Proclamar Libertação – Volume 33
Prédica: Isaías 58.1-12
Leituras: Mateus 6.1-6, 16-21; 2 Coríntios 5.20b-6.10
Autor: Michael Kleine
Data Litúrgica: Quarta-feira de Cinzas
Data da Pregação: 25/02/2009
1. Introdução
A Quarta-Feira de Cinzas marca o início da Quaresma. Na igreja antiga, esse era um tempo de preparação intensiva para as pessoas que desejavam ser batizadas, marcado por exorcismos (libertação do poder dos ídolos) e pela prática do jejum. Os candidatos e candidatas ao batismo eram submetidos a um caminho de penitência, que visava libertá-los dos laços mundanos que impedem o desenvolvimento da fé. Perguntava-se a eles se eram sensíveis à dor de outros e a quem eles ajudaram em suas necessidades. Arrependimento, batismo e mudança de vida andam de mãos dadas. O “jejum agradável a Deus” é o tema do texto de Isaías e da leitura do evangelho. A Quaresma lembra-nos de que a vida do cristão é, toda ela, tempo de preparação para a vinda do Senhor. Essa preparação implica disciplina externa – o exercício consciente que visa adequar o corpo e os hábitos às coisas divinas – bem como o auto-exame, o arrependimento e a confissão de pecados. Tudo isso para que não recebamos em vão a preciosa graça de Deus (2Co 6.1).
2. Exegese
Isaías 56-66 é uma coleção de textos anônimos que parecem refletir a situação da comunidade judaica pós-exílica. Apesar da diversidade de temas e estilos que encontramos nessa coleção, é possível reconhecer temas-chave que conectam as diferentes partes entre si e os cap. 56-66 com o restante do livro (cap. 1-39 e 40-55). A coleção inicia (56.1) com um dos principais temas do livro de Isaías: a relação entre a justiça divina – entendida como “salvação” – e a justiça humana – entendida como obediência aos mandamentos de Deus. Esse também é o tema de 58.1-14. O pano de fundo histórico dos cap. 56-66 é a época de reconstrução da comunidade após o retorno dos exilados da Babilônia. Transparece nos textos a profunda decepção com as dificuldades encontradas no retorno à antiga pátria. Violações contra o direito e a ordem cúltica da comunidade, conflitos entre diferentes grupos religiosos e conflitos sociais geram resignação e levantam a dúvida a respeito da força de Deus e de sua capacidade em ajudar seu povo. Os cap. 58 e 59 respondem a essa dúvida, afirmando que é o pecado do povo que impede a ajuda de Deus (cf. 58.3s; 59.1s).
V. 1 – O profeta é incumbido de agir como sentinela que alerta o povo para o perigo iminente. A função da trombeta é dar o alarme (cf. Am 3.6a). O profeta deve alertar o povo para o perigo que corre por causa de sua conduta errada (Is 59.16-18 mostra que a vinda de Deus traz juízo e castigo a seus inimigos, dentro e fora de Israel; cf. Ez 33.1-9). Denúncia pública do pecado é função primordial do profeta (cf. Mq 3.8). A atitude e a conduta do povo são qualificadas como criminosas: quem comete “transgressão” rompe com Deus, rouba o que lhe pertence. O caminho escolhido é o caminho errado. – A missão do profeta é chamar ao arrependimento e à conversão, apontando para o caminho certo.
V. 2 – Descreve a prática religiosa do povo como sendo (aparentemente) correta. As pessoas vão até Deus em seu santuário, em busca de ajuda e orientação. Cumprem suas obrigações religiosas. A relação com Deus parece estar em ordem.
V. 3a – Confiando em sua prática correta, o povo lamenta a falta de ajuda da parte de Deus. Menciona, especificamente, a prática do jejum, que não era apenas uma abstinência individual, mas um ritual público de penitência (ver a descrição no v. 5), realizado no santuário em ocasiões preestabelecidas (cf. Jl 2.12-17; Zc 7). O povo questiona: Deus não percebe a seriedade e a retidão de nossa prática?
Ao questionamento do povo seguem várias respostas da parte de Deus. A primeira resposta (v. 3b-4) mostra a incongruência entre a prática ritual e a conduta diária do povo. A condução da vida revela que, em primeiro lugar, estão a busca dos próprios interesses/negócios. Essa busca egoísta inclui o uso da violência, a exploração dos trabalhadores e gera conflitos diversos, impedindo que o clamor seja ouvido por Deus.
A segunda resposta (v. 5-9a) questiona a própria prática do jejum, da mesma forma que outros profetas criticaram a prática do sacrifício (cf. Am 5.21-25; Is 1.12-17; Mq 6.6-8). Deus ordena uma forma alternativa de jejum coletivo: prioridade é a libertação de pessoas que se encontram sob qualquer forma de coação/opressão (v. 6). A terminologia usada no v. 6 focaliza a libertação de agricultores e agricultoras empobrecidos, que se encontram numa situação de dependência por ter contraído dívidas. A servidão por dívidas – em que a família camponesa perde suas terras e é obrigada a servir ao credor por não conseguir saldar suas dívidas – era o principal problema social da época (cf. Ne 5.1-5). O empréstimo a juros altíssimos era um mecanismo eficaz usado pelos mais ricos para manter os mais pobres dependentes: “O rico domina sobre os pobres, o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Além de romper essa dependência, cancelando dívidas e devolvendo propriedades, era preciso ajudar os mais miseráveis (v.7).
V. 8-9a – A prática do verdadeiro jejum assegura a presença de Deus no meio do povo (“Eis-me aqui”), trazendo luz e cura para suas feridas. A “justiça” do povo (= andar em obediência aos mandamentos/à lei/Torá de Deus, cf. 64.5; 51.7; 42.21,24) abrirá caminho para um novo tempo. O próprio Deus garante a segurança na retaguarda.
Finalmente, a terceira resposta (v. 9b-12) combina as duas anteriores. O v. 9b retoma as críticas dos v. 3b-4. O v. 10a, que está na mesma linha do v. 7, permite relacionar a prática da ajuda/solidariedade com a prática do jejum: “se ofereceres ao faminto a tua alma/vida” ou “se te privares para o faminto” – essa é a forma de jejum/sacríficio que agrada a Deus. Jejuar é uma forma de autolimitação, de autorrestrição e de renúncia. Limita-se a satisfação das próprias necessidades a um patamar mínimo, abrindo mão de todo o resto. No jejum agradável a Deus, o sacrifício vai em favor do necessitado. P. ex.: libertar o escravo, cancelar sua dívida e devolver a ele sua antiga propriedade certamente trará prejuízo financeiro ao credor que lucrava com essa situação. Renunciar a privilégios é bem mais do que dar daquilo que está sobrando. É mexer em estruturas sociais injustas, que estão causando a dependência de uma parcela da população.
A promessa ligada ao cumprimento dessas obras de justiça e misericórdia (v. 10b-11) reforça os v. 8-9: a luz vence as trevas, Deus guiará continuamente e providenciará o milagre da fartura e da renovação das forças. A “lógica econômica” de Deus funciona diferente: quem abre mão do que tem e dá aos outros pode contar com fartura (ver 2Co 9.6-15; Mt 6.33). O v. 12 concretiza a promessa de salvação e mostra a situação em que Jerusalém se encontrava: a cidade será reconstruída, suas ruínas serão reerguidas. Enquanto cada qual buscava sua própria prosperidade, sobravam conflitos, desigualdade e miséria e faltavam recursos e disposição para reconstruir a cidade. A generosidade pode reverter essa situação – com a ajuda de Deus.
3. Meditação
A pregação do profeta procura responder ao questionamento vindo do povo: “A situação está muito difícil. Nós estamos fazendo tudo direitinho, cumprindo nossas obrigações religiosas, fazendo aquilo que Deus espera de nós. Mesmo assim, Deus não nos escuta, ele não quer nos ajudar em nossa miséria. Ele não percebe nosso esforço?”. O povo entende que, de sua parte, está tudo em ordem na relação com Deus. Não deveria haver, segundo esse raciocínio, tantas dificuldades.
Para a pregação, podemos partir dos problemas concretos enfrentados na comunidade. Quais são as queixas e os questionamentos dos membros e das lideranças nas comunidades? “A igreja/comunidade vai mal”. “A participação está diminuindo. São sempre os mesmos”. “Com o aumento da inadimplência, a situação financeira está crítica. Temos que cortar gastos”. “A gente dá um duro pela comunidade e só ouve críticas”. “A gente se esforça, investe tempo e energia e, mesmo assim, a situação da comunidade não melhora.” Mesmo que a pergunta pela ajuda de Deus não esteja explícita, devemos levar a sério os questionamentos feitos e propor aos ouvintes da prédica a reflexão que Isaías 58 faz.
Isaías 58 surpreende seus ouvintes. Eles estão convictos de estar obedecendo à vontade de Deus (cf. v. 2-3a). É Deus quem não reconhece isso, dizem eles. Não, diz o profeta, não é Deus que não escuta ou não vê. São os vossos pecados que criaram um abismo entre vós e vosso Deus (cf. 59.2; 58.1,3 e 4). Segundo os autores de Isaías 56-66, o pecado do povo impede que sua oração seja ouvida por Deus. É preciso enfatizar que não se trata de alguns desvios de conduta, mas a relação com Deus está comprometida num ponto central. Isso faz com que a justiça de Deus, que está prestes a vir (cf. 56.1), tenha uma dupla eficácia: ela virá como juízo para os que permanecem no pecado (cf. 59.15b-19) e como salvação para os que se arrependerem e converterem (cf. 59.20). O profeta é incumbido de soar o alarme e avisar o povo do perigo que corre (58.1). Ele convoca ao auto-exame, ao arrependimento e a uma mudança de atitude.
Isaías 58 aponta para o pecado concreto, que está destruindo a relação com Deus. O texto mostra que há uma incongruência entre a prática religiosa do povo e sua prática cotidiana. Em termos de culto, o povo cumpre suas obrigações: vai ao templo, participa das cerimônias religiosas (jejum), procura a orientação de Deus (v. 2). Mas fora do templo predominam os conflitos, a violência e a exploração. No dia-a-dia, cada um corre atrás de seus próprios interesses e negócios (v. 3; cf. v. 13). Essa corrida louca, esse “cada um por si e Deus por todos”, leva ao desprezo pela vida dos outros. Esse desprezo se traduz em ações e omissões, tais como: os trabalhadores são explorados (v. 3), predominam conflitos, rixas e violência (v. 4); situações injustas de dependência (“jugo”), dedos sendo apontados e injúrias sendo proferidas (v. 9b).
Especialmente crítica é a atitude dos mais fortes em relação aos mais fracos. Pelo que podemos deduzir do texto, essa atitude vai da indiferença dos mais fortes em relação à miséria dos mais fracos (cf. v. 7: “esconder-se de seu semelhante”, não se sentir responsável por ele) até a exploração econômica pura e simples (cf. v. 3 e 6: servidão por dívidas). O pecado aqui consiste em achar que Deus não tem nada a ver com as relações sociais. Agindo dessa forma, limita-se a esfera de poder de Deus ao templo e aos rituais religiosos. Isso é grave, é crime (cf. v.1), pois se rouba de Deus o direito de determinar o que acontece fora do templo. Há um conflito claro entre seguir seus próprios interesses, de um lado, e, de outro, seguir os caminhos estabelecidos por Deus (cf. v. 2). E Deus estabeleceu que a vida de todas as pessoas é sagrada e deve ser tratada como tal (cf. Lv 19.11-18; Dt 15.7-9).
No Sermão do Monte, Jesus estende a abrangência do quinto mandamento (“Não matarás”) a tudo o que pode ameaçar ou prejudicar a vida de alguém. O ódio, o insulto e a palavra maldosa dirigidos a outro revelam desprezo e ameaçam a integridade de sua vida. Quem age dessa forma, conforme Jesus, será tratado com o mesmo rigor que o homicida (Mt 5.21-26; esse trecho é uma boa alternativa ao evangelho proposto para este dia). Segundo a interpretação que Lutero dá ao quinto mandamento, devemos ajudar o próximo “em todas as necessidades da vida”. Não ajudar, portanto, revela desprezo e contribui para a diminuição de suas chances de vida.
Mas Jesus continua. Ele diz que aquela pessoa que se tornou culpada em relação à vida do irmão ou irmã não pode chegar ao altar de Deus. Culto e vida, culto e relação com o próximo, serviço a Deus e serviço ao semelhante estão intimamente ligados. Dietrich Bonhoeffer tira as consequências:
Quem se irar contra o irmão, quem lhe proferir um insulto, quem o injuriar publicamente, quem o difamar, é homicida e já não subsiste perante Deus. Distanciando-se do irmão, distancia-se de Deus. Já não há acesso a Deus para ele. Seu sacrifício, seu culto, sua oração já não poderão agradar a Deus. Para o discípulo de Jesus, culto e serviço não podem estar separados… Desprezo do irmão rouba ao culto sua credibilidade e toda e qualquer promessa. (…) Enquanto são negados ao irmão o serviço e a caridade…, a oferta é rejeitada. (…) Examine-se, pois, a igreja dos discípulos de Jesus para ver se não se tem tornada culpada em irmãos aqui ou acolá… Examine-se… ao reunir-se em oração e culto, para ver se não se interpõem entre ela e Deus muitas vozes acusadoras, frustrando-lhes a oração. Examine-se… para ver se ela deu aos rejeitados e desonrados pelo mundo um sinal daquele amor de Jesus, amor que quer conservar, carregar, proteger a vida. Deus não quer ser separado do irmão; não quer ser honrado enquanto um irmão é desonrado (p. 73; grifo meu).
São palavras muito claras. Deus quer determinar todos os aspectos da vida de seu povo. Por isso ele ordena uma nova forma de jejum. De uma maneira geral, o jejum é um exercício de autorrestrição, em que o indivíduo abstém-se de certos prazeres visando concentrar forças/energia/dedicação para alcançar um melhor desempenho em outra área. É uma forma de disciplinar e dominar os próprios pensamentos e instintos na busca de um alvo colocado. No caso do jejum, o indivíduo abstém-se de ingerir temporariamente alimentos com o objetivo da purificação, da preparação para algum acontecimento, na intenção de influenciar a divindade ou como forma de expressar penitência e luto (como parece ser o caso em Is 58). Conforme Isaías 58, o “jejum”, ou seja, a renúncia voluntária que agrada a Deus é aquela que se exercita em benefício de outras pessoas. Deus espera de seu povo desprendimento, generosidade, disposição para abrir mão do que tem em favor dos necessitados. Num país como o Brasil, não é preciso procurar muito para encontrar pessoas que precisam de ajuda. O melhor é começar pelas imediações da comunidade e de cada membro: na rua, no bairro, no local de trabalho/estudo, no município. É importante lembrar que Isaías 58 fala da ajuda material direta (alimentar, vestir, abrigar), mas também de situações em que é preciso acabar com relações de opressão, exploração e injustiça (v. 6). Quanto a esse último ponto, cada qual precisa examinar se está tirando (diretamente) proveito da fraqueza e/ou dependência de outro, como por exemplo através da exploração econômica. Por outro lado, indivíduos e a comunidade como um todo devem colocar-se ao lado de organizações populares que se empenham pela melhoria das condições de vida do povo. Nossa contribuição para uma sociedade mais justa pode começar através da influência sobre a opinião pública, que normalmente desqualifica essas organizações como “grupos de baderneiros”, que querem tirar proveito do “trabalho honesto” de outros.
O texto não diz isso explicitamente, mas a disposição de renúncia em favor de outros é um sinal de fé e confiança. No texto, essa relação entre fé e renúncia aparece como promessa: “Se tu te privares para o faminto (implícito: confiando na ajuda de Deus)… Deus te assegurará fartura” (v. 10 e 11). Jesus faz uma promessa semelhante: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33; ver também 2Co 9.6-15).
As lideranças das comunidades geralmente estão muito empenhadas em favor das finanças: arrecadar mais e gastar menos. Esse empenho é louvável, pois demonstra preocupação com a sustentação do trabalho da igreja. Por outro lado, essa preocupação leva, muitas vezes, a não ajudar pessoas, grupos ou comunidades que passam por dificuldades maiores. Nossa preocupação com a saúde financeira da comunidade fecha nossos olhos (e o bolso) para as necessidades dos miseráveis. Caberia a pergunta: Será que nossa atitude – a preocupação com a manutenção da comunidade e o consequente descuido em relação às necessidades ao nosso redor – não é a causa de nossos problemas?
Isaías 58 convida-nos para o autoexame. Alerta sobre o perigo que é para uma comunidade cristã ficar fechada em si mesma, escondendo-se daqueles que clamam por ajuda. Essa atitude pode estar afastando a comunidade da presença graciosa de Deus, atraindo para si a ira e o juízo (cf. Mt 25.31-46). Deus chama ao arrependimento e aponta caminhos para uma nova relação com ele e com o semelhante.
4. Imagem para a prédica
Uma conclusão que podemos tirar de Isaías 58 é que toda a graça e benefício que recebemos de Deus querem ser passados adiante. Se isso não acontece, aquilo que era benefício pode transformar-se em prejuízo e juízo. Isso vale para as dádivas da fé, o perdão, Batismo, Santa Ceia e todos os bens recebidos de Deus (materiais ou imateriais). A graça recebida deve tornar-se produtiva para o outro, senão é graça recebida em vão. Reproduzo uma ideia de Hans Schönweiss, que ilustra o que foi dito da seguinte forma:
Aqui devemos reconhecer uma lei básica do reino de Deus: O que não dás adiante perdes novamente. Se guardares para ti o que recebeste de presente, Deus não poderá mais abençoar. Seca a afluência de cima, tudo o que já tinhas escapa de tuas mãos. Não será esse o motivo de tanto vazio e tanta aridez em nossa vida espiritual? Para que a água de um lago permaneça fresca, ele precisa de afluência e escoamento. Caso contrário, ele em breve se torna um charco pantanoso, cuja água não mais proporciona refrigério a ninguém (p. 11s.).
5. Subsídios litúrgicos
A época da Quaresma e, especialmente, a Quarta-Feira de Cinzas são propícias para a celebração da Penitência Comunitária (veja Celebrações do Povo de Deus, p. 30-32).
Seguem alguns subsídios:
1. Hinos do Povo de Deus n. 197
2. Oração: Mostra-nos, Senhor, como somos de fato. Abre os nossos olhos e o nosso coração. Dá-nos a conhecer a tua vontade e o quanto estamos longe de cumpri-la. Revela aquilo que tentamos esconder de ti, dos outros e de nós mesmos.
Amém.
3. Leituras bíblicas
4. Prédica
5. Hinos do Povo de Deus n. 150
6. Penitência:
P: Senhor Jesus, teu temor, teu amor e tua confiança em Deus te levaram a buscar, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, na certeza de que nada te faltaria. O nosso medo do futuro e a nossa falta de confiança nos fazem buscar, em primeiro lugar, segurança e garantias para nossa vida. O teu culto a Deus consistiu na obediência pura e simples, em todos os passos que deste. Nosso culto geralmente tem pouco a ver com nossa vida e com as opções que fazemos. Tu amaste a vida até dos teus assassinos. Nós fazemos pouco caso de todos os que não nos bajulam. Tu deste a tua vida em favor dos que te desprezam. Nós esperamos que os outros vivam em função de nós.
C: Hinos do Povo de Deus n. 50,2 (recitar ou cantar)
P: Tu nos ensinaste a dar do que temos a quem nos pede (Mt 4.42). Ao invés disso, nunca estamos satisfeitos com o que temos e sempre sentimos falta de algo. Se alguém nos pede algo, logo achamos mil razões para não dar. Teu amor permanece em nós, quando damos nossa vida pelos irmãos e irmãs (1Jo 3.16). Mas, geralmente, estamos ocupados em preservar nossa vida e não arriscamos nada. Às voltas com a nossa vidinha, não nos damos conta de que, querendo salvá-la, vamos perdê-la (Mc 8.35).
C: Confissão conjunta cf. Catecismo Menor, Quinta Parte, “Breve forma de confessar os pecados”.
P: Absolvição
Hino de Louvor: Hinos do Povo de Deus n. 155
Pai nosso… Bênção
Bibliografia
KESSLER, Werner. Gott geht es um das Ganze. Jesaja 56-66 und 24-27.
Stuttgart: Calwer, 1960. (Die Botschaft des Alten Testaments; 19).
SCHÖNWEISS. Comunidade, comunhão, fraternidade. São Leopoldo: Sinodal, 1971.
BONHOEFFER, Dietrich. Discipulado. 3. ed. São Leopoldo: Sinodal, 1989.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).