Prédica – Gálatas 5.1-11
Dia Da Reforma – 31/10/2020
31/10/2020 – Dia Da Reforma
Pregação: Gl 5.1-11;
Leituras: Is 62.1-12; Sl 46.1-7; Mt 5.1-10
Rosimere M. Ramlow Becker – Paróquia de Matupá/MT
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
“O Senhor disse a Paulo: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” – 2 Coríntios 12.9.
Com imensa alegria queremos iniciar este culto louvando o nome de Deus:
Acolher os/as visitantes
CANTO DE ENTRADA
337 – HPD 2 – Reunidos aqui
Ou: Nº ____________________________________________________
SAUDAÇÃO
Estamos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
CANTOS DE INVOCAÇÃO
85 – HPD I – Vem Espírito Divino
Ou: Nº ____________________________________________________
CONFISSÃO DE PECADOS
Querido Pai, tu és Santo, és um Pai repleto de amor, nossos olhos contemplam a tua grandeza quando olhamos ao redor e enxergamos tudo que fizeste com tuas bondosas mãos.
Sonda-nos, ó Pai, reconhecemos o quão pecador somos, e carecidos estamos de tua graça e perdão. Tem misericórdia de nós e perdoe-nos por nossa desobediência, falta de amor a ti e ao próximo.
Ajuda-nos a sermos obedientes a tua vontade. Agradecemos pelo perdão imerecido ofertado por Jesus Cristo na cruz. Amém.
ANÚNCIO DO PERDÃO
“O Senhor é bondoso e misericordioso e os aceitará se vocês voltarem para ele” – 2 Crônicas 30.9.
Todo aquele que, de todo coração, se volta para o Senhor, Ele os recebe e perdoa por sua grande misericórdia.
KYRIE
526 – LCI – Glória pra sempre
GLÓRIA IN EXCELSIS
ORAÇÃO DO DIA
Agrademos-te, Senhor, pela dádiva da vida, pelo nosso lar e tudo que tens nos presenteado graciosamente. Estamos aqui porque o Senhor nos trouxe e quer falar aos nossos corações.
Fale conosco através de Sua Palavra e age em nós conforme a tua vontade, nos revelando o que necessitamos aprender e sermos transformados. Que a Palavra seja dirigida pelo teu Santo Espírito! Somos teus filhos amados que humildemente se dispõem para te ouvir! Amém!
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Isaías 62.1-12
2ª Leitura Bíblica: Salmo 46.1-7
3ª Leitura Bíblica: Mateus 5.1-10
CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
165 – LCI – Estou pronto, Senhor.
PREGAÇÃO
Gálatas 5.1-11 – Salvação somente em Cristo
Para ilustrar o texto de hoje quero contar uma história:
Em Cuba, durante a guerra hispano-americana, Teodoro Roosevelt, então coronel do exército norte-americano, foi aos escritórios da Cruz Vermelha com a intenção de comprar algumas coisas que desejava repartir entre alguns de seus soldados que haviam sido feridos.
A encarregada da Cruz Vermelha recusou vendê-las. Roosevelt indignou-se com a negativa, pois estava disposto a pagar o que quer que fosse, e perguntou à senhorita:
– Que devo fazer para consegui-las?
– Apenas tem que pedi-las – respondeu ela.
– Ah, se é assim, – disse sorrindo o coronel – lhe peço que me dê imediatamente.
E recebeu tudo o que desejava, mas não por dinheiro, e sim por graça.
Neste dia da Reforma queremos refletir sobre a imerecida graça de Deus em Cristo Jesus. Assim como nesta pequena ilustração, seremos mais uma vez confrontados que nada podemos fazer para merecer a salvação. Ela é dádiva gratuita do amor de Deus por nós.
A carta de Gálatas é um tanto polêmica, pois o apóstolo Paulo traz à tona as controvérsias trazidas para dentro da igreja na Galácia.
E nestes versículos iniciais do capítulo 5, o apóstolo contrapõe duas opiniões ou dois pontos de vista – para dizer a verdade, duas religiões, uma falsa e outra verdadeira. Ele expõe o contraste duas vezes; primeiro do ponto de vista daqueles que praticam as duas religiões (v. 1-6) e do ponto de vista daqueles que as pregam (v. 7-12).
Em nosso século de tolerâncias, as pessoas gostam de aproveitar bem as coisas do mundo e detestam ter que escolher. Fala-se que não faz diferença o que as pessoas creem, contanto que sejam sinceras e não há necessidade de sermos radicais demais.
Mas quando olhamos para o Cristianismo não há lugar para meio termo, não nos é permitido ficar sentados em cima do muro. Portanto o que vemos ser destaque neste texto específico é que sejamos decisivos e escolhamos entre Cristo e a circuncisão.
No v. 1 é lembrado aos cristãos o que Cristo fez por nós: “Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres”, assim sendo a nossa condição antes de Cristo é apresentada como escravidão.
A ênfase de Paulo aqui não é tanto sobre a libertação do pecado que Cristo veio nos trazer, mas nesta passagem o destaque está na libertação da nossa consciência da culpa do pecado.
Essa libertação se refere em libertar a consciência da tirania da lei, da luta de guardar a lei com a intenção de ganhar o favor de Deus. É a liberdade da aceitação divina e do acesso a Deus através de Cristo.
Mas aqui vemos uma religião a parte sendo introduzida pelos falsos profetas. Eles diziam que os novos convertidos tinham de ser circuncidados. Sendo a circuncisão um sinal no corpo que representava na lei de Moisés que a pessoa fazia parte do povo de Deus, o que há de errado?
Mas esses falsos mestres não falavam somente de uma operação física, um sinal, um rito cerimonial, mas um símbolo teológico, isto é uma nova religião, onde a salvação é através de boas obras em obediência a lei.
O lema destes falsos profetas era: “Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos” – cf. Atos 15.1,5. E assim declaravam que a fé em Cristo não era suficiente para a salvação. Precisavam acrescentar a circuncisão e a obediência à lei.
É querer dizer que Moisés deveria ter permissão de concluir o que Cristo havia começado. Totalmente absurdo!
Vemos que Paulo descreve a posição deles. Eles são aqueles que “se deixam circuncidar” (v. 2 e 3), e que assim são, portanto, “obrigados a guardar toda a lei” (v.3), uma vez que é isso que a circuncisão os obriga a fazer, e assim eles buscam “justificar-se na lei” (v.4).
Notamos Paulo sem rodeios dizer se agem assim “Cristo de nada vos aproveitará” (v.2), “de Cristo vos desligastes e da graça decaístes” (v. 4). Quando aceitamos a Cristo reconhecemos que não podemos nos salvar sozinhos, aceitar a circuncisão seria afirmar que podemos nos salvar sozinhos.
Paulo afirma que é necessário escolher entre uma religião da lei e uma religião da graça. Não podemos acrescentar coisa alguma a Cristo como necessária à salvação. Se acrescentarmos algo, perdemos a Cristo. A salvação está em Cristo somente, pela graça somente, através da fé somente.
V.5 “Pois é mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça, que é a nossa esperança”. Paulo enfatiza a fé, sobre a qual ele faz suas declarações convictas de que não trabalhamos pela salvação, mas a aguardamos pela fé.
A glória eterna é um dom tão livre quanto a nossa justificação inicial. Então é pela fé em Jesus Cristo crucificado que esperamos a futura salvação eterna, no lar eterno.
Mas será que podemos então afirmar que tendo fé podemos agir como bem nos agrada? Não! “a fé que atua pelo amor” (v. 6). Vivemos no Espírito, e o Espírito Santo que habita em nós produz as boas obras do amor. Uma fé que salva é uma fé que opera, uma fé que resulta em amor.
O apóstolo Paulo gosta de comparar a vida de fé a uma corrida na pista: “Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade” (v. 7). Note que correr bem não é somente crer na verdade, mas também obedecer à verdade, aplicando assim a fé ao comportamento.
Vemos então que os gálatas corriam bem, mas um obstáculo foi jogado na pista a fim de desviá-los do caminho. Falsos mestres deturparam a verdade na qual eles creram no princípio. E assim abandonaram Cristo e caíram da graça.
Percebemos que este assunto vem sendo tratado sempre de novo durante toda a história, pois a facilidade de desviar a rota está inerente ao ser humano. Um grande exemplo disso foi quando Martim Lutero percebeu que a igreja toda se encontrava em caminhos tortuosos na doutrina dos méritos para a salvação.
Ele quis alertar, não sendo aceito pela igreja da época, e então atitudes radicais se deram a partir do momento que ele expões publicamente o grande desvio de rota da igreja. A salvação é pela fé somente, em Cristo somente, e pela graça somente.
Paulo alerta que a doutrina de méritos é incoerente com a mensagem do Evangelho que é pela graça, e que isso não vem de Deus (v. 8). Ele usa um provérbio conhecido: “um pouco de fermento leveda toda a massa”, afirmando assim que esse erro estava se espalhando pela comunidade.
Uma coisa muito séria do erro e do mal é que eles se espalham, e muitas vezes com grande facilidade, trazendo consequências desastrosas. A advertência aqui é que devemos resistir às falsas doutrinas logo de início.
Paulo acredita que os irmãos na Galácia vão considerar melhor e que de fato os falsos mestres cairão na condenação de Deus e assim verão Paulo como o pregador enviado por Deus e que traz a verdade de Jesus Cristo.
v. 11 “Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo (isto é, se eu estou pregando a circuncisão) está desfeito o escândalo da cruz”. Havia rumores que Paulo estivesse de acordo com as ideias dos falsos mestres, mas Paulo o nega veementemente.
Ele prega a Cristo e a cruz. Pregar a circuncisão é dizer aos pecadores que eles podem se salvar através de suas próprias boas obras. Pregar a Cristo crucificado é ofensivo ao orgulho humano, impopular porque não é adulador.
É dizer que ninguém pode se salvar por si mesmo, só Cristo pode salvar por meio da cruz. Portanto pregar a circuncisão na época era fugir da perseguição; pregar a Cristo crucificado era busca-la.
“As pessoas detestam ouvir que só podem ser salvas ao pé da cruz, e se opõem ao pregador que lhes diz isso” – John Stott.
As boas novas de Cristo continuam sendo um escândalo, dizendo que somos pecadores, rebeldes, sujeitos à ira e a condenação de Deus, e que nada podemos fazer para garantir a nossa salvação, e que apenas por meio de Cristo podemos ser salvos.
Quem assim prega o verdadeiro Evangelho de Cristo encontrará a oposição. Somente quem prega “a circuncisão” os méritos e a suficiência do ser humano é que escapa da perseguição e ganha popularidade.
Concluímos então que a circuncisão representa uma religião de realizações humanas, que se pode realizar através das próprias boas obras. Cristo é a realização divina, o que Deus fez através da obra consumada de Cristo.
A Circuncisão significa a lei, as obras e a servidão.
Cristo significa a graça, a fé e a liberdade.
Todo mundo terá que escolher. Coisa impossível é querer fazer como os cristãos da Galácia, acrescentar a circuncisão a Cristo e ficar com os dois. Isto não dá!
Diante da cruz precisamos nos humilhar e reconhecer que de fato necessitamos de Cristo. Ele que pagou o preço de todos os nossos pecados e que hoje quer ser Senhor sobre as nossas vidas. Ele quer nos libertar de toda a rebeldia e orgulho.
Reconheça hoje o quanto as coisas ao seu redor, doutrinas ou ideias, têm buscado se colocar ao lado de Cristo ou até acima. E como você pode se colocar diante de Cristo renunciando a tudo e ficando apenas com Cristo que é tudo que de fato você precisa. Jesus Cristo é a sua salvação!
HINO
564 – LCI– Abre nossos olhos para ver o irmão
CONFISSÃO DE FÉ
Como resposta a pregação que ouvimos queremos como cristãos unidos confessar a nossa fé:
Creio em Deus Pai…
CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
166 – HPD I– Dá-nos olhos claros
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
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PAI NOSSO
Pai nosso…
LITURGIA DE DESPEDIDA
AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ – destinada para…
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BÊNÇÃO
Que Deus, Todo Poderoso te abençoe e te guarde.
Que Ele resplandeça a sua face de amor e misericórdia sobre cada um e nos dê a sua paz.
ENVIO
Que Deus nos abençoe e que busquemos aprofundar nossa comunhão na Comunidade e assim com amor e alegria possamos servir ao próximo e a Deus!
CANTO FINAL
Do Livro de Canto da IECLB – 287 – Cuida bem, Senhor