual não existe comunidade.
3.3 – Libertar para quê?
– Para motivar as pessoas a viver o seu chamado no Batismo de forma comprometida, tornando-se mensageiras de Deus, e não apenas sócias de uma entidade religiosa.
– Para enviar as pessoas a anunciar a mensagem da cruz, sem autoglorificação e imposição, mas com graça e paz. Anunciar com o compromisso de anunciar, sem impor.
– Para motivar as comunidades a viver baseadas na palavra de Deus e não em tratos e conchavos pessoais. Motivar para que a palavra de Deus seja a base e o alvo da convivência.
– Para incentivar as pessoas a sair da acomodação, do círculo de estabilidade e propagar a mensagem em outros locais e para outras pessoas, fora dos muros, dos guetos, das comunidades.
3.4 – Tópicos para a prédica
– Ezequiel foi chamado para falar a mensagem de Deus a seus conterrâneos que viviam confortavelmente no cativeiro. O profeta tem a tarefa de anunciar que não existe vida plena sem Deus. Também Jesus fala aos discípulos sobre o compromisso de anunciar a Boa-Nova e adverte-os a não se frustrar com a ingratidão das pessoas.
– Os textos bíblicos convidam-nos a refletir sobre o lugar e a importância da mensagem de Deus na comunidade. Destacam a importância do chamado e do envio para a vivência da fé, ou seja, o Espírito Santo nos chama e capacita a testemunhar a mensagem, que não é função de um especialista da fé, mas é tarefa de cada membro da comunidade a partir de sua fé.
– Analisar qual mensagem tem sido vivida em nossa comunidade: a mensagem da cruz ou as mensagens de conivência relacional? Analisar se o evange¬lho dispõe as pessoas a servir com seus dons ou se elas vivem como se estivessem num clube social, exigindo benefícios e fazendo favores.
Comprometer a comunidade a anunciar a mensagem, sem impor ou obrigar as pessoas a aceitar tal mensagem. A comunidade está comprometida com o testemunho e não para impor um compêndio de regras a serem cumpridas.
4. Recursos
4.1 – Dinâmica da cruz
1º Passo: Trabalhar a folha em branco. A pessoa que vive sem o Batismo, sem o chamado de Deus, não descobre seu valor e sua identidade. Nós, distantes de Deus e da comunidade, igualmente não sabemos quem somos, por que vivemos e para que vivemos.
2º Passo: Formar uma dobra na folha, semelhante a uma “meia-água”. No convívio com Deus e com a comunidade, vamos reconhecendo a mensagem, o chamado e o envio de Deus, e assim vamos nos dispondo a servir, descobrindo quem somos.
3º Passo: Fazer mais uma dobra e formar a casa. Destacar que essa é a nossa vocação perante Deus: ser templo do Espírito Santo. O chamado de Deus nos envolve e modela a viver como filhos e filhas amadas.
4º Passo: Fazer uma dobra, dobrando a folha no meio. Destacar que, diante de nossa condição existencial de pecadores, nos isolamos em nossa existência, procurando unicamente o nosso bem. Ao não viver o chamado e o envio de Deus, vamos diminuindo como pessoas e esquecendo que somos filhos e filhas amadas.
5º Passo: Fazer outra dobra de 1/3 da folha que foi dobrada ao meio. Dizer que o egoísmo, a ganância, o individualismo e o afastamento de Deus são algo vicioso. Dessa maneira, cada vez mais vamos diminuindo e nos esquecendo de nossa missão e de nosso valor.
6º Passo: Fazer mais uma de dobra 2/3. Após a dobra, destacar que a pes¬soa chega ao limite, no ponto em que a vida não é mais suportável. Que estamos reduzidos a quase nada. Refletir sobre o que fazer.
7º Passo: Rasgar um pedaço de 1/3. Trabalhar a necessidade de romper com algumas coisas que nos escravizam, de mudar e voltar ao chamado de Deus, de viver o Batismo. Convidar para refletir sobre o que impossibilita a vivência do chamado, da mensagem de Deus. O que nos afasta de Deus e da convivência com as outras pessoas? Rasgar então um pedaço, pensando no que se está disposto a mudar.
8º Passo: Rasgar mais um pedaço de 2/3. Convidar a pessoa a pensar em algo mais de que ela gostaria ou necessitaria mudar. Que compromisso ela está disposta a assumir para viver a mensagem de Deus? Depois rasgar o papel.
[Veja Figura 1 anexa.]
9º Passo: Guardar o miolo do papel embaixo da perna. Advertir para não abrir. Depois trabalhar com o que sobrou dos cortes no papel. Pedir às pessoas para que formem a palavra “lixo” com o que sobrou, convidando a refletir que a mensagem de Deus nos recicla: para Deus, nada é lixo ou descartável.
10º Passo: Montar a palavra “lixo”. Montar a palavra “luz”, destacando que quem possibilita e nos convida a mudar, a transformar nossa vida é Deus, é Cristo, a Luz do mundo, que ilumina a nossa escuridão. Igualmente fazer com que as pessoas possam adivinhar a palavra “luz”.
11º Passo: Após montar a palavra “luz”, montar duas pessoas, destacando que o processo de mudança acontece na comunhão, partilha e solidariedade entre as pessoas. Enfatizar que onde duas ou três pessoas se reúnem, Deus está no meio delas. Igualmente possibilitar que as pessoas possam adivinhar.
12º Passo: Após montar as duas pessoas, destacar que isso só acontece a partir do centro da nossa existência. Convidar as pessoas a abrir o central de sua vida (que antes foi colocado de lado). Destacar a centralidade da cruz para a vida com Cristo.
13º Passo: Após abrir a cruz, montar o altar, destacando que todo o processo de autodescobrimento, de mudança, aproximação de Deus e convivência comunitária tem um lugar fundante para acontecer, que é o culto. O culto é o local primordial em que Deus vem até nós para nos alimentar, curar e sarar, mediante sua palavra, os sacramentos e a comunhão.
[Veja Figura 2 anexa.]
4.2 – Música: “Coração de Estudante” como meditação.
4.3 – Poema
“Profeta moderno” (Olmiro Ribeiro Junior)
Um profeta moderno, entristecido com a maldade e a perversão da humanidade, pede demissão a Deus. Ele não quer mais falar sobre o seu Senhor às pessoas. Consequentemente, Deus interroga o profeta sobre as razões que redundaram em tal convicção.
O profeta, indignado, responde:
– Senhor, como vou falar de um Deus que age como um pai e uma mãe, que cuida e protege, enquanto existem tanta fome, guerras, violência e morte? As pessoas se matam por matar, criminosos atormentam e executam as suas indefesas vítimas friamente. A polícia pouco protege, e quando o faz, assassina os delinquentes para puni-los. As pessoas brigam, se ofendem, fazem inimizades por motivos banais. Pouca gente protege e respeita a vida que tu nos deste.
– Senhor, como eu vou falar do teu amor, enquanto o sexo, a prostituição, a promiscuidade e o egoísmo são mais importantes do que o teu amor? Como falar de amor a uma família que perde sua única filha atropelada por uma pessoa embriagada, à namorada que vê seu amor ser assassinado por uma bala perdida, à mãe que presencia o suicídio do filho por overdose?
– Senhor, como eu posso falar de misericórdia e perdão se os países ricos oprimem, lançam bombas, devastam com guerras os países mais fracos para explorá-los e empobrecê-los ainda mais? Como falar de justiça e misericórdia para uma mulher que viu seu marido ser preso por ter roubado comida, enquanto políticos, empresários e parte das elites enriquecem desviando verbas, sonegando impostos, praticando o estelionato, e tudo fica por isso mesmo?
Como acreditar na justiça se ela pune a pobreza, a cor da pele e não o delito?
Deus escuta pacienciosamente e responde-lhe com os olhos cheios de lágrimas:
– Meu filho amado, isso tudo que você me contou não são motivos para desistir. Justamente por essas coisas que você necessita seguir falando do meu amor às pessoas, para ver se o meu amor, a minha misericórdia, possa estar na vida das pessoas. Para que elas possam viver do e no meu amor, libertas do egoísmo, da indiferença, que infundem todo mal, atrocidades e sofrimentos no mundo.
Não desista, meu filho! Muitas pessoas não entendem e nem querem entender o meu amor, que criou o mundo e o mantém. Eu nunca desisto da humanidade, pois a cada novo dia mais e mais pessoas reconhecem o meu amor e passam a viver dele. E elas só chegam a conhecê-lo por causa de profetas como você, que propagam minhas palavras, minha esperança e meu juízo para estruturas e sistemas que infundem a morte.
5. Subsídios litúrgicos
Confissão de pecados:
1. Não olhes para os pobres com os olhos dos soberbos, mas olha para os pobres com os olhos de Jesus, que lhes deu alimento e se fez um com eles.
2. Não olhes para os ricos com os olhos dos que carregam ódio e inveja, mas olha para os ricos com os olhos de Jesus, que os ensinou a repartir e que, ao fazer isso, se tornam o olhar de Deus na terra.
1. Não olhes para os pecadores com os olhos dos que se acham perfeitos, mas olha para os pecadores com os olhos de Jesus, que lhes pediu arrependimento e concedeu o perdão.
2. Não olhes para os desesperados com os olhos dos indiferentes, mas olha para os desesperados com os olhos de Jesus, que morreu para que a vida tivesse esperança, e deseja que a nossa vida cristã seja esperança e cuidado entre as pessoas.
1. Não olhes para o mundo com os olhos do mal, do diabo, mas olha para o mundo com os olhos de Jesus, que amou este mundo e deseja criar por intermédio de nós um novo céu e uma nova terra.
2. Ajuda-nos, Amado Deus, a enxergar as pessoas e as situações com os teus olhos.
Oração final (Martim Lutero):
C: Tu és um Deus maravilhoso, cheio de amor.
Tu nos governas maravilhosa e amigavelmente.
Tu nos levantas, quando nos rebaixas.
Tu nos tornas justos, quando de nós fazes pecadores.
Tu nos levas ao céu, quando nos atiras no inferno.
Tu nos dás a vitória, quando permites que sejamos vencidos.
Tu nos consolas, quando nos deixas enlutados.
Tu nos fazes alegres, quando nos deixas gritar.
Tu nos fazes cantar, quando nos deixas chorar.
Tu nos fortaleces, quando sofremos.
Tu nos tornas sábios, quando de nós fazes tolos.
Tu nos tornas ricos, quando nos envias a pobreza.
Tu de nós fazes senhores, quando nos deixas servir.
Cantos
Bibliografia
BÍBLIA de Estudo Almeida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
SCHMIDT, Werner H. Introdução ao Antigo Testamento. São Leopoldo: Editora Sinodal, 2004.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).