Proclamar Libertação – Volume 35
Prédica: Mateus 13.44-46
Leituras: 1 Reis 3.5-12 e Romanos 8.26-39
Autor: Manfredo Siegle
Data Litúrgica: 6º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 24/07/2011
Usa o mundo. Não te deixes cativar por ele.
Vieste para sair, não para permanecer. Vais caminhando.
Esta vida é um hotel. Usa o dinheiro, assim como o viajante usa mesa, copo, leito:
como alguém que abre a mão das coisas, não como alguém que se instalou para ficar.
(P. Lindolfo Weingärtner. In: Flores no Jardim de Agostinho, p. 27)
1. A linguagem de Jesus
Quando foi a última vez que você saiu à “procura de um tesouro”? Levando em consideração essa pergunta, já nos situamos em meio a duas histórias desenhadas em figuras muito especiais. Não deixa de ser relevante o fato de que pessoas, em razão de um achado valioso, abandonam tudo para adquirir aquele bem descoberto. Trata-se de um tesouro muito precioso e da felicidade decorrente desse achado. A ênfase da descoberta é só o começo da história; o que vem a seguir é descrito em pequenos fragmentos. O escopo, assim deduzido, está implícito em duas pequenas parábolas. Frente ao presente do reino de Deus não se justifica qualquer tipo de sacrifício ou de boas obras. Uma tolice querer avaliar o texto, as atitudes dos protagonistas das duas histórias, a partir das implicações jurídicas que a aquisição desse chão ou da pérola preciosa pudesse ter. Importa a alegria diante do achado ou a enorme satisfação face à promessa do reino.
Jesus, ao fazer uso da comunicação figurada, destaca que o achado feito gera grande alegria. Ambas as parábolas animam à compreensão de um fato, considerando os sentimentos do coração, da emoção, a expressão de felicidade e de alegria; nesse contexto é dado um valor secundário à razão. O valor do tesouro descoberto ultrapassa todas as expectativas do ser humano. A ambos – ao agricultor humilde, como ao comerciante de pérolas – é dada a oportunidade de fazer uma descoberta fantástica. Os dois protagonistas alegram-se intensamente com a surpresa da descoberta.
À medida que pessoas vivem sob a promessa do reino, “ele está presente entre vocês”, anunciava Jesus, nasce uma enorme alegria; o achado feito é, de fato, motivo de grande satisfação. A manifestação é diferente daquelas pessoas que correm, avidamente, atrás de tesouros perecíveis, sujeitos à traça e à ferrugem, tesouros passíveis do roubo de ladrões (Mt 6.20). Aos olhos da fé, o achado de uma riqueza de valor incomparável, a surpresa do reino de Deus, enriquece sobremaneira, trazendo muita expectativa. É tanta a alegria, por isso precisa ser repartida. Imaginem vocês se descobertas importantes, na área das ciências, da medicina, da biologia, da física, da comunicação e da matemática ficassem reservadas somente aos pesquisadores ou a um pequeno e seleto grupo?
A interpretação mais apropriada das duas parábolas sublinha a grande felicidade da descoberta. Frente à expectativa da dádiva gratuita do reino, o peso não recai sobre a exigência de sacrifícios ou de obras meritórias, nem de exercícios especiais de piedade. Tudo isso para agradar a Deus. Em razão da enorme alegria do achado, nasce a vontade de tomar posse do mesmo.
O que é motivo de alegria no mundo presente? O que traz satisfação especial na sociedade humana em nossos dias? Seria a alegria motivada por nossas celebrações de culto ou ela se manifesta por causa de tantas atividades interessantes em comunidade? Na época que precedeu a Copa do Mundo 2010, observei que havia uma alegre expectativa diante da possibilidade do Brasil de conquistar o hexacampeonato de futebol. A televisão mostrava, nas semanas de concentração e treino que antecediam os jogos na cidade de Curitiba, milhares de torcedores e fãs superfelizes porque conseguiram ver ou até tocar em algum dos jogadores famosos da seleção brasileira. Ao lado dessas pessoas alegres há outras que alimentam sua alegria sonhando com a loteria acumulada. E há quem pense ter encontrado tesouros para usufruí-los na vida na forma de ofertas interessantes no campo do lazer: nas baladas e festas, em passatempos prediletos ou em viagens maravilhosas.
2. O texto
O texto reflete uma particularidade, segundo o evangelista Mateus. O capítulo 13 do evangelho constitui um bloco monolítico e relaciona sete parábolas voltadas à promessa do reino dos céus. A perícope alinha-se às várias parábolas contadas por Jesus e transmitidas por Mateus. Jesus coloca em linguagem de figuras a boa notícia da presença do reino de Deus, que é bem peculiar e deixa a expectativa da novidade no ar.
Embora os v. 44 a 46 sejam considerados, no aspecto da composição literária, de intenções convergentes, reunidas numa “parábola dupla”, a estrutura do texto, assim como aspectos temáticos, apresenta pequenas diferenças. Os conteúdos traduzidos pelo evangelista espelham o jeito de viver dos seguidores de Jesus Cristo. Jesus quer integrar os ouvintes dentro da paisagem narrada; desafia-os a aprender, a partir dessa paisagem, uma nova forma de vida no horizonte do reino de Deus. Analisando os conteúdos das duas parábolas, observa-se que não se trata de figuras alternativas. O que vale, então? Jesus sublinha: quem fez uma grande descoberta não fica como está, como se nada tivesse acontecido; haverá mudança, sim! No exercício do discipulado, a esperança do reino chama à conversão e à novidade de vida. Prioritária é a vontade de Deus; a implantação de seu reino é promessa que faz parte de seu plano de salvação. A esperança do reino, antes de levar a um exercício de sacrifícios e de boas obras, anima o discípulo a vivenciar profunda alegria. Por isso aqueles homens renunciam a tudo e investem pesado para obter o tesouro no campo e o segundo para adquirir a pérola mais preciosa. É preciso haver renúncia para vivenciar a bênção da descoberta. Até se pode suspeitar que, nos dias de hoje, a atenção maior está no voltar-se a si mesmo em detrimento da doação ao próximo.
Marcante é o que o apóstolo Paulo escreve à comunidade dos Filipenses: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conheci- mento de Cristo Jesus, meu Senhor” (Fp 3.8)
Ou na Carta aos Colossenses: “Em Cristo estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2.3).
O dois lemas servem de “fio vermelho” a perpassar os conteúdos da prédica.
3. Meditação
3.1 – O reino dos homens e o reino de Deus
Em suas falas, Jesus aborda temas essenciais. Ênfase especial cabe à pregação do reino de Deus. Aliás, Jesus Cristo é considerado o primeiro cidadão desse reino. O evangelista Mateus soma sete parábolas no cap. 13, cujo enfoque aponta ao reino dos céus. Na oração do Pai-nosso, Jesus intercede para que “venha o reino de Deus”. Orando assim, expressamos o desejo de que Deus assuma o poder no mundo. Conforme o evangelho, o reino de Deus é dos pobres (Lc 6.20) e são “os mansos que herdarão a terra” (Mt 5.5). São várias as passagens bíblicas nas quais Jesus destaca a presença do reino e anuncia que o reino está no meio dos discípulos. A imagem do reino não se vincula, em primeiro lugar, a uma imagem física. O ensinamento de Jesus sublinha o desenvolvimento da postura interior do ser humano. Em determinada conversa com os fariseus, Jesus afirma que o reino de Deus “não vem com visível aparência”; o reino de Deus não se sobrepõe com alarde, ele “está dentro de vocês”, quando são meus seguidores: Lucas 17.20-21. O apóstolo Paulo (Rm 14.17) interpreta a realização do reino como atitude espiritual. Identifica o reino como vivência de “justiça, paz, de alegria no Espírito”.
A quem pertence a hegemonia: aos reinos dominados pelos senhores e reis deste mundo ou a Jesus Cristo, o Filho do Homem? Assim é formulada a pergunta teológica e política dos cristãos. Deus coloca sementes de seu reino no chão da comunidade (Rm 14.17). Não se trata de uma instituição de visível aparência. A esperança pelo reino aponta, ao mesmo tempo, para fora do mundo interior. A fé e a esperança no reino de Deus não promovem a retirada para a interioridade ou individualidade religiosa. À fé pertence um reino maior do que céus e terra. O rei- no, pelo qual rogamos, vem de fora, vem de Deus, “não é deste mundo”. O reino de Deus não se identifica com a instituição igreja nem com a realidade do mundo presente. O evangelho não anula nem se opõe à realidade terrena; os seguidores de Jesus são chamados a agir como “sal da terra” e “luz do mundo”; eles atuam como “fermento na massa”. Jesus insiste em dizer: “Olha, há um futuro que vem e é preciso estar tranquilo e aberto a esse futuro”.
O profeta Daniel projeta a história universal em forma visionária. Ele sonha com o poder que rege o mundo, sendo, por um lado, poder usurpador como se instintos animais determinassem as ações humanas. Na mesma visão, Daniel enxerga outra realidade. “Nas minhas visões da noite, eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem. Foi-lhe dado domínio e glória e o reino para que todos os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é eterno” (Dn 7.13s). O Filho do Homem não emerge do caos, mas vem de Deus. Vem para distribuir justiça, chama à vida verdadeiramente humana. Vem para resgatar na pessoa humana a imagem de Deus. Deus restabelece o direito sobre a sua criação. Cremos e anunciamos que Deus não permite que o mundo criado sucumba ao caos desenvolvido pelo próprio homem. À medida que intercedemos pelo reino, colocamo-nos a serviço da reconciliação com Deus e com o mundo. A visão do reino de Deus nasce da semente da esperança. “A coisa mais terrível seria a face de uma comunidade que, havendo perdido a esperança, entregou-se aos rituais da morte” (R. Alves).
3.2 – Pérolas
– O reino dos céus não é como objeto perdido na rua, tampouco visível para todas as pessoas. O reino também não é mercadoria de consumo em super- mercado.
– O tesouro achado, em verdade, é muito mais do que um tesouro. A surpresa do achado (Mt 13. 44) sobrepôs-se a tudo o que o agricultor no campo podia esperar e descobrir.
– Há tesouros na história do povo de Deus, os quais precisam ser redescobertos.
– Tesouros podem transformar o ser humano. Nas duas parábolas, a surpresa do achado transformou-se em força que convenceu, profundamente, aquele homem do campo.
– Algo semelhante aconteceu com Jesus. Ele exerceu tamanha ação sobre os humanos, a ponto de contagiá-los e envolvê-los na missão.
– Existem pessoas que, constantemente, estão em busca do sentido da vida; a outras o sentido é dado de graça.
– Às vezes, os tesouros e as pérolas estão bem próximos; outras vezes, é difícil localizá-los.
– Jesus não era nenhum alienado: ele sabia muito bem que o ser humano precisa, para sua vida abundante, tanto de si, estar voltado para si, mas também
se completa com a outra pessoa. – Quando consigo manter distância de mim mesmo, sou capaz de descobrir quem eu, de fato, sou. Exemplarmente, os dois homens em nossa história renunciaram a tudo para adquirir um tesouro maior.
– A vivência, em obediência ao evangelho, assim como o fato de deixar valer o que outros descobriram no discipulado de Jesus: são essas as lições que
o homem do campo e o negociante de pérolas nos legaram até os dias de hoje.
4. Caminhos à prédica
4.1 – A promessa do reino, fonte de alegria
O texto de prédica que abordamos está previsto para o sexto domingo após a festa de Pentecostes de 2011.
Face à proximidade do evento de Pentecostes, vale relembrar o presente do Espírito Santo em Pentecostes. O bom e santo Espírito de Deus devolveu à comunidade dos discípulos a certeza de que os cuidados do Pai permanecem. “Nada nos poderá separar do amor de Deus.” Assim cuidados, somos livres para a cooperação na edificação da comunidade e na transformação do mundo. Nós seres humanos somos carentes do Espírito Santo. Sem a presença e distante da companhia do Espírito Santo, o ser humano torna-se uma ameaça à humanidade e à criação. A linguagem dos fatos aponta para essa realidade. Seres humanos, sem a interferência do bom Espírito de Deus, deixam de ser fonte de bênção.
A alegria, em razão do achado do tesouro no campo ou da pérola preciosa, de valor inigualável, é dom de Deus, fruto do Espírito Santo. Ambos, tanto o agricultor como o comerciante de pérolas, extravasaram sua alegria. A vontade de Deus torna-se perceptível mediante a compreensão do coração alegre. Tudo o mais passa a ser secundário. Rosto e coração refletem a alegria que vem do coração. A justificação por graça nos faz viver nas mãos de Deus, razão para o serviço e motivo de alegria inconfundível.
As regras que alimentam tamanha alegria partem de fontes diferentes daquelas observadas no sistema de mercado, em que prevalece a lógica do lucro e do acúmulo de bens, da posição social (Mt 13.12). Viver segundo o “tesouro do céu” (Mt 6.20) é experiência diferente daquela que se vive guardando e cuidando de tesouros e de pérolas, só para aumentar o capital e o status próprio.
4.2 – Pérolas do reino desembocam no mar da alegria
Tomo a liberdade de colocar no “baú das ideias”, a serviço da estrutura e dos conteúdos da prédica, frases e pensamentos motivadores. Lembrando que pérolas e tesouros, na perspectiva do reino de Deus, geram alegria, gratidão e aumentam a vontade de tomar novas iniciativas e andar por novos caminhos. A ordem é desfazer-se de tudo, para adquirir o que de mais precioso posso abraçar, mas que ainda não alcancei. É grande a ansiedade humana por uma vida feliz e plenamente realizada, sob a promessa de um bom futuro.
1 – Pérolas preciosas, tesouros? Existem sim; é possível descobri-los; às vezes, os tesouros e as pérolas estão bem mais próximos do que imaginamos.
2 – Como identificar os tesouros? Quais são eles? Não faltam exemplos. Enumero alguns: a família, os filhos e filhas, o cônjuge, o amor, os pequeninos irmãos, a profissão, a vocação, os dons e talentos, as amizades, os passatempos, entre muitos outros.
3 – O achado provoca intensiva e profunda alegria; a experiência é fantástica.
4 – Jesus parte de sua realidade e conta as duas parábolas relativas ao tesouro oculto no campo e à pérola de rara beleza e inestimável valor. Faz sentido ler ou reler agora o texto!
5 – A descoberta resultou em renúncia a tudo; a sensação prazerosa, em decorrência, é combustível para investir pesado no achado.
6 – O céu é citado, tantas vezes, como sinônimo do reino de Deus. Que valor damos ao céu? Na medida em que sou rico apenas aos próprios olhos, ele significará muito pouco, quase nada; exemplo: o jovem rico (Mt 19.16-26), indisposto à renúncia em favor da vida eterna. Cito, igualmente, Lucas 12.16-21. Jesus admoesta: “Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33)
7 – Vem à memória a história de Abraão e Sara. Deixaram para trás as terras e suas famílias, todas as suas posses. Partiram sob os cuidados e sob a promessa de Deus. Carregam dentro de si uma confiança firme, uma esperança que fortalece; eles partem com amor, o sentimento de alegria está presente; não faltam as expectativas diante da novidade à sua frente. Abraão e Sara são chamadas a ser uma bênção para todas as famílias da terra.
8 – A caminho das descobertas de tesouros e de pérolas, o alvo maior nem sempre se reduz ao alcance de algo interessante ou importante, algo de raro valor. A descoberta da novidade e a esperança dela decorrente transformam-se em bênção. Os achados que são bênção beneficiam outra gente. Diante dos achados traduzidos em bênção, o investimento de dons e recursos acontece em favor de alguém fora dos nossos muros. São tesouros e pérolas descobertas colocados a serviço da missão.
9 – Você somente descobrirá a verdadeira riqueza, que satisfaz a vida, à medida que deixar de calcular conforme a lógica do lucro e da razão; por natureza, lucros e o poder da razão são calculistas.
10 – A verdadeira alegria transforma os fundamentos de nossa vida. O que seria da alegria se ela não fosse gerir ainda muito mais alegria?
5. Contextos
É do conhecido escritor Mark Twain a frase: “Saciamo-nos plenamente de alegria se uma outra pessoa também for contagiada à alegria”.
Na Índia, um jornalista saiu-se com esta diante das ações misericordiosas encabeçadas pela Madre Teresa de Calcutá: “Nem por um milhão de dólares eu viveria a sua vida”. Ao que ela respondeu: “Por um milhão só eu também não levaria a vida assim”.
“Quando quiseres fazer para ti uma grande alegria, considera os benefícios que causarás a teu próximo” (Imperador Marco Aurélio, 121 a 180 da era cristã).
6. Subsídios litúrgicos
O 6º Domingo após Pentecostes cheira ao Pentecostes. Recebemos do alto, de Deus, o alimento, o oxigênio e a força inspiradora para as descobertas no chão da vida, da sociedade e da realidade comunitária. Pentecostes lembra o vento impetuoso dos céus.
Vento de Deus
Tu que sopras onde quer,
Vento de Deus dando vida,
Aproxima-te, sopra fecundo!
Sopra-me vida em teu sopro!
Faze-me todo janelas,
Olhos abertos e abraço.
Leva-me em Boa Notícia
Sobre os telhados do medo,
Passa-me em torno das flores,
Beijo de graça e ternura.
Joga-me contra a injustiça em furacão de verdade.
(Pedro Casaldáliga)
Lema bíblico introdutório:
“Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Lc 12.48).
Confissão de pecados:
Senhor e Deus, procedentes da realidade do cotidiano nos achegamos a ti.
Confessamos o nosso grande desejo de autonomia e de mais poder em nosso próprio benefício. Procuramos tesouros que nos garantem segurança e prestígio. Nessa ânsia perdemos de vista o discipulado de Jesus Cristo e o que ele já tem feito por nós.
Ajuda-nos, Deus, a redirecionar nossos olhares e rumos motivados pelo plano de salvação inaugurado por Jesus Cristo. Rogamos por tua presença, para
que vivamos em confiança para contigo. Que tu sejas o ponto de partida e o alvo da procura por esperança, felicidade e da vida em abundância, tesouros que o evangelho nos proporciona. Perdão, Senhor…
Salmo 40. 9-12
Convite ao cântico:
Glória, glória, glória a Deus nas alturas…
Oração de coleta:
Caminhamos por caminhos próprios;
Atenta, Senhor, para os caminhos por nós trilhados.
Impede que nos desviemos do teu caminho.
À semelhança do tesouro escondido e descoberto,
tu nos descobres e, em Cristo, nos resgatas.
Que a luz do evangelho seja como luz que brilha no nosso andar!
Dá-nos coragem para seguir contigo. Amém.
Oração de intercessões:
Nessa oração, o/a celebrante poderá introduzir cada intercessão destacando que o falar com Deus é motivado:
… por causa da confiança no Deus triúno;
… por causa da esperança semeada através da ressurreição de Cristo, na Páscoa;
… em razão da fé no Cristo que é solidário, presente nas diferentes situações da vida pessoal, coletiva, comunitária, vida social;
… pela coragem e fidelidade, pela unidade e novidade que brotam da ação do Espírito Santo.
Vivemos da convicção de ser achados por Deus, por ele ouvidos e por ele cuidados/as.
Bibliografia
BRAKEMEIER, G. Observações introdutórias referentes ao Evangelho de Mateus. In: Proclamar Libertação, V. 2, p. 9ss.
MOLTMANN, J. Mensch, V. 11. Stuttgart/Berlim: Kreuz Verlag, p. 160ss. RADECK, Rose. Mateus 13.44-46. In: Werkstatt für Predigt und Liturgie. Bermoser+Höller Verlag AG, 2001. p. 237ss.
SCHILLING, Ulrike. Mateus 13.44-46. In: Gottesdienst Praxis. V. 3. Gütersloher Verlagshaus, 1995. p. 143ss.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).