Prédica: Neemias 8.1-2,5-6
Leituras: I Timóteo 6.11-16 e Mateus 10.24-33
Autor: Renatus Porath
Data Litúrgica: Dia da Confissão de Augsburgo
Data da Pregação: 25/06/1995
Proclamar Libertação – Volume: XX
DIA DA CONFISSÃO DE AUGSBURGO
465 ANOS DE CONFESSIO AUGUSTANA
1. Por que lembrar-se de uma confissão de ontem?
A comunidade cristã de hoje não é a primeira a confessar Kyrios Iesous, Senhor é Jesus. Os cristãos têm pais, mães, irmãs e irmãos que com eles compartilham a mesma fé. A confissão de hoje não pode ser outra do que aquela da comunidade apostólica. Constituímos, portanto, comunidade que precisa dessa consciência de estar numa continuidade viva com cristãos que viveram antes de nós, formando grupos confessantes desde os tempos dos apóstolos até nossos dias.
A Confessio Augustana (CA) é o manifesto da Reforma, consciente de estar vinculada à Igreja primitiva e de não ter rompido com a fé apostólica. É um manifesto pela unidade e pela renovação em busca de irmãs e irmãos. Foi formulado por Filipe Melanchthon, íntimo colaborador de Lutero e colega seu na Universidade de Wittenberg, com o objetivo de expor publicamente o quanto o movimento de renovação, que surgira no meio da Igreja Católica Romana em solo alemão, era ecuménico e inspirado na palavra de Deus. O movimento da Reforma ameaçava a unidade do Império; os territórios alemães estavam divididos entre os adeptos da nova fé e os da velha. Diante dessa ameaça, o imperador Carlos V convocou uma dieta para Augsburgo, uma espécie de assembleia que reunia cidades e principados que constituíam o Império Alemão. O imperador veio disposto a reparar o ultraje feito a Cristo.
Em fevereiro de 1530, Carlos V fora coroado pelo papado e com isso estava reconciliado com o pontificado romano. Ele queria ouvir as partes em discórdia e evitar que a unidade ruísse por completo. Será que teria o mesmo sucesso que tivera, pouco tempo antes, frente ao avanço dos turcos em Viena, acabando com a ameaça que vinha de fora? Agora a ameaça vinha de dentro dos próprios territórios alemães, ameaçando a unidade do Império e de sua Igreja. Havia a expectativa de que também internamente se chegasse à paz da nação alemã.
Os príncipes, representantes dos territórios que aderiram ao movimento da Reforma, alimentavam esperanças de que oficialmente se reconhecesse que nada se ensinava entre os da nova fé que seja contra a Escritura ou a igreja católica (= cristã universal).
Lutero, impedido de participar por estar banido, acompanhou atentamente o desenrolar da dieta e manteve correspondência constante com os seus partidários em Augsburgo.
Melanchthon submeteu a formulação final à avaliação de Lutero, e este emitiu o seguinte parecer: ' 'Ela muito me agrada e não saberia o que melhorar ou modificar, o que também não conviria, pois não sei pisar de modo tão manso e suave. Cristo, nosso Senhor, ajude que ela traga muitos e ricos frutos; isto esperamos e pedimos. Amém. (Frör, p. 5.) Quando soube que a CA fora lida publicamente diante das mais altas autoridades do Império, o reformador exclamou com as palavras do Sl 119.46: Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis, e não me envergonharei.
A confiança inicial dos que subscreveram a confissão de que se chegaria à unidade estava se desvanecendo. Melanchthon sabia o que estava em jogo. Perguntava-se: com o fracasso das conversações, o que seria dos territórios que aderiram à causa evangélica? Da pregação evangélica? O que aconteceria ao movimento todo? Terminaria na fogueira dos hereges, conforme os rumores que vinham do lado dos adversários? Nessa sua ânsia de salvar a unidade, Melanchthon correu o risco de fazer concessões e assim comprometer o próprio evangelho. A negociação com os representantes de Roma, como Lutero o temia, só iria diluir a confissão professada publicamente, poucas semanas antes. Lutero sugeriu, em uma carta de 20 de setembro de 1530 a Justus Jonas, pároco de Wittenberg e delegado à dieta de Augsburgo: Quase estouro de ira e indignação! Eu peço, interrompei as negociações, parai com as conversações e voltai para casa. Eles têm o credo; eles têm o evangelho. Se irromper a guerra, que irrompa: eu orei e fiz que chega.
Embora o documento de Melanchthon não tenha sido aceito na dieta, reinava entre os da Reforma a convicção de que diante dessa confissão todo joelho teria que se dobrar (Fp 2.10). O próprio Melanchthon reivindicava validade para a CA também fora daquele espaço geográfico e além daquele momento histórico. Ele declarou: Os artigos essenciais da doutrina cristã foram trazidos à luz pelos nossos, sem os quais a Igreja cristã com toda a doutrina e nome cristãos seria esquecida e teria sumido. E descreveu o alcance da CA nos seguintes termos: … que fique claro junto aos altos e baixos estamentos, junto aos descendentes deles e nossos, junto aos nascidos alemães, mas que também fique um testemunho claro diante dos olhos de todo o mundo, de todas as nações estrangeiras que ensinamos pura, divina e corretamente o evangelho de Cristo.'' (BKLK, p. 143.) Também a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) pertence às igrejas luteranas que manifestam sua fé na palavra de Deus através deste credo da Reforma, além de se basear nos catecismos de Lutero e nos credos da Igreja antiga.
Perguntamo-nos se a busca da identidade evangélico-luterana passa pela Confessio Augustana. É ela uma confissão que busca irmãs e irmãos, que estabelece pontes para outras comunidades que vivem da fé em Jesus Cristo? Tem ela a amplitude ecumênica? Onde está o elemento inalienável dessa confis¬são, do qual dependem unidade e renovação da Igreja?
Com certeza, não é a fé correta que ela propugna: ela só nos interessa enquanto confissão que aponta para Deus mesmo com o seu falar e agir, como o perceberam as comunidades primitivas. Quem confessa, ao mesmo tempo estabelece limites fora dos quais a verdade que liberta fica comprometida. Essa dimensão nada simpática do confessar da comunidade cristã precisa ser redescoberta. Uma comunidade cristã que não formula mais com clareza o alcance do seu credo — Senhor é Jesus — corre o risco de perder sua identidade e de não ter mais palavra de salvação para dizer. Isso naturalmente não nos autoriza a investirmos contra grupos que não compartilham a nossa fé; pelo contrário, eles continuam alvo de nosso respeito e amor. Ao confessarmos nossa fé, não falamos de nós, de nossa reta doutrina, nem ainda do estatuto do nosso partido, mas apontamos para o Deus como a Reforma o redescobriu.
2. Texto ou contra-texto para o dia da Confessio Augustana
O texto sugerido para a pregação — Ne 8.1-2,5-6 — aponta para um dos eventos importantes para a comunidade que acabara de se estabelecer novamente na terra. Desde a publicação do edito de Ciro (538 a.C.), rei da Pérsia, que permitira o retorno dos judeus exilados à Palestina, essa comunidade pós-exílica sabia que devia sua nova existência à boa mão de Deus, estendida sobre ela (Ed 9.8-9). Sinais dessa graça de Deus (Ed 9.9) eram o decreto que liberara o povo, a reconstrução do templo (520-515) e a edificação dos muros de Jerusalém durante a administração de Neemias (445-433 a.C.). Mesmo assim não era uma comunidade que respondesse a esse presente de Deus com ações solidárias. Não demorou para que antigas desigualdades sociais se instalassem de novo. Os mais fracos acabaram endividados e dependentes dos economicamente melhor situados (Ne 5).
Esdras representava aquele grupo na comunidade pós-exílica que lutou para que a tora, como instrução do que Deus queria para o seu povo, ocupasse o espaço central. Não bastavam sacrifícios e ritos realizados conforme a lei de Moisés. Esdras reforçou a urgência e a necessidade de que todos fossem ensina¬dos na tora e levados a comprometer-se com as exigências de Deus (Ed 7.26). Dizia-se investido pelo próprio rei da Pérsia para promulgá-la não só como lei de Deus, mas também como lei do rei.
No sétimo mês, marcado até então por celebrações no templo com ritos e sacrifícios, o povo das cidades de Judá e de Jerusalém se reuniu em praça pública junto à Porta das Águas (Ne 8. l). Um novo conteúdo deveria pautar esse grande encontro: a tora, lida e explicada para homens, mulheres e todos os que a pudessem entender.
Esdras, identificado também como sacerdote (8.2), é o protótipo de escriba que introduziu no culto pós-exílico a lei como elemento essencial. O caminho para a vida passava pelo comprometimento de toda a comunidade com a lei (Ne 9.29a). O que Esdras objetivava em praça pública era o compromisso com esse Deus que manifestou sua vontade na tora.
Segundo o programa de Esdras (ou do cronista?), a comunidade só estaria de fato consolidada quando homens, mulheres e jovens respondessem publicamente ao agir salvífico de Deus que os trouxe de volta à terra (Ne 9.8-9) com sua confissão, rosto em terra, a Yahweh e declarassem sua disposição de viver a partir de sua lei (Ne 10.28-29).
A não-observância dessa vontade de Deus fez com que continuasse existin¬do uma situação angustiante para a população. A produção da terra ia para os reis do império persa; os cidadãos não eram donos nem de seus próprios corpos e confessavam: Hoje somos servos em nossa própria terra (Ne 9.36-37). Segundo Esdras, a infração maior acontecia na constituição das próprias famílias. Não se observava a pureza étnica, o que punha em risco a própria fé em Yahweh. O que Neemias observava como casos isolados de casamentos mistos (Ne 13.23-30), para Esdras se tornou um programa (Ed 9-10). Que o casamento entre judeus e outros povos pudesse ser a porta de entrada para práticas religiosas inaceitáveis para a fé em Yahweh, passou para um segundo plano como argumento para proibir tais uniões matrimoniais. Esdras era porta-voz do grupo que defendia como verdadeiro Israel aquele povo que passou pelo juízo depurador do exílio. Quem não pertencia aos que voltaram do cativeiro, mesmo que tivesse permane¬cido na Palestina, não era do povo de Deus e não era alvo do agir salvador de Yahweh. Os da terra foram impedidos até de participar da construção do templo (Ed 4.1-5). Em Ed 10.1-44 e Ne 9.2 é relatada uma onda de divórcios, promovida por Esdras em nome da pureza do povo de Deus.
Graças a Deus essa visão excludente de povo de Deus não ficou sem contestação (cf. Is 56.3,6-8), mas houve quem lutasse justamente para que estrangeiros tivessem espaço e aceitação na comunidade. Enquanto Esdras apostava na capacidade humana de realizar a vontade de Deus, a crítica profética, com sua visão mais realista, só esperava ainda a implantação da tora no coração humano, levada a efeito pelo próprio Yahweh (Jr 31.33-34).
Feita essa restrição ao programa de Esdras, permanece a seguinte contribuição desse grupo que ele representava: a) no centro da vida comunitária foi colocada a tora como manifestação do que Deus exige do seu povo; b) não bastava a participação nos ritos e sacrifícios cúlticos; todos, homens, mulheres e jovens precisavam participar do processo de ensino-aprendizagem a partir da palavra de Deus; c) só o compromisso público com Deus e a disposição de organizar o cotidiano a partir de sua vontade eram a resposta adequada à graça que se tornou palpável no retorno à terra e na reconstrução de Jerusalém com seu templo.
3. Encaminhando o culto
Declarações de Lutero como: Todo o nosso agir é confissão (WA 57,137) ou: A obra mais importante da fé é a confissão (WA 56,419) atestam o quanto o tema confissão era decisivo para a Reforma. Um culto que relembra os 465 anos de Confessio Augustana terá que tematizar .essa dimensão imprescindível para a sobrevivência da fé e da comunidade cristãs.
Há paralelos entre a confissão pública na Jerusalém de Esdras e na Augsburgo de 1530 que podem ser explorados na pregação. A comunidade pós-exílica teria se desintegrado, não fosse o esforço do grupo de Esdras que não sossegava enquanto não visse o povo rosto em terra, adorando o seu Deus. Convicto de que Deus precisava ganhar a praça, onde se desenrolava a vida cotidiana de homens e mulheres de seu povo, Esdras não mediu esforços para atingir o seu objetivo: homens, mulheres e jovens em condições de discernir envolvidos nesse processo de ensino-aprendizagem daquilo que Deus exige e promete. Todos responderam com o gesto público e solene de adoração a Deus. Acreditava-se que o caminho para a vida passava pelo cumprimento da lei (Ne 9.29). A força e a alegria para realizar a vontade de Deus eram esperadas do próprio Deus. O paralelismo cessa por aí, pois o programa de Esdras gerou posteriormente o etnocentrismo e o legalismo.
O que estava em jogo na confissão pública em Augsburgo? A luta que se travou na Augsburgo de 1530 não girava em torno de detalhes da fé cristã que devêssemos aprender corretamente; o movimento da Reforma formulou na Confissão de Augsburgo aquilo que era vital para a unidade e continuidade da Igreja. Segundo o art. 7a da CA, para tanto basta que haja acordo quanto à doutrina do evangelho e à administração dos sacramentos.
Quando este acordo mínimo não foi conseguido em Augsburgo, apesar dos esforços de Melanchthon e de seu grupo, as conversações entre os da Reforma e os partidários de Roma foram interrompidas. A verdade manifesta e reconhecida foi pisada com os pés (BKLK, p. 144). Não havia entre os opositores quem buscasse a verdade e a unidade, mas queriam apenas sorver nosso sangue (ibid., p. 143). Quem escreve isso é exatamente um Melanchthon — que acima de tudo queria a unidade da Igreja.
Com a certeza de que a causa evangélica, manifesta nas Escrituras e sintetizada na Confessio Augustana, os propugnadores do movimento da Reforma acreditavam que também o povo corria risco de perder o acesso à liberdade que acabava de ser aberto. Na linguagem dos reformadores, essa liberdade consiste no consolo para as consciências aterrorizadas (CA 20). Um povo estava sendo explorado pela própria Igreja que inventou obras e mais obras desnecessárias e pueris para merecer a graça e compensar pecados. Em vez de promover o evangelho, promoviam-se inúmeras atividades religiosas (romarias, jejuns, missas a l florim, veneração a santos, rosários e vida monástica). Alem de não terem o efeito libertador, mantinha-se o povo escravizado a essas exigências do clero.
A CA, nesse sentido, é grito pela liberdade do povo. Com que garra se lutava por essa nova consciência de liberdade, demonstra a extensa defesa (Apologia da CA) que Melanchthon escreveu em resposta ao ataque dirigido à doutrina da justificação (CA 4) pelos partidários de Roma. Uma nova postura (cf. CA 6) diante da vida e ação humanas foi confessada como grande novidade. A Reforma a trouxe novamente às claras, e dela não se queria mais abrir mão, nem diante das ameaças do poder imperial que estava a serviço do antigo sistema com todos os seus privilégios.
A fé em Cristo transporta para uma atmosfera onde reina liberdade em meio às lutas. A fé se apropria de tudo que Cristo com sua vida, morte e ressurreição significa. Ele é a manifestação da graça de Deus que se antepõe a toda atividade humana tanto no plano social como no individual. Toda ação humana na história recebe uma nova qualificação. Ela não é mais, em primeiro lugar, realização de vida e de sentido para mim, meu grupo e minha classe social. Em Cristo, Deus veio ao nosso encontro como um Deus cheio de misericórdia, para perdoar as nossas tentativas insanas de construir nosso reino, de viver através de nossas forças e de procurar o caminho a Deus sem Cristo (CA 20). Poder viver a partir das conquistas de Jesus Cristo e não mais a partir das forças humanas, altamente suspeitas com os projetos que realizam, é o novo horizonte que se abre aos olhos da fé. A vida é graça e não conquista e mérito. Em Cristo, Deus supera a culpa que nós erigimos com nossa loucura consciente ou inconsciente de querer ser mais do que criaturas. As consequências destruidoras desta postura todos nós conhecemos. Na melhor das hipóteses, essa ação pode render bem-estar para outros, mas se acontece sem o pressuposto da fé, ela não honra a Deus, mas a ele ofende (cf. Rm 14.23). Quem crê divide com Cristo tudo que ele tem: seu Deus, seu reino, sua liberdade. A Confessio Augustana é o grito por essa liberdade, oferecida pela fé em Cristo, é o manifesto pela unidade da Igreja em torno desse denominador inalienável.
4. Subsídios litúrgicos
Hinos: 112, 76, 122.
Salmo: 46.
Versículo de aclamação: Sl 119.46.
Confissão de culpa: Senhor, acostumamo-nos com divisões, igrejas, denominações e linhas teológicas; não sofremos mais com a falta de unidade entre o teu povo. Não nos escandaliza mais que vivamos cada qual para si, sem nos preocuparmos com o que nos deve unir, sem nos concentrarmos naquilo que de falo importa para que sejamos corpo de Cristo no mundo. Hoje relembramos o dia da Confissão de Augsburgo e nos deparamos com nossa timidez do confessar publicamente em quem cremos; falta-nos a ousadia de gritar pela liberdade que se abre ao que crê. Perdoa-nos por abrirmos mão da verdade manifesta e necessária à tua Igreja, simplesmente para evitar o conflito. Renova-nos como comunidade e como indivíduos. Tem piedade de nós, Senhor.
Palavra de graça: Gl 3.26-28.
Coleta: Neste dia, Senhor, em que lembramos a confissão de nossos antepassados na fé, pedimos que reúnas os nossos pensamentos e nos dês ouvidos atentos para o que tens a dizer, a fim de que nos tornemos comunidade confessante em busca de irmãs e irmãos que dividem a mesma fé. Por causa de Jesus Cristo.
Intercessão: Acorda a tua Igreja, ó Deus, para que ela não substitua o evangelho por seu testemunho, seu grito por liberdade por um sem número de conselhos, orientações éticas ou apelos emocionais. Acorda a tua Igreja, ó Deus, para que ela não se contente com o que tem em estatísticas, estruturas e organização, mas que ela se glorie unicamente naquilo que tu fizeste e gratuitamente lhe ofereceste. Pedimos pelas irmãs e irmãos das outras denominações cristãs, para que juntos descubramos o que é vital para a unidade do teu corpo no mundo. Pedimos que nos abras os olhos para a tua vontade, porque muitas vezes os nossos pensamentos não são os teus pensamentos e os nossos caminhos não são os teus caminhos; somos co-responsáveis por uma desgraça perto e longe de nós por causa de uma fé que não se torna ativa no amor. Amém.
5. Bibliografia
A Confissão de Augsburgo (CA). Ed. por Kurt Frör. São Leopoldo, Sinodal, 1965.
A Confissão de Augsburgo; Edição Bilíngue. São Leopoldo, Sinodal, 1980.
Die Bekenntnisschriften der Evang.-Lutherischen Kirche (BKLK). 1. ed. Göttingen, Vandenhoeck & Ruprecht, 1976.
GUNNEWEG, A. H. J. Nehemia. Gütersloh, Gerd Mohn, 1987. (KAT 19/2).
LUTHER, M. D. Martin Luthers Werke; kritische Gesamtausgabe (WA). Weimar, 1883ss.
Livro de Concórdia; as Confissões da Igreja Evangélica Luterana. Trad. por A. Schüler. São Leopoldo, Sinodal; Porto Alegre, Concórdia, 1980.