Prédica – Marcos 8.31-38
2º Domingo na Quaresma – 28/02/2021
28/02/2021 – 2º Domingo na Quaresma
Pregação: Marcos 8.31-38
Leituras: Gênesis 17.1-7, 15-16; Salmo 22.23-31; Romanos 4.13-21.
Ari Schneider Sobrinho – Cuiabá/MT
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
Saúdo a todos os irmãos e irmãs neste 2º domingo na Quaresma com as palavras bíblicas de Colossenses 1.25: “E Deus me escolheu para ser servo da Igreja e me deu uma missão que devo cumprir em favor de vocês. Essa missão é anunciar, de modo completo, a mensagem dele”.
No culto, por meio da pregação da Palavra e da celebração dos sacramentos, Deus também nos vocaciona para participarmos de sua missão como agentes transformadores neste mundo.
Acolher os/as visitantes
CANTO DE ENTRADA
Nº 5 – Hinário – “Aqui chegando, Senhor.”
SAUDAÇÃO
Nós não nos reunimos em nosso próprio nome ou em nome de uma pessoa ou instituição, nem mesmo de uma igreja, mas nos reunimos em nome de Deus que é o Pai, o Criador de todas as coisas, e o Filho, nosso Salvador, e o Espírito Santo, o Consolador, Vivificador de nossas vidas. Amém.
CANTOS DE INVOCAÇÃO
Nº 15 – Hinário – “Em Tuas mãos”
CONFISSÃO DE PECADOS
Senhor, nosso Deus e Pai! É um privilégio podermos chegar ao trono da tua graça e bondade e falar daquilo que pesa em nosso coração. Senhor, tu sabes e nós reconhecemos que o mundo nos fascina e desvia de ti.
Nossos pensamentos são cheios de prioridades e preferências e muitas vezes você não está no meio delas. Vários são os espíritos do mundo que sopram em nossas vidas e nós acabamos nos desviando do teu propósito.
Acabamos procurando conhecimento sobre ti em lugares onde não existe. Assim, pecamos achando que pelo simples motivo de não sermos atendidos em nossos caprichos, tu não nos ouves ou nós não mais te conhecemos.
Perdoa-nos, Senhor. Nós somos fracos, porém queremos lutar contra o pecado, contra nossa natureza pecaminosa. Leva-nos à conversão. Por isso nós cantamos o hino nº 36 “Se sofrimento te causei”.
ANÚNCIO DO PERDÃO
Em 1 João 1.9 diz: “Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade”.
Todos que confessam os pecados sinceramente e procuram o perdão podem ter a certeza de tê-lo recebido, pois Deus é fiel e justo. Amém.
KYRIE
O perdão é o convite para uma vida nova. A nova vida em Cristo é pautada pelo amor que sofre junto com os que sofrem e que lutam por sua libertação.
Por isso clamamos pelas pessoas que sofrem violência, pelos excluídos, solitários, pelos perseguidos e injustiçados, pelas pessoas que passam frio e fome, pessoas sem lar, sem família, pessoas que são humilhadas, guerras, lutas.
Há tanta dor em nossa volta, tantos clamores que nem mesmo nós ouvimos, mas que tu conheces bem. Por esses clamores visíveis e invisíveis nós clamamos a ti cantando o hino nº 56 “Pelas dores deste mundo”.
GLÓRIA IN EXCELSIS
Deus ouve as nossas súplicas e acalenta nossos clamores. É um Deus amoroso. A Ele devem ser rendidas glórias e louvores, seu nome deve ser exaltado em todos os cantos do mundo, cantemos ao nosso Deus em gratidão e louvor o hino nº 70 “Glória”.
ORAÇÃO DO DIA
Misericordioso e bondoso Deus, viemos à tua casa para buscar-te. Permita que nossa vida seja fortalecida pelo teu Santo Espírito, que a tua palavra nos toque profundamente. Que sejamos quebrados e modificados para vivermos de acordo com a tua vontade.
Tudo aquilo que de alguma forma tem trazido tristeza e preocupação colocamos diante de ti, para que carregues o fardo por nós. Ensina-nos a depositarmos tudo no teu altar.
Sabemos que sozinhos pouco podemos fazer. Assim, entregamos nossa vida completamente a ti. Faça em nós a tua morada. E dá-nos, Senhor, o que precisamos para viver, conforta-nos e fortalece-nos no caminho da fé e obediência. Por Cristo nosso Senhor, amém.
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Gênesis 17.1-7, 15-16
2ª Leitura Bíblica: Salmo 22.23-31
3ª Leitura Bíblica: Romanos 4.13-25
PREGAÇÃO
Marcos 8.31-38
Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo esteja com todos nós.
Queridos irmãos e irmãs, vamos imaginar a seguinte situação: você faz parte de um grupo de amigos que se reúnem semanalmente, as conversas giram em torno de família, trabalho, política, religião, futebol, são compartilhados projetos e planos para o futuro.
Certo dia, um dos amigos convida vocês para no próximo sábado festejar sua despedida, eis que em seguida viajará para a capital federal e lá será assassinado. Qual seria a reação de cada um de vocês? (Dar uma pausa). O texto designado para a prédica de hoje nos apresenta um relato semelhante.
Ler o texto: Marcos 8.31-38
Os quatro evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, registraram o aviso antecipado de Jesus sobre a sua morte e ressurreição. Depois de uma convivência de três anos que gerou vínculos profundos, o Senhor Jesus decidiu alertar e preparar os seus discípulos para a sua ausência. Com o seu anúncio, foi iniciada a contagem regressiva que culminaria com a morte de Jesus no monte do Calvário e três dias depois a ressurreição.
Ao expor as Escrituras no sentido que o Espírito Santo havida dado a elas, o Senhor Jesus atraiu sobre si o ódio das lideranças religiosas judaicas.
A divergência permanente entre Jesus e os religiosos era que eles liam seletivamente as Escrituras Sagradas e aplicavam à vida apenas o que lhes interessava enquanto Jesus as apresentava e vivia a sua integridade.
A dureza de coração e a hipocrisia dos religiosos eram impedimentos para que ouvissem a voz de Deus nas Escrituras e expostas pelo Filho.
A obediência à Palavra de Deus é a manifestação silenciosa e eficaz que denuncia os desobedientes, que não são submissos. Qualquer semelhança com os procedimentos dos religiosos do século 21 não é mera coincidência.
Daí o surgimento do relativismo, da ausência de compromisso e do relacionamento superficial com Deus e o próximo.
Sendo assim, os diálogos de Jesus com a liderança religiosa judaica eram cada vez mais tensos. A luz não poderia conviver pacificamente na presença das trevas. É impossível qualquer tipo de aliança entre ambas. As Escrituras dizem em Amós 3.3: “Por acaso, duas pessoas viajam juntas, sem terem combinado antes?”.
Os discípulos foram testemunhas de várias ameaças contra Jesus e todas elas sem êxito. Jesus sabia que não seria tocado em sua integridade física sem a permissão do Pai e no tempo devido. Usou de prudência nas várias retiradas estratégicas para se afastar do ódio dos hipócritas.
É preciso destacar que o Filho de Deus jamais se intimidou com a ira dos religiosos, tanto que retornou à Judéia quando isso foi necessário. Manteve a autoridade e o autodomínio para não tomar antes do tempo qualquer medida extrema que o seu poder lhe conferia.
Portou-se todo o tempo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, mas não se furtou de ser o Leão de Judá quando isso foi necessário. Em sua humanidade cultivou a humildade, a sensibilidade, a justiça, a retidão, a misericórdia, a bondade, a santidade, a pureza, a paz, a renúncia e a esperança.
Não silenciou diante do que ofendia o caráter divino e por isso diluiu um a um os argumentos e perguntas capciosas dos religiosos. Jamais teve deles qualquer resposta satisfatória às suas perguntas. A sabedoria de Jesus incomodava a ignorância dos religiosos e lhes provocava muito ódio e inveja.
Segundo o nosso texto bíblico, Jesus falou de maneira franca e clara pela primeira vez aos discípulos a respeito dos acontecimentos que o aguardavam logo ali adiante: seu sofrimento, sua rejeição por parte das lideranças judaicas, sua morte e ressurreição.
Diante dessa notícia, o mesmo Pedro que pouco antes, com clareza e convicção, confessara que Jesus era o enviado Filho de Deus. Esse mesmo Pedro, após ouvir de Jesus o anúncio de sua morte e ressurreição e como sofreria nas mãos das lideranças religiosas e dos romanos, chamou Jesus para o lado e o repreendeu pela declaração feita. Buscou convencê-lo do contrário.
O pior é que o apóstolo colocou em dúvida a declaração de Jesus e os propósitos eternos de Deus para o seu Filho e a humanidade.
A manifestação de Pedro representa, aos seus olhos, uma espécie de consolo e encorajamento. Era um incentivo para que Jesus prosseguisse indefinidamente o seu ministério bem-sucedido apesar da oposição dos religiosos.
O apóstolo havia se acostumado tanto com a presença preciosa de Jesus que se achou na condição de lhe sugerir um novo posicionamento ministerial. Porém, a morte por humilhante cruz era necessária. Ele queria vitória sem sofrimento.
Por todo o bem que havia feito, o Senhor Jesus não merecia terminar os seus dias desse modo. Pedro estava na contramão das Escrituras e essa atitude consciente ou inconscientemente era inadmissível.
Após ouvir o zeloso, amoroso e frágil apóstolo e que desejava ser o seu escudeiro, o Senhor Jesus detectou de imediato as intenções satânicas contidas nas palavras de Pedro e o repreendeu imediatamente.
Diante da repreensão do mestre, o apóstolo se recolheu a si e não mais questionou jesus. Este é um aspecto admirável do caráter de Pedro: a humildade. O homem humilde é aquele que não se recusa a reconhecer suas fragilidades e nelas busca a direção e o perdão de Deus.
Jesus jamais deixou de amar o apóstolo Pedro, via nele uma pedra preciosa que revelaria sua beleza após a lapidação iniciada por ele e complementada mais tarde pela ação do Espírito Santo.
Os discípulos de Jesus ainda não haviam entendido que o sofrimento faz parte do plano de salvação traçado por Deus. Onde o reino de Deus irrompe para dentro deste mundo, pela intervenção do Senhor e colaboração humana, ali fatalmente haverá algum tipo de sofrimento.
A pregação de Jesus tinha como fato novo o anúncio de uma nova proposta de vida: a transformação da realidade, baseada no arrependimento e na conversão das pessoas.
Sua proposta de renovação do Reino de Deus, incluía a luta contra a desigualdade social, a supremacia dos fortes sobre os fracos, a discriminação das pessoas, a corrupção, a ganância e da opção de Deus de não implantar seu Reino pela força, mas pela renovação da mente, foi o que levou à crucificação.
Agora, diante de sua ida para Jerusalém, o ponto culminante de sua missão, Jesus adverte os seus seguidores mais próximos sobre as implicações do discipulado. Ser seu seguidor e proclamador das obras de Deus, requer renúncia a prazeres e tentações do mundo, não ter apego ao dinheiro, aos bens materiais, à honra, à glória e à busca de reconhecimento humano.
Antes o seguidor de Jesus deve cultivar a humildade, a bondade, a mansidão, o amor a Deus e ao próximo e a obediência total ao Senhor.
Seguir a Jesus, ser seu discípulo, requer entrega incondicional, em amor, ao Senhor e trilhar o difícil caminho da cruz. Este é o convite que Jesus nos faz. Cabe a nós aceitá-lo ou rejeitá-lo. Se reconhecermos que Jesus é o “Messias que Deus enviou” então ele deve ocupar o primeiro lugar em nossa vida, mente e coração.
Todo nosso pensar e agir deve estar focado nele. É para isso que o Mestre aponta quando afirma: “Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira” – (Mateus 16.25).
Mais: “O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?” – (Marcos 8.36).
Mas qual é o valor da vida? Dias mais, dias menos nos confrontaremos com essa pergunta. E qual será a resposta que vamos dar? Tentaremos valorizá-la com estudos, trabalho, dinheiro e diversão.
Pode ser que tenhamos sucesso em todos os nossos empreendimentos, mas o vazio existencial provocado pela tragédia do pecado que nos afastou do Criador não será preenchido. Talvez até lá tenha se ido o nosso tempo, a família, a saúde e ficado apenas o amargo sentimento de que foi como “correr atrás do vento” – (Eclesiastes 2.26).
Jesus trata dessa questão existencial com uma pergunta: “O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?” O Mestre não está se referindo à vida biológica, mas se refere à vida que faz sentido, mas não há nada que se possa pagar para ter de volta essa vida.
Mas Jesus pagou o alto preço para termos vida verdadeira. Essa era uma necessidade que só Deus poderia satisfazer. Jesus avisou que precisava ir para Jerusalém onde seria morto mas no terceiro dia seria ressuscitado. Ele sabe quanto vale a nossa vida e como ela fica sem sentido se não retornar de novo para o Pai “Quem tem o filho tem a vida” – (1 João 5.12).
Quando refletirmos sobre o valor da nossa vida é bom atentarmos para a pergunta de Jesus: “O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?” Jesus ainda conclui dizendo: “…se alguém tiver vergonha de mim e do meu ensinamento, então o Filho do Homem também terá vergonha dessa pessoa, quando ele vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos” – (Lucas 9.26).
Lembremos sempre que Cristo “morreu por todos para que os que vivem não vivam para aquele que morreu e foi ressuscitado para a salvação deles” – (2 Coríntios 5.15). Deve ser do maior interesse de cada um crer em Jesus e servi-lo com fidelidade. Isso é o melhor da vida. Pensem nisso. Amém.
HINO
Nº 590 – Hinário – “Quão Bondoso é Cristo”
CONFISSÃO DE FÉ
Em resposta à palavra lida e pregada, queremos confessar a nossa fé, com as palavras do Credo Apostólico:
“Creio em Deus Pai Todo Poderoso…”
CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
Nº 320 – Hinário – “Senhor, se Tu me chamas”
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
2._______________________________________________________
3._______________________________________________________
4._______________________________________________________
5._______________________________________________________
6._______________________________________________________
Bondoso Deus, ouve-nos por tua graça, quando a ti em oração de intercessão nós te pedimos para que sejamos capazes de deixar as muitas coisas para trás, aparentemente perdas, para ganharmos o que há de mais valioso: a verdadeira vida junto a ti.
Permita que este tempo de Quaresma seja tempo de meditarmos ao pé da cruz, seja tempo de arrependimento, seja tempo de sentirmos as dores do outro, seja tempo de esperança e ações concretas em favor da vida.
Suplicamos, Senhor, pelas autoridades, para que não se desviem da sua função legal e não desistam de lutar por aquilo que é justo.
Suplicamos por nossa igreja, as comunidades, obreiros e obreiras, grupos e departamentos, para a tarefa de acalentar a esperança, testemunhando as obras de Deus e mostrando ao mundo o seu poder que liberta da opressão.
Suplicamos pelas pessoas que sofrem por motivo de luto, doença, solidão, abandono, desemprego, por desentendimentos familiares, muitas vezes calados e angustiados, para que Deus estenda a elas a sua bondosa mão e as lembrando que ouve os seus clamores.
Suplicamos pelas famílias, para que vivam em harmonia e solucionem seus conflitos com amor através do diálogo.
Suplicamos pelos jovens e crianças para que tenham proteção e amparo, assim não se envolvendo com a violência e o mundo das drogas.
E tudo mais, que queremos colocar diante de Ti, através da oração que teu filho Jesus Cristo nos ensinou:
PAI NOSSO
“Pai nosso que estás nos céus…”
LITURGIA DE DESPEDIDA
AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ – destinada para…
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
BÊNÇÃO
Senhor,
Toque nossos olhos, para que possamos enxergar.
Toque nossos ouvidos, para que possamos ouvir.
Toque nossa boca, para que possamos levar adiante a tua mensagem.
Toque nossas mãos, para que possamos ofertar com amor.
Toque nossa vida, para que o Espírito Santo possa nos envolver.
Toque nosso coração e nos permita sentir o Teu amor.
Amém!
ENVIO
Uma abençoada semana. Vão em paz e sirvam o Senhor com alegria.
CANTO FINAL
Nº 571 – Hinário – “Viver Jesus”