Prédica: Marcos 1.32-39
Autor: Louraini Christmann
Data Litúrgica: 19º. Domingo após Trindade
Data da Pregação: 25/10/1987
Proclamar Libertação – Volume: XII
l – Vendo a situação
A primeira pergunta que se faz ao ler um texto é: Qual é a sociedade que está por detrás desta narrativa? Qual é o pano de fundo deste texto? De jeito nenhum podemos trazer um texto para a nossa realidade sem ver a realidade de então. Ou ainda temos pregadores (as) que isolam o texto do seu contexto, tanto de ontem quanto de hoje?
Bem, vamos à situação social, econômica política e ideológica que produziu esta história e este texto: As rotas de peregrinações religiosas até Jerusalém produzem uma grande atividade econômica. O povo circula neste sistema de comércio baseado no templo. A pergunta é: Como se posiciona Jesus em meio a tal sistema? Não é aí que ele baseia sua missão. Ele vai ver a fundo onde é que está a produção da Palestina. Como ela está na coleta, no trabalho pastoril, agrícola e na pesca, e é ali que ele busca o círculo de pessoas com o qual trabalha mais de perto. Como a pesca tem maior influência nos meios de produção, são os pescadores que ele mais procura.
Estas pessoas estão fora do muro da sociedade. A divisão da sociedade entre cidade e aldeia, privilegiando as pessoas de dentro dos muros das cidades, chama Jesus para fora, o que ele deixa bem claro no nosso texto.
A situação das pessoas endemoniadas, das quais nos fala o nosso texto, é um exemplo de marginalização por excelência. O evangelho nos dá inúmeras provas disto. Outro reflexo da má situação do povo na Palestina é o grande número de doentes que aparecem nos evangelhos. Ora, uma sociedade doente não o é por acaso. Peguemos como exemplo a nossa, que tem como causa de tanta doença a fome, os defensivos agrícolas e tantas outras pragas semeadas pelos demônios hoje.
Uma sociedade doente é mais fácil de dominar. Ela é dependente e fraca, bem do jeitinho que o imperialismo estrangeiro e o domínio do templo querem. Quem faz surgir uma situação de dependência, tudo faz para que esta continue. A ideologia, a serviço da classe dominante, dá um jeito de justificar aquela situação. São duas ideologias fundamentais que aparecem no Novo Testamento e que contrastam com a de Jesus. É a ideologia da lei e do templo. A lei do puro X impuro descartadas pessoas doentes que Jesus cura aqui. O templo, que detém o poder econômico e político, vive às custas desta lei. E o demônio, forte com seus aliados, se surpreende ao ser expulso por este Jesus pequeno e fraco, ao nem ter mais a chance de falar em sua presença (v. 34).
II – Analisando a situação
Quem é o sujeito principal do texto? É Jesus Cristo com sua ação – a cura, a expulsão dos demônios, a proibição dos demônios falarem, sua saída para o deserto, sua palavra à multidão e aos discípulos, dizendo que veio para ir para fora do muro e, finalmente, mais uma vez, a expulsão dos demônios. Esta prática de Jesus em favor das pessoas atormentadas pela doença e pelos demônios portanto, forma a moldura deste texto.
Onde se situa o conflito? No Antigo Testamento Deus aparece como um Deus que vê a pessoa como um todo, ao contrário de muitas pessoas hoje, que muitas vezes separam a alma do corpo, as questões espirituais das materiais. Salvação no AT tem a ver com perdão e cura: Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades (S1103.3). A visão da pessoa como um todo, no entanto, é pervertida ao longo do tempo. A doença passa a ser vista como consequência do pecado. A pessoa doente passa a ser considerada impura e é marginalizada por isso. 2 Sm 5.8 nos conta que cegos e coxos são excluídos do templo. Mc 10.46-48 nos fala que um cego mendigo é reprimido de seu desejo de falar com Jesus. Marginalizam as pessoas doentes por causa de uma visão errada de pecado e doença. Jesus não aceita isso. Diz em Jo 9.3 sobre um cego: Nem ele pecou, nem seus pais. A pessoa doente é castigada, sim, mas pela sociedade que a marginaliza. Deus não a castiga, pelo contrário, ele quer a sua cura. E conta conosco para isto. Vejam: Nem ele pecou, nem seus pais, mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. É necessário que façamos as obras de Deus enquanto é dia… (Jo 9. 3,4).
Mas a ideia de que doença é castigo de Deus pode ter uma base bem profunda: quando uma sociedade não observa a ordem certa das coisas, ela acaba criando uma situação em que proliferam a doença e a morte (Mesters, p. 11). Quer dizer, quando a sociedade não está organizada do jeito que Deus 'quer, a consequência é fome, que traz doença, que traz morte.
O grande conflito que este texto denuncia (todo o texto nasce de um conflito), além do conflito da doença, da sua realidade marcante, é a existência de satanás, o qual Jesus expulsa. Satanás não é uma mitologia ou uma fantasia. Satanás é o conjunto da iniquidade organizada que vai contra o projeto de Deus (…) Satanás é o conjunto da iniquidade , do mal, da força desinteqradora do povo (Gorgulho, p. 16).
O outro conflito que transparece neste texto é a ideia que manda trancar a mensagem de Jesus dentro do muro, como nós queremos, muitas vezes, trancar a missão de nossa igreja dentro dos muros da comunidade, dos membros. Daí a necessidade de Jesus dizer: Vamos a outros lugares (v. 38).
Os discípulos não entendem este Jesus que caminha com eles. Querem prendê-lo dentro dos muros da cidade. Querem trancar Jesus dentro das exigências das pessoas de Cafarnaum. Não lhe dão nem mesmo o direito de retirar-se para o deserto (vv. 36-37). Não entendem que o novo que Jesus traz não surge daí, de dentro do muro, mas de fora, das pessoas doentes, endemoniadas, das povoações vizinhas, do deserto…
III – O projeto de Jesus
Conforme a lei, ao tocar uma pessoa doente, a gente se contamina. As pessoas endemoniadas são impuras por excelência. Elas refugiam-se entre os sepulcros. Então o negócio é manter-se longe. A gente fica longe, mas deixa que os demônios falem através de pessoas, que eles ajam como bem querem. Conforme a ideologia do sistema dominante da época, Deus está com as pessoas puras, com as pessoas que estão dentro do muro estabelecido pela classe dominante, que tem relação com o templo de Jerusalém.
Conforme Jesus Cristo, porém, especificamente neste texto, a gente não só convive com pessoas doentes e endemoniadas, como também as liberta deste jugo, acabando com as doenças, atacando as suas causas e fazendo os demônios calar; e mais: a gente sai do muro para ir ao encontro das pessoas subjugadas também lá fora, fora dos nossos muros.
É difícil entender e aceitar isso. Os parentes de Jesus querem prendê-lo. Está fora de^si, dizem eles (Mt 3.21). Os escribas o acusam: Está possesso de Belzebu e: É pelo maioral dos demônios que ele expele os demônios (Mc 3.22).
É fora dos muros que Jesus inicia seu trabalho. Por quarenta dias ele permanece no deserto (Mc 1.12-13), lá onde João lidera um movimento popular. É de lá que Jesus acaba de vir. Lá aprendeu a brigar contra Satanás.
No nosso texto aparece toda a estratégia que Jesus articula para desempenhar a sua missão: cura dos males da doença, libertação da subjugação de satanás, saída para o deserto, contato com o grupo dos discípulos, os líderes que ele organiza mais de perto, para que continuem sua prática e anúncio de sua missão para fora dos muros – foi para isso que eu vim (v. 38).
É de fora que Jesus Cristo vem (de Nazaré da Galiléia), vai para mais fora ainda (para o deserto), volta para a cidade, ali cura e expulsa demônios e ainda lembra que precisa ir para fora, para as povoações, onde vive o povo marginaliza¬do.
As pessoas doentes, marginalizadas, endemoniadas, seguem Jesus por toda a parte. Elas vêm das povoações vizinhas para buscá-lo. Mas Jesus não fi¬ca esperando que elas venham a ele. Isto não faz parte de seu projeto. Jesus quer ir ao seu encontro lá onde elas vivem, nas povoações vizinhas. Foi para isso que ele veio, diz ele ( v. 38). Quem somos nós para ficarmos esperando, como igreja, que as pessoas se apresentem, se filiem, para daí só incluí-las no nosso projeto?
E, por outro lado, quem somos nós para separar tanto as coisas? Pará separar as necessidades espirituais das necessidades concretas do dia-a-dia? Insistimos em dizer que Jesus veio apenas para salvar a nossa alma e fechamo-nos para textos bíblicos como este que estamos estudando, que nos deixam clara a preocupação de Jesus com o todo de nossa vida. Aliás, por ser impossível separar as necessidades materiais e espirituais do ser humano, encontram-se lado a lado em Jesus o perdão dos pecados e a cura física (Mc 2.1 ss), o não de cada dia e a palavra que procede da boca de Deus (Mt 4.4) (Brakemeier, p. 25>.
O interessante é ver como Jesus é reconhecido por João Batista como o Cristo esperado: do cárcere ele manda um recado para Jesus que diz: És tu aquele que estava para vir, ou havemos de esperar outro? A resposta de Jesus não deixa dúvidas. Ele responde de um jeito muito significativo – no mesmo instante Jesus cura muitas moléstias e flagelos e de espíritos malignos, dando vista a muitos cegos. Af ele manda dizer a João para ele reparar no que ele vê e ouve: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o Evangelho. Portanto, é nesta prática que Jesus quer ser reconhecido como o Cristo. É o fim de todas as moléstias e flagelos, é a expulsão de todos os espíritos malignos, é a pregação da boa nova aos pobres. Podemos fazer isto, como Igreja, só permanecendo no campo espiritual? Não! E bem-aventurada a pessoa que não achar em mim motivo de tropeço (Lc 7.23).
Ah, mas ele cura para mostrar o seu poder! Nós não podemos fazê-lo! Parece-nos que não é para isso. É preciso ver a mensagem que vem junto com o milagre. Se a pessoa não está disposta para isto, Jesus não faz milagre. As pes¬soas de Nazaré se escandalizam com sua mensagem, o que é motivo para Jesus não fazer milagres (Mc 6.3-5). Então é preciso crer no projeto de Jesus, mas crer tanto, que este projeto se concretize também nas nossas vidas bem concretas, na luta contra as moléstias, os flagelos e os espíritos malignos, que no nosso Brasil tomam formas bem concretas no sistema diabólico que nos oprime.
O sistema diabólico da época impunha ritos de purificação. Estes, por sua vez, eram impraticáveis para a grande maioria dos impuros. Jesus desafia este sistema, ao mandar a pessoa curada apresentar-se ao sacerdote (Mc 1.14). Como podemos nós desafiar o sistema diabólico hoje, sistema esse que cria mais doentes, endemoniados e pobres a cada novo dia?
IV – A mensagem
Jesus, que surge de Nazaré, de fora dos muros estabelecidos pela classe dominante, que ao iniciar seu trabalho passa quarenta dias no deserto, também fora dos muros (onde o povo marginalizado se refugia e vai articulando a oposição aos dominadores), conversando com Deus sobre a sua missão, este Jesus atua aqui concretamente em favor das pessoas colocadas também do lado de fora dos muros econômicos, políticos e religiosos estabelecidos. E mais: além de vir de fora e ir para fora, de atuar em favor das pessoas de fora do muro, no nosso texto ele diz expressamente: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas (v. 38). Quer dizer, Jesus não só recebe as pessoas de fora dos muros da sociedade, não fica apenas esperando que elas venham a ele, mas se dispõe a ir ao seu encontro. Mais ainda: ele diz que foi para isto que ele veio (v. 38).
A mensagem das curas de Jesus é grande. Não se resume na cura em si, no fato milagroso e consequente prova do poder de Deus. Elas nos mostram a dimensão critico-social da pratica de Jesus. Curando as pessoas e expulsando demônios ele deixa claro que não concorda com o jeito de ser da sociedade, que produz doença e que encarna o demônio de tantas maneiras. Há mais, e eu vou dizer isto com o jeito peculiar de Carlos Mesters: Os doentes são os cacos da sociedade. Eles revelam a Deus que o vidro da aliança está quebrado (Mesters, p. 21). Por outro lado, curando as pessoas, Jesus Cristo nos conclama a uma fé que se compromete com a saúde do povo hoje, a uma fé que busca a salvação integral da pessoa, como diz a própria palavra salvação, que vem da palavra 'salus' no latim e que significa saúde e salvação. Como seguidores deste Jesus, que buscou a saída dos problemas do povo, nós só podemos achar uma maneira de buscar a mesma prática. Como? Jesus mesmo dá a dica: ele tem um grupo o qual ele organiza mais de perto, (é a formação da liderança que vai seguir sua prática na primeira comunidade); ele não se deixa prender pelos muros estabelecidos; ele vai ao deserto, onde descobre, conversando com Deus, que veio para ir às povoações vizinhas, para sair dos muros; ele prega para as multidões; ele acaba com a doença, gesto claro de desaprovação do sistema que a produz; ele expulsa os demônios e não os deixa falar. E faz tudo isso com autoridade, a autoridade que vem de Deus.
Nós, como Igreja, somos tímidos demais, muitas vezes. A autoridade com a qual Jesus dizia e fazia a vontade de Deus não nos contagia, porque somos pessoas medrosas demais. Temos medo de sofrer oposição, de fazer escândalo. Precisa-se sofrer mais oposição que Jesus Cristo sofreu? Precisa-se escandalizar mais do que Jesus Cristo escandalizou as pessoas comprometidas com a falta de vergonha dominante da época?
V – A prédica
Jesus traçou um projeto que no nosso texto aparece bem claro. A nossa missão de pregadores (as) é deixar este projeto bem transparente, para depois ajudar a comunidade a perceber onde, como e quando este projeto pode e deve ser aplicado.
É preciso alertar para as doenças existentes no lugar e em toda a sociedade, para as causas que são a má distribuição da renda, os meios de produção e seus lucros na mão de quem não trabalha, o incentivo da entrada dos mais prejudiciais venenos no Brasil, o desrespeito em relação à natureza… Aí precisa ficar claro que Jesus não compactua com este sistema mas que, pelo contrário, opõe-se a ele ao curar tantas e tantas pessoas.
O outro alerta que sai de dentro deste texto e que precisa ficar bem claro na pregação, é a existência das forças do mal que nós precisamos expulsar e não deixar que falem, a exemplo de Jesus Cristo. É preciso ver a comunidade como estas forças aparecem ali. Sempre que não é a força de Deus que age, sempre que não é a justiça e o amor que mandam, há o domínio das forças do demônio. O demônio tem chances demais para falar no meio da comunidade. Jesus manda que eles se calem. Como a comunidade pode contribuir com Jesus em não deixar os demônios falar? Eis o que precisa ser descoberto. A força do Espírito Santo sobre a comunidade não pode ser esquecida na pregação deste texto.
Na procura de maneiras de colocar esta prática de Jesus na prática da comunidade, esta descobrirá que terá que sair dos seus muros, do jeito que fez Jesus Cristo também em nosso texto: Vamos às povoações vizinhas, para pregar também ali, pois foi para isso que eu vim (v. 38). E lá vai ele pela Galiléia toda pregando e expulsando demônios (v. 39). Como a comunidade vai encaminhar esta prática (se ela já não está caminhando neste sentido), ela mesma precisa descobrir. O (a) pastor (a) pode dar dicas. Por que não falar aqui das buscas concretas do fim de tanta doença e morte, do calar de tantas vozes demoníacas que o povo brasileiro está ensaiando? O movimento nacional dos sem-terra visa acabar com a fome no campo e na cidade, calando a voz do diabo-latifúndio; aliadas a este movimento, as mulheres agricultoras buscam calar também o diabo-machismo; aliados à luta maior pela reforma agrária está também o movimento das pessoas atingidas pelo projeto de barragens no vale do rio Uruguai, buscando calar o diabo-projetos anti-povo…
A realidade local e regional vai determinar as dicas que o (a) pregador (a) tem a obrigação de dar a sua comunidade a partir deste texto.
VI – Subsídios litúrgicos
1. Confissão de pecados: Ó Senhor, nós de novo temos muito para te confessar! Ao olharmos para fora dos nossos muros, vemos que sempre mais é quebrada a nossa aliança contigo e nós somos corresponsáveis por isso. Nós te confessamos a omissão, o medo de nos comprometermos e, principalmente, a covardia em relação ao Evangelho de teu Filho Jesus Cristo. Há muita doença e morte e nós dizemos que tudo é por tua vontade. Perdoa-nos, Senhor, por esta falta de fé. Há péssima assistência médica. E nós dizemos que não temos nada a ver com isso. Perdoa-nos esta falta de fé. Há muito egoísmo e nós entramos na onda para não ficar fora da moda. Perdoa esta nossa falta de fé. Por isso tudo e por muito mais nós te pedimos: Tem piedade de nós, Senhor.
2. Oração de coleta: A tua palavra, Senhor, é muito ignorada, esquecida ou desprezada. Sempre que ela não nos serve, nós a colocamos de lado. Senhor, não repares, não! É que nós somos fracos. Sem a tua misericórdia nós nada somos. Em nome de Jesus Cristo, que nos deu tantas lições de amor, nós te pedimos: Dá-nos coragem para nos aprofundarmos na tua Palavra; dá-nos perseverança para que esta coragem não esfrie; dá-nos a fé que não desanima na busca da mensagem da tua vontade. Amém.
3. Oração final: Ó Deus, nosso único Deus! Ouve a nossa oração. Oramos pelas vítimas de tantas doenças que proliferam em nosso meio; oramos pelas pessoas dominadas pelos demônios de tantas maneiras; oramos por todas as pessoas que ainda querem trancar Jesus Cristo dentro dos muros de suas conveniências, para que elas percebam que este é um grande equívoco; oramos por todas as pessoas comprometidas com tua causa, para que elas não mais sofram tanta perseguição. Pai Nosso…
VII – Bibliografia
– BATTAGLIA, O. et alii. Comentário ao evangelho de Marcos. Petrópolis, 1978.
– BRAKEMEIER, G. A cura do paralítico de Cafarnaum. Estudos Teológicos. São Leopoldo 23(1): 11-41, 1983.
– BRAKEMEIER, G. O socialismo da primeira cristandade. São Leopoldo, 1985.
– GORGULHO, G. et alii. Evangelho de São Marcos, CEBI, 1984.
– KÜMMEL, W. G. Síntese teológica do Novo Testamento. São Leopoldo, 1979.
– MESTERS, C. A prática libertadora de Jesus. CEBI, 1984.
– MESTERS, C. Os profetas e a saúde do povo. CEBI, 1985.