Tema: Fome, instrumento de submissão.
Explicação do tema:
Fome é uma realidade. O convívio social reflete esse fato.
Vários motivos ou causas levam à fome: não distribuir a riqueza adequadamente, manter a massa subordinada e dependente, garantir o privilégio de poucos e impedir que os meios existentes no combate à fome cheguem aos necessitados.
Isto sempre foi assim, não adianta mudar. Afirmar que sempre existiu fome e nada se pode fazer, é desconsiderar a oferta da natureza que conduz à preservação da vida. Pois, fome não é dádiva da natureza, mas negócio para poucos.
Texto para a prédica: Miquéias 3.1-4
Autor: Valdemar Gaede
I — Fome
Nos livros de registro de óbitos, a causa rnortis fome está escondida atrás de nomes bonitos e complicados. Mas, para a infelicidade dos bem-nutridos desta terra, o absurdo da fome se tornou por demais patente. O ronco da fome não se deixa mais abafar.
1. O que é fome
Cada pessoa necessita de uma alimentação diária capaz de fornecer um total calórico correspondente ao gasto energético realizado pelo trabalho de seu organismo. Ou seja: a energia que consumimos sob forma de alimentos deve ser pelo menos o equivalente à energia gasta no trabalho do nosso organismo. E, para o seu perfeito funcionamento, o organismo humano depende da absorção diária de 36 substâncias. A partir do momento em que a alimentação não atende a estas necessidades orgânicas diárias, pode-se falar de fome.
2. As consequências da fome
Uma alimentação insuficiente, monótona ou desequilibrada determina sérios danos ao corpo humano; abre as portas para doenças que, num organismo sadio, seriam banais, mas que para o faminto costumam ser fatais. Abatendo-se sobre uma população biologicamente vulnerável, a fome vai deixar-lhes certos traços e deformações que serão absolutamente irreversíveis. Uma gravidez faminta vai resultar no nascimento de uma criança que não terá resistência aos inúmeros ataques a que estará sujeita no meio*exterior. Com a desnutrição, o sistema imunológico do desnutrido é defeituoso: a glândula timo, que é responsável pelo sistema imunitário, chega a pesar de dez a quinze vezes menos na criança desnutrida do que na criança normal. Uma simples diarreia pode ser fatal numa criança faminta. Seu intestino é, por assim dizer, careca; não possui as bactérias responsáveis pela digestão normal. Assim, seus corpos já frágeis ficam expostos à ação de verminoses que lhes roubam o pouco ferro e a pouca proteína de que dispõem.
Uma infância de fome marcará a existência das pessoas de maneira irreversível: o crescimento será menor e mais lento. Não há nada de genético na baixa estatura dos nordestinos brasileiros: eles têm o tamanho inversamente proporcional à sua fome. A desnutrição retarda a ossificação e, por isso, a criança desnutrida apresenta sempre uma estatura inferior à sua idade cronológica. A reação da criança à falta de alimentos é voltar-se para si própria num instinto de autopreservação, donde resulta um embotamento precoce das atividades mentais.
A fome rói o indivíduo de forma lenta e paciente e, portanto, muito cruel. Ao atingir grandes massas humanas, ela não prejudica apenas o indivíduo, mas torna doente a própria sociedade por onde se propaga. Quando atinge um certo ponto, faz aflorar no ser humano seus instintos violentos de sobrevivência.
3. Fome: uma realidade
Metade dos habitantes da terra ingere uma quantidade e qualidade de alimentos inferior a suas necessidades básicas. Cerca de 500 milhões destes são considerados gravemente desnutridos. De 125 milhões de crianças que nascem anualmente nas nações subdesenvolvidas, 21 milhões vêm ao mundo com menos de 2,5 quilos.
O Brasil é considerado o sexto país do mundo em população gravemente desnutrida. Cerca de 13% de sua população vive num estado de inanição absoluta, mas 67% são desnutridos, isto é, ingerem um total calórico que se situa abaixo das necessidades mínimas.
Mais de duas mil crianças até 4 anos de idade morrem diariamente de fome na América Latina.
4. Ideias erradas sobre as causas da fome
Muitos atribuem a responsabilidade da fome ao próprio faminto: Pobre não sabe comer. Pobre é faminto por causa de sua ignorância, por causa de sua incapacidade de distribuir racionalmente seus gastos. Desta maneira, a fome é encarada como um problema individual e não social; como se houvesse pobres bem alimentados e pobres famintos, pobres formigas e pobres cigarras: um previdente e econômico e o outro irresponsável e gastador. Segundo esta concepção, a solução seria mudar o espírito de cigarra do pobre, transformá-lo em pobre formiga; de nada adianta aumentar a renda dos pobres, já que eles gastariam no botequim e não no armazém. Este preconceito não é exclusivamente brasileiro: já em 1941 foi criado, nos EEUU, o Comité sobre Hábitos Alimentares que pretendia ensinar os pobres a comer. As próprias Nações Unidas criaram, em 1950, um comité especial para estudar como seria possível estimular o consumo de proteínas nos países pobres.
Muitos também pregam a teoria do controle demográfico como uma das condições básicas para a solução da fome. Certa autoridade militar brasileira declarou que é preciso impedir, em nosso país, que nasça gente demais.
Se o culpado da fome fosse o tamanho da população, não existiria fome. Pois se dividirmos o total da produção mundial de alimentos pelo total da população, o resultado seria um mundo sem fome. O controle da natal idade não só se mostrou incapaz de resolver o problema da fome nos países em que foi adotado, como, mais grave ainda, não conseguiu sequer reduzir a taxa de crescimento demográfico nesses países, apesar da imensidão de dinheiro que foi gasta nisso.
Outra solução falsa para o problema da fome no mundo foi a ideia da revolução verde: os países ricos despejaram sementes produzidas em laboratório, insumos e máquinas agrícolas sobre os países pobres. A verdade é que a revolução verde aumentou o problema da fome: aumentou a dependência dos países pobres, favoreceu os grandes produtores, provocou o êxodo rural, a concentração da terra, tornou as plantações Irresistentes às catástrofes naturais e às pragas, causou o desequilíbrio ecológico, etc.
5. As causas da fome
Não existem os que sabem e os que não sabem comer. Existem os que tom e os que não têm acesso a uma alimentação adequada e suficiente. O fator determinante no padrão alimentar da população é a renda: quanto mais baixa a renda, mais sérios são os problemas alimentares.
O faminto de hoje vive num mundo de fartura. Se existe fome é porque ela é um fato de ordem social: ela decorre de uma forma de organização social onde os extremos da miséria e da opulência se tocam permanentemente. Alimentos há para todos, mas estão mal distribuídos; terras para a produção de alimentos não faltam, mas estão abandonadas nas mãos de poucos; safras abundantes ocorrem nos países famintos, mas para rumarem direto aos portos de exportação.
A subnutrição decorre da concentração da renda e das terras nas mãos de poucos. Para os famintos brasileiros, uma alimentação suficiente e sadia depende de mudanças profundas na distribuição da renda nacional e da própria estrutura de distribuição da propriedade fundiária do país. Embora existindo os alimentos e as terras para produzi-los, tudo isto é distribuído de uma forma tal que apenas uma parcela reduzida da população pode ter acesso ao que necessita ou aos meios para produzir o que necessita.
Nos países pobres, a população sofre por ingerir uma quantidade insuficiente de alimentos básicos. Por outro lado, os animais dos países ricos consomem entre 1/4 e 1/3 da produção mundial de cereais (mais da metade do consumo total de cereais nos países pobres! Isso, apesar de as nações subdesenvolvidas terem 75% da população mundial!). Os cerca de 200 milhões de norte-americanos consomem três vezes mais energia alimentar do que os 3 bilhões de habitantes do Terceiro Mundo.
Países cujas populações estão gravemente desnutridas, são, paradoxalmente, grandes exportadores de alimentos. Toda a base econômica de um país subdesenvolvido é moldada para enriquecer ainda mais as superpotências. As safras agrícolas não se destinam às populações famintas dos países pobres, mas à exportação para os países ricos. O mercado só tem ouvidos para o tilintar do vil metal, nunca, porém, para o ronco surdo da fome. O subdesenvolvimento estimula a produção voltada para o exterior que, por sua vez, agrava o problema da pobreza. No Brasil, a monocultura para fins de exportação desenvolveu-se sobre a base da expulsão de culturas alimentares tradicionais que, agora, fazem falta na mesa do pobre.
A revolução verde, uma tentativa de resolver o problema da fome através do recurso a meios técnicos avançados, foi um dos maiores fiascos sociais de nosso tempo: contribuiu para o agravamento da subnutrição nas nações em que foi aplicada. A agricultura ficou menos resistente a catástrofes naturais, pragas, insetos, etc.; causou um perigoso empobrecimento no patrimônio genético das espécies; exigiu o uso de elementos químicos caros e venenosos; tornou o setor agrícola dependente da importação de pacotes tecnológicos e matérias-primas dos países desenvolvidos. Em resumo: contribui poderosamente para piorar as condições de vida das massas dos países em que foi aplicada. Junto com as safras e as exportações, crescia o número de famintos: os meios financeiros para adotá-la chegaram mais facilmente às mãos dos grandes proprietários. O poder dos latifundiários aumentou enormemente, o que contribuiu para acentuar a concentração da propriedade da terra. Como consequência dessa política, os pequenos agricultores são obrigados a deixar o campo e a se somar ao contingente de miseráveis e famintos nas periferias das cidades. O êxodo rural nos países tocados pela filosofia da revolução verde atinge proporções alarmantes.
O modelo agrícola e alimentar dominante no Ocidente é um dos fundamentos da dependência económica e política dos países pobres, um importante instrumento de dominação imperialista. Os países ricos incentivam a monocultura para tornar os países pobres dependentes em outros produtos. Assim, chegou-se ao ponto de um só país, os EUA, possuírem poder para utilizar sistematicamente e em larga escala o alimento como arma de sua política e de seus interesses econômicos. O alimento tornou-se um meio potencial de chantagem. A partir do momento em que há escassez e necessidade de um lado e abundância do outro, estão criadas as condições para que os alimentos se transformem numa arma, em instrumentos de dominação. E, num mundo em que um confronto bélico generalizado significaria o extermínio da espécie humana, os instrumentos de dominação não diretamente militares adquirem uma importância fundamental. O poder que os EUA detêm no mercado mundial de alimentos é uma verdadeira espada sobre as cabeças de todos os povos dominados.
6. Soluções para o problema da fome
O combate à fome envolve, antes de tudo, uma questão política. A subnutrição de massa só será um velho capítulo na história da humanidade a partir do momento em que os pobres tiverem condições de exigir e de obter aquilo a que têm direito no conjunto da produção nacional e internacional. Sem isso, por mais que aumente a produção, ou ainda que se consiga diminuir a população miserável do mundo através do controle de natalidade ou.de outros meios violentos ou paliativos, a fome persistirá. A alimentação adequada de toda a população terrena não supõe apenas eficiência económica, mas, sobretudo, justiça social. É preciso uma nova ordem social, onde o alimento seja prioritariamente destinado à satisfação das necessidades dos famintos e não da fome insaciável de lucros e de dominação dos poderosos.
Na América Latina é absolutamente impossível melhorar as condições de vida da população sem uma mudança profunda no regime de propriedade fundiária. A vitória contra a fome pressupõe a conquista da democratização da propriedade fundiária. É preciso acabar com os privilégios daqueles que têm na terra antes de tudo um objeto de especulação. A justa distribuição das terras, além de elevar o padrão de vida das massas rurais, permitirá a ampliação da oferta de ali-mentos, a redução dos preços, a redução do desemprego e do subemprego e, portanto, a elevação do nível de vida da população em geral. Se no Nordeste brasileiro todas as terras fossem distribuídas equitativamente entre as famílias que trabalham no campo na região, o resul-tado seria um aumento, a curto prazo, em 80% da produção agropecuária.
Também a ameaça potencial de uma superpopulação não se pode atacar senão pelo combate real e imediato do problema da fome, isto é, senão pela melhor distribuição da renda nacional. De nada adianta aumentar a produção ou reduzir a população se não se consegue assegurar ao conjunto dos habitantes o acesso aos meios de produção e àquilo que é produzido.
O que falta, para resolver o problema da fome, é distribuição. Se, na América Latina, dividirmos o total da produção de alimentos pelo total da população, teremos uma boa média de 2.525 calorias diárias por habitantes, embora seja imensa a massa de famintos do nosso continente.
II – O recado de Miquéias
Miquélas atuou por volta de 720-700 a.C., durante o reinado de Ezequias, rei de Judá. Além de se tratar de uma época de muitos confrontos bélicos com povos estrangeiros, onde Judá quase sempre saía perdendo, a situação interna não estava menos dramática. A injustiça social é muito grande: os latifundiários poderosos tiram aterrados pequenos agricultores e os exploram (Mq 2.1-2), corrupção da elite (3.10-11), escravização dos pobres e de suas famílias (2.6-11), suborno nos julgamentos (3.9ss), profetas apoiam a exploração dos pobres (2.8-9), etc. Miquéias insiste em apontar para esta situação interna. De sua mensagem profética faz parte o seguinte recado:
E eu disse:
Ouvi, cabeças de Jacó,
chefes da casa de Israel: Não é vosso dever conhecer a justiça?
Odeiam o bem e amam o mal. Arrancam-lhes sua pele
e a carne de cima de seus ossos,
e comem a carne de meu povo. Esfolam-lhes sua pele,
quebram seus ossos, distribuem-nos como carne na panela
e como carne no panelão. Então chamam o Senhor,
mas ele não os ouvirá. Esconderá deles seu rosto, naquele tempo,
porque fizeram mal em suas obras.
(Mq 3.1-4)
Este recado tem um endereço certo: Destina-se aos cabeças de Jacó, chefes da casa de Israel. Desde que haja latifundiários e sem-terra, ricos e pobres, exploradores e explorados convivendo numa mesma nação, não há nada que desculpe os cabeças e chefes. Não há instabilidade nas relações externas, crise internacional, alta dos juros internacionais, crise do petróleo ou seja lá o que for, que justifique uma situação de injustiça social interna. Pois é dos cabeças e chefes nacionais o dever de conhecer a justiça (interna).
Quando Miquéias fala de chefes e cabeças, deve ficar claro para nós que, numa sociedade de classes, não se pode separar poder político de poder económico. Chefes políticos têm poder econômico, poder econômico tem cargos políticos.
A acusação de Miquéias dirige-se, portanto, à classe político-econômica dominante. Eles são os destinatários de uma acusação geral, mas básica e radical: odeiam o bem e amam o mal! Eles não deixam de fazer ou se esquecem, por vezes, de fazer o bem, mas odeiam o bem; eles não se desviam inconscientemente para o mal, mas amam o mal. A radicalidade desta acusação de Miquéias é impressionante: v injustiça social é planejada! Não há nada que a torne justificável; nem mesmo um eventual pecado original que, talvez, pudesse estar vitimando os cabeças e chefes. Não há desculpa.
A brutalidade dos acusados é monstruosa. Por isso é descrita em pormenores e figuras que causam repugnância: o meu povo (a classe dos pobres, explorados, oprimidos) é vítima do canibalismo dos cabeças e chefes. Miquéias faz questão de descrever duas vezes repetidas esta brutalidade:
A B
– Arrancam-lhes sua pele – esfolam-lhes sua pele
– e a carne de cima de seus ossos – quebram seus ossos
– e comem a carne de meu povo – distribuem-nos como carne na panela e como carne no panelão
É claro que o profeta aqui não pensa num canibalismo primitivo. Trata-se, isto sim, de um canibalismo planejado, civilizado, sistemático de que são vítimas os pobres em toda e qualquer sociedade de classes. Os corpos dos pobres são comidos pela classe dominante. É um processo lento, cujo resultado é a morte dos pobres e cujo lucro vai direto para o estômago ou bolso dos ricos. É um mal planejado. E, por isso, chamam o Senhor; mas ele não os ouvirá. Esconderá deles seu rosto, naquele tempo (v. 4). O futuro dos cabeças e dos chefes de uma sociedade injusta é escuro. Terão que viver sem Deus. Não podem mais contar com Deus.
III — Indicações para a prédica
Na elaboração da prédica, eu tentaria seguir o seguinte caminho:
1. A tendência, no mundo, é esconder o problema da fome. Fala-se de fome na Etiópia, mas esquece-se que a grande maioria da população brasileira é esfomeada. A fome é uma realidade nos países pobres e nas camadas pobres de todos os países.
2. As consequências da fome, da subnutrição. Falta de resistência às moléstias. Aqueles que sobrevivem ficam marcados pelo resto da vida. Morte lenta mas cruel. A fome não só mata o indivíduo, mas a sociedade.
3. Explicações e soluções erradas para a fome. A fome é vista como um problema individual. Pretende-se ensinar os pobres a se alimentar corretamente. Controle demográfico, revolução verde, assistencialismo, etc.
4. A fome é um problema muito mais complexo. Miquéias, por exemplo tem uma visão profunda sobre as causas da fome. Leitura do texto Mq 3.1-4. Explicação e resumo da mensagem do texto: Quem é meu povo? Quem são os cabeças e chefes? O que os cabeças e chefes fazem com meu povo? Canibalismo planejado. O futuro dos cabeças e chefes.
5. Volta à realidade atual. Causas da fome no mundo: o faminto de hoje vive num mundo de fartura. Os alimentos, como também os meios para adquiri-los e produzi-los, estão nas mãos de poucos. Não se visa satisfazer a fome dos famintos. O alimento e os meios para produzi-los tornaram-se objetos de especulação. A tecnologia avançada está aumentando o problema da fome. Os alimentos se transformaram em instrumentos de dominação dos ricos sobre os pobres (Aqui se podia entrar também na questão da dominação patrão/meeiro, dono de ar-mazém/colono, etc.).
IV – Subsídios litúrgicos
1. Confissão de pecados: Senhor, nosso Deus. Gostamos de esconder o problema da fome. Sabemos que também em nosso meio existem pessoas que estão sofrendo pela falta de uma alimentação suficiente e completa. Aos famintos é negado o acesso aos alimentos e aos meios para adquiri-los e produzi-los. Fazemos dos alimentos e da terra objetos de especulação. Tem piedade de nós, Senhor!
2. Oração de coleta: Misericordioso Deus e Pai: o mundo bom que tu nos deste, pelo pecado humano está dividido em famintos e superalimentados, em miséria e opulência. Ajuda-nos a ter olhos para esta realidade cruel. Abre os nossos ouvidos para ouvir o que muitos não gostam de ouvir: a injustiça social está matando aos milhões. Amém.
3. Assuntos para a oração final: Orar pelos famintos, para que não acreditem que fome é um problema individual ou uma fatalidade; pelos pregadores e educadores, para que ajudem os pobres a descobrir as verdadeiras causas da fome; pela organização popular, para que pressione os poderosos no sentido de que o povo oprimido venha a ter acesso aos meios de produção. •
V — Bibliografia
– ABRAMOVAY, R. O que é Fome, 2ª. ed., São Paulo, 1984.
– CASTRO, J. Geografia da Fome, 10ª. ed., Rio de Janeiro, 1983.
– SCHMIDT, W.H. Aspectos de uma história da sociedade de Israel. In: Estudos Teológicos, São Leopoldo 21 (3): 173-184,1981.
– SCHWANTES, M. Profecia e Estado: uma proposta para a hermenêutica profética. In: Estudos Teológicos, São Leopoldo, 22(2): 105-145, 1982.
– ___. Sementes, Cunha Porã, 1978.