Proclamar Libertação – Volume 33
Prédica: João 6.51-58
Leituras: Provérbios 9.1-6; Efésios 5.15-20
Autor: Günter Karl Fritz Wehrmann
Data Litúrgica: 11º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 16/08/2009
1. Introdução
Numa primeira olhada nos textos acima, percebemos o seguinte: Segundo Provérbios 9.1-6, a Sabedoria convida para a festa da vida. Ela diz: “Deixem a companhia dos tolos (incrédulos) e vivam!”.
Conforme Efésios 5.15-20, essa nova vida é concretizada da seguinte maneira: Quando se pertence à Luz (Cristo), aparecem os frutos em forma de bondade, honestidade e verdade; evita-se bebida, que leva à desgraça; enche-se do Espírito e agradece-se a Deus em nome de Jesus.
Segundo João 6.51-58, participamos da vida, temporária e eternamente, por comer o pão e o sangue da vida (alusão à Ceia do Senhor), que é o próprio Cristo, e somos incorporados à comunhão sacramental com Deus. Os três textos, pois, falam da vida verdadeira e dão pistas distintas para receber e vivenciá-la.
2. Alguns aspectos exegéticos e teológico-sistemáticos
Mesmo que se considere o texto em apreço um apêndice redacional, seu conteúdo é tão joanino, que isso não deveria influir na pregação. Certamente a perícope representa, como Osmar Witt destaca, uma interpretação sacramental do texto anterior sobre a multiplicação dos pães e o discurso de Jesus sobre o pão da vida. O texto transcende para o sacramento (que significa “mistério”) da Santa Ceia, do qual o evangelista João não fala expressamente, mas alude a ele desse jeito bem próprio.
Contudo, esse modo de falar sobre a Ceia do Senhor é muito escandaloso: “Como é que esse homem pode dar a sua própria carne para a gente comer?” (v. 52b). Assim perguntam “eles”, como ameniza a tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje. Mas Almeida, fiel ao original, traduz “judeus”. Essa expressão não se refere apenas ao povo judeu ou apenas a seus líderes, mas a todas as pessoas que não crêem em Jesus e com ele se escandalizam. Por isso também qualquer ouvinte de nossa época, que ouve esse texto meramente com a razão humana, percebe essa provocação, escandaliza-se e pergunta: Será que o cristianismo com sua Santa Ceia, em que se come o corpo e bebe o sangue de Cristo, não induz, velada ou abertamente, ao canibalismo? Erika Engen-Berghöfer aponta, segundo meu entender acertadamente, para esse fato escandaloso. E, ao longo da história, nem faltou sectário que pensasse e agisse assim.
Mesmo seguidores de Jesus, conforme o v. 60, reclamaram dizendo: “O que ele ensina é muito difícil. Quem pode aceitar esses ensinamentos?”. Realmente, para a razão humana é difícil perceber e aceitar que Deus quer oferecer, através de Jesus, a comunhão mais íntima possível, ou seja, a proximidade de coração. Já eram escandalosos os fatos do Filho de Deus ter nascido em Belém (não na capital) e ter sido colocado num cocho de estrebaria (não num berço do palácio real). Seus gestos de acolher pessoas excluídas, marginalizadas e pecadoras aumentaram a incompreensão e o aborrecimento das pessoas incrédulas. Já que esse texto foi escrito por volta de 90 d.C., também a vergonhosa crucificação e a “fantástica” ressurreição completam a soma de incompreensões e escândalos. Por causa deles não é de se admirar que “muitos seguidores de Jesus o abandonaram” (v. 66). Embora essa reação não mais faça parte da perícope, convém que a tenhamos na mente. Pois determinados ouvintes da prédica (talvez confirmandos ou pessoas que pouco participam da vida eclesiástica), ao ouvirem esse texto pela primeira vez, provavelmente também se escandalizem. Por isso, a fim de não bloquear os ouvidos e corações dessas pessoas, já ao iniciar a prédica talvez seja interessante preparar para a leitura do texto ou mesmo lê-lo no final da prédica, depois de ter dado os devidos auxílios para a compreensão adequada.
Como então entender a perícope? Vimos que os três textos para esse domingo falam da vida verdadeira, vida com sentido, hoje e eternamente. Jesus mesmo resumiu toda a sua missão numa só frase: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida, vida completa” (ou seja, “em abundância”, como Almeida traduz). Tal vida seus seguidores procuravam quando abandonaram suas profissões a fim de seguir Jesus. Na meditação (bloco três), teremos que atualizar para os nossos dias as múltiplas formas de busca por vida.
Contudo, primeiramente, preocupemo-nos em vislumbrar melhor o significado desse texto.
V. 54 – “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” Comer a carne do Filho do Homem (Cristo) e beber seu sangue não só transmitem força e poder momentâneos, mas concederão vida eterna através da ressurreição dentre os mortos. O que quer expressar essa linguagem estranha? Contemplando a figura, talvez vislumbremos algo do mistério. Ao comer o pão (ou a hóstia), o corpo de Cristo, sacrificado e ressuscitado em nosso favor, penetra em nós, assim como o pão perpassa, via circulação sanguínea, todo o nosso corpo, fortalecendo e mantendo-o. Ao beber o vinho (ou suco de uva), o sangue de Cristo, derramado em nosso favor para a remissão dos pecados, também perpassa, via circulação sanguínea, todo o nosso corpo, alimentando e preservando-o. Eis o mistério divino da Ceia do Senhor: o corpo de Cristo em nós; nós no corpo de Cristo; é isso que o apóstolo Paulo descreve pelo estar em Cristo (en Xristô einai); nós somos corpo de Cristo. Desse modo, “Cristo se torna hospedeiro, alimento e hóspede ao mesmo tempo”, como Lutero também descreveu o mistério (se não me falha a memória).
Por isso o Guia da vida comunitária da IECLB – Nossa Fé Nossa Vida diz na p. 23: “A Ceia do Senhor é a celebração da comunhão mais íntima possível com Cristo, com as irmãs e os irmãos na comunidade. Cristo – que por nós morreu, ressuscitou e voltará no final dos tempos para erguer em definitivo seu reino – realmente se torna presente”.
A doutrina católico-romana tenta explicar o mistério, dizendo que, através da consagração, feita por pessoa devidamente consagrada, as substâncias do pão e do vinho transformam-se em corpo e sangue de Cristo. E uma vez transformada a substância, ela permanece transformada (fala-se em “transubstanciação”). Por isso está acesa a luzinha vermelha do tabernáculo, onde se guarda a hóstia transformada, e por isso é possível, após a missa, levar a hóstia para doentes que não puderam participar da missa.
Lutero resistiu à tentação de explicar o mistério eucarístico, que excede tudo o que a razão humana consegue entender, muito menos explicar. Por isso apenas descreveu o sacramento da presença real de Cristo, dizendo que Cristo realmente está presente “em, sob e com” os elementos do pão e do vinho. Além disso, para não fomentar compreensões mágicas, Lutero limitou a presença real de Cristo ao momento em que são distribuídos os elementos juntamente com a Palavra. A presença real de Cristo “em, com e sob” os elementos não existe, portanto nem antes e nem depois da Ceia. Ela está ligada simultaneamente aos elementos, à Palavra e à comunidade reunida.
V. 55 – “O meu corpo é a comida verdadeira, e o meu sangue é a bebida verdadeira.” Sem pão e sem sangue não se vive. O pão – que alude ao pão asmo, na noite do êxodo, e que lembra também o maná, na caminhada pelo deserto – fortalece para a caminhada até o fim bem-aventurado. O vinho – que alude ao sangue do cordeiro sacrificado, que os hebreus deveriam passar nos batentes de suas portas, a fim de que os filhos primogênitos do povo de Deus fossem poupados e salvos da morte na noite do êxodo – é sinal de bênção, grata alegria, salvação e vida. Esse sinal transcende para o sangue de Cristo, que nos guarda a vida e salva da morte eterna. Sem Cristo, pois, não há vida nem alegria verdadeiras, nem aqui na terra e muito menos na eternidade. Mas comungando na comunidade de irmãs e irmãos da fé recebemos “perdão, vida e salvação” (como explica Martim Lutero no Catecismo Menor), a comunhão mais íntima possível com Cristo e uns com os outros. Antecipamos algo da alegria que deverá caracterizar o banquete eterno.
3. Meditando e contemplando
No mundo globalizado, as pessoas e os povos tornam-se cada vez mais isolados. À primeira vista, isso parece ser um paradoxo, visto que interesses e objetivos comuns contribuem para a formação de grupos e aglomerações. Contudo, sua existência e eficácia são condicionadas pelo lucro. O indivíduo ou o grupo interessam aos outros não pelo “ser”, mas pelo “ter” e sua utilidade. Disso decorrem exclusão, marginalização e solidão muito cruéis de tudo e de todos, que não servem aos objetivos. Isso afeta primordialmente pessoas e povos pequenos, fracos, deficientes etc. – enfim tudo e todos os que, na escala de valores da natureza humana não-redimida, não valem nem contam muito.
É por isso que, apesar da globalização, as pessoas e os povos estão “correndo” atrás de sucesso, lucro, projeção, momentos de felicidade, realização pessoal e pagam sacrifícios altíssimos. Procuram saciar sua fome e sede de vida através dos mais diferentes ensinamentos de auto-ajuda, esoterismo, religiões asiáticas, além de muitos outros. A pregação deverá atualizar e aterrissar no contexto específico da localidade e da comunidade.
Já que o ser humano é um ser social, ele tem uma necessidade inegável de comunhão, vida digna e feliz, com sentido e rumo. A saudade torna-se insaciável. Agostinho, o célebre pai da igreja antiga, dizia: “Nosso coração está irrequieto até sossegar em ti, Senhor”.
Deus vê as pessoas em sua desesperada busca. Ele já se comiserou e agiu através da vinda, vida, morte vicária, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. Ele já fez tudo o que é necessário para a nossa felicidade temporária e eterna. Intercede por nós junto a Deus, que é por nós melhor do que uma boa mãe e um bom pai. Jesus sacrificou-se por nós, sofrendo, em nosso lugar, toda a alienação e saudade que o ser humano pode sofrer.
Na Santa Ceia, ele nos reconcilia com Deus e nos torna irmãs e irmãos uns dos outros. Ele nivela e supera todas as barreiras e fronteiras que possam separar pessoas e povos. Nada e ninguém nos podem excluir dessa comunhão com Deus e de uns com os outros, nem cor, etnia, raça, gênero, idade, tampouco nível social ou econômico.
Todos nós comemos do mesmo pão que é o corpo de Cristo, dado em favor de nós. E todos nós bebemos do mesmo vinho (fruto da videira) que é o sangue de Cristo, derramado em favor de nós para a remissão dos pecados, de modo que nada e ninguém nos podem separar do amor de Deus. Assim como o pão que comemos e o vinho que bebemos perpassam, via circulação sangüínea, todo o nosso corpo, alimentando e refazendo-o, assim Cristo perpassa até as últimas células de nosso ser. Estamos nos aproximando do mistério divino. Pois Jesus Cristo diz em nosso texto: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim, e eu vivo nele” (v. 56).
Ele nos incorpora no mistério do corpo de Cristo. Ele nos permite uma antecipação da comunhão eterna com Deus e de uns com os outros. Dá-nos “um aperitivo do banquete eterno”, como diz o teólogo Rubem Alves.
Essa comunhão pode ganhar expressão concreta pelo jeito de comungar. Se, por exemplo, o espaço o permite, as pessoas comungantes podem formar um círculo em torno do altar (a fila andante não ajuda muito para tanto) ou podem formar um grupo de dois bancos, sendo que uma fila se vira para a outra.
A dimensão da reconciliação também pode receber expressão pelo abraço da paz.
Lembro-me que eu estava em conflito com um membro da comunidade. Nós dois não mais participávamos da Santa Ceia há meio ano. Em determinado culto, o tema girava em torno de reconciliação e perdão. Os olhares de nós dois se encontraram diversas vezes durante a pregação. Sem termos falado um com o outro, em seguida participamos da Ceia do Senhor. Ao me despedir no final, na porta do templo, dando também ao Senhor X a mão, perguntei-lhe: “Agora, Senhor X, estamos bem novamente?”. Ele respondeu: “Sim, foi colocada a pedra em cima”. E nos abraçamos como nunca antes.
Essa experiência me faz perguntar: Quando sabemos que tem uma situação de desentendimento muito enraizada na comunidade, não seria imaginável realizar o abraço da paz uma vez depois de comungar, antes da oração de agradecimento?
Já que Cristo perdoa nossos pecados, somos livres para perdoar uns aos outros, não só duas ou três vezes, mas sempre quando necessário. Já que recebemos a esperança que não morre, mas conduz para a vida eterna, somos livres para animar as pessoas que não mais vêem saídas. Já que Cristo se doa e reparte em nosso favor, somos libertados e constrangidos a doar e compartilhar tempo, ouvido, coração, saber e bens. Ensaiamos partilha solidária.
A Santa Ceia implica fortalecimento na caminhada nessa vida passageira até o fim bem-aventurado. Será que não convém explicar (em culto e grupos) para a comunidade o duplo dimensionamento da dádiva, tanto para essa vida como para a vindoura? É por isso que nós luteranos não temos o sacramento da “extrema-unção”. Quando formos solicitados a trazer a Santa Ceia para uma pessoa moribunda, certamente será o momento menos apropriado para dar essa explicação. A Santa Ceia, portanto, serve para viver aqui e em eternidade, mas não apenas para morrer.
4. Imagens para a prédica
a – Lembro o que já foi compartilhado na meditação sobre o milagre da reconciliação que a Santa Ceia pode operar, conforme eu mesmo experimentei com um membro da comunidade (veja o texto acima em letra menor). O Espírito Santo utilizou a pregação e a Santa Ceia para superar nossa teimosia. Ela incapacitava cada um de nós a dar o primeiro passo para a reconciliação. O exemplo pode ser usado sem citar nome. Melhor me parece o exemplo ser adaptado à vida de quem prega. Pois desse modo se testemunha que eu como pastora ou pastor também não sou “supercristão”, mas apenas gente que carece da misericórdia de Deus.
b – A imagem na página seguinte poderá motivar para o repartir. Tentarei traduzir o texto:
Fonte: Karte 8683 Foto: Imagens of Life – Kawohl-Verlag 46485 Wesel
Repartam o pão com outros, já que ele apetece bem apenas quebrado.
Repartam o pão com outros, já que pão repartido anima muitos.
Repartam a palavra com outros, á que ela é rica demais para servir apenas a vocês.
Repartam a palavra com outros, visto que ela quer servir para a salvação de muitos.
Repartam o sofrimento com outros, já que se trata da dor de seus irmãos.
Repartam o sofrimento com outros, visto que o amor é o mandamento do Senhor.
Repartam a luz com outros, a fim de que ela espante a escuridão.
Repartam a luz com outros, a fim de que ninguém mais fique nas trevas.
Johannes Hansen (traduzido por Guenter Karl Fritz Wehrmann)
5. Subsídios litúrgicos
(Seguem apenas algumas sugestões, orações, cantos etc.)
Acolhida (feita preferencialmente pelo presidente ou pela presidente da comunidade) com indicação do tema do domingo: “Deus oferece verdadeira vida em comunhão consigo e com as pessoas, hoje e até o fim bemaventurado”. A acolhida pode embocar na invocação trinitária: “Por isso iniciemos este culto em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo”.
P: Palavra de Intróito: Jesus Cristo mesmo nos diz: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre”. Por isso cantemos:
C: Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Ou: Hinos do Povo de Deus n. 253.
P: Estamos aqui reunidos para ouvir a Palavra do Senhor, celebrar a Santa Ceia e para louvar e adorá-lo em hinos e orações. Inicialmente, porém, humilhemo-nos diante dele e confessemos nossas falhas e transgressões, orando:
P: Confissão de pecados: Senhor, bondoso Deus, estamos reunidos aqui porque estamos com fome e sede de vida em verdadeira alegria e comunhão. Tu conheces o nosso coração sedento. Sabes também o quanto nós mesmos temos atrapalhado o convívio lá em casa, na escola e no lugar de trabalho, afastando-nos de ti e dos outros. Sabes o quanto temos cansado a nós mesmos e aos outros. Perdoa-nos por causa de Jesus Cristo, que se sacrificou em nosso favor, a fim de nos reconciliar contigo, com os outros e conosco mesmos. Ouve-nos, quando agora cantamos:
C: Senhor, tem piedade (cf. melodia de Taizé).
P: Absolvição: Assim diz o Senhor para seu povo arrependido: “Eu porei a minha lei na mente deles, e no coração deles a escreverei; eu serei o Deus deles, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33b). Por isso cantemos glória a Deus nas alturas:
C: Glória, glória, glória a Deus nas alturas. Glória, glória; paz entre nós, paz entre nós (cf. melodia de Taizé).
P: Oração do dia: Deus bondoso, nós te louvamos por nos aceitares como filhas e filhos teus, por causa de Jesus Cristo. Faze com que teu Santo Espírito nos abra ouvidos, corações e mentes para ouvir tua palavra, criadora de nova vida. Na Santa Ceia, faze-nos experimentar verdadeira comunhão contigo e uns com os outros. Nós o pedimos em nome de Jesus Cristo, que contigo e o Espírito Santo vive e reina eternamente. Amém.
P: Oração de intercessão: Agradecemos-te, bondoso Deus, que nos mostraste, por meio de tua palavra, o caminho para a verdadeira alegria da vida em comunhão contigo e uns com os outros. Faze com que, na Santa Ceia a seguir, experimentemos um antegozo daquela vida que não morre. Agora te lembramos daquelas pessoas que não estão aqui: as adoentadas, as desiludidas com a comunidade, as solitárias, as aprisionadas. Faze com que também elas cheguem a conhecer e experimentar o teu amor, que se põe a caminho para buscar o que está perdido ou desorientado. Recomendamos aos teus cuidados todas as pessoas que exercem funções políticas. Faze com que se empenhem por estruturas mais justas, assim que todas as pessoas possam ter o pão de cada dia. Intercedemos também por todas as pessoas que exercem funções de liderança na igreja, seja em nível de comunidade e paróquia, sínodo ou âmbito nacional e internacional. Concede-lhes alegria no servir bem com sabedoria e perseverança para ajudar a comunidade em sua missão. A todos esses irmãos e irmãs de perto e distante tu queiras considerar nessa celebração da Santa Ceia. Confiamos que tu os alcances e nos irmanes uns aos outros, mesmo de maneira invisível. Em nome de Jesus, teu Filho amado, nosso Salvador, nós agradecemos e pedimos. Amém.
A oração eucarística poderia lembrar que Cristo, por nós crucificado e ressuscitado, é o pão da vida; pedir que nós, pelo comer do pão e beber do fruto da videira, possamos experimentar algo do mistério da comunhão no corpo de Cristo, como antecipação do banquete em alegria eterna que Cristo, no final dos tempos, há de oferecer quando estabelecer seu reino em definitivo.
Hinos: 333; 132; 304,1; 358; 125; 141,5-6.
Bibliografia
WITT, Osmar Luiz. In: Proclamar Libertação, v. XIX. São Leopoldo: Editora Sinodal, 1993. p. 225-228.
JOHNE, Karin. Medita ti ve Zugänge zu Gottesdienst und Predigt. Predigttexreihe III, 1, Göttingen: Vandenhoek & Ruprecht, 1992. p. 115-119.
ENGEN-BERGHÖFER, Erika. Pastoralblätter Predigt und Seelsorge in der Praxis, 3. Maerz 1999. Stuttgart: Kreuzverlag , 1999. p.140-144.
SCHNEIDER, Johannes. Das Evangelium nach Johannes. In: Theologischer Handkommentar zum Neuen Testament. 2. ed. Berlim: Evang elische Verlagsanstalt, 1978.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).