Proclamar Libertação – Volume 36
Prédica: João 6.35, 41-51
Leituras: 1 Reis 19.4-8 e Efésios 4.25-5.2
Autor: Felipe Gustavo Koch Buttelli
Data Litúrgica: 11º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 12/08/2012
1. Introdução
O texto de João 6.35, 41-51 é um texto bastante desafiador. Ele compõe um bloco de textos que se prestam para elucidar alguns aspectos acerca da identidade de Cristo para os diversos contextos com os quais João dialogava. O evangelho é reconhecido por uma linguagem diferente dos sinóticos, pois faz uso de uma terminologia gnóstica, ainda que seu conteúdo não seja gnóstico. Em nosso texto específico, João apresenta Jesus desvelando sua identidade a judeus que não conseguem crer que ele é o filho enviado por Deus. Jesus faz uso da ideia de pão para colocar-se dentro da narrativa judaica, ao comparar-se com o maná. O chamado e o desafio que Cristo coloca é a fé. O texto apresenta-se como uma crítica poderosa à nossa percepção atual de que fé e aquisição material sejam temas separados. O “pão” pelo qual trabalhamos leva, por si só, à morte. O pão em uma percepção espiritualista não alimenta o corpo. Jesus supera essa dicotomia e se oferece como pão da vida, que sacia a fome do mundo agora e para todo o sempre.
2. Exegese
Não há univocidade a respeito da origem do Evangelho de João. Segundo especialistas no Evangelho de João, como Rudolf Bultmann e Rudolf Schnackenburg, o evangelho foi escrito levando em consideração a tradição oral, ainda marcantemente presente na época, e a presença dos evangelhos sinóticos, já que, segundo datação aproximada, o evangelho teria sido o último a ser redigido: entre os anos 100 d.C. e 120 d.C. O Evangelho de João complementa, portanto, os evangelhos sinóticos e oferece alguns elementos teológicos particulares para os contextos em que foi formulado.
Isso é uma constatação importante, pois nos ajuda a perceber que havia um contexto de discussão teológica das comunidades para as quais o Evangelho de João foi escrito. Rudolf Bultmann atribui a autoria do evangelho, como nós conhecemos, ao que ele chamou de “redator eclesiástico”. Esse eventual redator teria trabalhado com três diferentes conjuntos de textos, relacionados a três diferentes tradições teológicas. A tese atualmente mais aceita é que o Evangelho de João não foi concebido somente em um contexto, mas partes do evangelho foram formuladas em tempos diferentes e em locais diferentes. Murray apresenta com mais detalhes a discussão que aponta para a tripla origem do evangelho na Palestina, Síria e, posteriormente, em Éfeso.
Por ter sido escrito em grego, o evangelho adota o linguajar da tradição helenística. O uso do termo logos, único ao Evangelho de João, para descrever Jesus parece colocar João em diálogo com o escritor Filo, um judeu que apresentava a fé judaica ao mundo helenista. Mais controverso é o tipo de relação que João tem com o mundo gnóstico e, por consequência, com o docetismo. O gnosticismo e o docetismo compreendem o mundo em termos dicotômicos e foram responsáveis por uma longa discussão posterior sobre a dupla natureza de Cristo. O argumento mais aceito no momento, apresentado por Bultmann, compreende que João faz uso de toda a terminologia gnóstica com o intuito de desconstruir a percepção do gnosticismo ou docetismo de que o Jesus Cristo crucificado não poderia ser a própria pessoa de Deus. Käsemann, no mesmo sentido, afirma que é difícil conceber que a mensagem de justificação para o justo e pecador tenha se baseado no gnosticismo.
Outra tradição com a qual o evangelho discute é o judaísmo. Corrobora, inclusive, a hipótese de que parte do evangelho foi concebida na Palestina, em resposta aos conflitos que cristãos enfrentavam com comunidades judaicas. Algumas partes do evangelho são claramente endereçadas a judeus e cristãos que dialogam com judeus. O nosso texto está incluído no bloco de João 6, que é uma discussão com judeus. Aparentemente, João coleta várias histórias a respeito de Jesus, interagindo com diferentes públicos, em diferentes partes da Palestina, e coloca-as juntas para constituir um diálogo com temas candentes da realidade judaico-cristã. (Só em nossa perícope, Jesus interage com fariseus na sinagoga, duas diferentes multidões, um grupo de discípulos mais amplo e o grupo dos doze discípulos.)
O texto de João 6 encontra-se, dentro de uma moldura mais ampla, no chamado Livro dos Sinais (1-12), onde há um padrão em que se segue, a um sinal, uma explicação. Murray cogita a hipótese de que esse livro era utilizado nas comunidades para pregações no contexto da Eucaristia. Nesse sentido, podemos arguir que o texto previsto para essa pregação em seu contexto maior de João 6 pode ter sido usado frequentemente como uma pregação antes da Eucaristia. Assim parece, já que a perícope encerra com um texto que faz clara referência à Ceia.
A estrutura da perícope em que se encontra o texto para pregação pode ser definida da seguinte maneira: a) 6.32-35 – O verdadeiro significado das Escrituras (Jesus, o verdadeiro pão da vida); b) 6.36-40 – Demanda por fé; c) 6.41-47 – Murmuração dos judeus e ênfase de Jesus na fé; e d) 48-51 – Jesus: o pão da vida dos céus. Schnackenburg e outros comentaristas argumentam que o texto foi concebido no formato de um midraxe, que é um estilo de escrita judaico, o que reforça a tese de que os destinatários da mensagem do texto eram judeus ou cristãos vivendo na Palestina. Nesse formato, primeiramente se apresenta o texto da Torá para, posteriormente, haver uma explicação.
O objetivo maior do Evangelho de João é apresentar a identidade de Jesus para os diferentes contextos em que havia compreensões “equivocadas” sobre a sua pessoa e propósito (Jo 20.31s). Sendo Cristo o tema do evangelho, todas as temáticas decorrentes são apresentadas em perspectiva cristológica. Os contextos para os quais a “identidade de Jesus” era afirmada por João exerciam um impacto na linguagem adotada pelo evangelista. Assim, as dicotomias recorrentes no evangelho, características da linguagem gnóstica, sempre se estabelecem em relação a Cristo. No texto previsto para a pregação, a linguagem e o formato claramente pretendem apresentar a identidade de Jesus a pessoas de tradição judaica. Por isso faz-se uso de um texto em forma de midraxe, e Jesus é apresentado como pão, fazendo clara menção ao maná que os judeus receberam de Deus no deserto. O texto apresenta o primeiro de uma série de ego eimi (eu sou – Jo 6.35), em que Jesus oferece uma compreensão do que seria a sua identidade.
Uma das ênfases aparentemente mais candentes no Evangelho de João é uma abordagem soteriológica a respeito de Jesus Cristo. Jesus Cristo é o caminho para a salvação. Só é possível chegar ao Pai por Cristo, e Cristo é aquilo que Deus quer dizer às pessoas. Quem quiser conhecer o Pai e sua mensagem deve conhecer e ter fé em Jesus Cristo. O tema de nossa perícope maior, o capítulo 6, que compõe uma unidade temática, é soteriológico. Jesus Cristo revela-se como o “pão da vida”, o alimento que sacia eternamente. Quem come desse “pão da vida” e quem bebe da “água da vida” jamais terá fome e sede novamente. Para demonstrar essa ênfase clara de Jesus, inclusive mencionando a ressurreição, podemos perceber que esse tema aparece em João 6.39, 40, 44 e 54.
3. Meditação
A escolha do texto para pregação faz um recorte, à primeira vista, estranho dentro de uma perícope um pouco maior. Isso, evidentemente, é um fator a ser considerado quando tentamos entender o porquê da escolha desse texto.
O versículo 35 certamente é um dos versículos mais importantes do Evangelho de João. Apresenta a primeira das sete sentenças “eu sou”, das quais Jesus faz uso para mostrar sua verdadeira identidade. No próprio texto, a ideia de que Jesus é o pão da vida repete-se nos versículos 48, 50 e 51. Porém, como vimos na delimitação sugerida acima, o versículo 35 encontra-se como resposta à interpelação de uma multidão que havia testemunhado o sinal da partilha dos pães e veio atrás de Jesus, pedindo por mais alimento. Assim, Jesus diz no versículo 26: “Vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes”. Posteriormente, essa multidão questiona Jesus e sua pretensão de apresentar-se como o Filho do homem, afirmando que foi Deus quem deu o maná a seu povo no deserto. Isso nos apresenta o contexto temático no qual Jesus se revela como o “pão da vida”. O pão da vida está em comparação com o maná. O versículo 35 oferece a orientação da interpretação do texto: em contraposição ao maná do deserto e à água tirada de pedras, Jesus é o pão e a água que saciam fome e sede de uma vez por todas. No versículo 49, Jesus deixa essa contraposição clara: “Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram”.
No entanto, a assimilação desse versículo à perícope de 41-51 coloca Jesus em diálogo com os judeus, fariseus, que ouviam seus ensinamentos, provavelmente no templo. Nessa perícope, os judeus questionam a identidade de Jesus. Aqui João aparentemente reforça uma de suas compreensões mais claras, que responde ao questionamento teológico da época da composição do evangelho sobre a natureza de Cristo. Assim como os gnósticos em seu padrão de pensamento dual, os judeus questionam a possibilidade de alguém, de quem eles conhecem a origem, afirmar que procede dos céus (v. 38). Essa ênfase de João na dupla natureza de Cristo e no fato de que Deus mesmo se tornou ser humano podemos constatar desde o princípio do evangelho: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14).
Dessa maneira, como Jesus Cristo é completamente Deus e ser humano simultaneamente, a ideia de “pão da vida” não pode ser compreendida somente como “alimento espiritual” nem tão só como “alimento físico, material”. Interessante perceber que é justamente essa percepção que leva Lutero a estabelecer a doutrina da consubstanciação. Isto é, no pão, Deus faz-se presente de modo que não compreendemos. O pão da vida é alimento físico e alimento espiritual, que dá salvação, ao mesmo tempo em que sacia a fome. Não se trata de linguagem simbólica. O milagre da multiplicação dos pães no início da perícope demonstra claramente que Jesus é o pão que sacia a fome do corpo também. Essa é a compreensão de Schnackenburg de que o versículo 35 não pode ser separado da multiplicação dos pães, da discussão sobre o maná, da menção sobre a chegada da festa da Páscoa judaica (Jo 6.4), sobre Moisés e a autocompreensão sacrificial de Jesus. Jesus demonstra ser integralmente o alimento que dá vida ao corpo e salvação. Isto é, a salvação que Cristo oferece não é somente espiritual, mas acolhe todas as dimensões da vida humana.
A grande discussão a respeito da apresentação de Jesus como o “pão da vida” leva inevitavelmente à pergunta: como podemos nos apropriar desse pão da vida? Assim, o versículo 34 manifesta o pedido da multidão: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. E Jesus responde a eles no versículo 36: “Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes”. Essa incredulidade por parte da multidão na parte anterior da perícope é reproduzida pelos judeus que murmuravam sobre a identidade de Jesus. Por isso Jesus afirma no versículo 47: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna”. O desafio que é colocado aos diversos públicos com os quais Jesus interage nessa perícope, a saber, multidão, círculo amplo de discípulos, os doze discípulos e fariseus no templo, é a fé, a dádiva de crer em Jesus e de aceitá-lo como único caminho, único mediador entre Deus e o mundo. Essa é a única obra que o ser humano pode realizar para conhecer Deus e por Ele ser salvo, conforme Jesus afirma no v. 29: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado”.
Um aspecto interessante apresentado por Schnackenburg é que a palavra grega utilizada para “murmurar” no versículo 41 é a mesma utilizada na Septuaginta em Êxodo 16. Jesus faz uma comparação entre o murmúrio dos judeus e o de seus pais no deserto, o que reforça a comparação entre o pão e o maná. Schnackenburg menciona que a palavra diagoggydsein pode ser compreendida como desobediência ou descrença. Isto é, os judeus murmuravam porque não conseguiam acreditar e desobedeciam a Deus desse modo. No entanto, o ponto mais intrigante dessa perícope é como fazê-los crer. Como pode alguém chegar a crer no que Jesus diz, ou seja, crer nele. E é sobre isso que Jesus fala em uma linguagem quase mística nos v. 44 a 45.
O v. 44 diz que ninguém pode ir a Jesus se o Pai não o trouxer. Ou seja, ir a Jesus, aceitá-lo como pão da vida e como água da fonte que saciam a fome e a sede eternamente não é uma ação de total domínio humano. No próprio crer em Cristo, trata-se de uma ação de Deus. E dessa maneira Lutero e Bonhoeffer já haviam refletido. A fé é criação de Deus. O v. 45 complementa e estabelece, segundo Schnackenburg, um paradoxo. Ele diz que todo aquele que sobre o Pai tem ouvido e aprendido, esse vai a Jesus. Ou seja, é a palavra de Deus e o conhecimento a respeito de Deus que movem a pessoa a crer em Cristo. No entanto, Cristo mesmo é a palavra de Deus, o logos de Deus para o mundo. Somente Jesus é capaz de dizer algo a respeito de Deus (v. 47). O paradoxo é que precisamos ouvir Cristo para poder ser levados a ele. E, como afirma Schnackenburg, “ser trazido” por Deus para Cristo é a atração interna forte, gerada pelo próprio Deus, como que num movimento de Deus para Deus. Não vejo que seja necessário entrar em qualquer doutrina mística, como a do próprio gnosticismo, para compreender essas palavras, pois que, no final do evangelho (Jo 17), o próprio Cristo ora pelo envio do Paracleto. É o Espírito que nos leva a Deus, e Cristo é a palavra e o caminho que trilhamos. O Evangelho de João, ainda que enfatize a Cristo, é um evangelho essencialmente trinitário.
4. Imagens para prédica
Resumidamente, podemos sugerir que a mensagem do texto, como delimitado para a pregação de domingo, afirme o seguinte: Jesus revela-se como aquele único que oferece salvação integral, de todo o ser, não somente espiritual, mas física também. Para aceitar essa salvação, a única coisa a fazer é crer em Jesus. No entanto, sabida é a descrença do povo, desde os discípulos às multidões. Nesse texto, a reflexão é feita para os judeus, que murmuram, pois não creem. Não conseguem conceber que um homem como eles, nascido na humildade, possa chamar-se Deus. É a percepção integral, holística da obra de Cristo que está em xeque nesse texto. Cristo é ser humano e Deus; por isso ele é pão que alimenta corpo e alma. E crer em Cristo é um ato de aparente irracionalidade, mas ele tem que ser guiado pelo próprio Deus. Cristo é o caminho e a verdade a escutar, e o Espírito é o motor que nos impulsiona a trilhar esse caminho. Esse é o único modo de chegar e conhecer Deus.
Interpretada conjuntamente com os textos de 1 Reis 19.4-8 e Efésios 4.25-5.2, essa mensagem nos leva a um caminho de reflexão: a imagem da “fome”. No texto de 1 Reis, Elias é alimentado pelo anjo do Senhor fartamente para percorrer 40 dias e noites sem precisar se alimentar até encontrar o monte Horebe. É nesse monte que ele tem o encontro com Deus. Interessante é ver a clara comparação com o maná, que alimentou o povo de Deus no deserto. No entanto, como Jesus demonstra, ele é a superação dessa percepção de alimento. Ainda que tenha sido dado o alimento pelo próprio Deus, esse pão é alimento físico e precede o encontro com Deus.
Jesus unifica a percepção de alimento. Demonstra a transitoriedade do pão material. Podemos dizer que essa “fome” oferece benefícios transitórios. De certo modo, podemos afirmar que aquilo que procuramos em nossas vidas como modo de sustento material não pode ser considerado algo perene. É transitório, não nos completará, sempre sentiremos fome, nunca seremos saciados. Eu chamaria a “fome”, em nosso contexto, de “desejo de consumo”. Nosso padrão de vida baseada e qualificada pelo consumo é diferente do caminho sugerido por Cristo.
A utilização da Ceia como imagem ideal para abordar a percepção sugerida por Cristo é excelente. Sendo ele o pão da vida, seu sangue e corpo (v. 53) são o modo de unificar indivíduo-comunidade-Cristo-Deus. Essa percepção de alimento compartilhado e celebrado em comunidade (basta lembrar o milagre da partilha dos pães no início do capítulo 6) é que nos alimenta para a vida em abundância. Quem vive e se sustenta desse alimento não perecerá. O texto de Efésios complementa essa percepção de comunidade que vive em santidade uns com os outros. Penso que o v. 28 é interessante para dar uma orientação para a pregação: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com o que acudir o necessitado”.
Podemos deduzir daí diversas críticas a uma vida em sociedade, tomada por relações baseadas em corrupção. É importante dar-nos conta de que a corrupção não se encontra somente no universo político, mas é um mal que assola diversas dimensões da vida social brasileira, inclusive a vida de nossas comunidades. Estamos vivendo em um ambiente que privilegia e incita a corrupção como modo de adquirir o padrão de vida desejado. Isso não deixa de ser parte de uma promessa de satisfação da sociedade de consumo. A corrupção é sempre o caminho mais fácil. Nossa pregação deve ser forte contra essa mazela social, incutida em nossas percepções de mundo. Outra ênfase do verso está no objetivo do trabalho. O objetivo da busca pelo benefício material não é a satisfação pessoal, mas é a obtenção de meios para acudir os necessitados. A Eucaristia é um bom modo de integrar essa percepção de comunidade em que vivemos uns para os outros e do pão que comemos, do qual também oferecemos.
5. Recursos litúrgicos
Oração:
“Perturba-nos, ó Senhor,
Quando estivermos muito satisfeitos conosco mesmos,
Quando nossos sonhos tornarem-se realidade porque sonhamos muito pouco,
Porque navegamos muito próximos à costa.
Perturba-nos, ó Senhor,
Quando, com a abundância das coisas que possuímos,
Nós perdemos a nossa sede pela água da vida,
Quando, tendo nos apaixonado por este tempo,
Nós paramos de sonhar com a eternidade
E, em nossos esforços por construir uma nova terra,
Nós tenhamos permitido que a nossa visão de céu tenha crescido tão fraca.
Sacode-nos, ó Senhor,
Para ousarmos mais corajosamente, a nos aventurarmos em oceanos mais amplos, onde as tempestades mostram o Teu domínio,
Onde, ao perdermos de vista a terra, nós possamos encontrar as estrelas.
Em nome d’Ele, que ampliou os horizontes das nossas esperanças e convidou os bravos e bravas a segui-lo.
Amém.”
(Disturb us, o Lord – de Desmond Tutu, com tradução de Felipe Buttelli)
Bibliografia
SCHNACKENBURG, Rudolf. The Gospel According to St. John. V. II. London: Burns and Oats, 1971.
BEASLEY-MURRAY, George. John. Word Biblical Commentary – V. 36. Waco: Word Books, 1987.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).