Prédica: Marcos 10.13-16
Leituras: Êxodo 1.15.21 e Lucas 2.25-33
Autor: Valdemar Schultz
Data Litúrgica: 18º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 12/10/2003
Proclamar Libertação – Volume: XXVIII
Tema:
1. Criança não atrapalha
Conforme Sérgio Capparelli, professor em Comunicação da UFRGS, a idéia de infância é relativamente recente na história da humanidade e já está em crise. Antes da Idade Média não se falava de Infância pelo fato de ela não ter existido na compreensão atual: a criança como um indivíduo em formação, que necessita de proteção diante da miséria humana e das exigências do trabalho. A ideia de infância é uma invenção, uma construção histórica cultural que adquire características e valores próprios em cada época e cultura.
Assim como a ideia de infância surgiu em alguma fase da história humana, pode modificar-se ou, até mesmo, desaparecer. As manchetes dos jornais mostram que a realidade de marginalização e exploração infantil contradiz todos os discursos de emancipação humana. Em todo o mundo, existe um verdadeiro submundo de prostituição infantil. O Brasil apresenta altos índices em denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Mais de 80% dos abusos acontecem dentro de casa, mas oficialmente esse número baixa para 50%. O pai, muitas vezes, é o agressor, a mãe e vizinhos são coniventes, e as denúncias não são feitas.
A quantidade de casos e de descasos de agressão contra crianças é alarmante. O mapeamento da realidade permite descobrir caminhos para o anúncio do Evangelho. Num processo de identificação de vítimas e sujeitos, é necessário pensar a partir do local, ao mesmo tempo em que se pensa o que é nacional e global, e vice-versa. O sociólogo português Boaventura de Souza Santos diz que, na nova sociedade global, os explorados e oprimidos deixam de ser vítimas para serem protagonistas e sujeitos.
A educadora Sandra Mara Corazza, da UFRGS, fala das mudanças das relações e das identidades, assim como das concepções e das práticas educacionais que ocorreram desde os anos 70. Não basta apresentar uma realidade nem falar de um sujeito histórico amplo como representativo ou protagonista em uma sociedade que se pensa global É preciso compreender o sujeito criança, pensado a partir de uma realidade específica, também como criança, da geração infantil, branca, negra, migrante da zona rural, somente filha, filha e catadora de lixo, católica, espírita, evangélica, etc. Ou seja, é preciso considerar como linguajadora de muitas linguagens e linguajada por vária:, outras, como ocupante de múltiplas posições discursivas e de diferentes posições de sujeito.
As realidades do ser criança são, concomitantemente, distintas, complexas e contraditórias. Por um lado, existe uma grande discrepância econômica e social entre as crianças não realizadas e as realizadas Entre aquelas que não têm casa e as que têm casa, entre as que trabalham e as que estudam, entre as que mendigam restos de alimento e as que dispõem de abundância de alimentos. Por outro lado, existe uma desconfortável semelhança entre as meninas e os meninos carvoeiros de Mato Grosso do Sul e as meninas e os meninos de agenda cheia da classe média urbana: ambos têm seu dia orientado pela produção. Infância é, por isso, um conceito em crise, em contradição. Jesus declarou que das crianças é o reino de Deus. Suas palavras e gestos em defesa das crianças continuam radicais e exigentes.
2. Texto e contexto
Ao iniciar este estudo, nos damos conta que nem Mc 10.13-16 nem os paralelos (Mt 19.13-15 e Lc 18.15-17) constam nos volumes anteriores do Proclamar Libertação. Mesmo assim, não aprofundamos o texto exegeticamente, visto que temos por objetivo proporcionar um subsídio de ordem mais prática para o Dia da Criança.
Jesus destaca a importância das crianças no reino de Deus. Elas expressam um valor essencial do cristianismo. Mc 10.13-16 explica os textos anteriores (Mc 9.33-50) e ilumina os seguintes (Mc 10.17-31). O contexto evidencia um contraste: a atitude de Jesus para com as crianças se diferencia da dureza de coração das leis judaicas de divórcio (10.5) e da reação negativa do homem rico (10.21ss). Conforme a tradição do Evangelho de Marcos, cada narrativa é cristológica; também o encontro com as crianças e o confronto com os discípulos revelam quem é Jesus. Toda a ação de Jesus é evangelho, boa-nova do reino.
a) Proposta de tradução
13 Traziam-lhe crianças para que as tocasse, mas os discípulos as repreendiam.
14 Vendo isto, porém, Jesus indignou-se e disse-lhes: 'Deixai as crianças virem a mim e não as impeçais, pois é para seus iguais (dos tais), o reino de Deus.
15 Em verdade vos digo: quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele.
16 Então, abraçando-as, abençoou-as, colocando as mãos sobre elas.
Observações relacionadas com a tradução: o pronome demonstrativo lhe (autos – daí.), na tradução traziam-lhe crianças (v. 13), é mais preciso que a proposta de Almeida algumas crianças, a qual pode dar a ideia de um acontecimento acidental. No versículo 14, a tradução de Almeida pequeninos (como mikrós em Mt 18.6) não corresponde ao grego paidía – crianças. Ainda no versículo 14, várias traduções são possíveis para a palavra toioüton: de tal tipo, estas crianças e outras (literal), estas crianças e outras pessoas iguais a elas.
b) Comentários sobre o texto
O texto não diz quem levou as crianças até Jesus, mas estas pessoas, que poderiam ser as mães, os pais, irmãs ou irmãos mais velhos ou parentes próximos, estão convencidas de agir em nome das crianças e para o seu bem. O contato com Jesus proporciona cura e fortalecimento. Os discípulos, porém, negam às crianças a possibilidade de aproximar-se de Jesus. Eles tentam impedir o encontro de Jesus com as crianças. Para os discípulos, as crianças perturbam e incomodam o ensino de Jesus, porque elas ocupam o último lugar na sociedade, não podendo merecer interesse. Jesus reage, demonstrando sua indignação. A atitude dos discípulos está equivocada. As crianças devem aproximar-se sem impedimentos. Os discípulos não têm compreendido a proposta do reino. Os discípulos são chamados para uma mudança de mentalidade, à qual deve corresponder uma mudança de atitude.
Jesus declara que o reino de Deus pertence às crianças. O reino de Deus não encontra nenhum obstáculo nelas. Enquanto os discípulos entendiam que somente as pessoas adultas eram maduras o suficiente para se decidir responsavelmente, Jesus mostra que o oposto é verdade. O reino de Deus pertence às crianças por sua condição de dependência, não por causa de qualidades subjetivas que possam ter ou por qualquer isenção de pecado ou ideia de pureza. Mesmo assim, o reino de Deus precisa ser aceito e esperado com confiança.
A repreensão aos discípulos é um chamado para o reino de Deus: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele. Este dito tem um paralelo em Jo 3.1-15. Na visita de Nicodemos, Jesus compara a entrada no reino de Deus com o novo nascimento. Considerando o chamado no começo da atividade de Jesus (Mt 1.14-15), ele espera que as pessoas aceitem o reino de Deus com f é e o realizem com confiança, da maneira como as crianças aceitam e realizam os ensinamentos de seus pais e de suas mães. Nesta ação conclusiva, Jesus expressa com gestos a preferência de Deus pé Ias crianças. Jesus permite que se aproximem, assim como lambem Deus se volta para elas.
3. Ampliando desafios
Entre os gregos e os romanos, as crianças não eram muito estima das. Embora fossem desejadas para constituir famílias e se projetasse nelas a imagem de futuros trabalhadores e soldados, elas não tinham valor em si mesmas. Na arte greco-romana e posteriormente na da Idade Média até o século XVIII, as crianças eram frequentemente pintadas como adultos em miniatura. Uma miniatura no Evangeliário de Oto III (séc. XI) dá-nos uma ideia impressionante da deformação imposta aos corpos das crianças. Na cena de Mc 10.13-16, o miniaturista agrupou em torno de Jesus oito verdadeiros homens, reproduzidos em escala menor. A infância era caracterizada como algo passageiro, como prólogo para a idade adulta.
– A visão de criança como pequeno adulto está superada? Recordamos quando 5 mil meninas foram levadas por suas famílias aos estúdios do SBT para mostrar suas bundinhas no concurso do Tcham.
Na tradição judaica, as crianças são um dom precioso de Deus. São recebidas como bênção. Nelas estava assegurada a continuação do povo. Nas crianças, estava salvaguardada a presença do povo na terra confiada por Deus. Na descendência, estava assegurada a permanência da aliança, da lei, da promessa de Deus. Mesmo assim, os israelitas não davam nenhuma atenção especial à individualidade das crianças. Elas eram preparadas para cumprir os deveres de um israelita adulto. Os meninos tornavam-se adultos aos 13 anos e as meninas aos 12. Desde o primeiro século antes de Cristo, os meninos participavam de um sistema escolar para serem instruídos no cumprimento dos mandamentos. O interesse da educação estava centrado na aprendizagem da lei e não na criança.
– Qual é a importância que a educação tem para as crianças em nosso país, em nossa comunidade, em nossa família?
O gesto de Jesus é o de todo hebreu abençoando seus filhos. O pai impõe as mãos sobre a cabeça de seu filho para transmitir-lhes a bênção que ele mesmo recebeu de seus antepassados. Também era costume que crianças fossem levadas a rabinos famosos para receberem a bênção, especialmente, na celebração do dia do perdão. Neste dia, as crianças que participavam das comemorações também jejuavam. Depois do jejum, elas eram encaminhadas a um rabino ou escriba para serem abençoadas. Situação semelhante é narrada em Mc 10.13-16. Mas tanto em Marcos como em Lucas, acontece algo diferente, as crianças são levadas até Jesus para que ele também as toque. O toque é uma ação importante que Jesus usava nas curas.
– Qual tem sido a proporção da nossa presença junto às crianças? Como temos cuidado de nossas crianças? Cuidado implica estar presente, ser adulto de referência, dar afeto, proporcionar segurança e fazer tudo para que a criança tenha condições para se desenvolver de uma forma integral.
O toque, o abraço, a bênção dados por Jesus são sinais sensitivos de que Deus se volta às pessoas para oferecer-lhes seu perdão, seu amor e sua salvação. A primeira exigência do reino de Deus é que ele seja aceito. O reino de Deus não pode ser conquistado, mas recebido com humildade, na consciência da dependência dele. A oferta de Deus é anterior à ação de quem a recebe: Nós amamos porque ele nos amou primeiro (l Jo 4.19). A oferta de Deus produz metánoia. É mudança de pensamento e de atitude ético-existencial (conforme Mt 18.3). O reino de Deus provoca completa reorientação de vida, um novo jeito de viver, como resposta ao amor e à graça concedidos no batismo.
– Que alternativas podemos oferecer às crianças diante de uma sociedade que idealiza as pessoas como indivíduos totalmente autônomos que se fazem a si mesmos e não devem nada a ninguém?
4. Subsídios práticos
a) Teatro de bonecos
Um encontro especial
(Vovó) Ansiosa, andando de um lado para outro no palco. Olha para público e diz:
– Oi, pessoal, estou esperando meu neto chegar. Ele foi para a cidade com sua mãe. Seu nome é Pedro. Vejam, lá vem ele…
(Pedro) – Vovó, vovó, você já sabe quem está na cidade?
(Vovó) – Não sei, Pedro.
(Pedro) – Aquele homem que anda pelas cidades, curando pessoas, fazendo coisas bonitas e contando histórias para ensinar as pessoas.
(Vovó) – Há! Sim! Seu nome é Jesus. E você viu Jesus.
(Pedro) – Vi, mas não foi fácil chegar perto de Jesus.
(Vovó) – Por que não foi fácil?
(Pedro) – Calma, vovó. Vou contar como tudo aconteceu.
(Vovó) -Vamos, menino, fale logo, que eu já estou ficando curiosa.
(Pedro) – Mamãe e eu estávamos na cidade quando encontrei alguns amigos meus que estavam indo com suas mães para ver Jesus. Aí, mamãe e eu fomos junto.
(Vovó) – E daí, meu neto? O que aconteceu então? Fala logo, Pedrinho.
(Pedro) – No caminho, ficamos imaginando como seria o nosso encontro. A gente falava:
– Será que Jesus vai brincar com a gente? João sabidão disse:
– Vocês acham que Jesus tem tempo para brincar com as crianças? Ele é uma pessoa importante. Aí Antônio… lembra dele vovó? (Vovó) – Sim… Ele já veio aqui brincar com você. (Pedro) – Pois é, António disse:
– Pois pra mim Jesus só será importante se brincar comigo.
(Vovó) – E como foi? Jesus recebeu vocês?
(Pedro) – Olha, vovó, quando chegamos perto de Jesus, mamãe também teve medo de falar com ele. Nós ficamos olhando um pouco de longe. Jesus estava se despedindo da multidão. Por fim, ficaram só umas doze pessoas com ele. Então nós criamos coragem e fomos falai com Jesus.
(Vovó) – E como foi?
(Pedro) – Quando estávamos chegando bem perto de Jesus, vieram alguns dos homens que estavam com ele e começaram a berrar com a gente.
– O que vocês querem aqui? Vão embora e deixem nosso mestre descansar.
– Nós só queríamos que Jesus abraçasse nossos filhos – disse mamãe, meio com medo.
– O quê? Abraçar as crianças? Ele não tem tempo para abraçar crianças.
(Vovó) – Que história mais triste. Então vocês não puderam falar com Jesus?
(Pedro) – Espera aí, vó! Bem nessa hora que nós estávamos começando a desanimar, ouvimos Jesus dizer:
– Quem disse que eu não tenho tempo para as crianças?
Os homens saíram de cabeça baixa. Nós ainda estávamos assustados com aquela cena, mas, aos poucos, todo mundo se acalmou. Então Jesus, olhando para nós, disse:
– Deixem que as crianças venham a mim, não as embaracem. Antes que Jesus continuasse, perguntei baixinho para a minha mãe o que é embaraçar.
– E não deixar que as pessoas façam algo que estão com vontade de fazer – disse mamãe baixinho.
(Vovô) – Isto mesmo! Embaraçar é proibir de dizer ou de fazer algo…
(Pedro) – Jesus continuou dizendo mais uma coisa que eu não entendi:
– Saibam todos que o reino de Deus é das crianças e quem não o receber como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
– O que é reino de Deus, mãe?
Eu falei tão alto que Jesus ouviu a pergunta e logo respondeu:
– O reino de Deus, meu filho, é um lugar e um tempo em que as pessoas não mais morrerão de fome e frio, não haverá mais guerra e Iodas as pessoas viverão livres e despreocupadas.
(Vovó) – Jesus disse isso? Que bonito, Pedrinho. É verdade. O reino deve ser para crianças mesmo. Os adultos vivem correndo apressados, escravos do relógio e do dinheiro. Além disso, estão sempre preocupados. Eles não saberiam viver livres e despreocupados. Mas, e então? O que aconteceu depois?
(Pedro) – O que aconteceu? Jesus me pegou no colo e me deu um abraço apertado. Fez isto com todas as crianças. Foi muito gostoso. Também contou uma história, enquanto isso cada um sentava um pouquinho no colo dele. Depois ainda fizemos algumas brincadeiras. Jesus estava muito animado. Parecia uma criança. Nós também estávamos contentes. Até os pais, as mães e as pessoas que andavam com Jesus também entraram nas brincadeiras.
Ah! Esta tarde passou tão rápido! Eu nunca vou esquecer o olhar meigo de Jesus, seu abraço carinhoso, o cheiro das suas roupas e o gosto do beijo que eu lhe dei.
(Vovó) – Que bonita a sua história, meu neto. Venha aqui, Pedro, quero lhe dar um abraço também. Estou muito, muito feliz por você.
(Adaptado de Edson Ponick)
b) Canto
Crianças do reino
Vinde a mim, disse o bom Jesus.
Que ninguém as impeça de vir,
pois crianças são do reino a luz.
Você também pode se incluir.
(Letra: Gladis D. dos Santos; Música: Vasti F. Marques. Hinos do Povo de Deus 2, 484)
Sugestão para roda cantada: formar um círculo. Uma criança fica no centro do círculo. Inicia-se o canto. Ao cantar a palavra você, na última frase, a criança que está no centro aponta para um ou uma colega e convida-a para formar uma fila com ela.
A criança convidada será a ponta da fila, que tomará forma de um trenzinho. Reinicia-se o canto com o trenzinho em movimento no centro do círculo. No final do canto, ao cantar novamente a palavra você, a criança que está na ponta da fila convida outra para tomar o seu lugar e aumentar, assim, o tamanho do trenzinho. O canto prossegue, integrando sempre mais uma criança ao trenzinho até que todo o grupo faça parte do mesmo.
Observações: caso o grupo de crianças for grande, inicia-se a roda cantada com duas ou mais crianças no centro do círculo, formando-se, então, mais de um trenzinho. Crianças portadoras de deficiência física podem participar tranquilamente da brincadeira, repensando-se a forma de conduzi-la.
c) Jogos de recreação
Um programa de Dia das Crianças pode oportunizar algumas brincadeiras de antigamente que, com certeza, não envelhecem apesar das novidades tecnológicas.
Gato e rato
Fazer uma roda, dando as mãos. Uma crianças é o rato e outra é o gato. O rato fica dentro da roda e o gato fica de fora. O gato pergunta e a roda responde:
– O rato está em casa?
-Não!
– A que horas chega?
-Às oito horas!
A roda, então, começa a girar, contando as horas ditas. Quando termina, solta os braços sem sair do lugar.
O gato entra na roda e tenta agarrar o rato, que foge do gato o quanto pode. Os dois podem entrar e sair da roda à vontade. Quando o rato é preso, recomeça o jogo. Quem foi o rato passa a ser o gato e outra criança da roda é o rato.
Pega-pega
Há vários jeitos de se brincar o pega-pega. O mais comum é aquele que uma criança é sorteada para ser a pegadora. Ela corre atrás de seus colegas que, para se salvar, devem bater no lugar que foi escolhi do para ser o pique. Quem for pego passa a ser o pegador e continua a brincadeira.
No pega-congelou, quem for pego fica congelado, parado, até alguém tocar nele e ele descongelar.
No pega-cocorô, para não ser pega, a criança deve se acocorar quando o pegador se aproxima.
E no pega-macaco, é preciso pendurar-se num lugar alto, como numa árvore ou num muro para não ser pego.
Peia-quente
Alguém esconde alguma coisa (peia) e volta para o lugar cm que seus colegas. Então, todos vão procurar o que foi escondido. Quem deu vai orientar os companheiros. Quando estiver longe, diz que está frio. Quando estiver perto, diz que está quente. Quanto mais longe, mais frio; quanto mais perto, mais quente. Quem escondeu vai dizendo: Está frio, congelou, está esquentando, está pegando fogo, ale ai quem encontrar a peia. Quem encontrou esconde o objeto para a próxima vez.
(Adaptação da Cartilha das brincadeiras, Folha de São Paulo, l6/04/2000)
Bibliografia
BRAKEMEIER, Gottfried. Reino de Deus e esperança apocalíptica. São Leopoldo: Sinodal, 1984.
BROWN, Colin. Verbete: Criança. In: BROWN, Colin. O Novo dicionário internacional de teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1984. v. l, p. 249-250.
CAPPARELLI, Sérgio. Infância: um conceito em crise. Zero Hora. .Segundo Caderno Cultura, sábado, 18 de novembro de 2000.
CHOURAQUI, André. A Bíblia. Marcos (O Evangelho Segundo Marcos). Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 160-161.
CORAZZA, Sandra Mara. Na diversidade cultural, uma docência artística. Pátio, Porto Alegre, v. 5, n. 17, maio/jul. 2001.
LENTZEN-DEIS, Fritzleo. Comentário al Evangelio de Marcos: modelo de nueva evangelización. Estella: Verbo Divino, 1998.
PONICK, Edson; WACHS, Manfredo C., KLEIN, Remi. Crianças na Bíblia. São Leopoldo: Sinodal, 1993.
WEBER, Hans-Ruedi. Jesus e as crianças. São Leopoldo: Sinodal, 1986.
Proclamar Libertação 28
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia