Prédica: 1 Tessalonicenses 5.16-24
Leituras: Isaías 61.1-3,10-11 e João 1.6-8,19-28
Autor: João A. Müller da Silva
Data Litúrgica: 3º. Domingo de Advento
Data da Pregação: 15/12/1996
Proclamar Libertação – Volume: XXII
Na terra estando, já vivem lá no alto.
Em sua impotência, o mundo sustém.
A paz eles gozam em meio ao tormento,
São pobres, mas têm o que lhes convém.
Em meio ao sofrer, bem alegres estando,
A todos os gozos sensuais renunciando,
Da fé a vida interior vivenciando.
Ao ser revelado o Senhor, sua vida,
Em glória imensa ao mundo chegar,
Então serão feitos os reis desta terra,
E o mundo inteiro se queda a pasmar.
A terra governam, com ele triunfam,
Qual astros fulgentes no céu recintilam,
E em inexprimível prazer rejubilam.
Dietrich Bonhoeffer (1906-1945)
1. Tessalônica: uma Cidade no Eixo Rodoviário
Destruição e reedificação sempre marcaram a trajetória dos povos na Antiguidade. Os dominadores arrasavam tudo que encontravam pela frente para provar sua força e soberania. E, em seguida, iniciavam a reconstrução e a reedificação de cidades destruídas. Muitas delas na antiga Grécia, na antiga Palestina, nas longínquas terras germânicas, são testemunhas dessas manifestações do poder dos impérios.
Tessalônica, na Macedônia, fundada por volta de 300 a.C., também precisou ser reconstruída. Quando o apóstolo Paulo a visitou, por ocasião de sua segunda viagem missionária (At 17), ela era uma cidade importante na época. Duas grandes rodovias romanas encontravam-se em Tessalônica: Via Egnatia e Via Apia. Ambas eram muito importantes para o comércio daquele tempo.
Cassandro, um general de Alexandre Magno, tomou emprestado o nome de sua esposa para nomear a cidade reconstruída. Quando a Macedônia foi ocupada pelos romanos, Tessalônica passou a ser a capital da nova província (por volta de 142 a.C.). O comércio era a principal atividade na cidade que atraía pessoas de diferentes povos: judeus, persas, romanos, sírios… e gregos, é claro.
O apóstolo Paulo viajou para Tessalônica em companhia de Silas e Timóteo. Eles partiram de Filipos. Pelos indicativos registrados em Atos dos Apósto¬los e até mesmo nas Cartas aos Tessalonicenses, a atividade evangelizadora de Paulo e seus companheiros suscitou confusão e desencontros, provocando a fuga deles para Atenas e Beréia. A Igreja em Tessalônica era integrada por judeus e gentios, entre os quais se encontravam pessoas de destaque na sociedade.
Como em todas as cidades dominadas pelos romanos, o culto ao imperador de Roma constituía-se num dilema para os cristãos. Certamente o apóstolo Paulo, confrontado com essa situação, anunciou que Jesus, o ressurreto, é o único soberano, o Senhor dos senhores. Calúnias e difamações foram usadas para disseminar intrigas e forçar a saída do apóstolo.
Em Tessalônica também havia templos de divindades gregas e romanas. É neste ambiente que a comunidade cristã estava inserida, tendo ainda que conviver com o processo de urbanização e o advento do comércio, com todos os seus efeitos colaterais.
Vamos encontrar na Grécia moderna essa cidade com o seu nome modificado para Salônica, a segunda grande cidade grega. Ela está localizada ao nordeste e é uma cidade portuária no litoral do Mar Egeu.
2. Recomendações Apostólicas: como a Comunidade Deve Viver
No decorrer da leitura dos livros indicados na bibliografia, encontrei três diferentes linhas de pensamento para elaborar a estrutura da Primeira Carta aos Tessalonicenses. Considero relevante para a pregadora ou o pregador ter em mente em que parte da carta encontra-se inserida a perícope de l Ts 5.16-24. Assim sendo, compartilho as três possibilidades de construir a estrutura desta carta apostólica:
* A partir de dois grandes temas:
Caps. 1-3: o apóstolo Paulo ocupa-se com a vida passada da Igreja, enfoca as dificuldades e menciona como vencê-las.
Caps. 4-5: o apóstolo Paulo discorre sobre o futuro da Igreja e orienta a comunidade para prosseguir no caminho da fé, do amor e da esperança.
* A partir do padrão epistolar antigo:
Prefácio: 1.1
Ações de graças: 1.2-11
Apologia apostólica: 2.1-12
Parúsia apostólica: 2.17-3.13
Exortação: 4.1-5.22
Conclusão: 5.23-28
* A partir da preocupação pastoral:
A comunidade cristã em Tessalônica estava inserida num contexto bastante complicado, considerando a questão religiosa e a questão comercial emergente. Em sua permanência em Tessalônica, o apóstolo Paulo certamente percebeu os conflitos, as dificuldades, as tensões vividas pelos cristãos para se manterem fiéis ao evangelho. Preocupado com o rumo desta comunidade cristã, Paulo escreveu-lhe uma carta com exortações e conselhos pastorais. A Primeira Carta aos Tessalonicenses é uma bela e interessante combinação entre ações de graças e encorajamento evangélico. Neste enfoque, a estrutura da carta poderia ser:
Saudação: 1.1
Ação de graças inicial: 1.2-10
O comportamento do apóstolo em Tessalônica: 2.1-12
A recepção dada à mensagem: 2.13-16
A contínua preocupação de Paulo com a Igreja: 2.17-3.13
Exortação ao progresso ético: 4.1-12
Instrução e exortação acerca da parúsia: 4.13-5.11
Instrução para a vida da Igreja: 5.12-24
Pedidos e saudações finais: 5.25-28
A leitura repetida e reflexiva de l Ts 5.16-24 conduziu-me a adotar a terceira proposta de estruturação da carta. Esta escolha também enriquece o propósito desta perícope para os dias de hoje. Predomina nela o caráter de instrução apostólica, de orientação pastoral, de encorajamento para a vivência comunitária lá onde a Igreja — reunião de fiéis — está vivendo, trabalhando, divertindo-se, construindo relações, buscando um mundo melhor para todas as pessoas.
A seguir, passo a comentar os versículos, procurando destacar os conteúdos das recomendações apostólicas.
V. 16: Estejam sempre alegres
Depois desta breve recomendação, seguem-se outras seis que formam um conjunto de atitudes básicas a serem assumidas pelos cristãos em Tessalônica. Recomendação semelhante também aparece em outras cartas do apóstolo Paulo (Rm 12.12; 2 Co 6.10; Fp 2.18).
O diferencial na alegria estimulada pelo apóstolo está no sempre. Aqui, como em outras passagens bíblicas, possibilita-se ao cristão alegrar-se em meio ao sofrimento e à tristeza. Mesmo metidos em provação e experimentando perseguição, os cristãos podem sentir alegria na fé, na esperança, na confiança em Deus. Essa alegria é remédio para suportar a dor e o desespero. Em outras palavras, podemos descrever essa alegria como aquela que tem sua origem na esperança daquilo que Deus fará no futuro (Mt 5.12). A origem dessa alegria também está no Natal de Jesus Cristo, na Páscoa do Ressurreto, na festa do Pentecostes.
Essa alegria pode manifestar-se de várias formas na vida da comunidade: no louvor quando a comunidade está reunida em culto, no reconhecimento das bênçãos recebidas, na comunhão com outras pessoas, na celebração da Eucaristia.
Quem confia em Deus entende, aceita e vive esta recomendação do apóstolo.
V. 17: Orem sempre
Esta segunda recomendação apostólica se faz presente em outras passagens bíblicas (2 Ts 3.1; Ef 6.18; Cl 4.2).
A oração ocupa um lugar muito importante na vida cristã. O sempre está aqui para derrubar aquelas pessoas que buscavam determinar horários, frequência diária, tamanho das orações; enfim, o apóstolo coloca a oração como uma atitude básica para a espiritualidade cristã. Paulo responde de modo semelhante a Jesus quando este responde à pergunta sobre quantas vezes se deve perdoar alguém. Sempre. Sempre perdoar. Sempre orar. Oração, quer falada, quer silenciosa, é parte integrante da vida de fé dos cristãos, da comunidade. Para os cristãos em Tessalônica, que enfrentavam dificuldades, o apóstolo Paulo recomenda a oração como fonte para reunir forças, para colher consolo, para ouvir Deus, para agradecer e pedir ajuda.
Senhor, estende o teu braço
ao meu abraço,
para que eu não tropece
nas pedras do caminho.
Abre os meus olhos
para que eu veja
a luz acesa
no fundo do túnel.
A oração acima é de autoria de Frei Betto. Ela foi escrita nos idos de 1978 e reflete a vida cristã em meio à dor, ao sofrimento, à perseguição. Lamentamos que a comunidade cristã de Tessalônica não nos tenha legado suas orações para aprendermos de sua vivência, de sua espiritualidade.
V.18: E sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões. Isto é o que Deus quer de vocês, em sua vida em união com Jesus Cristo
O tema central desta terceira recomendação é a ação de graças, o agradecimento a Deus por todas as dádivas, bênçãos, experiências. O apóstolo Paulo aborda este assunto também em outras cartas (Rm 14.6; Fp 4.6; l Tm 2.1).
Também aqui o apóstolo procura mostrar aos tessalonicenses que as adversidades, as dificuldades, os tropeços na vida podem conter propósitos, podem ter algum sentido para a vida. Isto não é o mesmo que concluir que a desgraça é vontade de Deus. É diferente. Aqui o apóstolo recomenda agradecer, dar graças a Deus, em todas as ocasiões. Alegria e ação de graças estão ligadas e são atitudes que diferenciam os cristãos de outras pessoas.
É bom lembrar que a vontade de Deus está acima de nossas pretensões, acima de nossos planos, acima de nossos pensamentos.
Ação de graças, agradecimento, é uma atitude diametralmente oposta à resignação. Resignar é sinal de fraqueza. Agradecer é um gesto de fé, de confiança.
V. 19: Não atrapalhem a ação do Espírito Santo
Esta quarta recomendação está relacionada com os dons do Espírito Santo. A forma negativa indica que em Tessalônica os membros da comunidade cultivavam muito suas próprias ações e capacidades, beirando a soberba e auto-suficiência. Não encontramos indicações de como a ação do Espírito Santo estava sendo desconsiderada e apagada (na versão de Almeida).
Com esta recomendação o apóstolo está procurando mostrar que a comunidade sai perdendo quando não permite a ação do Espírito Santo, ou melhor, quando ela não considera os diferentes dons com que o Espírito de Deus agracia seu povo.
Mesmo usando a forma negativa, o apóstolo está incentivando uma atitude de aceitação, de abertura em relação ao Espírito Santo.
V. 20: Não desprezem as mensagens inspiradas (na versão de Almeida: profecias)
A profecia nas primeiras comunidades tinha um significado todo especial, pois revelava a relação do povo de Deus com a vinda de Cristo. Por isso, esta quinta recomendação é dirigida aos céticos na Igreja de Tessalônica.
Profecias podem ser entendidas como mensagens de exortação, edificação e consolo anunciadas por pregadores, mensageiros de Deus. Essas profecias ciam lambem anunciadas no culto da comunidade. Se o apóstolo traz este assunto à tona e porque ele deseja combater a negligência, a desvalorização dessas mensagens no meio da Igreja em Tessalônica. As profecias querem ajudar a Igreja a se colocar no caminho indicado por Deus.
V. 21: Experimentem tudo, fiquem com o que é bom
Nesta recomendação o apóstolo se apoia na liberdade cristã. Experimentar, julgar, discernir é um exercício para se chegar ao reconhecimento, a partir do evangelho, do que é bom para a vida, do que é digno para a vida, do que é edificante para a vida.
Ficar com o que é bom não significa apenas reter no coração o que é bom, mas significa, principalmente, aplicar à vida, agir de acordo. De nada adianta guardar para si o que é bom. Infelizmente o apóstolo Paulo não oferece pistas para realizar sua recomendação.
Com seu apelo — experimentem tudo — ele também aposta na responsabilidade, na maturidade dos cristãos em Tessalônica.
V. 22: E evitem todo tipo de mal
Esta recomendação é uma decorrência do versículo anterior. Mas, didaticamente, o apóstolo insiste nesta questão, pois decerto suspeita da cumplicidade que pode haver na promoção do mal. Ele quer alertar a comunidade, os cristãos, a não tomarem parte em ações que deliberadamente possam estar vinculadas ao mal. Seu propósito é chamar a atenção dos cristãos para que se afastem, se neguem a colaborar com o mal. Trata-se de uma exigência ética.
V. 23: Que Deus, que nos dá a paz, faça que vocês sejam completamente santos. E que ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês livres de toda a mancha, para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo
Esta breve oração enfoca dois temas e um desejo. Os temas: santificação e parúsia (a segunda vinda de Cristo). O desejo: que os cristãos se mantenham íntegros.
A santificação dos cristãos é manifestação do amor de Deus, de sua bondade, de sua eleição. Ele acolheu as pessoas para serem santas, ou seja, pessoas que se dedicam ao seu serviço no mundo. O Batismo é o sinal mais visível dessa escolha que Deus faz. Quem é batizado é escolhido por Deus para ser sua testemunha.
Para o apóstolo Paulo e as primeiras comunidades a parúsia aconteceria ainda no tempo de sua vida. Os tessalonicenses, portanto, ainda viveriam quando ocorresse a segunda vida de Cristo. A parúsia ainda está por vir. Por isso, o desejo do apóstolo continua válido: os cristãos precisam cuidar-se para quando chegar o momento. O apóstolo expressa a integralidade da pessoa através da tríade: espírito — alma — corpo. A Deus, o Senhor da humanidade, interessa todo o ser humano e não apenas uma parte.
Paulo concebe o cristão como um ser integral. Este aspecto é muito importante para a ética cristã. A pessoa toda deverá guardar-se para a parúsia.
V. 24: Aquele que os chama fará isso, porque ele é fiel
O apóstolo Paulo assegura aos tessalonicenses que a fidelidade faz parte do caráter de Deus. Ele guarda as suas promessas (2 Ts 3.3).
Já a situação dos cristãos tem-se evidenciado como bem diferente. A fidelidade da Igreja em relação a Deus é frágil. São muitas as histórias de infidelidade das pessoas relatadas na Bíblia. Como também são muitas as histó¬rias da infidelidade da comunidade cristã ao longo de sua história desde os primórdios até os dias de hoje.
O consolo e a alegria contidas neste anúncio do v. 24 são que Deus não só nos aceita no tempo presente, mas também manifestará sua graça no final.
A comunidade que confia em Deus experimenta fidelidade e não se desvia do caminho indicado por ele. Essa comunidade poderá cantar com alegria e vigor:
Quem só em Deus, o Pai, confia
e nele espera sempre fiel,
quem contra o mal com Deus porfia,
resiste à dor, a mais cruel.
Quem sua vida a Deus confiou,
em rocha firme edificou.
Georg Neumark (1621-1681)
3. Comunidade Cristã hoje: Pistas para a Reflexão
l Tessalonicenses 5.16-24 é o texto que servirá de base para a pregação no 3o Domingo de Advento. A época de Advento reveste-se de um caráter especial para a comunidade cristã que se prepara para celebrar e anunciar o Natal de Jesus Cristo.
Esta perícope do apóstolo Paulo inserida neste tempo adquire um significado diferente do que se fosse designada para outro domingo no calendário da Igreja. Torna-se necessário considerar o tempo de Advento como pano de fundo sobre o qual se projetará a pregação neste domingo.
Como vimos na parte anterior, são muitas as recomendações do apóstolo para a comunidade. Cada uma delas pode tornar-se tema para uma prédica. No entanto, elas formam um conjunto de atitudes básicas para a vida comunitária e podem ajudar-nos numa avaliação da vida comunitária no tempo de hoje, tempo pré-natalino, tempo de final de ano. O final da perícope, quando menciona a parúsia, parece indicar-nos o tema central deste texto. A comunidade cristã é exortada para uma vida em alegria, em oração, em ações de graças, em valorização do Espírito Santo e em apegar-se ao bem em função do que há de vir.
Isso significa que, neste tempo de Advento, o apóstolo Paulo eslá convidando a comunidade cristã a olhar para o futuro de Deus. O biblista Traugott Holtz afirma que olhar para a parúsia sempre nos possibilita um novo começo.
Quando a comunidade cristã olha para o que há de vir, o futuro de Deus, ela se lembrará que Deus a quer íntegra. Ou seja, que espiritualmente e fisicamente a comunidade esteja gozando de plena saúde. Mas será que a comunidade cristã na qual me encontro pode sentir-se assim? Caberá ao pregador ou à pregadora avaliar a vida da comunidade na qual vive e convive. A mensagem que fica é que olhar para a parúsia possibilita-nos uma nova oportunidade, uma nova possibilidade, uma nova chance para acertar o caminho a ser trilhado.
O caminho de Deus no qual a comunidade é exortada a trilhar segue sendo o mesmo através dos tempos: servir a Deus no serviço ao outro. As formas de fazê-lo vão se diferenciando ao longo dos tempos. Novos desafios implicam novas formas de serviço, novas maneiras de cumprir os mandamentos de Deus. A comunidade precisa estar preparada para aceitar em seu meio essas novas formas de serviço. Ela está preparada para isto?
Gostaria apenas de mencionar duas situações onde transparecem essas questões:
* A comunidade está disposta a desenvolver uma pastoral para acolher e orientar homens e mulheres divorciados/separados?
* A comunidade está disposta a desenvolver uma pastoral para acolher e ajudar famílias e pessoas desempregadas?
Certamente um tema que será obrigatório abordar na prédica é a questão da fidelidade dos cristãos a Deus. Num mundo abarrotado de propostas atraentes e irresistíveis no que diz respeito a promessas de cura, de enriquecimento fácil, de consolos para a alma, ser fiel a Deus é uma atitude bastante difícil de ser sustentada. Que mal faz… — assim começa a indagação de pessoas de nossas comunidades quando estão na iminência de buscar numa sessão espírita um consolo para a dor que sentem pela morte de um familiar. Que mal faz… — assim começa a indagação quando se está na iminência de buscar proteção numa pirâmide que se coloca sobre a penteadeira. E por aí segue a nossa fragilidade.
4. Subsídios Litúrgicos
Confissão de pecados: Senhor, nosso bondoso Deus, temos dificuldades para alegrar-nos em meio ao sofrimento ao nosso redor; temos esquecido o valor da oração em nossa vida de fé; nosso louvor é tímido e muitas vezes nem sabemos como fazê-lo; temos dificuldades para discernir o que é bom e o que é mau. E nem sempre colaboramos para o bem, para a dignidade, para a vida. Precisamos de tua palavra, precisamos de teu estímulo. Por isso, te pedimos: perdoa-nos e ajuda-nos a viver como é da tua vontade. Tem piedade de nós, Senhor.
Palavra da graça: E porque se enterneceu o teu coração e te humilhaste diante de Deus, quando ouviste as suas palavras, também eu te ouvi, diz o Senhor. (2 Cr 34.27.)
Oração de coleta: Misericordioso e bondoso Deus, tu vens a nós em teu Filho Jesus. Mas o que encontras? Uma realidade marcada por massacres, violações dos direitos dos cidadãos e cidadãs, uma comunidade cristã pequena e fraca — é esta a situação na qual nos encontramos. Obrigado, Senhor, que tu não desistes de vir até nós para nos ajudar, orientar e consolar. Obrigado, Senhor. Amém.
Oração final: Deverá ser elaborada a partir da prédica e da comunidade local, podendo inclusive ser enriquecida com a colaboração dos membros, pedindo-lhes dois ou três motivos para agradecer a Deus e dois ou três motivos para interceder junto a Deus.
Sugestão de hinos para o culto: Hinos do Povo de Deus, no107,136, 237, 286.
5. Bibliografia
HOLTZ, Traugott. Der Erste Brief an die Thessalonicher. Köln, Benziger; Neukirchen-Vluyn, Neukirchener, 1986. (Evangelisch-Katholischer Kommentar zum Neuen Testament, XIII).
MARSHALL, I. Howard. I e II Tessalonicenses; Introdução e Comentário. São Paulo, Vida Nova; São Paulo, Mundo Cristão, 1984.
MARXSEN, Willi. Der Erste Bríef an die Thessalonicher. Zürich, Theologischer Verlag, 1979. (Zürcher Bibelkommentar, NT 11.1).
TRIMAILLE, Michel. A Primeira Epístola aos Tessalonicenses. São Paulo, Paulinas, 1986.