Fundação da Escola de Teologia
As duas primeiras comunidades luteranas que se estabeleceram no Brasil em 1824 (Nova Friburgo/RJ e São Leopoldo/RS) contavam com a assistência de pastores vindos da Alemanha. A maioria das comunidades que se formaram na sequência, entretanto, não tinha pastores. As comunidades construíram escola, igreja, instalaram cemitério. Elas também escolheram pessoas de seu próprio meio para realizar estudos bíblicos, cultos e conduzir as demais atividades comunitárias.
Aos poucos, agências missionárias do exterior, especialmente da Europa, começaram a enviar pastores ao Brasil. Mesmo assim, os envios não supriam as necessidades das comunidades. Havia necessidade de uma formação teológica em terra brasileira, porém não se dispunha ainda das condições para tal.
No ano de 1921, criou-se um curso de ensino médio que se tornou, em 1931, o Instituto Pré-Teológico – com sede em São Leopoldo/RS. Em 1940, o Instituto deu início a um “curso teológico propedêutico”. Porém, em virtude da Segunda Guerra Mundial, o curso foi interrompido em 1942.
Em 1946 constituiu-se, em São Leopoldo/RS, a primeira Escola de Teologia. Embora tivesse um vínculo inicial com o Sínodo Rio-Grandense, a Faculdade de Teologia foi um empreendimento comum de todos os sínodos. Dessa forma, tornou-se um fator determinante para a criação da Federação Sinodal, que deu origem à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB.
No primeiro Concílio da Federação Sinodal, em 1950, a Escola de Teologia destaca-se, em primeiro lugar, entre responsabilidades comuns aos quatro sínodos. Em um artigo do ano de 1959, lemos:
Assim, certamente se pode dizer que a Escola de Teologia é, para o futuro de nossa Igreja no Brasil, de importância que não pode ser superestimada. Como lugar de formação em comum dos pastores nacionais para os quatro sínodos e como estabelecimento de ensino e pesquisa em comum, é ela a expressão da autonomia e responsabilidade da Federação Sinodal e, ao mesmo tempo, sinal visível da unidade íntima dos quatro sínodos. Ela evidencia a firme vontade da Federação Sinodal de ser, conscientemente, Igreja Evangélica no meio ambiente brasileiro, corresponsável pelo País e por seu encontro, de maneira acertada, com o Evangelho. (leia o artigo completo clicando AQUI)
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