Prédica: João 14.1-12
Autor: Hermann Brandt
Data Litúrgica: Ascensão
Data da Pregação: 19/05/1977
Proclamar Libertação – Volume II
Tema: Ascensão
A 1 – A festa da Ascensão na vida eclesial presente
Há, do meu conhecimento, apenas poucas comunidades na IECLB que de fato realizam a festa da Ascensão exatamente na quinta-feira entre Rogate e Exaudi. Se a festa é lembrada, isso acontece nos domingos antecedentes ou posteriores; em alguns casos, porém, a festa é totalmente esquecida. Assim, parece que a festa da Ascensão está em vias de desaparecer da vida de nossa Igreja como festa especial com tema próprio.
Qual é o motivo disso? Ele pode residir 1º. no fato de que um feriado no meio da semana é difícil de ser festejado. Pode, em 2º. lugar, residir no tema desse dia, isto é, na dificuldade de compatibilizar a ideia da Ascensão coma concepção hodierna do mundo. A piada barata definindo Cristo como o primeiro astronauta aponta para essa problemática.
Temos, assim, dois motivos que possivelmente tornam complicado realizar hoje um culto e uma prédica sobre a Ascensão. Mas são motivos externos. Não desempenham um papel decisivo. Que uma festa eclesiástica não cabe bem dentro de um calendário ou que ela, aparentemente, contradiz nossa concepção de mundo, isso não constitui ainda um argumento teológico contra essa festa (mas também não a favor!). As dificuldades exteriores podem ser antes entendidas como indício de uma insegurança teológica-: O que nos diz a Ascensão de nosso Senhor?
2 – Qual o conteúdo teológico da Ascensão?
Qual é o specificum teológico da Ascensão? As respostas da teologia cristã não se apresentam aqui tão unânimes como no Natal e na Páscoa. Vale também teologicamente que a Ascensão, conforme o exemplo de Lucas, se situa no ano eclesiástico entre a Páscoa e Pentecostes: a interpretação da Ascensão oscila entre Páscoa e Pentecostes.(Diferente, porém, em c) – confira o que segue.) Menciono algumas possibilidades típicas de entender a Ascensão.
a) Existe, por um lado, a tese: O conteúdo da Ascensão o totalmente idêntico com o da Páscoa: Deus enalteceu Jesus. Aqui Ascensão nada mais é do que um dublet da Páscoa.
b) Entende-se a Ascensão principalmente como despedida de Jesus de seus discípulos. Aqui pode então tornar-se tema para reflexão a dolorosa separação entre o Senhor e seus discípulos. Se ele não está mais visivelmente entre eles, como se definira então sua presença?
c) O interesse teológico pode voltar-se para o fim dessa separação, isto é, ara a volta visível de Cristo no fim dos tempos. Aqui na Ascensão se torna principalmente importante que ela oferece c modelo para o retorno de Cristo ao mundo (cf. At 1,11!).
d) Onde o interesse se concentra menos no retorno de Cristo no fim dos tempos e mais no seu eu estou convosco (cf. b), a compreensão da Ascensão pode aproximar-se mais, do ponto de vista do conteúdo, do evento de Pentecostes. A Ascensão é então, por assim dizer, a condição prévia, a possibilitação do envio do Espírito, o qual representa o Senhor da Igreja, ausente fisicamente, durantte a era da Igreja.
e) A Ascensão pode, finalmente, ser entendida como a festa de entronização de Jesus Cristo: Nesse dia ele se torna governante universal do mundo, sentando-se à direita de Deus, Jesus Cristo é Rei e Senhor (Hinário da IECLB, 112) é um hino de Ascensão típico para esse tipo de compreensão. Confira também a explicação de Hilmar Kannenberg sobre Cl 1,15-23 no primeiro volume de Proclamar Libertação, pp. 47-54.
Essas diferentes acentuações refletem, por sua vez, o testemunho variado do Novo Testamento.
3 – O testemunho do Novo Testamento
Falando do testemunho múltiplo do Novo Testamento sobre a Ascensão, estamos dando a entender: o relato lucânico não é a única referência sobre o assunto. Antes, a influência do relato lucânico afastou, em grande escala, as restantes referências do Novo Testamento sobre a Ascensão da consciência da Comunidade. Também as que não se expressam – pois Mateus e João nada dizem sobre a Ascensão no sentido lucânico. Marcos, em seu final não autêntico, apresenta apenas uma formulação rala e abstrata, em forma de confissão (foi recebido no céu, Mc 16,19). Sobretudo, porém,devemos lembrar que, ao lado do esquema lucânico, surge no Novo Testamento um outro esquema, inverso. Lucas dizia: da terra ao céu, e novamente à terra. Em Fp 2, Ef 4, I Pe 3, Jo 3 temos, por sua vez: Do céu à terra, e novamente ao céu. Isso significa: Aqui – ao contrário de Lucas – a subida ao Pai é pensada como algo definitivo. (O credo eclesiástico, o Apostólico, por exemplo,combinou ambas as concepções: Do céu (preexistência) para a terra (encarnação), para o céu (Ascensão), e novamente para a terra (vinda de Cristo para o juízo).)
Alerte-se ainda para a concepção novamente diferente da carta aos Hebreus. Aqui, através da ressurreição (13,20), sucede a superação do sacerdócio vetero-testamentário: Cristo como sumo sacerdote atravessa o céu e aparece, em nosso favor, diante da face de Deus (cap. 9).
A lenda lucânica sobre a Ascensão é no Novo Testamento, portanto, apenas uma entre muitas formas de expressão de que a fé fez uso para testemunhar a exaltação de Cristo e suas consequências.
Também nosso texto de Jo 14 é um tal testemunho.
B 1 – Contexto, delimitação e estrutura
a. Jo 14 faz parte do complexo das assim chamadas palavras de despedida de Jo 13-17- Cap. 13: o lava-pés; cap. 14: a despedida; cap. 15: a videira e os ramos; cap 16: o Espírito Santo como nosso advogado; cap 17: a oração sacerdotal de Jesus. – A partir desse contexto não poderemos, portanto, menosprezar na explicação o elemento da despedida.
b. Originalmente a perícope se delimitava até o v. 14 -assim também nas prédicas de Lutero sobre o texto. Tenho por mais correta essa delimitação do que a proposição da nova ordem de perícopes, que deixa terminar o texto já com o v.12. Pois, será possível finalizar a prédica com a visão sobre a continuidade das obras (veja a explicação abaixo) e sua superação – e deixar fora a oração em nome de Jesus (vv. 13s)?
c. Podemos estruturar o texto em duas partes principais:
I: 14,1-4: O seguimento dos discípulos esta sob a promessa de Jesus.
II: 14,4-14: Jesus é a unidade de caminho e meta – a verdade se revela no caminhar.
Na explicação queremos ver exegese e meditação conjuntamente. Os textos de João prestam-se de maneira especial para passar ao longo do texto. Na prédica sobre um texto tão carregado de conteúdo naturalmente não poderemos considerar com a mesma intensidade todos os pontos de vista.
2 – Exegese e meditação
Nosso texto sobre as palavras de despedida de Jesus reflete a situação da Quinta-feira santa antes da crucificação do Senhor. Não é essa uma situação diferente da Ascensão de Jesus? Para o evangelista João, não. Para ele coincidem o enaltecimento no sentido da ereção da cruz (3.14-16) e o enaltecimento para o senhorio e a glória (12 ,32)!
Assim, torna-se possível que nosso texto, correspondendo à situação da quinta-feira santa, ajude a comunidade a entender o que significa a Ascensão. Além disso, o termo português Ascensão corresponde melhor à intenção do Evangelho de João do que a palavra alemã Himmelfahrt.
Ambas as vezes o ir embora de Jesus (14,2-4) significa, portanto, despedida. Ambas as vezes essa despedida de Jesus provoca junto aos seus a preocupação e o medo de serem deixados sozinhos. A Ascensão de Jesus significa para os seus o fim da comunhão visível e concreta com o seu Senhor. Como ele poderá estar conosco até o fim do mundo, se vai embora? Essa pergunta abala os discípulos, atrapalha-os, perturba-os (v. l, cf. v. 27!).
I
O v. 1a olha justamente para a situação daqueles que temem ser abandonados pela ida de seu Senhor: Não se turbe o vosso coração. Importante é que essa nossa situação é revelada pelo próprio Jesus: Ele sabe como esta o nosso coração. (E que nossa insegurança e dúvida pertencem ao tema da Ascensão, isso nos confirmarão mais tarde as duas perguntas dos discípulos nos vv. 5 e 8.) Através de sua revelação somos alienados ao mundo. No mundo não somos mais do mundo. E é justamente isso que provoca as perguntas e dúvidas. Por que devemos nos orientar então? Devemos, por assim dizer, emigrar interiormente, dirigindo-nos a uma instância no além? Não seria essa a única possibilidade, se experimentamos, com a revelação, uma ruptura com o mundo? Ou será que devemos negar essa ruptura? Não deveremos fazer isso, se quisermos cumprir nossa missão no mundo? Não devemos, antes, nos identificar com o mundo? Essas são perguntas que provêm da ida de Jesus.
Mas a revelação dessas perguntas e dúvidas (antigamente dizia-se tribulação) está, desde o início, circundada por e contida na promessa de Jesus. Ela é formulada imperativamente como um apelo. A tradução do v. 1b e, no entanto, controvertida. Almeida traduz: Credes em Deus, crede também em mim. Isso é possível, conforme o teor. Corresponderia melhor, porém, a formulação quiástica do texto original traduzir imperativamente nas duas vezes: Crede em Deus e em mim crede. Já aqui a característica que retorna: a unidade entre Jesus e o Pai. Mas agora como chamado, como incentivo à fé; justamente na situação de perturbação, onde somos tentados a nos agarrar em tudo, é-nos dito: segurar-se no que não se pode ver (20,29)! Ou, mais corretamente: saber-se seguro por esse invisível (Voigt)!
Não temos mais facilidade – nem dificuldade! – do que os discípulos pessoais de Jesus em seguir o seu chamado. Como os discípulos do Jesus histórico visível, também nós, depois de seu enaltecimento, não podemos evitar o risco da fé. Mas quem realmente se deixa orientar por esse chamado está colocado num caminho que conduz para fora de incerteza e perturbação. Este não precisa mais preocupar-se com a pergunta se haverá para ele um lugar na casa do Pai (v. 2). Distanciando-se de nós, Jesus mantém um lugar livre para nós. E mais do que isso: ele prepara tudo. – Se precisamos mudar para um lugar distante, ou se nas férias alugamos uma casa estranha, surge a pergunta: Como será? O que encontraremos? E aqui temos alguém em quem confiamos e que nos diz: Não se preocupem, eu mesmo cuido de tudo, prepararei tudo. Eu mesmo receberei vocês (v. 3a). Assim as preocupações são tomadas de nós. Nossa perturbação, o medo de permanecer sozinhos e sem orientação não tem motivo de ser! Assim, a característica da despedida na Ascensão não é a separação de Jesus de nós, mas sua despedida atrai-nos a ele para a casa de seu Pai. Ele segue adianta de nós, recebe-nos e, ao mesmo tempo, vai junto conosco, para que onde eu estou estejais vós também. Agarrar essa promessa significa duas coisas. Quem crê nessa promessa reconhece na ida de Jesus, no seu enaltecimento na cruz, sua ida ao Pai. E a fé reconhece, ao mesmo tempo, o caminho em que seguir a Jesus. É esse duplo sentido que o v. 4 expressa. Em primeiro lugar: Onde vocês estarão comigo, disso vocês não podem ter dúvidas, pois vocês sabem aonde eu vou (cf. v. 3). Mas vocês não só conhecem a meta; vocês sabem, em segundo lugar, também o caminho até lá. Esse segundo ponto torna-se, a seguir, o tema em si, e isso assim que se fala dele: ele é o caminho.
II
O v. 4 expressa o que o crente deveria saber – mas não sabe! Isto é, devemos ser conscientizados sobre o que já nos foi dado. Assim é provocada a pergunta de Tomé (v. 5). Nós todos somos – sempre de novo – este Tomé. Perguntamos pelo que vem depois da morte – pela eternidade, pelo além. Justamente por nada sabermos sobre isso esperamos notícias de além do limite da morte. Esperamos respostas do espiritismo e/ou de fenômenos parapsicológicos. Como se ainda não tivéssemos obtido a resposta!
Mas a pergunta de Tomé esclarece também o aspecto positivo: Saber o caminho verdadeiro depende do fato de sabermos para onde ele vai. E assim Jesus dirige a pergunta de Tomé, nossas perguntas e especulações, para si mesmo: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Jesus diz: Eu sou o acesso a Deus, isto é, o único.
Nós facilmente compreendemos isso assim como se ele fosse o caminho exigido de nós. Desse modo, nosso seguir torna-se condição para participarmos de sua verdade e de _ sua vida. Então Jesus seria o portador de uma nova lei, não do Evangelho. Nosso texto, porém, quer dizer: Jesus é o caminho que nos é dado. Crendo nele, cuja morte foi sua ida para casa, para o Pai, sua verdade e sua vida tornam-se para nós a ponte para a eternidade, isto é, o enaltecido na cruz transforma nossos perturbados caminhos terrenos no caminho da luz e da liberdade.
Assim, já agora Jesus nos abre o acesso ao Pai. Mas não assim que ele possibilitou o acesso para então tornar-se dispensável. Mas ele é de tal forma o caminho que ao mesmo tempo é a meta (Bultmann). Pois ele também é a verdade e a vida, – a verdade como realidade revelada de Deus; a vida como a realidade divina. Todos os três termos: caminho, verdade, vida, estão entrelaçados no eu. Assim, Jesus é o caminho sendo a meta, e a meta sendo o caminho. Nele, não em qualquer outro caminho (possivelmente mais rápido ou mais direto) reconhece-se Deus.
Isso significa também: O caminho não se torna supérfluo por causa da meta, ou seja, verdade e vida. A verdade e a vida não constituem um bem separável do caminho. Jesus permanece o caminho para nós. Mas simultaneamente: No andar do caminho está atingida a meta (Bultmann). Não se pode, pois, captar num caminho direto, encurtado, o que é a verdade e a vida. Esclarece-se aqui uma diferença entre o reconhecimento da fé e, digamos, o reconhecimento da ciência. A ciência pode construir sobre resultados de outros (dos pais). Ali é possível pressupor e transmitir os efeitos já confirmados. Ao contrário disso, o caminho à verdade e à vida cada um deve andar sozinho. Esse andar sozinho ninguém pode tomar-nos, nesse caminho ninguém pode nos substituir: nem a Igreja, nem um dogma – também não um dogma da Ascensão corporal de Jesus. Também nesse aspecto desmorona a diferença entre os discípulos da época da vida de Jesus e nós hoje.
Portanto, Jesus não diz simplesmente a verdade – ele é a verdade. Por isso, decisivo não é sabermos a verdade, mas sermos da verdade. E isso se decide no posicionamento que assumimos agora e hoje para com aquele que nos revela caminho, verdade e vida. Isso é sublinhado novamente pelo v. 7 que, ao mesmo tempo, provoca a compreensão errada e a pergunta do segundo discípulo, Filipe. Jesus é o revelador porque nele o Pai está presente: Se os discípulos o reconheceram, Jesus, então já reconheceram o Pai (cf .v. 9) . Aqui está, pois, novamente o tema: revela-se aos perturbados o que eles já têm, mas o que o crente na perturbação não vê ou menospreza! Não está a fé de mãos vazias? O que tem ela, agarrando um Senhor que partiu para o Pai? Não precisa a fé mais do que apenas o caminho?
Justamente esse é o argumento de Filipe (v.8). Somente o caminho ao Pai você é? Melhor mostrar-nos o Pai agora – então creremos com prazer. Já na resposta a Tomé Jesus havia mostrado para si mesmo. O mesmo faz sua palavra a Filipe. Jesus rejeita uma visão direta, imediata de Deus! Ele é o acesso – e a meta. E isso o v. 9 acentua. Jesus não quer ser nada, e sim revelar Deus. Assim, na comunhão com ele temos a possibilidade de ver a Deus: Quem vê a mim, este vê o Pai. Jesus e o Pai são um (v. 11). E é para essa fé que o evangelista conclama: que o homem encontrou Deus no encontro com Jesus. A ação do Pai realiza-se na palavra de Jesus; o que Jesus é, é revelação do Pai. Isso é dito no v. 10 em forma de pergunta; o v 11 repete-o,agora na forma de um imperativo (cf. v. 1b).
O que são as obras? Conforme o v.10 elas nada mais podem ser do que a ação de Jesus como revelador da palavra (Bultmann) . Olhar para as obras significa, então, ver o que opera essa palavra – ou seja, a demonstração de nossa realidade (cf. o que se disse acima sobre o v. l). O v. 12 se refere à existência missionária da comunidade, a qual, sob a direção do paracleto, continuará a obra de Jesus (cf. 15, 26s; 16,4ss). Dessa forma, na ação dos seguidores de Jesus mostrar-se-á sempre mais a força do agir do Pai, que teve em Jesus o seu início (v. 12b; cf. 16,7-11).
III
Mesmo assim, essas obras maiores em verdade permanecem sendo as obras daquele sem o qual nada podemos fazer (15,5). Tudo o que produzimos é e continua sendo dado. Isso acentua nos vv. 13s a promessa de atendimento as orações. Também aqui a oração dirige-se a Jesus mesmo, não ao lado dele,diretamente a Deus. Com isso protege-se a promessa das obras maiores da compreensão errada de que os discípulos agiam independentemente e distantes de Jesus, dentro de uma relação particular com Deus. Mesmo após a Ascensão, Deus permanece sendo acessível apenas através de Jesus.
C- Elementos de uma prédica
I 1. A Ascensão de nosso Senhor ao Pai descerra a situação da fé no que tange o medo de ser abandonado. Daí nossas receptividades para todos os consolos substitutivos por parte do espiritismo, da magia, mas também por parte de ideologias seculares.
2. Ao mesmo tempo, a Ascensão de nosso Senhor fundamenta a verdadeira confiança no nosso discipulado. Sua despedida traça-nos, na nossa vida terrena, o caminho ao Pai.
II 1. No seguir a Jesus abre-se aqui e agora o caminho a Deus. Nosso reconhecimento de Deus existe apenas como caminho a ele.
– Fora desse caminho Deus não e realmente reconhecido. Isso como resposta a opinião (tipo Tomé) de que haja outros caminhos a Deus, além do seguir a Jesus.
2. No seguir a Jesus já atingimos a meta. Nosso caminho já é o reconhecimento de Deus.
– Basta, portanto, seguir a Jesus. Isso como resposta à ideia (tipo Filipe) de que a meta é captável independentemente do caminho. Antes, no caminho já estamos na meta.
III 1. Por isso, a ida de Jesus ao Pai não nos deixa sem coragem e olhando angustiosamente para um além, mas liberta-nos, em nosso mundo, para um discipulado ativo.
2. Esse novo discipulado é a obra de nosso Senhor enaltecido para a glória do Pai (v. 13). Esse é o nosso consolo e nossa promessa no dia da Ascensão (cf. 1,1).
Bibliografia
– BULTMANN, Rudolf. Das Evangelium des Johannes.Göttingen, 1941, pp.462-473.
– KANNENBERG, Hilmar. Meditação sobre Cl 1,15-23. In: v. Kaick, Baldur (ed) . Proclamar Libertação. Vol. l. São Leopoldo, Editora Sinodal, 1976, pp. 47-54.
-TRILLHAAS, Wolfgang. Dogmatik. 3a ed., Berlin, 1972, pp. 320ss.
-VOIGT, Gottfried. Die grosse Ernte. Parte 1. Göttingen,1970
Proclamar Libertação 02
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia