Prédica: João 21.1-14
Leituras: Atos 9.1-20 e Apocalipse 5.11-14
Autor: Rodolfo Gaede Neto
Data Litúrgica: 3º Domingo da Páscoa
Data da Pregação: 03/05/1992
Proclamar Libertação – Volume: XVII
1. Questões exegéticas
Originalmente o Evangelho segundo João tinha seu encerramento em 20.30s. Como resultado de um trabalho teológico-redacional se deu o acréscimo do capítulo 21. A nossa perícope é, portanto, parte de um adendo. A composição deste apêndice é feita com material da tradição, que é trabalhado pelo redator (ou seu grupo) com o objetivo de responder a questões que estavam sendo levantadas pela comunidade joanina. Vejamos como isto se deu no nosso texto. Na sua origem há duas tradições, que foram fundidas numa só: a) a narração de uma pesca milagrosa, que tem seu paralelo em Lc 5.1-11; b) a narração de uma aparição do Ressurreto junto ao mar de Tiberíades (- mar da Galileia); trata-se nesta narração de uma primeira aparição de Jesus; ela foi adaptada pelo redator para ser a terceira, já que foi acrescentada ao Evangelho que apresentava outras duas. A intenção do(s) redator(es), ao trançar uma narração com a outra, é esclarecer principalmente duas questões: 1) Como se daria, doravante, a presença do Ressurreto junto à comunidade (já que a presença física de Jesus lhes havia sido retirada no acontecimento da sexta-feira da paixão)? 2) A questão da realidade apostólica. Como fica, ao lado do líder Pedro, a autoridade do discípulo amado! Com que autoridade este pode apresentar seu evangelho à comunidade?
As respostas para estas questões deveremos encontrar no texto.
2. O texto
V. l — Depois disto, recurso típico usado em João para substituir a informação exata sobre o tempo em que algo aconteceu. No caso presente, a informação exata é impossível, já que se trata de um trabalho redacional com material da tradição. Não interessa o fator histórico, mas o motivo teológico que impulsionou o redator. Também a localização geográfica é vaga; só é mencionada a margem do mar de Tiberíades.
V. 2 — O texto apresenta apenas sete discípulos como participantes deste evento. Por que não se fala dos onze? Estar-se-ia insinuando alguma ruptura no grupo dos discípulos? Ou o número 7 simboliza aqui a perfeição, sendo usado para referir-se à representação de toda a igreja neste grupo?
V. 3 — Toma-se aqui a decisão de realizar uma pescaria em grupo; vai acontecer um mutirão. Os discípulos estão voltando à sua velha profissão de pescadores. Este registro é um vestígio claro de que o material original usado pelo redator fala de uma primeira aparição do Ressurreto; se aqui realmente se tratasse da terceira (v. 14) os discípulos não estariam retornando à pescaria e, sim, sabedores do evento da ressurreição, estariam assumindo a missão de pescadores de homens, incumbência que haviam recebido na primeira aparição (cf. 20.21). Conforme o sentido original, portanto, os discípulos vivem ainda o drama da sexta-feira da paixão; a morte do Mestre apagara todos os sonhos; ruíra por terra todo o projeto que haviam iniciado com Jesus; frustrados até o chão, retomam agora o seu ganha-pão. Durante toda a noite, porém, nada apanharam nesta pescaria. Para quem depende economicamente da pesca este é um fato grave que causa grande frustração: trabalhar, esforçar-se, investir — e nenhum resultado! Foi tudo em vão! Em geral, o ganho na atividade pesqueira era reduzido; informa-se que 70% do que se pescava tinha que ser pago como imposto. O restante era dividido entre os que participavam do trabalho, no nosso caso, entre os sete. Porém, desta vez não havia nem restante. Por isso, aquela noite não passou de uma longa noite de frustração que viveram após o evento da sexta-feira santa, em Jerusalém.
V. 4 — A esta longa noite de frustração é contraposta uma nova manhã! Tudo pode mudar da noite para o dia, porque quem se apresenta na praia da vida é aquele cuja morte trouxera tanta frustração. Quer dizer, o sol da Ressurreição brilha, dissipando a escuridão daquela noite de frustração.
V. 5 — Aqui o Ressurreto (ainda não reconhecido) fala pela primeira vez, no texto. A expectativa é: Ele vai falar o que? Qual é a palavra que o redator do texto prioriza, escolhendo-a como a primeira do Ressurreto? Evidentemente, as palavras que aqui foram ditas pelo Senhor, deverão ser reveladoras. Pois bem, o assunto da sua primeira intervenção é comida: Filhos, tendes aí alguma coisa de comer? Este é, aliás, o assunto em todas as quatro vezes que o Ressurreto toma a palavra neste texto. Vejamos: já que os discípulos não têm nada para comer, ele lhes ordena: Lançai a rede à direita do barco, e achareis (comida) (v. 6); após o sucesso da nova pescaria, Jesus pede que tragam alguns peixes dos que acabaram de apanhar (v. 10), com a finalidade de juntá-los à ceia que estava sendo preparada; e, finalmente, no v. 12, Jesus convida: Vinde, comei. O não que os discípulos respondem à pergunta de Jesus (se têm algo para comer) resume toda a frustração deles. Se não têm comida, não é por falta de esforço. Como vão matar a fome daquela noite desgastante?
V. 6 — A ordem de lançar a rede parece absurda. Ela é dada a um grupo de pescadores experientes (Pedro e os filhos de Zebedeu). Se o mar não estava para peixe durante toda a noite, muito menos o estaria naquela hora da manhã. O que faz o grupo embarcar neste absurdo? Teria sido o detalhe do lado direito, que é o lado da sorte? Hoje, em nossa realidade, muita coisa se arrisca confiando na sorte. Ou devemos falar aqui de um arriscar contra qualquer lógica, de uma esperança na desesperança? Fato é que o ainda estranho visitante da praia conseguiu impulsioná-los para a ação; o grupo venceu aquela barreira de desacreditar totalmente o que antes não deu certo. Quem sabe esteja aí a porta para o bom êxito: o tentar de novo, a persistência, a resistência. A Ressurreição é o mistério que leva da resignação para a resistência. Ou: entre a resignação e a resistência está o Ressurreto.
V. 7 — Ao discípulo amado cabe aqui o grande reconhecimento: É o Senhor. Esta clarividência eleva sua autoridade apostólica ao lado de Pedro. Para o(s) redator(es) esta questão se reveste de importância especial, pois está em jogo a credibilidade que toda obra atribuída a João haverá de conquistar perante as comunidades. Pedro, cuja autoridade não é afetada, é o primeiro a confiar no anúncio do discípulo amado e prepara-se, vestindo a parte superior das vestes, para encontrar-se com o Senhor. (Os pescadores usam no serviço apenas o traje de baixo.)
V. 8 — Os quase 200 côvados correspondem a 92 m.
V. 9 — Ao chegarem à praia, os discípulos são recebidos com uma refeição preparada pelo Senhor. Como este dado é significativo! Alguém trabalha exaustiva mente a noite toda para conseguir o pão; de manhã constata cansado que foi tudo em vão, e a fome aumentou. Como deve fazer bem ver e sentir que alguém está a lhe esperar com uma refeição preparada! É um gesto pastoral do Cristo ressuscita do, que inclui carinho, compreensão, consolo, além da própria preocupação em sã ciar a fome dos discípulos.
V. 10 — Jesus adia o momento da refeição para incluir nesta mesa o fruto do trabalho dos pescadores. Poderia isto simplesmente significar a apresentação tia prova do milagre (comer o peixe daquela pesca milagrosa). No entanto, muito mais do que isto, devemos observar que Jesus, com este gesto, está valorizando, coroando a luta deste grupo de trabalhadores. Estes peixes são o resultado do trabalho e, mais ainda, da persistência e da coragem de arriscar. Esses peixes são o que os discípulos têm para contribuir nesta ceia. E Jesus os motiva a trazer uma parte, que venha somar com o que o Ressurreto havia preparado.
V. 11 — Aqui Pedro aparece na sua função de líder da igreja: é ele que aça ba arrastando a rede cheia de peixes à praia. Os peixes são, simbolicamente, o resultado do trabalho missionário dos apóstolos. Pedro coordena a missão. Os peixes são em número de 153. Este número nos lembra, em primeiro lugar, a prática dos pesca dores de contar os peixes, principalmente quando a pesca é realizada em grupo, com a finalidade de distribuir de forma justa o resultado do esforço conjunto. Atrás deste número há, porém, outros significados simbólicos. 153 pode ser obtido ao somar se os números em sequência de l a 17 (l + 2 + 3 + … + 16 + 17 = 153); neste caso, a referência é o n° 17, que é a soma de 10 + 7: expressa a totalidade. Interpretação: a totalidade das pessoas no mundo serão conquistadas para o Evangelho mediante o trabalho missionário dos apóstolos (que receberam a incumbência de se rem pescadores de homens). Para completar esta interpretação seja lembrado que Jerônimo, ao expor Ez 47.9-12, afirma que os zoólogos antigos catalogaram as espécies de todos os peixes como sendo um total de 153 espécies. Portanto, 153 é o número escolhido propositalmente, não para expressar uma quantidade extraordinária (apanhar esta quantia era até comum nas vilas dos pescadores, principalmente quando se tratava de um trabalho de mutirão), mas para expressar a totalidade dos peixes (respectivamente, das pessoas do mundo todo, alvo do trabalho missionário dos apóstolos). Através desta simbologia, pois, o texto chama a atenção para o caráter universal da missão. O trabalho sedentário dos apóstolos, restrito às comunidades locais, deve ser ampliado para horizontes infinitos. A rede, sem dúvida, também tem seu significado simbólico; refere-se à igreja universal; os redatores do texto querem dar o recado da unidade da Igreja, apesar de abrigar tantas espécies diferentes; a ecumenicidade da Igreja Apostólica fica, assim, evidenciada.
V. 12 — Vinde, comei. Saber-se esperado por alguém com uma refeição preparada é uma experiência que traz grande satisfação. Tão significativo, ou mais, é ouvir o próprio convite vinde, comei, pois ele vem do Senhor ressurreto — eles sabiam que era ele. Só pode ser o Senhor. Este convite é revelador. Se ainda havia certa vontade de perguntar quem és tu? agora, após o convite, esta pergunta perdeu seu sentido; atrás dele só pode estar aquele que há três anos começara com eles a perseguir a causa do Reino de Deus, comparável a uma grande ceia em que ressoa também este convite: Vinde, porque tudo já está preparado (Lc 14.15-24).
V. 13 — Tomou o pão e lhes deu. Vendo e sentindo este gesto do Ressurreto, os discípulos entenderam a abrangência maior daquele convite vinde, comei. A ceia restaurante para os cansados e esfomeados pescadores passa a ser um ato antecipado da grande ceia do Reino que há de vir, em que os moradores das ruas e becos das cidades, os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos (Lc 14.21) serão servidos fartamente na mesa festiva pelo dono da casa. A ceia preparada pelo Ressurreto e celebrada com os discípulos passa a ter um significado eucarístico, que revela a forma de como Cristo se fará presente, doravante, junto à comunidade.
3. A meditação
Um mundo de conflitos emerge do fundo da perícope através das palavras naquela noite nada apanharam. É o mundo miserável dos trabalhadores no Terceiro Mundo, do campo e da cidade, que após uma vida inteira de luta devem constatar que, além da fraca sobrevivência (média de vida?) nada apanharam em termos de valorização de seu trabalho, salário justo, assistência para a saúde, aposentadoria, reforma agrária, preços justos para os produtos… É o mundo miserável dos povos indígenas brasileiros, que após uma história de 500 anos de massacre, extermínio planejado, discriminação e marginalização, precisam constatar que nada apanharam em termos de respeito e dignidade diante da sociedade civilizada. É o mundo miserável dos brasileiros negros, vítimas do racismo selvagem desde a sua chegada forçada a esta terra, que recentemente voltaram a ser vítimas da prática desumana de branqueamento da raça brasileira através dos planos de esterilização das mulheres, nada apanharam em termos de libertação. É o mundo miserável das crianças pobres brasileiras, das quais 30 milhões estão na rua e 7 milhões são de rua (sem vínculo com família, responsáveis, lar) que nada apanharam em termos de compreensão, afeto, escola, alimentação, justiça. É a realidade dos movimentos populares, que nos últimos tempos nada estão apanhando em termos de ação organizada, de união e engajamento político. E outros mundos de conflito como o das mulheres, dos idosos, das pessoas portadoras de deficiências, nada apanharam nesta sociedade injusta. Para todos estes está vigorando a longa noite da frustração e do cansaço. É a sexta-feira da paixão no calendário da história dos pobres. Aí prevalece a tristeza, o luto, o desencanto, a frustração das expectativas, enfim, a morte com todos os seus ingredientes. Um desses ingredientes fortes é a fome: Filhos, tendes aí alguma coisa de comer? O próprio Senhor ressurreto faz questão de, antes de qualquer coisa, fazer o mundo ouvir este grande não em resposta à sua pergunta.
Não temos nada para comer porque nada apanhamos; isto resume toda a realicla de de nossos povos pobres.
A sexta-feira da morte se instalaria definitivamente, não fossem as novidades reservadas para uma certa manhã na praia da vida: o grupo dos pescadores frustrados é esperado por alguém que está preocupado com sua fome e seu cansaço, li o Cristo ressuscitado, dando as dicas de como as coisas haverão de continuar: para Deus, após a sexta-feira da morte, nada mudou em termos de opção pelos miseráveis; a primeira preocupação é o pão; e agora esta é a preocupação daquele que é vencedor de treva, angústia e dor que o inferno subjugou, a morte aniquilou (Paul Gerhardt).
Entretanto, a preocupação não é de resolver a falta de pão de forma paterna lista: o Ressurreto os desafia a lançarem a rede. O pão deve ser conquistado pela luta. Mas, de onde tirar motivação para empreender, a estas alturas, mais uma tentativa? Em condições normais, o grupo não teria topado um novo arriscar. Creio que não podemos deixar de considerar aqui o aspecto pedagógico do texto. A maneira pastoral de Jesus dialogar com as pessoas, cria confiança. Esta questão fica mais cia rã no v. 9: Jesus cria todo um ambiente que expressa, para os cansados pescadores, uma recepção calorosa, o sentimento de que há alguém por eles, como uma mãe, pensando nos detalhes das necessidades de cada um. Todo este jeito pastoral está por detrás desta pergunta: Filhos, tendes aí alguma coisa de comer? A pedagogia do Ressurreto lhe dá autoridade (moral) para dizer: Lançai a rede mais uma vez. E o mutirão continua. Quem tem hoje esta autoridade/moral para dar novos impulsos aos movimentos populares e fazer a luta continuar? Se o jeito pastoral tem a ver com o êxito ou a frustração de nosso papel como igreja, estamos valorizando devidamente este aspecto? Procuro enxergar naquela cena da praia uma igreja, não paternalista, que, vivendo no clima da Ressurreição, forma aquele ambiente em que os movimentos populares encontram o colo da mãe (Ao saltarem em terra, viram ali umas brasas e em cima peixes; e havia também pão… e ouviram o convite vinde, comei). Quem sabe, este trecho poderia ser traduzido assim: Ao chegarem ao âmbito da igreja, encontraram ali calor humano, fraternidade, comunhão, espírito de partilha e serviço diaconal, enfim, pão e espiritualidade, e ouviram o convite: vinde, repousai um pouco para repor as energias e saciai-vos de novo ânimo e coragem para continuar a luta.
Mais uma novidade naquela manhã da praia é o convite que o grupo dos pescadores recebe para participar concretamente e contribuir materialmente na preparação da ceia. Isto mais uma vez mostra que paternalismo não entra neste texto. Porém, aprofundando um pouco mais, esta ceia chega a transpor o limite de uma simples refeição e passa a ser uma celebração antecipada da grande ceia no Reino justo que há de vir. Esta ceia é uma amostra do que virá. Diante do que ainda deverá vir, incomoda-nos a pergunta: A instalação definitiva do Reino será um ato exclusivo de Deus? E a nossa luta, as nossas conquistas, as nossas obras não serão aproveitadas? Trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar. Estas palavras valorizam profundamente as nossas conquistas (mesmo que as tenhamos alcançado só porque Deus nos ajudou). Elas somarão ao que o Ressurreto preparou. Elas contribuirão para a construção do Reino. Pode haver impulso maior para a continuação da luta? Resistiremos ao convite de lançar a rede mais uma vez?
Lançai a rede é uma ordem para o engajamento missionário. Como, no entanto, devemos entender missão? É fazer crescer o fichário de nossa instituição eclesiástica? É pescar no mar do mundo e trazer os peixes ao nosso tanque? O texto quer esclarecer o caráter universal/ecuménico da missão ordenada pelo Ressurreto. A simbologia dos números indica para a totalidade das pessoas e das espécies a serem alcançadas por este Projeto Pascal. Portanto, sem discriminação de raça, cor, idade, profissão, ideologia, sexo e religião. Se todos, indistintamente, são incluídos como participantes do Projeto, não cabe levantar os muros da confessionalidade. Esta deve estar a serviço da universalidade e da ecumenicidade da missão. Daí, lançar a rede significa estará serviço da Ressurreição sem se prender às cercas eclesiásticas, junto àqueles que nada apanharam em termos de comida, emprego, salário justo, aposentadoria justa, reforma agrária, dignidade de vida, justiça…
4. A prédica
4.1. Caracterizar a sexta-feira da morte ou a realidade dos que nada apanharam.
4.2. Caracterizar as novidades pascais. O Ressurreto ensina a:
a) Ter preocupação com o pão. Conquistar o pão em mutirão.
b) Usar a pedagogia pastoral para dar impulsos para a luta.
c) Ser a comunidade colo de mãe para os que lutam.
d) Ajudar a construir o Reino de Deus com nossas conquistas.
e) Ser igreja/comunidade missionário ecuménica junto àqueles que nada apanham em nossa sociedade.
5. Bibliografia
CALLE, F. de Ia. A teologia do Quarto Evangelho. São Paulo, Edições Paulinas, 1978.
HAAR, J. Joh. 21,1-14. In: Göttinger Predigt-Meditationen. Ano 17, Vandenhoeck/Ruprecht, 1963, pp. 179ss.
SCHNEIDER, J. Das Evangelium nach Johannes. In: Theologischer Handkommentar zum NT. Evangelische Verlagsanstalt Berlin, 1976, pp. 327ss.
SCHULZ, S. Das Evangelium nach Johannes. In: Das NTD. Vol. 4, Vandenhoeck/Ruprecht, Göttingen, 1975, pp. 248ss.
SICK, H. Joh. 21,1-14. In: Neue Calwer Predigthilfen. Ano 3, vol. A adv.-ascensão, Stuttgart, Calwer Verlag, 1980, pp. 270ss.
STOEVESANDT, H. Joh. 21,1-14. In: Pastoraltheologie. Ano 76, cad. 2, fev. 1987, Vandenhoeck/Ruprecht, pp 218ss. (Göttinger Predigmeditationen).