Prédica – Lucas 4.1-13 – 1º Domingo na Quaresma – 09/03/2025
09/03/2025 – 1º Domingo na Quaresma
Prédica: Lucas 4.1-13
Leituras bíblicas: Deuteronômio 26.1-11; Salmo 91.1-2;9-16; Romanos 10.8b-13
Missionária Carla Rosana Schwingel da Silva – Comunidade Pastor Noberto Schwantes de Canarana – MT
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
Sejamos todos bem vindos para este momento de celebração. E muito bom estarmos juntos como irmãos e irmãs para mais uma vez adorar e louvar ao nosso Deus. O Deus que se faz presente em todo o tempo nos sustentando e fortalecendo.
Saúdo-os com a palavra bíblica de Mateus 4.4: “Jesus respondeu ao tentador: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus.” Todos necessitamos de uma alimentação boa para repor as energias físicas e mentais. Mas aqui Jesus nos lembra que precisamos mais do que isso, precisamos da Palavra de Deus para nutri a nossa alma nos dando vida que nos sustenta para seguir em confiança e na certeza do seu cuidado.
Acolhida aos visitantes: De maneira especial saudamos e acolhemos todos os nossos visitantes. Nos alegramos com sua presença em nosso meio e desejamos um tempo abençoado de Culto a Deus.
CANTO DE ENTRADA
Nº 29 – LCI – Senhor, tu nos chamaste
SAUDAÇÃO
Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos e todas vocês. Amém.
CANTOS DE INVOCAÇÃO
Nº 41 – LCI –Infinita graça
CONFISSÃO DE PECADOS
“Enquanto não confessei o meu pecado eu me cansava chorando o dia inteiro” – (Sl 32.3).
O pecado nos afasta de Deus e nos traz cansaço e desânimo pois nos tira o vigor da vida. Por isso oramos confessando os nossos pecados diante de Deus.
Oremos:
Amado Deus, Pai de ternura e de Bondade!
Senhor tu conheces o coração de cada um que está aqui. Também temos consciência de nosso pecado cometido em palavras, pensamentos e ações. O pecado nos tira a liberdade e nos deixa refém de nossas culpas.
Perdoa-nos Senhor pelas vezes que deixamos de amar mais, de perdoar mais, pelas vezes em que perdemos a paciência, pelas vezes em que falamos de mais ou deixamos de falar.
Perdoa-nos Senhor por não colaborar mais e criticar menos. Pelas vezes que não respeitamos e amamos mais. A dor e a culpa agora pesam sobre nós.
Senhor! Entregamos todos os nossos pecados em tua presença. Aos teus cuidados confiamos a nossa minha vida. Renova em mim a vontade de caminhar na tua vontade e no teu amor. Leva meus pecados e transgressões onde não mais serão lembrados e concede-me a liberdade de seguir confiante e em paz no caminho que Tu queres. Em nome de Jesus Cristo, Amém.
ANÚNCIO DO PERDÃO
O Senhor Deus é justo e misericordioso. Ele conhece a nossa vida, ele conhece o nosso coração. Se confessamos os nossos pecados e tudo que está em nosso coração e depositamos aos pés da cruz, Ele nos perdoa.
Isaías 43.25 diz: “Sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de seus pecados”.
Assim receba o perdão dos seus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
KYRIE
Como pessoas agraciadas por Deus, com seu perdão, voltamo-nos para as dores do mundo do qual vivemos. Olhamos em volta e observamos o sofrimento, a dor, a angústia de toda a criação. Fazemos isso cantando:
HINO
N° 209 – LCI – Pai Nosso
GLÓRIA IN EXCELSIS
Deus é fiel e justo, Ele escuta o clamor do seu povo. Por esta certeza nós o louvamos cantando:
Glória, glória, glória a Deus nas alturas, Glória, glória, paz entre nós, paz entre nós!
ORAÇÃO DO DIA
Bondoso Deus e Pai. Estamos aqui reunidos para ouvir tua voz. É ela que transforma a nossa vida e nos mostra o caminho seguro pelo qual somos convidados a andar. Pedimos que tu venhas falar ao nosso coração. Venha transformar a nossa vida por meio do teu falar. Abre nossos ouvidos e corações para que a tua palavra chegue até nós e que teu Espírito Santo possa nos ajudar a compreender os teus caminhos. Em nome de Cristo Jesus. Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica; Deuteronômio 26. 1-11
2ª Leitura Bíblica: Salmo 91.1-2; 9-16
3ª Leitura Bíblica: Romanos 10. 8b-13
CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
Nº 151 – LCI – Tua palavra é lâmpada
PREGAÇÃO: Lucas 4. 1-13
Prezada comunidade
Olhemos o quadro pintado pelo Evangelho de Lucas. Jesus ao ser batizado é glorificado por Deus. Imaginem a cena. Jesus dentro das águas, o céu se abre e o Espírito de Deus vem descendo, como uma pomba sobre ele e se ouve uma voz, vinda dos céus, que diz: “Tu és meu Filho querido e me dás muita alegria”. E então Jesus é levado, pelo mesmo Espírito, ao deserto. Devemos aqui aprender uma lição muito importante: após uma grande realização, um apogeu, acontece uma queda.
A ida de Jesus ao deserto foi uma atitude de obediência. Mas, em um momento de vulnerabilidade e fraqueza física, o diabo encontrou uma oportunidade de afastar Jesus de seus propósitos. Ofereceu-lhe uma ótima proposta para despertar desejos impróprios, mas este não cedeu. Apesar de bastante atrativas, o Senhor foi capaz de escapar da armadilha.
O deserto é um lugar escaldante durante o dia e gelado a noite. Não tem água nem comida. Lá ele está só, por 40 dias e 40 noites. Quero que você se imagine num lugar sem nada. (Dar um tempo) O que você faria? (Dar um tempo) Esta foi a forma que Deus encontrou para preparar Jesus para a prova que definiria o sucesso da salvação de toda a humanidade.
As tentações vividas e vencidas por Jesus são a parte inicial do caminho para a cruz. Ele é conduzido pelo Espírito Santo ao deserto e o diabo lhe faz ofertas enganosas.
São três tentativas condicionadas ao “SE”. Vejamos: Se você é filho e Deus, mande que as pedras virem pão; Se você é filho de Deus, jogue-se, e os anjos protegerão você; e, finalmente, diante dos reinos, “eu lhes darei tudo isso se você se ajoelhar e me adorar”.
As armadilhas do Diabo para tentar Jesus evidenciam fatos curiosos. Ele sabe o que dizem as escrituras. É necessário disposição para colocar-se abaixo delas. Esse é o motivo pelo qual Jesus respondeu com sabedoria a cada uma das ofertas: Jesus mostrou ao tentador que não conhece apenas as escrituras, mas também a vontade de Deus. Por isso lembra que não só de pão vivem as pessoas; que não devemos por a prove o Senhor e que adorar Deus exige fidelidade. Por isso, só a ele devemos servir.
Todos enfrentamos fases de deserto em nossa vida. No deserto nós nos desfazemos de tudo aquilo que não é essencial. Não podemos carregar e arrastar tudo aquilo que não for absolutamente útil. O deserto vai nos purgando do supérfluo. Em compensação, Jesus estava cheio do Espírito Santo.
No deserto somos mais tentados a deixar Deus de lado. Mas, também é importante dizer que é Deus que nos leva para o deserto. Ele permite o deserto para cumprir seu propósito em nossa vida. Só vamos conseguir enfrentar o deserto quando estamos pertos de Deus. No deserto ficamos frágeis e vulneráveis. Só podemos enfrentar as tentações se conhecemos a palavra de Deus, se buscarmos nos alimentar e fortalecer da palavra e Deus para enfrentar os momentos de grande dor e sofrimento.
Ao final dos 40 dias e noites Jesus teve fome. Não há nada mais desumano que deixar alguém passar fome. É o momento em que o instinto de sobrevivência fala mais alto e o ser humano é capaz de qualquer coisa para poder se alimentar. Se prostitui, rouba, mata, negando assim a própria existência de Deus. É o momento mais delicado para se tomar decisões. É o momento do ataque do mais forte sobre o mais fraco. É o momento da tentação. E o diabo sabe disso e conhecendo o propósito de Deus faz de tudo para impedir que Jesus seja aprovado.
O tempo de Jesus no deserto o faz se preparar para a realização de seu ministério. Deve ter havido muita oração. Muita rememoração das verdades de Deus. Mas em nenhum momento Jesus usou de seus poderes em seu próprio benefício.
Quando Jesus ensina a orar com as palavras do Pai Nosso, o pedido pelo pão diário está presente e ele representa o atendimento de todas as nossas necessidades. O último momento de Jesus com os apóstolos é o momento do pão partilhado. Jesus tinha o poder de dar de comer ao mundo todo e teria muitos seguidores. Seria uma grande oportunidade para subornar os seres humanos em seu favor. Não foi este o propósito pelo qual veio. Veio para chamar a todos a uma vida de bênçãos e não de favores.
Por isso Jesus responde “o ser humano não vive só de pão”. Jesus responde com a Palavra de Deus que se encontra em Deuteronômio 8.3: Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo que procede da boca do Senhor, disso viverá o homem.
O diabo usa então de uma outra tática. Leva Jesus sobre o ponto mais alto do Templo e que estava construído no ponto mais alto de Jerusalém, o Monte Sião. Sua fala é igual a da primeira: “Se és Filho de Deus jogue-se daqui, pois as sagradas escrituras afirmam: Deus mandará que seus anjos cuidem de você”. Como Jesus respondera com a Palavra de Deus na primeira tentação, o diabo também a usa, conforme está no Salmo 91.11 e 12: “Deus mandará que os anjos dele cuidem de você para protege-lo aonde quer que você for. Eles vão segurá-lo com as suas mãos, para que nem mesmo seus pés sejam feridos nas pedras”.
Se Jesus tivesse aceito o desafio, teria sido algo extraordinário: ver os anjos o sustentando, mas Jesus responde novamente com a Palavra de Deus que se encontra em Deuteronômio 6.16: “Não ponham a prova seu Deus, como o puseram à prova em Massá”. Não há nenhum sentido em se provar Deus para ver até onde vai o seu agir. É muito errado pôr-se a si mesmo em perigo, sem nenhuma necessidade e esperar que Deus venha em seu auxílio. Deus espera que qualquer pessoa aceite riscos quando se trata de ser fiel no cumprimento de suas ordens, porém não que alguém busque correr riscos para enaltecer a si mesmo, pelo simples sensacionalismo.
O socorro de Deus não é um poder com o qual se pode brincar e experimentar, é algo que ao longo de nossas vidas diárias deve ser experimentado pela fé.
Como seres humanos somos tentados diariamente e constantemente. Quem poderá nos socorrer na hora dessas tentações?
Jesus indica a pista por onde podemos andar para encontrar as luzes e forças de que necessitamos. Nas três tentações do relato de Lucas, Jesus recorre às Escrituras para defender-se do diabo e firmar-se no rumo que se propôs seguir.
A Carta aos Romanos lembra que “a mensagem de Deus está perto de você, nos seus lábios e no seu coração” e que, se a fé for concreta e sincera, “somos salvos” (Rm 10.8-10). Também o texto de Deuteronômio (Dt 26.1-11) é um apelo para que a memória das ações libertadoras do Senhor Deus se perpetue ao longo das gerações, lembrando das coisas maravilhosas que Deus fez ao seu povo. Mas há um detalhe que intriga no relato do evangelho: o diabo também recorre às Escrituras e reúne argumentos que parecem razoáveis para Jesus aderir à sua proposta mirabolante. E, mais uma vez, Jesus indica o caminho a seguir no emaranhado da interpretação da Bíblia: não se pode isolar uma parte da Escritura, de modo que contradiga o seu cerne. Jesus contrapõe ao diabo um critério maior: “não ponha à prova o Senhor, seu Deus”.
A caminhada que fazemos na Quaresma é um tempo de graça, um tempo de experiências que nos podem fazer crescer. Nele, somos preparados para confrontar-nos com os momentos mais dramáticos e mais reveladores da vida de Jesus.
A Quaresma é também um tempo em que somos confrontados com os desafios de nossa caminhada como seguidores e seguidoras de Jesus. Quando a vida se explicita em maior profundidade, temos diante de nós a possibilidade de compreendê-la melhor, de admirá-la mais e de nos comprometer com suas ricas perspectivas; mas também percebemos melhor os desafios que ela representa e fazemos a experiência da tentação de fugir ou de desviar-nos por atalhos. O tempo de caminhada para a Páscoa faz-nos experimentar tanto essa possibilidade como esse risco.
O ministério de Jesus foi uma grande Quaresma. Nela foi aparecendo, aos poucos, a dimensão dos desafios enfrentados por causa da missão de realizar o sonho de Deus, isto é, de “evangelizar os pobres… proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista…” (Lc 4.16-21). Nessa missão, ou nesse deserto, Jesus cheio do Espírito Santo foi conduzido por esse mesmo Espírito. Os frutos dessa missão não demoraram a aparecer, de modo que as pessoas ficavam admiradas e diziam que Deus tinha vindo visitar o seu povo (Lc 7.16).
Mas essa Quaresma de Jesus também teve seus percalços. Jesus experimentou a rejeição por parte de autoridades de sua religião e de pessoas às quais queria bem. O sucesso no meio do povo simples exigia muito discernimento para evitar o populismo e o apelo às saídas simplesmente individuais e milagreiras. A “pedagogia da cruz”, praticada pelos romanos, intimidava muita gente, e Jesus deve ter se questionado muito sobre os riscos que corria com suas práticas ousadas. Na Quaresma da vida de Jesus, manifestaram-se as coisas mais bonitas e profundas, mas apareceu também o risco de pôr tudo a perder.
Somos convidados a deixar-nos conduzir pelo Espírito Santo através do deserto de nossa vida e da caminhada nesses “quarenta dias” de nossa vida. Não comer certos alimentos nesses dias pode significar que estamos focados inteiramente em nossa missão, que tem suas exigências. E isso pode provocar fome, ou seja, pode causar-nos uma sensação de que tudo é muito difícil e exigente. Então podem aparecer tentações de todo tipo: tentação de desanimar, de ser exigente ou intolerante com os outros, de construir nossa própria imagem de Deus ou de nos deixar corromper pelo poder para resolver tudo ou ainda de fugir para uma religiosidade milagreira e sem compromisso. As tentações na travessia do deserto, portanto, podem ser muitas, e elas aparecem mais fortemente quando se jejua ou, na linguagem de Lucas, quando nada se come, o que pode significar quando se vai fundo nas opções assumidas.
Que possamos viver este tempo com compromisso. Que ao fazermos essa caminhada possamos buscar viver uma vida de arrependimento e proximidade com Jesus. Que este seja o tempo de ressignificar a nossa fé neste Jesus que tudo sabe e quer caminhar conosco em todo o tempo.
Reflita sobre isso e que Deus te abençoe. Amém.
CONFISSÃO DE FÉ
Em resposta a palavra que ouvimos confessemos a nossa fé neste Deus que age e se faz Deus presente como Pai, Filho e Espírito Santo.
Creio em Deus Pai…
CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
Nº 585 – LCI –Foi na cruz
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
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Amado Deus
Queremos agradecer por este momento em que mais uma vez tua palavra nos leva a refletir sobre nossa caminhada contigo. Somos diariamente tentados e levados por diversos motivos a nos afastar de ti. Pedimos que teu Espírito Santo possa nos conduzir neste tempo da quaresma a uma vida de arrependimento buscando fazer a tua vontade. Ensina-nos a sermos obedientes a ti e a confiar nas tuas promessas.
Intercedemos pelas pessoas doentes, cansadas, desanimadas, depressivas e enlutadas. Pedimos que tua presença possa fortalece-los nestes momentos de dificuldade e que tua palavra também os sustente, ampare e console.
Seja conosco e com nossos queridos, guardando-nos e animando-nos a permanecermos confiantes em ti em todo o tempo.
Que possamos dar testemunho da nossa fé a partir do nosso viver. Sustente-nos como igreja a continuarmos cumprindo a missão a qual nos chamaste, fazendo diferença neste mundo como cristãos.
E tudo mais que está em nosso coração, nossos pedidos e agradecemos, colocamos na oração que teu Filho nos ensinou dizendo:
Pai nosso…
LITURGIA DE DESPEDIDA
AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ – destinada para …
BÊNÇÃO
O Senhor te abençoe e guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. Amém
ENVIO
Ide em paz e sirvamos ao Senhor com alegria.
CANTO FINAL
N° 298 – LCI –Benção do caminhar