Prédica: Lucas 10.25-37
Leituras: Deuteronômio 30.9-14 e Colossenses 1.1-6
Autor: Uwe Wegner
Data Litúrgica: 8º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 02/08/1992
Proclamar Libertação – Volume: XVII
1. Introdução
M. N. Dreher apresenta um bom trabalho bíblico-teológico sobre o nosso texto em Proclamar Libertação X, pp. 413-420. Biblicamente ele destacou dados importantes para a interpretação e queremos contentar-nos com a referência explícita a este estudo.
Nossa meditação procurará, em razão do fato, dar menos prioridade para detalhes exegéticos, procurando refletir mais aspectos teológico-práticos que nos parecem relevantes em vista de interpelações que o texto faz.
2. Reflexões
2.1. O amor de Deus
O texto é menos conhecido pelos seus versículos 25-28 (a prática dos dois grandes mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo), mais pelos vv. 29-37 (a parábola do bom samaritano). As temáticas coincidem, mas só parcialmente. No primeiro caso trata-se mais de uma prática, no segundo mais de um esclarecimento sobre quem vem a ser nosso próximo. A prédica tem que optar: pode dar prioridade para o primeiro caso, para o segundo caso ou abordar ambas as colocações. Em ambos os trechos temos um mesmo acento: Faze isto e viverás (v. 28); Vai e faze tu de igual modo (v. 37). Jesus está, pois, destacando a prática do amor.
Parece-nos claro que, à luz do evangelho, o esclarecimento dado por Jesus nos vv. 29-37 está inspirado numa concepção específica de Deus: o amor de Deus não respeita limite de credo, raça, cor, classe, ideologia (cf., p. ex., Mt 5.43-48). Às pessoas cabe, pois, ser perfeitas como perfeito é o Pai celeste: Mt 5.48. A proposta de Jesus para o amor ao próximo está, assim, na lógica do amor revelado por Deus; o amor de Deus constrange para uma prática semelhante. A prédica talvez poderia começar por aí, deixando claro que entre o amor a Deus e o amor ao próximo existe uma relação muito estreita e que, se quisermos nos inspirar na fé cristã para uma prática de amor ao próximo, convém sempre lembrar sob que condições Deus mesmo nos aceitou como próximos seus:
Dificilmente alguém morreria por um justo… Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rm 5.7-8.)
É, pois, pela maneira e sob as condições dentro das quais Deus tem se oferecido como nosso próximo que a fé cristã vai ter que procurar definir quem é próximo de quem e como tornar-se um próximo de alguém. Estas duas últimas perguntas poderiam constituir o núcleo central da prédica; o amor de Deus, que nos tornou próximos seus, o seu pressuposto.
2.2. Quem é próximo de quem em nosso texto?
O intérprete da lei responde com diplomacia: ' 'O que usou de misericórdia para com ele (v. 37). Jesus não contesta esta afirmação, pois é na prática que se define o próximo de alguém (o texto acentua a prática/o fazer quatro vezes: vv. 25,28, 37).
No fundo, porém, a resposta é incompleta. Ora, a oposição nos vv. 29-37 não é só entre o que se fez e o que se deixou de fazer, mas também entre a prática de um sacerdote e levita e a prática de um samaritano, portanto, entre a prática de representantes da religião oficial e reconhecida e de um representante de religião não-aceita e anatematizada. Qualquer leitura superficial a respeito do tenso relacionamento existente entre judeus e samaritanos (p. ex., J. Jeremias, pp. 464ss.; H. Daniel-Rops, pp. 33s.; C. Saulnier/B.Rolland, pp. 84s., etc.) poderá nos certificar de que a oposição oferecida pelo texto é também de cunho religioso: Jesus não está só interessado em destacar que o próximo foi aquele que usou de misericórdia, mas sim — também — que a prática da misericórdia foi protagonizada exatamente por um samaritano, pessoa de religião — no mínimo — duvidosa. Este é o elemento de surpresa do texto. Ele reaparece em Lc 17.11-19, mas também já em Lc 9.51-56. Aos olhos de Jesus os samaritanos não são primariamente concorrentes religiosos dos judeus; Jesus, por assim dizer, resgata a religiosidade dos samaritanos naquilo que ela tem para ensinar. O samaritano é, assim, dentro dos vv. 29-37, a mediação usada por Jesus para uma auto-crítica da prática religiosa.
2.3. Como tornar-se o próximo de alguém?
Os vv. 31-32 começam por descrever o contrário, ou seja, como a gente não se torna o próximo de pessoas. Duas coisas são destacadas: ambos, levita e sacerdote: 1) viram, e/mas 2) desviaram-se do assaltado (o verbo no original — anti-par-érchomai — não significa só passar de largo, mas optar por outra passagem, optar por uma passagem em oposição — anti — à passagem original!).
A visão do fato é destacada. Comumente as omissões são justificadas (cf. o v. 29) por falta de visão, conhecimento. Aqui é diferente. O caso é notório, é público: não dá para ignorar.
Então, como se omitir? A resposta é: desviando-se, passando por outro caminho ou pelo outro lado da rua. Nós diríamos: tomando distância.
Há razões justificáveis (v. 29) para esta última atitude?
Jesus mesmo não as dá. Mas na visão do sacerdote e levita certamente as houve. Talvez eles tivessem razões de sobrevivência. Os assaltantes não brincaram em serviço: depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se deixando-o semimorto (v. 30). Ora, quem age assim com um, pode também fazê-lo com outros. Até hoje é assim: quando alguém é assaltado na rua, em público (p. ex., em Porto Alegre, São Paulo ou Recife), quem se mete a valente, quem assu¬me os riscos da defesa? Todos nós sabemos do perigo de uma tal atitude. Os comentários também aventam muito uma outra razão de origem mais cultual: o sacerdote e levita que desciam (a Jericó) poderiam tornar-se imprestáveis para o serviço cultual em Jerusalém se o assaltado viesse a morrer: eles tornar-se-iam impuros para prestarem seu serviço no(s) dia(s) subseqüente(s). Nesse caso o impedimento seria de ordem religiosa, o que nos parece bastante plausível. As exigências do culto a Deus estariam então conflituando com e impedindo as exigências do amor ao próximo! A religião seria, assim, fator de inibição para a prática da misericórdia. Jesus já havia destacado este caráter inibidor da religião nas suas polémicas em torno do sábado… Outros motivos ainda poderiam ser arrolados como justificativas. Mas, não é isto que Jesus está querendo destacar; justificativas ele está pressupondo. O que está querendo destacar é a prática da compaixão, da misericórdia.
Justificativas para a omissão do amor sempre houve e há muitas. Nosso semelhante não se torna próximo nosso enquanto tomamos distância dele pelas mil razões que a vida nos oferece para este tipo de atitude. Então, concretamente: Como tornar-se um próximo de alguém para além e apesar da infinidade de justificativas existentes para não fazê-lo?
2.4. Destaques da parábola
1) Não é a gente que decide a hora. A hora de tornar-se próximo de alguém é determinada pelas necessidades deste alguém. É esse o sentido da expressão katu synkyrían que abre os exemplos no v. 31 e que Almeida e a Bíblia de Jerusalém traduzem por casualmente. Casualmente quer destacar aqui que não havia previsão do fato e que a ação não foi premeditada. As circunstâncias emergenciais é que determinaram a ação de misericórdia.
2) A ação do samaritano está totalmente concentrada na tarefa de ajuda ao necessitado. A preocupação com a segurança ou pureza pessoais desaparece frente às necessidades urgentes do assaltado: importa salvar o que se encontra perdido! Não há cálculos de risco: Quem quiser salvar a sua vida, perde-la-á. Por isso essa ação também pode ser cara, tem o seu preço: o samaritano paga dois denários ao hospedeiro e adianta: E, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar (v. 35).
3) A ação do samaritano não é imediatista: não tira o assaltado de uma fria para abandoná-lo à mercê de sua própria sorte, ou para deixar que entre noutra. Cuida deste homem: o que significa isto senão uma preocupação que vai além do presente imediato? A compaixão, assim, não se esgota em atos circunstanciais: ela tem tendências que vão para além do hoje e do amanhã. Ela constrói também para o médio e longo prazos; de outra maneira, perderia a eficácia.
4) Dificilmente pode ser casual que entre o samaritano e o assaltado não acontece diálogo de palavras. A ação é o diálogo que Jesus propõe no texto: FAZE isto e viverás (vv. 28, 37). A ação é, no caso, a melhor palavra de amor.
3. O encontro com os assaltados…
3.1. Não é possível deixar de ver ou ouvir
O caminho entre Jerusalém e Jericó não é o nosso. As estradas da nossa vida têm outros nomes.
O país é diferente. Nossa religião também não é mais judaica, e sim, cristã.
Não obstante, ninguém pode negar que os assaltados de hoje são visíveis, notórios e públicos. Emergem das rodoviárias, praças públicas, ruas, favelas, do interior das fábricas, dos acampamentos à beira das estradas, do interior das aldeias indígenas, emergem de todos os lados. De todos os lados saltam aos nossos olhos as carências mais elementares: os semimortos (v. 30) de hoje não se contam mais individualmente. Eles reaparecem na forma de milhões, dezenas de milhões de subnutridos, sem terra, sem teto, sem agasalho, com salários de miséria; não têm onde caírem mortos. Nós, é verdade, não escolhemos esta situação. Mas aos olhos de Deus ela clama alto. O samaritano também não escolheu as circunstâncias da estrada da sua vida. O que ele fez foi transformar o semimorto do seu tempo: resgatou-lhe a vida, deu-lhe dignidade, amparou-o. Queremos a vida eterna (v. 25)? Temos que sair hoje e fazer de igual forma (v. 37).
3.2. A igreja tem sido consequente?
Dimensões sociais e econômicas:
Ninguém menos do que o próprio Jesus nos faz este questionamento:
Quem não entra no curral das ovelhas pela porta, mas salta por outra parte, é ladrão e assaltante… todos os que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes… O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Mas eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham em abundância. O que é pago para executar o serviço e não é pastor, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge… e não tem cuidado com as ovelhas. (Jo 10.1,8,10-13.)
As palavras dão o que pensar. Em Jo 10.1,8 reaparece o mesmo termo usado em Lc 10.36 para os agentes do mal: assaltantes. A diferença é: enquanto que em Lc 10.29ss. representantes religiosos são omissos na ajuda, aqui em Jo 10.lss. eles são autores ou co-autores do mal, do assalto.
A pergunta que cabe é: as igrejas têm se omitido no resgate à vida dos semimortos no nosso país e na América Latina (cf. L. Boff, pp. 45-62)? Se elas o fizeram e fazem, Jo10.lss. não poderia ser uma boa chave de interpretação? Jo 10.12-13 liga esta postura com a economia: trata-se de pessoas pagas para executarem o serviço, mas são pseudo-pastores. O dinheiro sempre caiu fácil para as igrejas e líderes religiosos conquanto prestassem serviços e fizessem discursos do agrado daqueles que assaltam e exploram. A sociedade hierarquizada e elitizada soube sempre contemplar com generosidade este tipo de postura: ela paga bem por este tipo de serviço, não deixa a igreja materialmente na mão! Mas o preço quem paga mesmo, no fundo, são os assalariados. E assim lideranças espirituais podem converter-se em assaltantes materiais.
O que estaria na origem desta postura? Ora, os privilégios.
Não poderíamos repensar, a partir do exposto, a omissão do sacerdote e levita? Os comentários acentuam sempre só, unilateralmente, o perigo de impureza que o contato com o assaltado representava caso viesse a falecer. O que eles omitem são as consequências materiais que viriam a sofrer: levitas e a esmagadora maioria dos sacerdotes eram gente materialmente dependente do templo e dos dízimos, pelo menos em boa parte (J. Jeremias, pp. 272ss.; C.Saulnier/B.Rolland, pp. 56-58). Tornar-se impuro por questões de amor ao próximo impossibilitava o serviço no templo e, por extensão, os benefícios materiais daí decorrentes. Jesus estaria também pensando nisto? Fica, no mínimo, curioso que quando ele apresenta a figura de contraste, o samaritano, destaca nesta exatamente a disposição para perdas materiais (v. 35).
É difícil determinar, no concreto eclesial dado em cada situação específica, que prioridades a prática efetiva da compaixão requer de comunidades, paróquias, agentes, pastores ou padres. Não nos parece bom sintoma, porém, quando em regiões fortemente industrializadas certas igrejas não apresentam sequer uma pastoral operária; ou quando, em cidades com alto índice de favelados, não se consegue desenvolver uma pastoral de periferia. Talvez o espaço reservado por igrejas para as pastorais dos marginalizados seja um bom termómetro para avaliar o seu grau de compaixão e amor ao próximo.
Dimensão eclesial:
O v. 30 pode ser interpretado eclesialmente. Os assaltados, no caso, seriam as comunidades. Os que deixam as comunidades semimortas, os assaltantes, poderiam ser pessoas, grupos, agentes, líderes espirituais. Este tipo de interpretação não é usual, mas nem por isso deixa de ter a sua legitimidade. Uma comunidade a gente pode edificar, mas também se pode acabar com ela. Já Paulo alertava: Tem fermento bom, mas também tem fermento ruim; e, se é ruim, basta pouco para causar grande estrago (l Co 5.1-7: vv. 6-7). O exemplo de l Co 5.1-5 mostra que, às vezes, para revitalizar uma comunidade é preciso excluir alguém, tarefa nada fácil. O maior perigo nos parece advir do clero. A clericalização do evangelho faz das comunidades uma massa passiva, que unicamente digere, ouve e faz o que outros mandam. A clericalização acaba com a riqueza dos dons do espírito, não abre espaços e oportunidades para a sua vivência e experiência: Não apagueis o espírito(l Ts 5.19)! A clericalização faz uma comunidade morrer; é o modo de acabar com ela (Lc 10.30). O despertar dos dons, o fomento à participação de leigos e leigas, faz uma comunidade viver; é o modo de edificá-la e de cuidar dela (Lc 10.34-35).
Dimensão pessoal:
Quanto a este item não é necessário nos delongarmos. É evidente que casos como os do assaltado do v. 30 reaparecem às dezenas e centenas também a nível individual. E não estamos pensando só nos assaltados materialmente. Há todo o tipo de razões que podem acabar com uma pessoa, que podem destruí-la, arrasá-la, deixá-la caída por terra, semimorta: são razões de ordem social, psicológica, afetiva, sexual, etc. A psicologia explica muito bem o estrago que pode fazer uma simples discriminação individual. Cada pregador ou pregadora teria que optar em que medida quisesse contemplar também esta dimensão dentro da prédica.
3.3. Não anatematizar a prática dos samaritanos: aprender deles e assumir a própria incoerência
As igrejas como um todo e os cristãos individualmente sempre tiveram grandes dificuldades em a) reconhecer o grau de sua incoerência, e b) admitir coerência por parte de não-cristãos. Os mecanismos de defesa são, nestes casos, ou justificar-se (v. 29), para o que não faltam motivos, ou anatematizar, minimizar e deslegitimar as ações de não-cristãos, mais ou menos na base do: Eles/as o fazem, é verdade, mas sem fé! Um terceiro mecanismo de defesa tornou-se também usual: consiste em não dar publicidade à prática coerente de não-cristãos; omitem-se, simplesmen te, informações e conserva-se o povo à distância das mesmas. É o tipo de prática exatamente contrária ao que propõe Jesus. Os cristãos têm tendência de quererem a glória e exaltação para si; a exaltação que Jesus propõe no texto não é primariamente dirigida a pessoas, mas a uma prática. Temos exemplos bem semelhantes em Mt 7.21 ou 25.31-46.
O que nos cabe fazer?
1) Aprender dos samaritanos
Na esfera da sociedade e política o exemplo mais clássico está dado com o socialismo. É flagrante como avanços na área social, de combate ao analfabetismo, de assistência médica e outras — indiscutivelmente alcançados em países socialistas — são minimizados, omitidos ou distorcidos por meios de comunicação de massas, escolas e igrejas. Países cristãos minimizam estes avanços: assim dá para tapar melhor a vergonha que representa nossa situação social. Como se o reino de Deus tivesse perdendo com exemplos de maior justiça social…
Na esfera eclesial poderíamos arrolar vários exemplos. Por que não admitir o que outras igrejas têm de melhor? Nossa tarefa primordial não é precaver-nos de concorrência. Já os próprios discípulos se batiam com este tipo de problema, diante do qual Jesus teve que posicionar-se: Quem não está contra nós, está conosco (Mc 9.38-40/Lc 9.49-50). Por que não somamos forças? O testemunho de qualquer igreja sempre será parcial. Que mal há nisso? Não é profundamente evangélico admitir que o espírito e sua ação não estão trancados e aprisionados dentro de um só credo? O espírito não sopra onde quer?
Temos que ir mais longe. O samaritano nos encontra hoje também mediado por religiões não-cristãs, ou sincretistas, a exemplo da religião samaritana. Não te¬mos nada a aprender da prática de amor ao próximo dos espiritistas, por exemplo? E a religião marginal dentro das comunidades na expressão de curandeiros e benzedoras, por exemplo, não terá nada a nos ensinar em termos de prática de misericórdia? Temos realmente razões plausíveis para enaltecer unicamente uma medicina usual que não opera sem grana na mão?
Na esfera pessoal também há distorções. O que valorizamos mais: as pessoas que rezam o credo ou aquelas que, efetivamente, o praticam? Se o reino de Deus reclama, sobretudo, uma prática, não estará madura a hora de aprendermos a ver também em pessoas não-ligadas a cultos e missas a prática da misericórdia? Quantos samaritanos anónimos existem em nossa esfera eclesial, cuja prática de misericórdia simplesmente omitimos, por questões de ciúme ou falta de auto-crítica? Estamos levando realmente a sério que nós próprios não precisamos mais de vanglória (l Co 1.29)? E que Deus pode suscitar filhos a Abraão também de pedras (Mt 3.9)?
2) Assumir limites e admitir incoerências
Não é preciso justificar-se, a exemplo do intérprete da lei (Lc 10.29); nós temos todos limites e um certo grau de incoerência. Não é pecado reconhecer isto; é até muito teológico: Cristo é quem nos justifica. Esta será a razão última que nos possibilitará abrir os olhos — sem ciúmes — para os exemplos de misericórdia que não nós, e sim, outros estão oferecendo em nosso lugar, independentemente de credo religioso. Porque, no fundo, não importa primariamente quem o faz, mas que alguém o faça e o nosso próximo receba a misericórdia e os cuidados que sua condição de criatura de Deus requer.
4. Bibliografia
BOFF, L. A missão da Igreja na América Latina: ser o bom samaritano. In: Do lugar do pobre. Petrópolis, Vozes, 1984, pp. 45-62.
DREHER, M. N. Lucas 10.25-37. In: Proclamar Libertação, vol. X, São Leopoldo, Sinodal, 1984, pp. 413-420.
HENRI-ROPS, D. A vida diária nos tempos de Jesus. São Paulo, Vida Nova, 1983.
JEREMIAS, J. Jerusalém no tempo de Jesus. São Paulo, Paulinas, 1983.
SAULNIER, C. & ROLLAND, B. A Palestina no tempo de Jesus. São Paulo, Paulinas, 1983.