Proclamar Libertação – Volume 36
Prédica: Hebreus 1.1-4 (5-12)
Leituras: Isaías 52.7-10 e Lucas 2. (1-7) 8-20
Autor: Jorge Batista Dietrich de Oliveira
Data Litúrgica: Dia de Natal
Data da Pregação: 25/12/2011
1. Relação entre os textos
Os textos indicados para o dia de Natal perfazem uma unidade em torno da boa-nova de salvação. O que fora anunciado pelos profetas cumpriu-se no nascimento de Jesus e foi reconhecido pelo autor de Hebreus como a revelação definitiva de Deus por intermédio de seu filho Jesus Cristo.
O profeta anuncia a boa-nova, o estabelecimento do reino soberano de Javé em Sião, acompanhado de paz e júbilo. O texto pertence ao Segundo Isaías, no período do exílio na Babilônia, entre 550-540 a.C. (cf. caps. 41 e 44). Fala de um mensageiro que corre pelas montanhas, trazendo notícias de paz, boas notícias de salvação. Trata-se de um hino de louvor que celebra de forma antecipada a libertação.
O Evangelho de Lucas narra o nascimento de Jesus (2.1-7). Também narra como o anjo anunciou, aos desprezados pastores de ovelhas, a boa-nova do nascimento do Messias, que é Jesus, o Salvador (2.8-20). Uma multidão de anjos canta: “Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem Deus quer bem”.
O texto de Hebreus ressalta Jesus como a perfeita revelação de Deus. Desdobra o falar de Deus em “antigamente” e “nos últimos tempos”. Antigamente, Deus falou aos pais por intermédio dos profetas. Nos últimos tempos, Deus falou a nós por meio de seu Filho Jesus. Existe uma continuidade entre a revelação do Antigo Testamento (AT) e a revelação dada em Jesus. Entretanto, o Filho é superior e ultrapassa todos os outros mediadores entre Deus e os homens, tais quais os profetas (v. 1) e os anjos (v. 4). Jesus expurgou nossos pecados e consumou a obra de reconciliação. Agora Ele está entronizado à direita de Deus. Ele obteve assim uma posição muito acima de todos os outros.
2. Exegese
Usando um estilo elevado e solene, que se aproxima do estilo clássico da literatura grega, o autor dessa carta não se identifica e faltam todas as indicações mais diretas sobre a autoria e os destinatários. O autor de Hebreus desenvolve uma cristologia própria, mostra-se um profundo conhecedor do AT e sua maneira de se expressar é tipicamente judaica e semítica. Possivelmente é alguém da segunda geração cristã (2.1-4). A maioria dos exegetas coloca a data em que a epístola foi escrita em torno do ano 70 d. C., antes da destruição do templo.
A Epístola aos Hebreus distingue-se de outras cartas do Novo Testamento, pois apresenta características de tratado teológico, visando não a uma comunidade específica, mas aos cristãos em geral, que estavam em risco de abandonar a fé em Jesus (6.4-8). Alguns já haviam desistido de congregar-se (10.23-25), e muitos estavam desanimados (12.12ss). O objetivo é fortalecer a fé dos cristãos em meio aos desalentos, temores e sofrimentos pelos quais estão passando e mostrar que o povo peregrino e perseguido tem em quem se apoiar: Jesus Cristo, o único e definitivo sacerdote. Da mesma forma que Jesus solidarizou-se com seus irmãos e irmãs até a morte, os cristãos saberão enfrentar os desafios do momento presente, tendo os olhos voltados para o autor e consumador da fé: Jesus Cristo.
O gênero literário da epístola é a homilia com caráter de exortação (2.1-4; 3.7-4.11; 5.11-6.20; 10.19-39; 12.1-13.17), que ao longo do escrito entrelaça ensinamentos teóricos com conselhos e recomendações. Num discurso teológico e catequético, o autor de Hebreus procura mostrar que os grandes símbolos da fé judaica (a Torá, o templo, o sacerdócio levítico, os sacrifícios e rituais) são prefiguração cristológica e cederam lugar a algo mais consistente e definitivo: Jesus Cristo, o único e sumo sacerdote (8.1ss). Só no final aparecem elementos típicos de uma carta (13.22-25).
As muitas citações do AT e o conteúdo de Hebreus indicam que os destinatários eram pessoas familiarizadas com o culto e o sacerdócio de Israel, provavelmente judeus que se tornaram cristãos e, devido à perseguição, estavam tentados a voltar ao judaísmo.
Nossa perícope está dividida em duas partes: a primeira (v. 1-4) apresenta uma exposição teológica a respeito da pessoa e obra de Jesus, o Filho de Deus; a segunda parte (v. 5-12) procura demonstrar que Jesus está numa posição muito superior aos anjos. Para isso, o autor cita sete passagens do AT segundo a tradição grega, a Septuaginta. Após cuidadosa análise, optamos por usar apenas a primeira parte do texto indicado para a pregação, pois essa declaração inicial (v. 1-4) é o tema principal que perpassa todo o escrito aos Hebreus.
V. 1 – Que Deus tenha falado aos nossos antepassados, isso é uma referência ao povo de Israel dos tempos do AT. Destacam-se os advérbios polymerōs (muitas vezes, muitas maneiras) e polytropōs (de várias maneiras, vários modos). As duas expressões, em frases paralelas, são palavras com som semelhante, usadas de modo retórico, a fim de enfatizar o mesmo sentido. As revelações não foram apenas muitas, como também variadas em sua manifestação. Note-se a continuidade entre a revelação do AT e a revelada em Jesus. A primeira revelação prepara o terreno para a segunda; a segunda consuma a primeira, conforme esquema a seguir:
Deus falou
outrora, antigamente
aos pais
pelos profetas = mensageiros
muitas vezes e de diferentes maneiras
Deus falou
nesses últimos dias, últimos tempos
a nós, nos falou
pelo Filho = Palavra encarnada
de forma definitiva
V. 2 – “Nesses últimos dias” significa “no período final em que estamos”, literalmente: “no fim desses dias”, indicando os dias anteriores em que variadas formas de revelação foram dadas. É o período de tempo ou de aliança que marca a vinda do Filho e refere-se à obra redentora de Cristo. “Falou”: o uso do aoristo no grego indica finalidade. “Pelo Filho”: após os profetas, que eram mensageiros, Deus enviou o “Filho”, que é a própria palavra de Deus encarnada (Jo1.1;14) e a mensagem definitiva. Essa revelação é superior àquela dada pelos profetas. “Herdeiro de todas as coisas”: a herança é um direito do Filho, entretanto a tomada de posse de todas as coisas é atribuída a uma iniciativa de Deus, pois se trata de um bem messiânico e escatológico. “Pelo qual também fez o universo”, literalmente: “épocas” (aiones). A supremacia do Filho foi manifestada nos primórdios da história (cf. Pv 8.27-31), pois “nele foram criadas todas as coisas” e “tudo foi criado para ele” (Cl 1.16).
V. 3 – Hos, “que”, “quem”, “o qual”: o emprego de hos nas epístolas costuma introduzir perícopes hínicas que expressavam a fé apostólica da igreja primitiva (Rm 4.25; 2Co 4.4; Fp 2.6; Cl 1.15; 1Pe 2.22). “Resplendor da glória”: o sentido é o de radiância, que irrompe de uma luz brilhante. Tem a ideia de emitir brilho. O Filho é o reflexo da glória luminosa do Pai. A glória de Deus, antes experimentada pelos pais e profetas, agora é elevada à máxima potência no Filho. “A expressão exata do seu ser” significa “impressão, estampa, gravação”, indicando uma reprodução exata. Expressa a identidade de natureza entre o Pai e o Filho e também a distinção das pessoas divinas. “Sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder”: o verbo usado tem um sentido dinâmico, pois envolve sustentação e movimento, preservação e governo. O Filho é visto no centro da estabilidade constante do universo. Ele mantém a existência do mundo criado (Cl 1.17). A palavra lembra a maneira como o mundo foi criado e a ideia de João 1.1-3 de que todas as coisas foram feitas pela Palavra (logos), que se refere ao próprio Jesus. A palavra poderosa do “Filho” é a mesma palavra criadora de Deus, que sustenta o universo. “A purificação dos pecados”: esse é um tema predominante nesse escrito. Faz referência à morte expiatória de Jesus e ao ato sacerdotal que purifica o pecado. O Filho derrama o próprio sangue e oferece sua vida a Deus em nosso favor (9.14), pois o sangue de bodes e touros não pode remover pecados (10.4). “Assentou-se”: possui sentido de realização. Demonstra que a obra sacrificial de Cristo, diferentemente daquelas realizadas pelos sacerdotes levíticos, foi consumada de uma vez por todas (10.11-12). “À direita da Majestade, nas alturas”: posição de honra e autoridade. Essa ideia provém do Salmo 110.1, que, por diversas vezes, é citado ao longo desse escrito e recebe apoio por outras evidências neotestamentárias (Mt 22.44; At 2.34-35; 1Co 15.25; Ef 1.20; 1Pe 3.22; Hb 8.1; 10.12;12.2).
V. 4 – “Superior aos anjos”: os judeus tinham grande interesse pelos anjos. Em algumas tradições judaicas, anjos eram mediadores da antiga aliança. Por isso o autor de Hebreus deixa claro que Deus falou por meio de seu Filho de uma maneira muito mais eficaz do que por meio deles. Isso é demonstrado por uma série de citações do AT, que se seguem (4-14). “Herdou mais excelente nome”: o nome era um meio de dizer algo acerca da pessoa, pois descrevia sua natureza. Fica claro que o nome mais excelente é Filho (v. 5), que subentende o relacionamento mais estreito e mais íntimo. A excelência do nome dado a Jesus Cristo é encontrada também em Filipenses 2.9ss, onde se afirma que Jesus é exaltado acima de todas as ordens de seres criados.
3. Meditação
Desta vez, o Dia de Natal cai num domingo. Na noite anterior, houve muita festa, ceias natalinas reunindo as famílias, muita alegria, presentes e comemorações. Na manhã seguinte, segue-se a natural ressaca. Muitos dormem, outros tantos se reúnem para celebrar o nascimento de Jesus.
Deus, que falou na noite de Natal, continua falando. Por isso a pregação deveria levar em conta os três textos bíblicos indicados para este Domingo de Natal, priorizando o texto de Hebreus.
A promessa de paz e salvação, anunciada por Isaías, cumpriu-se em Jesus. Os gritos de alegria dos vigias ao ver a volta do Senhor para Sião ressoaram quase seis séculos depois com os hinos de louvor entoados pelos anjos e pelos pastores de Belém. O evangelho nos anuncia que Deus não ficou acenando de longe para a miséria humana, mas veio pessoalmente. Veio ser gente como a gente. Veio olhar em nossos olhos, ouvir a nossa voz, veio ter conosco. Veio nos trazer a salvação.
Aquilo que tinha sido anunciado pelos profetas tornou-se realidade. Um menino nasceu. A Palavra tornou-se ser humano e veio morar entre nós. Deus veio ser gente para melhor colocar-se ao alcance dos nossos sentidos, para que pudéssemos tocá-lo. Deus se fez humano, assumiu a temporalidade e as limitações dos homens, para revelar o grande amor que tem para conosco.
É Natal. Tempo de fé. Tempo de estar aberto e perceber o Deus Conosco, que está sempre ao nosso lado. O mesmo Deus que falou aos nossos antepassados de muitas e variadas formas por meio dos profetas fala também a nós de uma forma definitiva por intermédio de seu Filho. Esse é o motivo que nos reúne na fé para celebrar o Natal, a revelação de Deus em Jesus Cristo.
Deus não ficou em silêncio. Deus falou a nossos pais no passado e continua falando a nós por meio de seu Filho. Ele quer manter contato conosco. Ele não é uma ideia a ser pensada, mas uma pessoa a ser ouvida, compreendida e obedecida. Jesus Cristo e a obra que ele realizou são a palavra de Deus para nós. Isso é o que Deus disse e o que devemos ouvir. Pois existe um Deus que se comunica e se revela a nós em Jesus. Podemos conhecê-lo, amá-lo e viver em alegre comunhão com ele.
O autor de Hebreus afirma que Deus falou em dois períodos históricos: um antes e outro depois da vinda do Filho de Deus ao mundo. Entretanto, Deus falou a nós por meio de seu Filho de maneira definitiva, pois a comunicação de Deus “nestes últimos dias” é melhor e maior do que todas as partes e formas de outrora.
Nesses últimos dias, Deus fez algo muito diferente: para se comunicar, Ele enviou seu Filho. Na pessoa de Jesus, em seu nascimento, em sua vida e em seus ensinamentos, Deus revelou-se a nós. Essa revelação é completa e decisiva. Não vai ser seguida por outra, pois em Jesus Cristo Deus falou e revelou definitivamente seu amor por todos nós. Essa é a grande notícia (boa-nova) do Natal. Quem descobre Jesus e a prova do amor de Deus experimenta salvação.
Alguns achavam que Jesus era apenas um profeta (Jo 9.17), mas ele não era um mero profeta. Ele é o Filho de Deus. Isso significa que ele é Deus, pois Jesus é a imagem única da glória de Deus e traz a marca de sua própria natureza divina (v. 3). Ele é o Filho eternamente gerado, sem começo e sem fim (7.3), e foi nomeado herdeiro de todas as coisas. Cristo tomou o seu lugar como herdeiro de todas as coisas em virtude de sua morte e ressurreição. A ideia que está por trás desse texto é que o Filho resgatou um povo perdido no pecado e na morte por meio de seu sacrifício expiatório e, no final, ele terá à sua disposição todas as coisas. Ele vai ter em sujeição a ele tudo o que existe. Um dia, toda a criação se curvará e reconhecerá que ela é governada e propriedade de Jesus Cristo.
A exaltação e a coroação do Filho à direita de Deus são uma declaração e celebração de sua obra perfeita de perdoar os pecados. Isso significa que sentar-se nesse lugar de honra e de autoridade foi uma declaração de quão perfeita foi sua obra de purificação dos pecados. Jesus é o sacerdote e o sacrifício ao mesmo tempo. Ele resolveu o problema do pecado conquistando o perdão e a salvação. O fato de Cristo ter tomado o seu lugar à direita de Deus significa que seu trabalho está totalmente concluído. Ele é o rei do universo. Ele está à direita de Deus Pai e reina sobre todo o governo.
A mensagem de Hebreus é uma palavra de exortação dirigida a cristãos desanimados e ameaçados de renunciar à fé em Jesus Cristo, o Salvador. Essa pa¬lavra se torna atual à medida que cresce em nossa realidade o número de cansados e desanimados. O autor de Hebreus quer animar-nos em nossa caminhada de fé, convidando-nos para manter nossos olhos fixos em Jesus, pois ele é a revelação definitiva de Deus. “O autor e consumador de nossa fé… Ele suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (12.2).
O Natal fala-nos da boa notícia: Glória a Deus e paz na terra! Com o nascimento daquele menino, anunciado pelos anjos, Deus veio a nós e, com isso, trouxe paz às pessoas a quem ele quer bem. Por isso, a partir do Natal, tudo pode ser mudado. A bondade, o amor, a justiça, a paz e a salvação são possibilidades concretas. A verdadeira luz de Cristo já brilha.
Não nos deixemos vencer pelas trevas, pelo pecado, pelo desamor e pela desesperança. Somos desafiados, isto sim, a viver o Natal com intensidade. Vamos compartilhar abraços solidários, vamos celebrar o Natal com luzes, com alegria, com louvor ao nosso Deus. Pois lá, no primeiro Natal, recebemos a boa-nova de paz na criação de Deus. Ela se cumpriu na vida e obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Por isso podemos hoje ter esperança e compromisso.
4. Imagens para a prédica
Certo homem tinha um formigueiro em seu jardim. Ele amava as formigas e todo dia ficava ali sentado, observando-as. Certo dia, ele notou que um grande incêndio nas terras do vizinho, empurrado pelo vento, aproximava-se do formigueiro. Não havia como conter o fogo que se aproximava cada vez mais.
Foi então que ele correu até o formigueiro e com muitos gestos e gritos tentou avisar as formigas, mas foi tudo em vão. Ele tentou alertá-las, colocando a mão em seu caminho, para que assim elas mudassem de direção e escapassem do perigo iminente.
Porém as formigas passavam por cima da mão do homem e continuavam seu caminho em direção ao fogo. O homem então criou uma barreira de terra para que dali elas não passassem, procurando assim salvá-las. Mais uma vez, as formigas ultrapassaram essa barreira e continuaram rumo ao perigo.
O homem então pegou algumas formigas que continuavam no formigueiro e as levou até onde estavam as formigas que caminhavam em direção ao fogo, na esperança de que essas formigas trouxessem as outras de volta em segurança. Porém as formigas que estavam em perigo ignoraram as outras e continuaram seus caminhos.
Então o homem começou a gritar: “Hei, vocês, voltem! Se vocês forem por aí, vão morrer. Não façam isso. Esse é um caminho da morte”. Mas as formigas não o ouviam. Então o homem fez o seguinte: Tornou-se uma formiga e foi até onde elas estavam caminhando, contou-lhes o que elas deveriam fazer para que assim voltassem em segurança para o formigueiro. E muitas delas voltaram, e de geração em geração foram ensinando as outras formigas a evitar o perigo do fogo.
Deus não se transformou em formiga, mas se fez ser humano para avisar todos que o caminho que estavam tomando era um caminho de morte. No Natal, lembramos o grande amor de Deus revelado em Jesus, que nos trouxe a salvação.
(História adaptada de http://www.jesushoje.com/e-deus-se-fez-homem/)
5. Subsídios litúrgicos
Oração:
Amado Deus, tu que falaste aos nossos antepassados de muitas e variadas formas por intermédio dos profetas, tens falado também a nós de uma maneira definitiva por meio de teu Filho Jesus Cristo. Obrigado por mais essa oportunidade de vivenciarmos o Natal, quando somos lembrados de que tu vieste olhar em nossos olhos, ouvir a nossa voz, vieste ter conosco e nos trazer a salvação. Obrigado pela obra que Jesus realizou, perdoando os nossos pecados, e por mais uma vez podermos revisar nossa vida e dar a ela um rumo orientado pela boa-nova da salvação. Ajuda-nos, Senhor, a ouvir e obedecer a tua palavra revelada em Jesus, para que o nosso falar e agir reflitam o verdadeiro sentido do Natal. É o que te pedimos em nome do autor e consumador de nossa fé: Jesus Cristo. Amém.
Oração de intercessão:
Deus Eterno! Neste Natal te pedimos:
– que a boa-nova revelada em Jesus Cristo seja proclamada a todos os povos;
– que as nações que vivem em guerra encontrem o caminho da paz;
– que a tua justiça se realize em cada pessoa deste planeta;
– que as tristezas e mágoas sejam banidas de cada coração, dando lugar à alegria e ao amor;
– que a dor seja amenizada e que o sofrimento encontre consolo na força da fé;
– que a solidão seja superada pela amizade verdadeira e pelo companheirismo;
– que as coisas pequenas, como a inveja ou o desamor, sejam retiradas de nossas vidas;
– que o perdão e a compreensão superem as amarguras e as desavenças;
– que o necessitado encontre em nós a solidariedade e a ajuda de que tanto precisa;
– que o amor pelo próximo seja nossa meta de vida;
– que a esperança seja um sentimento constante em todos os corações;
– que nossa jornada de hoje e de sempre esteja repleta de tua graça e de tua paz, Senhor. Amém.
Bênção:
Neste Natal, celebramos a revelação de Deus em seu Filho Jesus, que veio morar entre nós. Ele conquistou para nós o perdão dos pecados e trouxe-nos a salvação. Isso nos é afirmado por meio da bênção. Recebam, pois, a bênção de Deus:
Que o amor de Deus Pai, revelado no Salvador, se faça presente em teu coração neste Natal e no advento de cada novo dia.
Que a graça do Senhor Jesus seja derramada sobre ti e te acompanhe em todos os teus caminhos.
Que a comunhão do Espírito Santo te fortaleça no caminho da esperança, do amor e da paz.
Assim te abençoe o Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Bibliografia
GUTHRIE, Donald. Hebreus. Introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.
HOEFELMANN, Verner. Alento para os cansados e atemorizados. Estudos Bíblicos, nº 34. Petrópolis: Vozes; São Leopoldo: Sinodal, 1992. p. 9-14.
KONINGS, J. Hebreus. São Paulo: Edições Loyola, 1995.
VASCONCELLOS, Pedro Lima. Como ler a carta aos Hebreus. Um sacerdote fiel para um povo a caminho. São Paulo: Paulus, 2003.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).