Prédica: Atos 8.26-40
Leituras: Salmo 22.25-31 e I João 3.8-24
Autor: Verner Hoefelmann
Data Litúrgica: 5º Domingo da Páscoa
Data da Pregação: 18/05/2003
Proclamar Libertação – Volume: XXVIII
Tema:
l. Contexto
Lucas reserva o oitavo capítulo de seu livro para descrever os atos de Filipe. Ele não se refere, com esse nome, a um dos apóstolos, mas a um dos diáconos escolhidos para cuidar das viúvas dos helenistas em Jerusalém (At 6.1-6). Elas estavam sendo excluídas da organização comunitária que atendia os pobres da comunidade. Todos os sete diáconos escolhidos possuem nomes gregos. Disso se pode depreender que tanto eles como os helenistas são judeus da diáspora, de língua e cultura gregas, convertidos à fé cristã. Teoricamente são encarregados de servir à mesa, mas, logo em seguida, são descritos como pessoas que, junto com os apóstolos, também proclamam a palavra de Deus. Do pouco que sabemos sobre a sua pregação, parece que sua palavra tem um tom mais incisivo do que a dos membros da comunidade de fala hebraica. Percebe-se isso no discurso de Estêvão perante o Sinédrio e em sua crítica ao templo e à lei (At 7.47-50; 6.14). Como se mostra nos capítulos 8-11, são eles os primeiros a fazer o evangelho romper os limites do judaísmo, sendo Filipe um dos pioneiros.
Após a dispersão desencadeada pelo linchamento de Estêvão, Filipe anuncia o evangelho pela primeira vez na Samaria. Sua área predominante de atuação, contudo, é a região costeira ao sul da Palestina, como insinuam as referências a Gaza (8.26), Azoto e Cesaréia (At 8.40) – todas cidades fortemente marcadas pela cultura grega. Filipe é descrito nesse capítulo como um pregador itinerante, sem residência fixa. Orientado pelo Espírito, desloca-se de um lugar para outro para colocar em prática as instruções que recebe de Deus. Com seus atos, colabora com o movimento de expansão do evangelho, em consonância com o plano descrito em At 1.8. Seu nome é mencionado pela última vez em At 21.7-9, onde é chamado de evangelista e nos é dito que é pai de quatro filhas profetisas.
Nosso texto, como os anteriores sobre a atividade de Filipe na Samaria, serve ao propósito de fundamentar a missão cristã entre grupos excluídos pela ortodoxia judaica. Em termos de estrutura e temática, At 8.26-40 possui uma semelhança notável com a aparição pascal descrita em Lc 24.13-31: ambos os textos falam de uma pessoa (Jesus, Filipe) que acompanha viajantes (os discípulos de Emaús, o eunuco), Interpreta para eles a Escritura, participa de um ato sacramental (ceia, batismo) e desaparece da vista deles. Filipe, guiado pelo Espírito, assume, por assim dizer, o papel do Cristo ressuscitado no caminho de Jerusalém a Gaza. Segue seus passos e se orienta por sua pedagogia no anúncio da boa-nova.
2. O texto
a) Estrutura do texto
A narrativa apresenta uma estrutura muito clara. Uma dupla exposição inicial prepara o encontro dos personagens centrais da história: Filipe (v. 26) e o eunuco (v. 27-28). A parte central descreve Filipe no exercício de sua tarefa, que compreende a explicação das Escrituras (v. 29-35) e a administração do batismo (v. 36-38). A conclusão (v. 39-40) corresponde à dupla exposição inicial e mostra a separação dos dois personagens.
As diferentes partes do texto são unidas pela referência ao caminho: o anjo instrui Filipe a ir para o caminho que desce de Jerusalém a Gaza (v. 26). Filipe e o eunuco seguem pelo caminho e encontram um lugar onde havia água (v. 36). Após o batismo, o eunuco segue o seu caminho cheio de júbilo (v. 39). Não surpreende, em meio a essa tríplice menção, que o eunuco expresse sua abertura para o evangelho com a pergunta: Como poderei entender, se alguém não me explicar? (v. 31) O verbo grego utilizado é hodegeis, que, a rigor, deve ser traduzido por se alguém não me conduzir/guiar pelo caminho. Na estrada de Jerusalém a Gaza, abre-se para o eunuco um caminho com novos horizontes, como se verá em seguida.
b) Caracterização dos personagens
Os versículos 26-28 apresentam os personagens centrais da história. De Filipe, já conhecido de textos anteriores, pouco se fala. Ressalta-se aqui a sua condição de instrumento a serviço de Deus. Ele não passa de um ator que segue à risca as orientações do diretor da cena. Quem toma a iniciativa é um anjo do Senhor, um mensageiro que Deus utiliza para chamar pessoas a colaborar com seu plano de salvação (Lc 1.11,26; At 10.3), exercer uma tarefa libertadora (At 5.19; 12.7), animar (At 27.23) ou executar seu juízo (At 12.23s.). Filipe recebe a ordem de levantar-se (anístemi – mesmo verbo usado para a ressurreição) e de ir para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza. Gaza está situada junto ao mar, cem quilômetros a sudoeste de Jerusalém. A estrada está de-serta. Onde Almeida traduz sul, a palavra grega significa literalmente meio-dia, tornando a ordem ainda mais surpreendente. Ao meio dia, por causa do calor, a estrada certamente estaria deserta. Mesmo assim Filipe se levanta e vai.
O outro personagem é descrito com maiores detalhes. É um etíope A Etiópia, chamada de Cuxe no AT, corresponde nos dias de hoje aproximadamente ao Sudão, ao sul do Egito. O cuxita, no AT, como o etíope, nos escritos greco-romanos, equivale praticamente a pessoa negra. O reino etíope era governado por mulheres que recebiam o título de Candace. Na época em questão, a rainha chamava-se Amanitére. Seu reino compreendia um conjunto de tribos negras que mantiveram a sua independência frente ao império romano. Diz-se ainda que o viajante é um eunuco. A palavra pode designar uma pessoa que detém um cargo administrativo, político ou militar. Mas aqui talvez seja usada em seu sentido primário de castrado. Como oficial da corte de uma rainha e superintendente de seu tesouro, essa, ao menos, seria uma prática usual. A questão tem sua importância, pois, segundo Deuteronômio 23.1, um castrado não pode entrar na assembléia do Senhor, ou seja, não pode ser membro pleno do povo de Deus.
Apesar disso, o etíope veio adorar em Jerusalém. Retorna agora em sua carruagem, lendo em voz alta um trecho do profeta Isaías, cujo rolo havia adquirido em Jerusalém. Isso significa que é um simpatizante do judaísmo, provavelmente um temente a Deus (At 10.2). Mesmo sem ser circuncidado, professa o monoteísmo judaico e observa os preceitos éticos da lei. A sua simpatia pelo judaísmo, contudo, não encontra acolhida plena da outra parte. Se continuasse a ler adiante em seu rolo, saberia que o profeta promete um memorial e um nome para os estrangeiros e eunucos que guardarem os sábados, escolherem o que agrada a Deus e abraçarem a sua aliança apenas para o futuro messiânico (Is 56.3-7). Não sabemos se o etíope conhecia esse texto. Mas logo saberá que as barreiras e preconceitos em relação a ele foram superados na comunidade cristã. Aqui o futuro já começou.
c) O encontro dos personagens
A seção central descreve o encontro dos dois personagens. A parte inicial mostra o diálogo entre Filipe e o eunuco, que culmina com o anúncio do Evangelho de Cristo (v. 29-35). Seguem algumas observações sobre esse trecho.
A iniciativa do encontro é creditada novamente aos céus. Filipe é orientado pelo Espírito a aproximar-se (prosérxomai) da carruagem e ajuntar-se (kolláomai) a ela. A orientação soa estranha ao mundo judaico de então. Como dirá o apóstolo Pedro em seu discurso perante um centurião romano: Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se de alguém de outra raça (At 10.28). A ordem do Espírito assinala o início de novos tempos, nos quais se reconhece que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). A partir dessa nova compreensão, a proximidade física torna-se o primeiro passo rumo n superação do preconceito e da discriminação.
A postura pedagógica de Filipe é exemplar. Antes de intervir, ele acompanha a carruagem. Tem paciência e não se porta de modo inconveniente. Ouve atentamente antes de falar, a ponto de reconhecer, na leitura, as palavras do profeta. Quando finalmente fala, não faz afirmações, mas uma pergunta: porventura entendes o que lês? A pergunta não é retórica, como se considerasse óbvia a ignorância do outro, mas lambem conta, eventualmente, com uma resposta positiva. Essa atitude respeitosa vai marcar o encontro até o final. Se Filipe inicia o diálogo, doravante é o eunuco quem o continua: declara-se impotente para compreender o texto, convida Filipe a subir e a sentar-se junto a ele, pergunta de quem o profeta está falando. Filipe e o eunuco permanecem como sujeitos do processo, como mostra o frutífero diálogo que se entabula.
O etíope está com a Escritura, Filipe, com o Espírito. Quando ambos se aproximam e se assentam lado a lado, produz-se a feliz associação que revela o tesouro escondido sob a superfície. Insinua-se assim que a investigação minuciosa da Escritura não é suficiente para se chegar à fé. Esta permanece coberta como por um véu (2 Co 3.14-16), quando não se encontra a chave hermenêutica certa e não se conta com a assistência do Espírito. O Espírito, por sua vez, não se manifesta de modo autônomo e arbitrário, mas, por meio da Escritura, revela a boa nova sobre Jesus.
O texto bíblico que vem sendo lido é um recorte de Is 53 na versão grega da Septuaginta, mais precisamente, as três partes finais do versículo 7, e as três iniciais do versículo 8. Lucas não cita as palavras do contexto imediato que poderiam indicar o sentido expiatório da morte do servo. Interessa-lhe o esquema antitético morte-ressurreição, por meio do qual interpreta o significado salvífico da obra de Cristo (Lc 24.26; At 2.23-24; 4.10). Filipe dá assim seu testemunho sobre Jesus, demonstrando que ele é o Servo de Deus descrito pelo profeta. Como protótipo do justo sofredor, ele carrega pacientemente o sofrimento que lhe é imposto, até a mais profunda humilhação na cruz (v. 32). Ao mesmo tempo, aponta para a exaltação de Cristo, quando diz que a sua sentença foi anulada, porque Deus arranca sua vida da terra, isto é, exalta-o (v. 33). Começando por esse texto profético, acrescenta outros textos cristológicos como provas da Escritura. Vários exemplos encontram-se nos discursos de At 2-4.
A segunda parte do encontro entre Filipe e o eunuco caracteriza-se por um ato sacramental (v. 36-38). Supõe-se que a instrução de Filipe tenha terminado com uma menção ao batismo, como o discurso de Pedro em Pentecostes (At 2.38). Mais uma vez, ressalta-se a iniciativa do etíope. Chegando a um lugar onde havia água, ele aproveita a ocasião para solicitar o batismo. O pedido é feito em forma de pergunta Que impede que eu seja batizado? Como gentio e eunuco, havia obstáculos intransponíveis que impediam sua integração à fé judaica. A pergunta provavelmente fazia parte de uma antiga liturgia batismal (At 10.47; 11.17; Mc 10.14). No contexto da narrativa, ela serve paia interpelar o leitor. Se o Espírito Santo conduziu de tal forma o caminho do etíope, haveríamos nós de colocar-lhe algum obstáculo? Não é verdade que Deus mesmo superou qualquer impedimento para que um gentio se tornasse membro do povo de Deus? O diálogo do versículo 37, que culmina com uma confissão de fé do eunuco, deve provir igual mente de uma antiga liturgia batismal, mas foi acrescentado secundariamente em alguns manuscritos ocidentais.
Consoante a prática predominante no fim do primeiro século, parece que Lucas pensa aqui em batismo por imersão, como indica a referência ao descer à água (v. 38) e ao subir da água (v. 39). Como sabemos, o ato de afundar na água e emergir dela tornou-se um símbolo do batismo como participação na morte e ressurreição de Cristo, ou seja, do morrer com Cristo para o pecado, a fim de ressuscitar com ele para a novidade de vida (Rm 6.3-14). Através desse ato, o eunuco experimentou uma realidade totalmente nova, tornando-se membro pleno do povo de Deus.
d) Separação dos personagens
O mesmo Espírito que promoveu o encontro dos dois personagens; agora se responsabiliza pela sua separação (v. 39-40). Filipe ó removido para outro local, onde o Espírito necessita dele para novas tarefas. O eunuco, por seu turno, segue adiante o seu caminho. Sua busca encontrou uma solução plenamente satisfatória. Agora ele não apenas está a caminho – agora ele é do Caminho (At 9.2). A alegria que o domina é um dos frutos do Espírito (Gl 5.22).
3. A caminho da prédica
Nosso texto está previsto para o quinto domingo de páscoa, mas também serviria para o período da paixão ou para o período após pentecoste. Na verdade, não há concorrência entre as três datas. Uma complementa a outra numa relação dinâmica. A sexta-feira santa encaminha para a páscoa: o Jesus crucificado tornou-se o Cristo ressuscitado. A páscoa deriva da sexta-feira santa: o Cristo ressuscitado continua com o cravo nas mãos. A páscoa encaminha para pentecoste: o Cristo ressuscitado continua ativo na comunidade através da ação do Espírito. Pentecoste deriva da páscoa: o Espírito que atua na comunidade é o mesmo que animou Jesus em seu ministério terreno. Uma de «nas atribuições é ensinar-nos todas as coisas e lembrar-nos de tudo o que Jesus nos disse (Jo 14.26). O encontro entre Filipe e o eunuco é uma ilustração belíssima dessa integração. O texto possui uma reserva muito grande de sentido, e a prédica sobre ele não pode abarcar todos os seus aspectos. Proponho concentrar a pregação em três pontos.
a) A comunidade cristã tem um compromisso com o anúncio do Cristo crucificado e ressuscitado: o evento da sexta-feira santa constitui o fundamento de nossa fé. Como anunciou Filipe ao etíope, Jesus é o servo de Deus anunciado pelo profeta Isaías. Ele tomou sobre seus ombros os pecados e as dores do mundo. Abandonado por todas as pessoas, morreu uma morte solitária. Somente Deus permaneceu ao leu lado, transformando sua morte solitária em morte solidária, fonte de reconciliação e nova vida. Sua ressurreição é um sinal eloquente de que Deus estava com ele, reconciliando consigo o mundo. Através dela, Deus exaltou aquele que fora rejeitado pelos seres humanos, transformando a pedra rejeitada em pedra angular.
Mais do que proclamar essa mensagem, a comunidade é chamada a ser a presença visível do Cristo crucificado e ressuscitado em nosso mundo. Não será mero acaso que o encontro de Filipe com o eunuco apresente tantas semelhanças com aquele outro encontro, em que o Cristo ressuscitado faz renascer a esperança no coração dos dois discípulos que retornam de Jerusalém para Emaús. No caminho de Jerusalém a Gaza, Filipe, movido pelo Espírito, assume o papel do ressuscitado. Ele torna-se um Cristo para o africano. Este está retornando para casa, tomado igualmente por grande frustração. Está em busca de um novo horizonte de vida, mas ainda não o encontrou. Ele lê o texto da Escritura, mas não reconhece aquele para quem ela aponta. Pela intervenção de Filipe, o véu que encobre a Escritura foi removido (2 Co 3.13-16), e ela passa a testemunhar claramente a Cristo.
b) Na comunidade do crucificado e ressuscitado há lugar para todos: mesmo sendo um simpatizante da fé judaica, o etíope jamais seria plenamente integrado ao povo de Deus da antiga aliança, devido à sua condição de gentio e eunuco. Não se trata de enxergar o cisco nos olhos dos outros, ignorando a trave que atrapalha os próprios olhos. Mesmo que não se possam projetar para os tempos bíblicos os preconceitos modernos de cor aliados à história da escravidão, hoje, em mui-tas de nossas comunidades, o africano encontraria mais essa barreira a superar. Quantos outros grupos e segmentos sociais continuam sendo discriminados e alijados, de forma velada ou aberta, do novo povo de Deus que proclamamos ser?
A perspectiva do texto é radicalmente contrária a tudo isso. A iniciativa que faz vencer o preconceito provém do Espírito de Pentecoste, que tornou acessível o poder de Deus a filhos e filhas, jovens e velho, servos e servas (At 2.17-18). Jesus mesmo não se negou a estender sua ação benéfica a gentios, certo de que Deus pode suscitar filhos a Abraão das pedras (Mt 3.9), bem como de segmentos desprezados c marginalizados de seu meio. A igualdade fundamental dos seres humanos tem seu fundamento em Deus mesmo, que não faz acepção de pessoas. Na comunidade cristã, tal igualdade se documenta no ato batismo, que torna sem valor possíveis diferenças entre judeus e gregos, escravos e libertos, homens e mulheres, pois todos são um em Cristo (Gl 3.27-28).
c) Na comunidade do crucificado e ressuscitado, adota-se a pedagogia do caminho: por mais importante e decisiva que seja a mensagem que nos cabe proclamar e promover, ela só pode ser dada como um testemunho – jamais como uma verdade que se queira impor. O poder do evangelho é um poder que serve, e não que submete; que procura convencer, e não vencer. Nosso texto fornece um belo modelo pedagógico para a evangelização cristã. Além de evangelista, Filipe e um diácono, e não um general. Por isso, o encontro do etíope com o evangelho não passa pelo constrangimento, pela submissão, coação ou imposição, como muitas vezes aconteceu ao longo da história. Ele acontece ao longo do caminho, como descoberta de uma boa notícia e como uma adesão voluntária a ela pelo batismo. O caminho de Jerusalém a Gaza, graças à intervenção feliz e apropriada de Filipe, tornou-se para o eunuco um caminho de Deus (At 18.26) e um caminho de salvação (At 16.17). Não admira que ele tenha seguido sua jornada cheio de júbilo, como parte integrante daqueles que pertencem ao Caminho (At 9.2).
4. Subsídios litúrgicos
Hinos: Hinos do Povo de Deus: 94; 120; 113
Intróito: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável (At 10.34-35).
Confissão de pecados: Nosso Deus e Pai! Tu nos asseguraste que, em nosso batismo, morremos com Cristo para o pecado e ressuscitamos com ele para andar em novidade de vida. Mesmo assim, temos que confessar-te humildemente que não conseguimos viver a partir dessa realidade. Nós nos conformamos com esse mundo marcado pelo ódio e pela opressão, e não nos empenhamos em favor da paz e da Justiça. Tu nos asseguraste, em nosso batismo, que nos envolveste com teu filho Jesus Cristo, beneficiando-nos com sua salvação e tornando-nos um com ele. Apesar disso, nós continuamos a discriminar pessoas, fazendo-as sofrer e privando-as de nossa comunhão, porque elas são diferentes de nós. Perdoa o nosso pecado. Fortalece-nos com o poder do teu Espírito Santo, para que nosso testemunho sobre teu Filho, crucificado por nossos pecados e ressuscitado por tua mão poderosa, seja fonte de ânimo e vida nova para outras pessoas. Amém.
Palavra de graça: Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. Na qualidade de cooperadores com ele, nós vos exortamos a que não recebais em vão a sua graça (2 Co 5.21-6.1).
Oração de coleta: Abençoa, Senhor, o testemunho de tua palavra, para que ela se torne lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos, para que ela renove a fé de teu povo e faça renascer a esperança dos que estão desanimados e abatidos. Por Cristo Jesus, amém.
Bibliografia
COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos. Petrópolis/São Leopoldo: Vozes/ Sinodal, 1988.
FABRIS, Rinaldo. Os Atos dos Apóstolos. São Paulo: Loyola, 1991.
ROLLOF, Jürgen. Hechos de los Apostoles. Madrid: Cristiandad, 1984.
SAOUT, Yves. Atos dos Apóstolos. São Paulo: Paulinas, 1991.
Proclamar Libertação 28
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia