Proclamar Libertação – Volume 36
Prédica: Números 6.22-27
Lucas 2.15-21 e Filipenses 2.5-11
Autor: Haroldo Reimer
Data Litúrgica: Ano Novo: Nome de Jesus
Data da Pregação: 01/01/2012
1. Introdução
O ‘espírito’ da celebração neste domingo é o início de um novo ano. Há a coincidência do primeiro dia do novo ano cair justamente no domingo. As expectativas na celebração dominical haverão de ser diferenciadas. Muitas pessoas certamente vêm ainda ‘enlevadas’ com as comemorações da virada de ano. Como todo início de ciclo, o ano-novo gera nas pessoas a expectativa de um novo começo. Não raramente, as pessoas até fazem, ainda secretamente, juras e promessas referentes a atitudes e práticas no decorrer do ano que inicia. Certamente, a religiosidade popular, com suas várias facetas, tem suas influências no imaginário das pessoas.
Como se trata de um momento de passagem, a invocação de uma bênção pode ser significativa. Por isso o culto deste dia, cuja celebração, em suas várias partes, estará permeada pelo tema da bênção, é (pode ser) um momento todo especial. Há nas pessoas uma receptividade maior para o tema e a realidade ou realização da bênção.
Cabe lembrar que, em várias igrejas do universo neopentecostal, há ou havia a prática de oferecer uma bênção especial, muitas vezes em troca de donativos numericamente escalonados. Em tais igrejas, pode-se conseguir bênçãos até de ouro; para quem não tiver o devido recurso financeiro, uma bênção de lata também pode ser o suficiente. Trata-se claramente de uma teologia da prosperidade. Isso obviamente não seria de modo algum uma proposta para uma igreja cuja teologia está assentada na gratuidade da salvação por Deus mediante a fé em Cristo Jesus.
Os textos de leitura de Lucas 2.15-21 e Filipenses 2.5-11 ajudam a prevenir ou corrigir qualquer ou uma eventual tentação no sentido de uma teologia da prosperidade. A bênção de Deus mantém-se também e especialmente no caminho do sofrimento, embora mais facilmente o bem-estar e a alegria sejam reconhecidos como sinais de bênção. As elaborações de Lutero sobre a bênção a partir do sub contrario são elucidativas.
2. Aspectos do texto
O texto previsto para a pregação é por demais conhecido. Trata-se da bênção aarônica, pronunciada, salvo exceções, no final de cada culto evangélico-luterano. Isso é uma prática na tradição luterana desde os tempos da Reforma. Já em 1523, em sua Formula Missae, Lutero indicou o texto de Números 6.24-26 ao lado do Salmo 67.7s como texto de bênção final do culto. No texto “A missa alemã e a ordem do culto”, de 1526, consta, então, somente a indicação do texto da bênção aarônica para esse momento litúrgico no final da celebração dominical.
A interpretação de Lutero a esse texto de bênção é trinitária. Ele viu a ação criadora do Pai no v. 24, entendendo que todas as dádivas recebidas são dádivas da criação ordenada e sustentada pelo Criador. Nesse sentido, haveria sintonia com a petição pelo pão de cada dia expressa no Pai-nosso. No v. 25, Lutero vê expressa a ação redentora como ação do Filho, estando aí presente a dimensão da graça da obra reconciliadora de Deus em Cristo. O perdão dos pecados constitui a base de vida quando a pessoa volta a viver com alegria, bem-estar e paz. Em último caso, esse versículo estaria indicando para a bênção por meio do evangelho. A luz graciosa de Deus é a Palavra, o evangelho encarnado em Cristo. O v. 26, segundo Lutero, teria implícita uma perspectiva escatológica e também pneumatológica, na medida em que a paz estaria indicando para o descanso definitivo da pessoa em Deus por meio da ação do Espírito. Essa bênção que invoca a paz dirige-se para dentro de situações no mundo e no dia a dia em que as pessoas efetivamente não vivem em paz, mas são atribuladas por guerras, conflitos e tensões de todo tipo. Em meio a tais situações, a força vivificadora da bênção refaz as energias e capacita as pessoas para a resistência, tendo a paz definitiva como elemento norteador e significador da caminhada. Nessa interpretação de Lutero, a bênção somente pode ser recebida como elemento de graça e dom; ninguém pode construir por si só as bases da bênção. Contudo, a recepção da bênção não isenta da responsabilidade por sua manutenção e por sua ação continuada na história. Nesse sentido, a receptividade por parte das pessoas está vinculada à ulterior atividade humana na força empoderadora da bênção e dos dons do Espírito.
Em Lutero, pois, o texto de Números 6.21-27 recebe uma interpretação trinitária. Isso, sem dúvida alguma, constitui algo legítimo a partir de uma perspectiva cristã, mas não faz jus ao texto em sua base hebraica monoteísta.
Na arquitetura da Torá ou Pentateuco, o texto de Números 6.21-27 está inserido na parte final da permanência do povo hebreu junto ao Sinai. Após a saída ou libertação do Egito (Êx 1.1-15.21), o povo inicia sua primeira peregrinação pelo deserto (Êx 15.22-18.27), chegando ao monte Sinai. Nesse lugar mítico de localização geográfica, discutido até o século IV da era cristã, quando foi localizado na atual Península do Sinai, no Egito, Deus realiza a dádiva da Torá.
Em termos literários, em perspectiva sincrônica, nesse lugar ermo do deserto é alocada a recepção de todas as leis fundamentais do povo de Israel. Em termos históricos, as mais diversas leis e códigos de leis surgidas ao longo da trajetória do povo h¬breu recebem um lugar mítico autoritário de origem. O próprio Deus é afirmado como o autor e doador das leis, das quais se sabe terem surgido historicamente.
Um dos blocos da “perícope do Sinai” (Êx 19-Nm 10) é o conjunto de normas relativas à tenda da congregação, nome mítico do templo, bem como ao sacerdócio levita ou aarônico escolhido para oficiar nele os cultos (Êx 25-Nm 10). Há todo um conjunto de tais normas, incluindo regras práticas sobre procedimentos dos sacerdotes. O texto de Números 6.21-27 insere-se no conjunto, outorgando aos sacerdotes da linhagem aarônica a primazia da invocação da bênção como um ato litúrgico relevante na vida religiosa. Por isso o texto faz jus ao título de “bênção sacerdotal”.
“Bênção é a afirmação da plenitude das forças divinas por meio de palavras, abarcando também um empoderamento abrangente rumo à plenitude de vida” (Häusl; Ostmeyer, p. 515). Com tal afirmação se está diante de uma ação em geral litúrgica, que faz circular um bem simbólico: a presença benéfica do próprio Deus. Bênção evidencia proximidade com seu contrário, a maldição, que biblicamente consiste na diminuição da qualidade de vida.
A bênção está inserida numa lógica de circulação, não sendo ato ou ação unilateral. Abraão é abençoado e deve ser uma bênção (Gn 12.2s; Gl 3.8s). Os termos derivados do hebraico barak ou do grego eulogeo expressam essa circularidade da bênção. Embora o termo grego seja comumente traduzido por “bendizer”, semanticamente os dois termos são similares. Tanto Deus como as pessoas podem ser sujeitos ou objetos da ação de abençoar. As pessoas podem abençoar-se mutuamente (Lc 1.42; Rm 12.14). Deus pode abençoar as pessoas (Gl 3.9; Ef 1.3; Hb 6.14). Mas as pessoas também podem abençoar a Deus (Sl 18.47; 145.1,2,10,21; Lc 1.64; 2.28; Ef 1.3).
A bênção ou o ser abençoado não se restringem somente a Deus ou às pessoas. Também animais podem ser abençoados (Gn 1.22). Em Gênesis 2.3, Deus abençoa o tempo especial do descanso sabático. Em Deuteronômio 28.4-5, a própria terra e a fertilidade do solo e dos ventres são abençoados, bem como também instrumentos de trabalho utilizados para os afazeres no dia a dia. Em 1 Coríntios 10.16, são abençoados o cálice da bênção bem como o pão da partilha. Algo similar ocorre em Mateus 14.19par, onde se relata que os pães oferecidos são abençoados, sendo os mesmos uma grande bênção para a multidão faminta. Assim se manifesta uma vez a dimensão da circularidade, da reciprocidade e da relacionalidade da bênção.
Bênção é um ato locucional; é performativo. É fala, mas em geral se conecta com gestualidades. A imposição das mãos ou o levantar dos braços podem fazer parte da ação performativa (Gn 27; 48.14; Lv 9.22). Em Marcos 10.16, Jesus coloca a mão sobre as crianças e as abençoa; também o olhar para o alto (céu) faz parte dessa ritualidade (Mc 6.41par.). Também em sua despedida, Jesus abençoa os discípulos, erguendo as suas mãos sobre eles (Lc 24.50). Na ação performativa, articula-se o poder relacional. A fala põe em movimento a energia cósmica, divina, humana, produzindo seus resultados. Ou: a fala da bênção interfere no psiquismo, produzindo deslocamentos na percepção e colocando em movimento forças presentes somente em estado potencial.
Bênção é em si um ato mágico. O teor das palavras deve ser claramente inteligível (cf. 1Co 14.16). Os participantes da bênção devem poder participar conscientemente da relacionalidade da bênção.
3. Meditação
Na Bíblia, existem diversas concepções de bênção. A concepção mais arraigada é a bênção como decorrência de retribuição. No esquema retributivo, a ação da pessoa é fundamental para a decorrente reação ou resposta. O Salmo 1 é um dos textos mais emblemáticos nesse sentido. Lá não se utiliza a raiz verbal barak, mas a raiz asher = bem-aventurado. As diferenças semânticas não são grandes, prevalecendo a sinonímia quanto ao sentido básico. A pessoa que segue determinadas prescrições (não andar nos conselhos do ímpios, não se deter no caminho dos pecadores, não se assentar na roda dos escarnecedores) fundamentalmente pautadas na Torá, a vontade de Deus expressa em texto, tem a promessa da bem-aventurança, o que significa bem-estar em seu viver e futuridade. Os ímpios, que não têm essa práxis, serão espalhados ao vento. Tanto uma como a outra resposta advêm da ação do sujeito. Esse modo de pensamento atravessa praticamente toda a Bíblia, sendo rompido em alguns momentos.
A concepção mais elaborada encontra-se no livro de Deuteronômio, marcando, por assim dizer, o núcleo da teologia deuteronômica. Em sua “Teologia do Antigo Testamento”, o exegeta alemão Gerhard von Rad afirma que o Deuteronômio tem a concepção de bênção mais trabalhada em todo o Antigo Testamento. Haveria aí algo como um “materialismo da salvação” (= Heilsmaterialismus), que dificilmente pode ser suplantado, pois ele se estende “até as vasilhas dentro de cada unidade doméstica”. Com essa afirmação G. von Rad referia-se à inter-relação entre bênção e prática das leis sociais e também ao texto de Deuteronômio 28.3-6, que, de certa forma, resume a ideia principal de bênção no pensamento deuteronômico.
3 Abençoado serás tu na cidade e abençoado serás no campo.
4 Abençoado será o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto
dos teus animais, e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas.
5 Abençoado será o teu cesto e a tua amassadeira.
6 Abençoado serás ao entrares e abençoado serás ao saíres.
Essa concepção de bênção, que desce ao nível das coisas do cotidiano, é afirmada como consequência da opção (correta) pela prática das “leis” propostas no código deuteronômico. O texto acima faz uma espécie de fechamento adicional ou posterior daquilo que é a ideia principal no código central (Dt 12-26 ou 5-26).
De qualquer forma, logo fica evidente que, para os autores deuteronômicos, a bênção divina é algo que se concretiza no dia a dia. Bênção é algo palpável e capaz de dar sentido ao cotidiano da vida e das relações. Em termos concretos, é a posse tranquila da terra, a possibilidade de usufruir dos frutos da roça e dos animais, bem como do trabalho. Bênção é ter em casa as vasilhas e os instrumentos para preparar a comida. Tudo isso é pensado como algo que provém da mão provedora de Deus. No bojo do pensamento deuteronômico, esses benefícios cotidianos são vistos como consequência da relação de aliança entre Deus e seu povo escolhido. A base para esse viver, contudo, é a doação ou o amor incondicional de Deus por aqueles que ele escolhe. Esse é o ponto primeiro. É o fundamento da relação. Com isso, os autores deuteronômicos compartilham uma ideia mais antiga, presente na tradição sapiencial antiga de Israel, de que o bem-estar não pode ser construído por mão humana nem adquirido numa relação de troca, mas depende da boa vontade de Deus (Pr 10.22; Sl 127). A manutenção da bênção doada por Deus, porém, depende do agir humano, ou melhor, da resposta que as pessoas dão às propostas de vida oferecidas por Deus. Assim, no pensamento deuteronômico, há um entrelaçamento entre doação incondicional, por parte de Deus, que é a base ou o fundamento da relação, e manutenção condicionada, que é a consequência, cuja realização cabe aos destinatários, isto é, às pessoas.
Assim, na concepção deuteronomista, receber a bênção de Deus é algo incondicional, depende do agir soberano de Deus; manter a bênção está condicionado pelo agir humano, sobretudo por meio da prática da solidariedade ou da inclusão das pessoas (ainda) desfavorecidas na rede social.
No livro de Deuteronômio, há uma fórmula muito interessante que, com pequenas variantes, repete-se sete vezes ao longo dos capítulos. Pela primeira vez, essa fórmula encontra-se em Deuteronômio 14.29, justamente no final das disposições deuteronômicas sobre os dízimos. Ali se pode ler: “para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras das tuas mãos”. De uma forma um pouco diferente, essa fórmula encontra-se também nos seguintes textos: Deuteronômio 15.6; 15.10; 15.18; 16.15; 23.20 e 24.19. Olhando essas passagens no seu conjunto, percebe-se de imediato que a referida fórmula invariavelmente aparece no final de alguma disposição legal que propõe a partilha e a solidariedade com as personae miserae, isto é, com os pobres, no conjunto ou com alguma dessas categorias em particular. A manutenção da bênção divina, já dada e já recebida com a dádiva da terra e com a colheita dos frutos da terra e dos animais, é condicionada pelo compartilhar dos frutos concretos da bênção divina.
Em todos esses textos acima referidos aparece sempre a vinculação entre a bênção incondicional de Deus e a bênção condicionada para Israel ou para as pessoas. A bênção incondicional foi e é conferida por Deus a Israel no êxodo, na posse da terra, na colheita dos frutos e no viver digno na liberdade. A bênção recebida como dom e dádiva deverá ser mantida por meio da prática da solidariedade. As duas coisas estão teológica e socialmente vinculadas. Elas não podem e não devem ser dissociadas. Poderíamos tentar resumir esses textos e essas propostas dizendo que a solidariedade é condição para manter a bênção incondicional dada por Deus.
O Deuteronômio insiste na leitura e na observância das leis propostas nesse código ou livro. O meditar na Torá de dia e de noite expressa essa intenção (Dt 4; 11; Sl 1). Solidariedade como condicionalidade da bênção de Deus, porém, não deve ser confundida com mera observância da lei nem com legalismo. Solidariedade, no fundo, é impulso do coração. Vem das entranhas. Solidariedade tem sua origem no âmago do ser. É expressão profunda do Espírito do amor de Deus em nós. Mas a prática da solidariedade também precisa ser aprendida socialmente. Nesse sentido, um dos grandes méritos do Deuteronômio é haver incluído a prática da solidariedade em seu projeto pedagógico, isto é, essa prática é recomendada cada vez que o livro ou partes dele são lidas publicamente. Mesmo com as reservas que se possa ter à concepção teológica deuteronômica, temos nessa parte da Bíblia um modelo de resistência em face de processos de exclusão. A hesed ou fidelidade de Deus convoca para práticas de inclusão dentro da rede de solidariedade.
Essa proposta da teologia deuteronômica é interessante. Ela procura inserir a pessoa dentro de uma economia de trocas. A bênção, enquanto dimensão simbólica que se torna palpável no bem-estar, deve ser passada adiante na forma de ações, práticas ou obras que visam à integração ou à reintegração das pessoas na rede social. O cuidado de Deus é afirmado como vigilância e zelo pelos mais empobrecidos na sociedade.
De certa forma, essa concepção deuteronômica da bênção tem continuidade no Novo Testamento. Há, porém, ressignificações profundas. A libertação da escravidão e a posse mansa e tranquila da terra com usufruto de seus frutos é superada pelo evento de Cristo na cruz e na ressurreição. Aí está o fundamento da gratuidade. Em Cristo, Deus concede a sua graça de forma abundante, promovendo a justificação (Rm 3.9s.). Por fé, as pessoas podem aderir a essa oferta da graça, a essa proposta de vida em gratuidade. Isso se converte em possibilidade de recepção e usufruto da bênção. Contudo, a adesão a essa oferta da graça, por fé, não isenta e não pode isentar a pessoa (crente) de sua responsabilidade social. Receber a bênção em Cristo abre caminho para a continuidade, para a entrega, enfim, para a missão. E missão, nesse sentido neotestamentário, significa a proclamação de nova possibilidade de vida, implicando a inclusão de pessoas marginalizadas e oprimidas para dentro da lógica da graça, da gratuidade e da bênção. Nesse sentido, a resposta à gratuidade primeira de Deus assume traços de uma mística de ações, de feitos, de obras, de missão, superando as assimetrias em termos de raça, de classe e gênero (Gl 3.28).
4. Imagens para a prédica
Para a pregação, sugiro a apresentação do esquema teológico deuteronômico e seu desdobramento neotestamentário. Pretende-se que o novo ano seja repleto de bênçãos, levando a vida a um bem-estar em todos os sentidos, também material. Essa bem-aventurança, contudo, deve ser ampliada por meio das pessoas atingidas pela graça. A fé e a graça não podem se satisfazer em si mesmas, sem a relacionalidade com as pessoas desassistidas e marginalizadas. Participar da bênção não leva somente ao caminho da prosperidade, mas passa pelo caminho da cruz. Deus, elegendo o caminho sub contrario, busca subverter a lógica excludente. A comunidade das pessoas de fé e de boa vontade é instrumento importante para tal propósito. A bem-aventurança passa pelo caminho da tribulação e também do sofrimento (Mt 5).
5. Subsídios litúrgicos
Frases:
“O bom da busca da bênção é a bênção da busca.” (Israel Belo de Azevedo)
“… a bênção inclui a cruz, e a cruz inclui a bênção.” (Dietrich Bonhoeffer, Cartas da Prisão)
“Nossas verdadeiras bênçãos aparecem para nós em forma de dores, perdas e decepções; mas tenhamos paciência, e logo devemos vê-las em suas próprias figuras.” (Joseph Addison)
Bênção de Tomás de Aquino:
Que o Deus de toda graça vos conceda
Uma inteligência que o conheça;
Uma angústia que o procure;
Uma sabedoria que o encontre;
Uma vida que o agrade;
Uma perseverança que, enfim, o possua.
E a bênção do Deus Pai, Filho e Espírito Santo
Permaneça sobre vós agora e sempre. Amém.
Bênção Irlandesa:
… que o caminho seja brando
a teus pés,
o vento sopre leve
em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre a tua face,
as chuvas caiam serenas
em teus campos.
E até que eu
de novo te veja,
que Deus te guarde
na palma de sua mão.
Bênção alternada:
Ministro: Deus Pai, vivemos nesta terra aqui e agora.
Bendize-nos.
Todos: Tu nos enviaste a este mundo.
Guarda-nos.
Ministro: Tu nos dás tarefas. Que o teu rosto resplandeça sobre nós.
Todos: Muitas vezes falhamos.
Sê misericordioso.
Ministro: Muitas vezes nos sentimos sós.
Volta teu rosto para nós.
Todos: Concede-nos paz e faz-nos capaz de viver a paz no mundo. Amém.
Bibliografia
FRETTLÖH, Magdalene L. Theologie des Segens. Biblische und dogmatische Wahrnehmungen. 2. ed. Gütersloh: Gütersloher Verlagshaus, 1998.
HÄUSL, Maria; OSTMEYER, Karl-Heinrich. Segen / Fluch. In: CRÜSEMANN, Frank et al. Sozialgeschichtliches Wörterbuch zur Bibel. Gütersloh: Gütersloher Verlagshaus, 2009. p. 515-518.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).