Proclamar Libertação – Volume 39
Prédica: Marcos 10.46-52
Leituras: Jeremias 31.7-9 e Hebreus 7.23-28
Autor: Daniel Costa
Data Litúrgica: 22º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 25/10/2015
1. Introdução
O texto de Marcos sobre a cura do cego de Jericó permite duas abordagens, que facilmente se podem complementar. A primeira seria interpretá-lo em sentido simbólico. Na linha de João 9.35-39, poder-se-ia falar então de “cegueira espiritual”. Essa pode ser percebida, por exemplo, na maneira como são tratadas as pessoas mais carentes e na forma como o mundo vai se degradando ao nosso redor. A cegueira, nesse caso, seria uma alusão à falta de discernimento e de fé, que aparece nas mais diversas instâncias de nossa sociedade e tapa nossos olhos diante das injustiças que acontecem ao nosso redor.
Em relação a essa realidade, é preciso rogar a Cristo, como fez o pai do menino tomado por um demônio: “Senhor, eu creio! Ajuda na minha incredulidade” (Mc 9.14-29), ou seja, clamar para que, a partir dos olhos da fé (Hb 11.1), Cristo nos restaure a visão. Ou ainda, como sugere Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro “O pequeno príncipe”, lembrar que “o segredo é muito simples: só se vê bem com o coração”, pois “o essencial é invisível aos olhos”.
A segunda possibilidade é interpretar o texto num sentido prático, em referência à situação das pessoas com deficiência em nossas comunidades ou, até mesmo, dos indivíduos abandonados, jogados à beira das estradas nas grandes cidades, “invisíveis” aos olhos da sociedade. Para essa opção de abordagem, sugere-se a leitura do texto “Contorno de Invisíveis: Perfil e Mapeamento da População Adulta em Situação de Rua de São Leopoldo – RS”.
Os três textos previstos para esta data possuem focos diferentes, mas encontram um ponto de equilíbrio no evangelho. Segundo Vítor Westhelle (PL XVI), o texto de Jeremias é claramente um hino de louvor, abordando o regresso dos exilados, que hão de ser resgatados das terras babilônicas, onde, durante quase seis décadas, vivenciaram o desterro. Em meio a esses resgatados, encontram-se vários “Bartimeus”, dentre os quais Jeremias cita a mulher grávida, o cego e o aleijado. Seu regresso não é dificultado apenas pelas questões políticas que envolvem as nações, nem somente pela enorme distância geográfica que os separa do lar, mas também pelas limitações específicas do próprio corpo. Ainda hoje, alguns dos personagens lembrados por Jeremias continuam vivenciando dificuldades semelhantes, pois encontram-se jogados à margem da sociedade, tal como ocorrera entre os regressos do exílio no ano de 538 a.C./537 a.C., quando foram libertados.
Já o texto de Hebreus, complexo e desafiador, trata do sacerdócio messiânico de Cristo. Para buscar compreendê-lo e relacioná-lo com o texto de Marcos, é interessante atentar para as palavras do cego Bartimeu, que, ao perceber a presença de Jesus, interpelou-o com o termo “Filho de Davi”. Nessa referência genealógica percebe-se que Cristo não era, de acordo com a compreensão vigente em sua época, um sacerdote, pois esses provinham de uma linhagem iniciada em Arão (o Sumo Sacerdote) e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar, passando por Levi. Por isso o desconhecido autor de Hebreus deriva o sacerdócio de Cristo de Melquisedeque (Hb 7.1,10,11,15,17). Segundo o autor, antes mesmo de os levitas receberem a tarefa sacerdotal, houve um Rei Sábio, da terra de Salém, chamado Melquisedeque, que era “Sacerdote do Altíssimo”.
Hebreus enfatiza que Melquisedeque era sacerdote aprovado por Deus, independentemente de sua linhagem. Como rei e sacerdote, abençoara Abraão e dele recebera o dízimo após o retorno do patriarca de uma batalha contra Quedorlaomer (Gn 14.17-20). Ou seja, se ele o abençoara e dele recebera o dízimo, pode-se compreender que eles se equiparassem ou, até mesmo, que Melquisedeque se encontrasse num patamar superior ao do próprio patriarca e de seus descendentes, os sacerdotes levitas. Esse personagem, que aparece em Gênesis 14.8 e no Salmo 110.4, teria sido o fundador de uma linha celestial que passara pelo rei Davi e desembocara no próprio Cristo. Segundo Hebreus, enquanto os sacrifícios dos sacerdotes levitas, oriundos de uma linha terrena, precisavam ser repetidos, o de Cristo, grande Sumo Sacerdote, que sacrificou a si mesmo, não precisa, pois o seu sacrifício foi perfeito e definitivo. Além disso, Cristo não tinha o seu sacerdócio limitado pelo tempo. Enquanto os sacerdotes levitas precisavam passar os seus cargos adiante, Jesus, mesmo tendo morrido, vencera a morte, passando a viver e reinar por toda a eternidade. Assim o sacerdócio de Cristo é superior e incomparável, podendo salvar integralmente todos aqueles que por intermédio dele chegarem a Deus.
2. Exegese
A cura do cego de Jericó é um daqueles relatos cuja autenticidade é pouco discutida, uma vez que ele se encontra nos três evangelhos sinóticos. Ao mesmo tempo, é um daqueles textos que muitas pessoas utilizam quando buscam contradições entre os autores bíblicos. De fato, Mateus menciona dois cegos (Mt 20.30) e não um, como Marcos. Já Lucas afirma que a cura acontece na entrada da cidade (18.35) e não na saída, como informa Marcos.
Como entender essas contradições? Pode-se argumentar que nenhum dos evangelistas afirma, expressamente, que havia apenas um cego. Para Rienecker, o fato de Marcos falar de um cego na saída e Lucas citar um cego na entrada pode apontar para a presença de dois cegos: um estaria na entrada e o outro, mais adiante, na saída da cidade. Por alguma razão, Marcos pode ter destacado apenas a atitude arrojada de Bartimeu, o mais conhecido. Assim também se afirma que havia duas cidades de Jericó: a velha Jericó, quase toda em ruínas, e a nova Jericó, uma cidade bonita, que fora construída por Herodes, logo ao sul da cidade velha. Sendo assim, o milagre poderia ter ocorrido na divisa entre as duas cidades, enquanto Jesus saía de uma Jericó e dirigia-se à outra. Mas essas diferenças também podem ser explicadas por questões redacionais. Lucas, por exemplo, pode ter colocado o relato na entrada da cidade, porque tinha outro episódio a contar no interior dela (19.1-10).
Ao observar o contexto, vemos que Mateus e Marcos trazem o relato da cura antes do anúncio da morte e ressurreição de Jesus (Mc 10.32-34; Mt 20.17-19) e do pedido de Tiago e João (Mt 20.20-28; Mc 10.35-45), que no reino vindouro queriam sentar-se à esquerda e à direita de Jesus. Ao longo do caminho para Jerusalém, Jesus anunciara três vezes que teria de sofrer, ser crucificado e ressuscitar, mostrando que seu modelo de poder não estava alicerçado nos padrões humanos, mas no amor e no serviço ao próximo. Entretanto, Tiago e João, filhos de Zebedeu, não parecem ter compreendido integralmente o novo paradigma de poder trazido por Jesus, vindo a solicitar a autorização de Cristo para tomar um lugar de destaque no reino de Cristo.
Diante desse pedido, Jesus lhes afirma: Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso podem beber o cálice que eu vou beber e podem ser batizados como eu vou ser batizado? Jesus define a participação no poder como participação no serviço e no sofrimento, conforme as suas próprias palavras em Marcos 10.45: Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente. Para Cristo, poder é servir, não dominar. O relato de Bartimeu parece ser um contraponto a esse contexto: ele é curado e inicia, logo em seguida, o seu discipulado, sem fazer perguntas ou exigências, seguindo Jesus, que ruma em direção à cruz. Lucas não trouxe o pedido dos discípulos e, entre a cura e a entrada de Jesus em Jerusalém, acrescentou as histórias da conversão de Zaqueu (19.1-10) e a parábola das dez moedas de ouro (19.11-27), alterando o contexto e com isso dando outra perspectiva à história. Mesmo já tendo relatado a cura de outro cego em Betsaida (8.22-26), Marcos faz questão de acrescentar ainda essa história pouco antes da entrada de Jesus em Jerusalém. Possivelmente o tenha feito porque a cura de cegos é um dos sinais claros da atuação messiânica de Cristo (cf. Mt 11.5).
O relato da cura de Bartimeu pode ser dividido em três momentos distintos. No primeiro, Jesus passa e o cego está sentado à margem do caminho, pedindo esmolas. Sua vida até aquele momento apresentava-se sem grandes expectativas, restando-lhe viver da piedade das pessoas que eram incentivadas pela religiosidade judaica a dar esmolas. No segundo, tendo tido a atenção chamada pelos gritos insistentes do cego, Jesus para e pede que ele se aproxime. Bartimeu levanta-se, joga a capa para longe e vai de encontro ao mestre. No terceiro, uma vez curado, a partir de sua fé (como Jesus faz questão de mencionar), Bartimeu põe-se a caminho de Jerusalém com o restante da comitiva que acompanhava Jesus.
Claramente, Bartimeu era um homem que agia movido por suas convicções: quando fora repreendido, em vez de se calar continuou gritando cada vez mais alto; e, já curado, em vez de seguir sua vida, como Jesus lhe ordenara (v. 52), passou a segui-lo ao longo do caminho. A fé transformou-o em sujeito de sua história, permitindo-lhe, espontânea e coerentemente, viajar até Jerusalém rumo à cruz.
3. Meditação
Tanto no texto de Jeremias como no de Marcos aparece a imagem da deficiência, seja ela física ou de natureza espiritual. Como afirma Arteno Spellmeier: “Existem muitos Bartimeus e Bartimeias sentados à margem do caminho pedindo esmolas. Há os que são cegos. Há as que são surdas. Há os que têm lesões nos nervos e no cérebro. Há as paraplégicas. Há os doentes. Há as pessoas de idade. Muitos deles e delas vivem e sentem-se como o Bartimeu de nosso relato: esmoleiro, discriminado, sentado à margem do caminho, sem direito a gritar. Limitadas pela doença e deficiência, essas pessoas vivem à margem da vida familiar e social. As limitações de seus corpos fazem com que se sintam, muitas vezes, humilhadas, diferentes e diminuídas. Há o sonho de cura. As esperanças vão dando lugar à incredulidade e à desilusão após mil consultas a médicos, curandeiras, milagreiros de toda espécie, sem cura. Há a luta consigo mesmas. Há a luta com Deus em torno do porquê. Há o sentimento de estar sendo tratado injustamente por Deus. Há a dor oculta, a raiva não trabalhada” (PL XXII).
À comunidade é interessante ressaltar a importância da fé para o enfrentamento das dificuldades. Dois bons exemplos podem ser a perseverança dos que regressaram do exílio babilônico e a fé de Bartimeu, que, mesmo repreendido pelos que o cercavam, não parou de gritar, clamando eloquentemente pelo auxílio de Jesus, o Salvador, descendente de Davi, mais importante aos olhos do Pai do que qualquer sacerdote levita. Jesus, como procedeu com Bartimeu, não decide em lugar dos mais frágeis pelo que eles precisam, mas lhes resgata a dignidade, perguntando: “Que queres que eu te faça” (Mc 10.51)?
O Filho de Deus, mediante a fé, pode abrir os olhos do cego ou tirar as “cascas que cobrem os nossos próprios olhos”, impedindo-nos de ver, tal qual acontecera com os discípulos a caminho de Emaús (Lc 24.13-35) ou com o apóstolo Paulo, quando rumava à cidade de Damasco (At 9.1-19).
Além disso, a experiência de Bartimeu ainda nos permite problematizar outras questões, por exemplo: o que nos impede de enfrentar o caminho? Seria o medo de que, no fim desse, cheguemos à cruz ou, talvez, à capa que recolhe as esmolas (salário, família, amigos, propriedades, posição social) que nos acomodam à beira da estrada? Quem sabe, trata-se, até mesmo, de uma “cegueira espontânea”, provocada por nós mesmos, a partir da qual poupamos os nossos olhos de ver situações desagradáveis, escancaradas em nossa sociedade e que, ultimamente, desvelaram-se até mesmo em nossas comunidades?
Certamente é oportuno perguntar: e nós, como reagimos diante dos apelos dos “Bartimeus” que encontramos pelo caminho? Será que, assim como fizeram os seus conterrâneos, também não preferimos “calá-los” para que não nos incomodem nem importunem?
Segundo a história, Bartimeu saltou, jogou longe a sua capa e foi até Jesus, enfrentando o receio e a adversidade para buscar o seu grande objetivo. Em vista disso, quais seriam, como comunidades cristãs, as barreiras que precisamos vencer para alcançar o objetivo de promover o reino de Deus no contexto social onde estamos inseridos?
Para finalizar, cabe uma última reflexão: nestes tempos em que a igreja enfatiza a questão da inclusão, não seria ela uma forma de comunhão? Ou ainda, a comunhão verdadeira e sincera não seria mais inclusiva do que qualquer campanha de inclusão poderia implantar?
Caso a resposta seja positiva, creio que não deveríamos dar tanta atenção ao acolhimento de caso “a”, “b” ou “c” em nossas comunidades, mas conscientizar-nos de que a comunidade é um corpo em que, fortes ou frágeis, jovens ou experientes, bonitos ou marcados pelas dificuldades da vida, todos são igualmente importantes e que aqueles a quem costumamos dar menor importância deveriam receber uma atenção ainda mais especial (1Co 12. 24-25).
4. Imagens para a prédica
Ao pensar no texto, vem-nos à cabeça a conhecida imagem dos “três macaquinhos” (o primeiro, tapando os olhos; o segundo, os ouvidos; e o terceiro, a boca), como se fossem cegos, surdos e mudos diante das injustiças sociais, da dor e do sofrimento do próximo e de toda a criação de Deus.
Sugiro um exercício de conscientização: observem o que normalmente acontece quando um mendigo ou andarilho (um Bartimeu) aparece no pátio de nossas comunidades ou, pior, tem a “petulância” de entrar em um de nossos templos. Tenho certeza de que muitos de nós já presenciaram essa cena e como quase que imediatamente alguém pergunta: “O que este vagabundo está fazendo aí? Quem vai mandá-lo embora? Será que devemos chamar a polícia?”
Esse tipo de atitude aponta para uma espiritualidade alienada. Muitos membros de nossas comunidades não fazem a menor questão de se aproximar do outro, do diferente, antes preferem marginalizá-lo ou, quando possível, tratá-lo como invisível, a menos que, tal como fez Bartimeu, invada a nossa vida e grite por atenção.
Essa reação também se aplica à situação das pessoas com deficiência. Entrementes, muita coisa já mudou, mas até pouco tempo atrás em nossas comunidades era comum os familiares esconderem seus membros com deficiência da comunidade e da sociedade. Hoje talvez essas pessoas já não estão mais escondidas, mas também não estão tão presentes na vida comunitária como poderiam estar dentro de suas limitações.
A vergonha e a insegurança ainda permeiam fortemente os relacionamentos dessas famílias com as suas comunidades. Inegavelmente, trata-se de uma situação muito delicada, para a qual a comunidade pode ser importante, animando, convidando e, constantemente, abrindo espaços para que a integração e a comunhão aconteçam.
Outra sugestão que pode ser aplicada em grupos de estudo é a dinâmica chamada “abra o olho, meu irmão”. Nela, os olhos de dois participantes são cobertos, e esses recebem “porretes de jornal” com os quais devem iniciar uma “briga de cegos”. Em determinado momento, retira-se a venda dos olhos de um dos indivíduos, sem que o oponente (que continua vendado) saiba, iniciando uma luta desigual.
Normalmente, as pessoas presentes divertem-se muito. Quando pergunta- das sobre o que acharam da dinâmica, afirmam que a consideraram injusta. Mas raramente alguém toma alguma atitude para que a injustiça seja interrompida. Nela refletem-se diferentes aspectos sociais, tais como: indiferença x indignação; aplaudir o agressor x posicionar-se para defender o indefeso; lavar as mãos x envolver-se e solidarizar-se com o oprimido.
5. Subsídios litúrgicos
Confissão de pecados:
Deus justo e bom, Senhor e origem de todas as formas de vida: pedimos-te que abras os nossos olhos para a dor e o sofrimento das pessoas que são diferentes de nós por não enxergar, não ouvir bem, não poder caminhar ou por ser limitadas em sua capacidade de pensar ou agir. Perdoa-nos quando não as aceitamos como são ou achamos que somos melhores do que elas, excluindo-as de nosso convívio social ou comunitário. Ajuda-nos a superar nossa deficiência de fé e de amor ao próximo. Por Jesus Cristo, que amou e perdoou todos indistintamente. Amém!
Oração inicial:
Amado Pai, pedimos-te que nos envies o teu Santo Espírito para que nos abra os corações e as mentes e, assim, possamos compreender a tua Palavra. A partir dela desvela os nossos olhos, curando-nos de nossa cegueira espiritual. Permite-nos entender que o teu ministério é de serviço e de doação, não de riqueza, status ou poder. Faze com que, assim como fez Bartimeu, espontaneamente, gritemos por ti e te sigamos por toda a nossa vida. Amém!
Oração de intercessão:
Senhor, Pai amado e misericordioso, por meio de Jesus Cristo, teu ilho, ensinaste-nos que toda doença ou privação é uma oportunidade para expressar o amor cristão e fazer o bem.
Pedimos-te, primeiramente, por nossas autoridades civis para que não se esqueçam de suas atribuições e trabalhem para criar um mundo mais justo e solidário, onde todos, indiferentemente de suas dificuldades, sintam-se acolhidos e valorizados.
Pedimos-te, Senhor, por tua igreja, por teus ministros, presbíteros e membros para que sua cegueira espiritual seja curada e, assim, possam acolher todas as pessoas em comunhão e amor.
Pedimos-te, Senhor, por todas as pessoas que são discriminadas por sua cor de pele, cultura, religião, sexualidade ou idade, bem como por aquelas que sofrem por conta de suas deficiências, encontrando dificuldades para aceitá-las ou mesmo para aceitar a si mesmas. Dá-lhes o ânimo para prosseguir o seu caminho, assim como fez Bartimeu, depositando, integralmente, toda a sua confiança em Jesus. Coloca em suas vidas pessoas e comunidades que as amparem e as aceitem por saber que são importantes, imagem e semelhança do próprio Pai. Amém!
Bênção:
O Senhor esteja à nossa frente, para nos mostrar o caminho certo.
O Senhor esteja ao nosso lado, para nos abraçar e proteger dos perigos.
O Senhor esteja atrás de nós, para nos preservar das armadilhas dos maus.
O Senhor esteja debaixo de nós, para nos amparar quando caímos.
O Senhor esteja dentro de nós, para nos consolar quando estivermos tristes.
O Senhor esteja ao nosso redor como um muro protetor, para os defender quando outros nos atacarem.
O Senhor esteja sobre nós, para nos abençoar.
Assim abençoe-nos o bondoso Deus de todos os povos. Amém!
(Baseado numa oração de Patrick, o apóstolo da Irlanda, falecido em 461.)
Bibliografia
ANDRADE, Aíla Luzia Pinheiro de. À maneira de Melquisedeque. O messias segundo o judaísmo e os desafios da cristologia no contexto neotestamentário e hoje. Belo Horizonte: FAJE – Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, 2008.
RIENECKER, Fritz. Evangelho de Mateus. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1998.
RYRIE, Charles C. A Bíblia Anotada Expandida. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2006.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).