Prédica – Gênesis 32.22-31
19º Domingo Após Pentecostes – 16/10/22
16/10/22 – 19º Domingo Após Pentecostes
Pregação: Gênesis 32.22-31
Leituras: Lucas 18.1-8; 2Timóteo 3.14-4.5
Pastor Pedro Puentes Reyes – Sinop – Cuiabá – MT
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
Bom dia! Como é bom e agradável podermos nos reunir para o encontro de irmãos e irmãs em torno do culto a Deus.
O texto bíblico que nos acolhe neste domingo diz: “Pela sua própria vontade ele fez com que nós nascêssemos, por meio da palavra da verdade, a fim de ocuparmos o primeiro lugar entre todas as suas criaturas” – Tiago 1.18.
(Acolher os/as visitantes)
CANTO DE ENTRADA
26 – LCI – Reunidos aqui
SAUDAÇÃO
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
O nosso socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra.
Salmo 121
L: Olho para os montes e pergunto:
C: “De onde virá o meu socorro?”
L: O meu socorro vem do Senhor Deus,
C: que fez o céu e a terra.
L: Ele, o seu protetor, está sempre alerta
C: e não deixará que você caia.
L: O protetor do povo de Israel
C: nunca dorme, nem cochila.
L: O Senhor guardará você;
C: ele está sempre ao seu lado para protegê-lo.
L: O sol não lhe fará mal de dia,
C: nem a lua, de noite.
L: O Senhor guardará você de todo perigo;
C: ele protegerá a sua vida.
T: Ele o guardará quando você for e quando voltar, agora e sempre.
CONFISSÃO DE PECADOS
Deus de misericórdia, estamos diante de ti para confessar.
Senhor, tu nos tratas com dignidade chamando-nos de filhos e tuas filhas.
Tu nos deste nova vida para testemunhar do teu amor. Mas, nós confessamos que nos afastamos de ti e da tua vontade. Muitas vezes, agimos como se as pessoas e a criação tivessem pouco valor.
Assim, nossos pensamentos, palavras e ações não conseguem testemunhar do teu amor. Outras tantas como eles contradizemos que fomos somos tuas filhas e filhos, criados e criadas em Cristo, para uma nova vida.
Do profundo do nosso coração nos rogamos pelo teu perdão. Pedimos, fortalece-nos, Senhor, no vínculo do amor, mediante o teu Espírito Santo. Eis o que pedimos em nome de Jesus Cristo, teu Filho. Amém.
ANÚNCIO DO PERDÃO
O apóstolo João diz em sua primeira carta: “Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê” – (1 João 4.20).
O perdão de Deus nos alcança e restabelece vínculos machucados e perdidos. Deus cria nova vida, criando novas relações entre nós.
O perdão de Deus é o fundamento para que partilhemos também o perdão.
Perdoados estão os nossos pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
CANTO
73 – LCI – Ontem, hoje e para sempre.
ORAÇÃO DO DIA
Bendito sejas tu, ó Deus, que nos reúnes como irmãos e fortaleces a nossa comunhão pelo louvor, a oração, a Palavra e o Sacramento. Vem falar conosco, Senhor.
Que tua Palavra encontre o nosso coração e nos disponha para o encontro, o diálogo, o perdão e o amor, e que nossas relações sirvam de lugar e oportunidade para darmos testemunho da fé em ti e do compromisso no amor.
Por Jesus Cristo, teu filho e nosso irmão, através do Espírito Santo, que nos congrega em um só corpo. Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Gênesis 32. 22-31
2ª Leitura Bíblica: 2 Timóteo 3.14-17
CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
152 – LCI – Pela Palavra de Deus
PREGAÇÃO
Graça e paz de nosso Senhor Jesus Cristo, aquele que era, que é e que há de vir. Amem.
O texto proposto para a prédica de hoje faz parte do movimento iniciado em Gêneses 32, cuja intenção é o retorno a sua terra. Mas, vejamos o que tinha acontecido.
Jacó foge da casa paterna e se instala na casa do seu tio Labão, quem virá a se tornar o seu sogro. Foram anos marcados pelo medo do rancor de Esaú (Gn 27. 43-45). De alguma forma ele é um exilado a espera de condições favoráveis para retornar.
Finalmente, após 20 anos, ele inicia a viagem de retorno para casa. A saída da casa do sogro, que foi agitada e não sem conflitos (Gn 31), fica para trás e o que agora ocupa sua mente é a lembrança que tem do seu irmão: irado e cheio do desejo de vingança. Mesmo assim, ele decide não mais fugir e sim enfrentá-lo.
Para esse encontro Jacó envia mensageiros com a finalidade de amolecer o coração do seu irmão Esaú, Entretanto, a resposta, de que ele vem com 400 homens, faz o coração de Jacó “sair pela boca”, o medo lhe deixa desorientado.
Tudo fica misturado: o que esperar do homem irado e sedento de vingança, da sua memória, com aquele que lidera 400 homens e vem ao seu encontro? (Gn 32.3-6).
Pois é, não tem nada pior que a mistura de nossos fantasmas com fatos e informações parciais. O passado, aberto e não trabalhado, muitas vezes tende a distorcer o que está vindo ao nosso encontro.
O medo e a perturbação tomam conta de Jacó. Ele tem quase certeza de que morrerá (v. 11), por isso se organiza para salvar alguma coisa (Gn 32. 7-23). Assim sendo: Divide seus pertences para não perder tudo; Roga a Deus por proteção; Envia presentes para aplacar a ira do irmão.
Contudo, essa estratégia não evita o inevitável, se encontrar e enfrentar o seu irmão. Ele sabe disso, por isso fica para trás só com suas esposas e filhos (v.22).
O nosso texto da prédica entra em cena agora (Gn 32. 24-32). Ele cria um parêntesis no encontro de Jacó com Esaú, e coloca o encontro mais difícil que Jacó terá: consigo mesmo.
O texto apresenta Jacó como um homem solitário, essa é a sua realidade. Seus atos fizeram com que ele vivesse fugindo. Porém, o que ele não tinha percebido é que fugir do seu irmão era fugir de si mesmo.
E na verdade, sempre é assim. Toda vez que fugimos de algo, seja pessoa ou acontecimento, no fundo fugimos de algo que há em nós.
Mas, Jacó, na solidão, estava vigiando a escuridão do seu próprio interior, bem como examinando e ponderando a situação. Ele sabia que sua vida esta prestes a mudar de rumo, mas não sabia de que forma.
Nesse momento tudo é possível. Sua preocupação é real, amanhã ele pode morrer. Seu irmão vem ao se encontro, ele está com medo.
E, o insólito acontece! Sem mais o texto nos apresenta uma cena inusitada: Um homem luta com Jacó até raiar o sol. Uma luta silenciosa e absurda. Nada sabemos sobre o que o estranho queria.
A única palavra que há em meio da luta: “Solte-me, pois já está amanhecendo” (v.26). E Jacó muda de defensor a agressor e estabelece condições: “Não solto enquanto o senhor não me abençoar”. Ambos se recusam. Finalmente tiveram que desistir e Jacó sai ferido na coxa e recebe de presente um novo nome: Israel.
Quem era o desconhecido? O texto fala de um “homem” (v. 24 – Hb. ish). Os comentários dizem que era um anjo. E Jacó o eleva aposição mais alta: “Eu vi Deus face a face, mas ainda estou vivo” (v.30). Este episódio enigmático lhe trouxe a Jacó uma dimensão da qual ele parecia carecer.
Sem esta experiência Jacó, comparado aos patriarcas anteriores (Abraão e Isaque), é uma pessoa de caráter duvidoso, de vida medíocre ou pelo menos banal. Antes deste encontro ele aceita a vida tal e como se lhe apresenta.
Por isso, ele não tem o porte, a fibra, nem a postura para receber o bastão de Abraão e Isaque para concretizar a herança a eles prometida. Até agora preferiu seguir que ser seguido. Ele obedecia e não tomava iniciativas, e aquelas que ele faz, geralmente, estão saturadas de trapaça.
Antes de Peniel Jacó é um homem fraco e manipulado pelas outras pessoas, a saber: sua mãe, seu tio e sogro, seu amor (ama quem não pode casar, e é amado por quem não ama e está casado) e seu medo do irmão.
Podemos dizer que a pergunta do anjo: Como você se chama? Indaga não pelo nome, mas pela sua identidade. Ela busca tornar evidente para Jacó o que caracteriza e define sua vida.
O encontro lhe trouxe uma toma de consciência sobre os caminhos da sua vida. Eles desgraçaram a si mesmo e muitas as pessoas a sua volta, a pesar de toda sua prosperidade material. Podemos dizer que algo aconteceu a Jacó após essa pergunta.
Agora lhe inunda um desejo de mudança, o qual se manifesta pela exigência de ser abençoado. É como si ele estivesse dizendo: não mais trapaça, discórdia, rancor, ganância e sim alegria, encontro, entendimento, solidariedade, paz, entre tantas outras coisas boas. Quero ser uma pessoa de bênção.
Desse esforço por mudança falam os próximos capítulos, o que acontece de a pouco e devagar.
O que podemos trazer para nós hoje deste texto?
No livro a Historia sem Fim, de Michael Ende, o garoto solitário chamado Bastian, para descobrir medida de sua coragem e a capacidade para amar, deve passar por uma serie de provações.
A maior de todas consiste em suportar a sua própria imagem num espelho. Sem a verdade sobre nós mesmo muitas das nossas construções de vida são ilusórias e distorcidas.
A verdade sobre nós é aquela que vem da palavra como Lei e Evangelho e que aponta para nossa escravidão e, ao mesmo tempo, para nossa libertação. Entretanto, Lutero aponta para o fato de que a pessoa cristã enfrenta o seu cotidiano como Justa e Pecadora.
Estas são como duas vozes: De Deus escutamos que somos pessoas justas, amadas e aceitas por Ele. Isso significa que nada do que a acontece no dia a dia poderá mudar o olhar de Deus para conosco (Rm 8.38-39).
Mas, ao mesmo tempo, a voz do cotidiano nos repete uma e outra vez: Viu, de novo! Porque você não desiste! Porque você não aceita quem você é: uma pessoa falha, inconsistente, contraditória e pecadora.
Para não construir sobre areia, ambas as vozes precisam ser ouvidas no dia a dia. A pessoa cristã, que é justa e pecadora, vive tão somente da graça concedida por Deus. Ele nos carrega enquanto caminhamos aqui e agora.
Ou, como diz o apóstolo: “porque vivemos por fé, e não pelo que vemos” – (2Co 5.7).
Assim caminhamos pela vida cientes de que toda nossa vida acontece perante Deus que é todo misericórdia e amor.
Que o Santo Espírito de Deus nos de a coragem de olharmos para nós mesmos a luz da sua palavra, e assim mudar o que deve ser mudado e dar os passos necessários em direção a novidade de vida. Amém.
CONFISSÃO DE FÉ
Creio em Deus Pai…
CANTO PÓS CONFISSÃO
(Recolhimento das ofertas Motivação da oferta)
Oferta-Nacional – Missão no Sínodo Mato Grosso
Esta oferta tem como objetivo o fortalecimento da ação missionaria nas Paróquias de Matupá, Transamazônica e Santarém.
Que por esta oferta elas possam continuar a serem parceiras na missão que Deus nos confia. Deus abençoe quem as ofertas e quem oferta com alegria.
289 – LCI – Queira a estrada
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
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Bondoso Deus, graças te damos que falas conosco através da tua Palavra e corriges os caminhos da nossa vida e fortaleces a fé a esperança e o amor.
Pedimos, ó Deus, abençoa a tua igreja na proclamação do Evangelho onde quer que ela se encontre. Permite que esta tua comunidade persevere nas obras do amor e que nada não nos separe de ti. Dá que possamos te louvar junto a sociedade e falar a respeito das tuas maravilhas.
Rogamos por esta nação. Permite que o povo possa seguir os teus mandamentos. Que as autoridades nos governem com justiça, verdade e misericórdia para que haja paz e prospere o bem-comum.
Pedimos, faz prosperar todo trabalho honesto e que cada pessoa possa comer o seu próprio pão com tranquilidade e dignidade.
Faz-te presente em nossos lares e famílias Com tua graça envolve as crianças, adolescentes, jovens e pessoas idosas. Permita que através das nossas relações pessoais, sociais e familiares possamos dar testemunho do teu Evangelho criando espaços de acolhimento, refúgio, apoio, perdão, diálogo e paz.
Esteja, Senhor, com as pessoas que sofrem, seja pela exclusão do convívio; pela doença; pela solidão, pelo medo ou pelo ódio. Leva-nos ao encontro dessas pessoas e restabeleçamos o convívio e a comunhão no amor.
Concede-nos a força do teu Espírito Santo para que nos esforcemos na novidade de vida para qual fomos chamados e chamadas. Ouve, ó Deus, a nossa oração e dá-nos tua bênção.
PAI NOSSO
Pai nosso…
LITURGIA DE DESPEDIDA
AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ – destinada para…
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BÊNÇÃO
ENVIO
Vão em paz e sirvam a Senhor com alegria.
Amém.
CANTO FINAL
287 – LCI – Cuida Bem