Prédica: 1 Samuel 3.1-10 (19)
Leituras: João 1.43-51 e 1 Coríntios 6.12-20
Autor: Baldur van Kaick
Data Litúrgica: 2º. Domingo após Epifania
Data da Pregação: 15/01/2006
Proclamar Libertação – Volume: XXXI
1. Diálogo com o pregador
Antes de consultar este auxílio homilético, cada pregador já deverá ter lido o texto bíblico, de preferência duas ou mais vezes, e anotado suas primeiras associações e impressões durante a leitura do texto. Uma prédica não pode ser elaborada na base de auxílios homiléticos de outros. Ela é algo bem pessoal do pastor ou da pastora, e temos que beber em primeiro lugar das próprias fontes, ou seja, ler o texto bíblico indicado para o domingo com nossa espiritualidade e experiências de vida e fé. Em nossas impressões, já estarão presentes de alguma forma as experiências da comunidade de cuja caminhada participamos. Só depois do trabalho pessoal, os auxílios homiléticos ou comentários aos quais temos acesso terão seu lugar. Com esses cada pregador poderá verificar suas impressões, vê-las confirmadas, aprofundadas ou corrigidas, mas também poderá optar, contra os auxílios homiléticos, por suas próprias primeiras impressões e permanecer fiel a elas, caso tiver indícios de que são consistentes e se impõem. O pregador fará bem em anotar em pequenas folhas suas ideias e reações ao texto. Deverá ter anotado o que consola no texto, o que intriga, perguntas para as quais não tem respostas e onde quer pesquisar mais, e onde percebe que o assunto mencionado no texto está presente na comunidade de hoje, sua vida e espiritualidade. Enfim, deverá registrar onde o texto diz algo sobre a fé, a vida cristã, o que diz de Deus e se faz um convite ou critica alguma atitude. Em todo caso, o pastor ou a pastora deverão ter presente que o texto contém experiências de fé e de vida da comunidade do passado e que essas são ouvidas pela comunidade de hoje na certeza de que podem ajudá-la em sua caminhada atual, suas alegrias, dificuldades e provações. O pastor e a pastora deverão compreender igualmente que a prédica é um diálogo sobre a fé com a comunidade e que por isso a mensagem só pode ser simples e leve, também quando exorta, pois pregar é anunciar a boa notícia do evangelho. Será importante ler o texto num segundo momento em conjunto com as demais leituras do domingo, pois em geral uma leitura ilumina a outra.
2. Minhas primeiras impressões
Desde a primeira leitura de 1 Sm 3.1-10 (19) impôs-se para mim como assunto central do texto o chamado de Deus a Samuel, juntamente com a orientação que Eli lhe deu. A ajuda de Eli foi decisiva para Samuel. Consolou- me no texto o fato de que uma pessoa imperfeita como Eli pôde ajudar outra para que aquela tivesse um relacionamento mais profundo com Deus. Ao mesmo tempo, consolou-me que Samuel, que servia a Deus e contava com o seu favor (1 Sm 2.26), não percebeu o chamado de Deus e precisou da orientação de Eli. Acabo de ler na revista Época que, na atualidade, 67% das pessoas procuram explorar mais o lado espiritual de sua vida. Posso pressupor que as dificuldades sentidas por Samuel em reconhecer Deus estão presentes na vida de muitas pessoas hoje e que muitos na comunidade se sentirão gratos por perceber isso no texto e vislumbrar ao mesmo tempo que 1 Sm 3 abre- lhes um horizonte amplo e promissor. A partir daí enxergo a possibilidade de conversar com meus ouvintes também sobre o espaço da comunidade como lugar onde nos ajudamos mutuamente a aprofundar nossa fé. – Olhando para Jo 1.43-51, descubro no evangelho a mesma temática do texto do Antigo Testamento, pois primeiro Jesus chama Filipe e, em seguida, Filipe estimula Natanael a crer em Jesus Cristo. Inclusive a epístola 1 Co 6.12-20, a princípio tão arredia a uma leitura conjunta com as demais leituras, pode ser lida sob o enfoque da vocação e o que essa significa para a vida cotidiana, pois quem descobre Deus recebe clareza sobre o que convém na vida cristã e o que não.
– Leio em seguida ainda 1 Sm 1-5 para verificar o contexto de 1 Sm 3 e checar se esse acrescenta algo novo. Vejo que o texto retrata a época em que Israel é uma anfictionia de 12 tribos. A vida de culto realiza-se no templo de Silo para onde acorrem as famílias uma vez ao ano. É no templo de Silo que acontece o chamado de Samuel. A vida de culto está degradada, por culpa de Eli e seus filhos. Mas Deus renova sua comunidade (a anfictionia e seu culto) ao chamar Samuel. Em uma época em que quase não mais fala, Deus chama Samuel uma primeira vez e em seguida sempre de novo (1 Sm 3.21). Samuel recebe de Deus clareza sobre sua vocação, torna-se bênção para Israel e será venerado por seu povo. (1 Sm 25.1). Mais tarde, quando descrever a infância de Jesus, Lucas (Lc 2.30,52) o fará com as palavras com as quais 1 Sm 2.25 resumiu a infância de Samuel. – São essas as primeiras impressões que tive após as leituras do texto, do evangelho e da epístola.
3. Leitura de auxílios homiléticos e comentários
Tenho várias perguntas, principalmente sobre a arca no templo (v. 3). Estou intrigado com a lâmpada mencionada (v. 3) e que é apagada em deter minado momento. Por outro lado, por que Samuel dormia no templo diante da arca? Tenho dúvidas sobre como avaliar a pessoa de Eli. Quero conferir se minha concentração no chamado de Samuel é correta. Decido verificar essas questões e controlar minhas suposições, primeiro com ajuda de auxílios homiléticos já escritos em Proclamar Libertação. – Leio o texto de Martin Volkmann em PL XIX. Vejo que oferece uma exegese consistente. Martin decide-se pelo contexto maior do texto e reflete sobre a pessoa de Samuel e a palavra de Deus. Seu tema é o Deus que deixa de se manifestar a seu povo e o Deus que volta a falar. Sugere desenvolver a prédica em uma sequência de três passos:
1) Deus silencia – apesar de todo o nosso culto: por causa da desobediência. 2) Deus fala – de maneira surpreendente: também por meio dos canais convencionais. 3) Samuel ouve – mesmo que, às vezes, é confundido; assume postura de obediência (p. 59). Martin não menciona a arca. Não dá ênfase ao chamado de Samuel. Mas na oração de intercessão, na última observação do auxílio homilético, sugere que não devemos esquecer as pessoas que “não percebem como e onde Deus fala” (p. 60 ). Sua última colocação me anima a continuar nas minhas suposições.
– O segundo auxílio homilético em PL XXV é de Maike M. Kegel Dutra. Maike escreve seu auxílio homilético para o início do novo milênio, época de profecias. Acentua que o texto se refere “ao dom da profecia”. Decide refletir sobre a missão profética da igreja hoje, assunto que desenvolve em quatro partes (p. 88). Maike aponta, contudo, duas vezes para a interação entre Samuel e Eli. Expõe que Eli “orienta” Samuel “para quando ouvir novamente o chamado” de Deus e que Samuel “procede conforme a orientação de Eli e responde ao Senhor” (p. 87) Martin e Maike decidem-se por uma mensagem a partir do contexto maior do texto.
– Auxílios homiléticos e seus autores são parceiros em nosso diálogo com o texto. Sou grato pelo que ofereceram e resolvo continuar a confiar no meu sentimento de que não estou em uma pista errada ao intuir que a questão do chamado de Deus é central no texto. Recorrer então ao único comentário dos livros de Samuel que possuo, a uma teologia do AT e a um estudo sobre o culto em Israel. Na Teologia do AT de Gerhard von Rad pesquiso a questão da arca (que me intriga) e descubro fatos interessantes. Von Rad explica que a arca representava o “trono de Javé” (p. 236). “Javé está sempre presente onde se encontra a arca.” (p. 236) Menciona que “o templo de Salomão, em cujo santo dos santos estava colo- cada a arca, era ainda considerado como o lugar da presença pessoal de Javé (1 Rs 8.12)” (p. 236). Von Rad acrescenta que “essa presença foi sempre considerada benéfica”, por isso a chegada da arca suscitava em Israel “manifestações de alegria” (pp. 236-237). Leio mais que em Dt e Dtr a arca já é outra coisa: “é o cofre das tábuas da lei e nada mais” (p. 237 ). – Na época descrita por 1 Sm 3, a arca está no templo de Silo e é ainda o trono de Javé. O templo de Silo é lugar da presença pessoal e benéfica de Deus. Pressinto a importância dessa descoberta para minha reflexão (cf. ainda v. 10).
– H-J Kraus informa, em seu livro sobre o culto, que consulto em seguida, que jovens dormiam no templo e que aqueles que Deus chamava passavam a ser os profetas do templo (pp. 131-132). No comentário de H. W. Herzberg encontro finalmente a informação de que Samuel dormia no templo possivelmente para cuidar da lâmpada, que devia ser acendida no início da noite e apaga- da de manhã, mas ele acrescenta que Samuel provavelmente apenas dormia diante da arca para receber as revelações de Deus, quando isso aprouvesse a Deus. Ademais, o comentário de Herzberg fortalece minha certeza de que o chamado de Samuel está no centro do texto. Ele esclarece que se trata no texto de uma teofania e que ali acontece a vocatio de Samuel. Numa época em que não acontecia nada da parte de Deus, ocorre de repente a vocatio de um jovem. Herzberg ajuda-me igualmente a ter uma imagem mais equilibra- da de Eli. O sacerdote não soube educar os filhos, razão por que a família de Eli se encontra sob o juízo, mas Eli se confia a Deus ao conhecer sua sorte. E ele, o mais experiente, ajuda Samuel a distinguir quem o chama e orienta- o como proceder. (cf. p. 28-32). Com as informações adicionais colhidas, vou-me decidindo pelo assunto da vocação de Samuel. Percebo que o texto me oferece a oportunidade de refletir com a comunidade sobre a presença pessoal de Deus no culto, nossa dificuldade de perceber Deus, e a comunidade como lugar onde nos ajudamos a chegar a um relacionamento de confiança com Deus.
– Então formulo o alvo da prédica: Quero conversar com meus ouvintes e minhas ouvintes sobre um sentimento que muitos de nós têm. Queremos ter um relacionamento mais íntimo com Deus, mas nem sempre sabemos como chegar a ele. Quero mostrar que o texto fala dessa problemática e ao mesmo tempo nos abre um horizonte amplo e promissor. Decido igualmente animar a comunidade a ser uma comunidade na qual nos ajudamos mutuamente para um crescimento de nossa relação com Deus..– Anoto como mensagem o seguinte: Quero expor à comunidade que Deus é favorável a nós, também hoje, e que ele está presente quando nos reunimos em culto – e ilumina nosso caminho. – Não quero exagerar nos apelos, mas decido formular à comunidade o convite de que nos animemos mutuamente para a fé. – Carrego tudo comigo um ou dois dias, ponho-o em oração e, em seguida, formulo um roteiro para a prédica.
4. Roteiro de prédica
No início da prédica menciono que há muitas pessoas, também na comunidade, que querem ter um relacionamento mais pessoal com Deus, mas nem sempre sabem como chegar a ele. Mostro que é o assunto do texto e que 1 Sm 3 quer ajudar-nos a ter mais clareza sobre essa questão. Na parte central da prédica, narro com simplicidade quem foi Samuel, que sua mãe o havia pedido em oração a Deus e logo consagrado a Deus e que, ainda criança, foi levado ao templo onde servia a Deus sob os cuidados de Eli. Conto o que Samuel fazia no templo, explico o significado da lâmpada e da arca e que Samuel dormia diante da arca esperando que Deus lhe falasse. Narro que Deus o chamou de fato certa manhã, mas que ele não o percebeu, e tampouco o sacerdote Eli. Mostro o cômico da situação e explico que Samuel não tinha experiência com Deus e que Eli finalmente compreendeu que era Deus quem estava chamando Samuel e então o orientou. Samuel agiu conforme as palavras de Eli e Deus lhe falou. Samuel recebeu clareza sobre sua vocação e como agir em Israel. – Destaco a falta de experiência com Deus de Samuel e inclusive de Eli, mas que esse finalmente lhe disse o que lhe faltava para que Samuel chegasse a uma relação com Deus e descobrisse sua vocação. Procuro em seguida mostrar que o mesmo acontece hoje. Lembro que muitas pessoas querem explorar mais seu lado espiritual e não sabem como. Inclusive nós sentimo-nos desorientados quando se trata dessa questão. Pode acontecer que servimos na comunidade a Deus, como Samuel, e não temos experiência com Deus. Parece que Deus não nos deu ainda certeza sobre nossa vocação e vida. – A partir disso desenvolvo em três passos a mensagem do texto para nós, apontando para dois fatos e uma consequência. Primeiramente mostro que em nossa igreja não existe a arca, mas que Deus está presente também entre nós. Explico à comunidade que Deus foi favorável a Samuel e que é favorável a nós e ilumina nossa vida. Mostro que da mesma forma que o texto do AT narra o chamado de Samuel, também o evangelho relata o chamado dos primeiros discípulos de Jesus. Explico que, quando o evangelista narra a vocação de Filipe e Natanael, ele quer dizer que assim Jesus Cristo está igualmente presente na comunidade e continua a chamar discípulos e discípulas, já chamou e continua a chamar. Destaco que esse é nosso Deus, é favorável a nós e ilumina nossa vida. Nossa comunidade é lugar onde Deus chama e ilumina pessoas. Convido a comunidade a ter essa fé.
Em segundo lugar, explico que muitas vezes somos como Samuel. Deus fala, mas não percebemos que está nos chamando. Reflito com a comunidade qual pode ser a causa disso. Pode ser nossa inexperiência com Deus. Samuel pensou que era Eli que o estava chamando. Nós talvez estamos confundindo a voz de Deus com outras vozes perto de nós. Concluo que estamos na mesma situação de Samuel e que precisamos de ajuda. Em terceiro lugar, convido então para nos determos em Eli. Destaco quem foi. Falo de seus erros. Informo que a primeira mensagem de Samuel será de juízo sobre a casa de Eli. Ressalto, contudo, que foram suas palavras que ajudaram Samuel a descobrir Deus em sua vida. Apesar de seus erros, ele tinha experiência com Deus – e sua experiência foi de ajuda para Samuel. – Volto a atenção para o evangelho. O evangelho mostra que Jesus chamou Filipe para o discipulado. Mas logo em seguida Filipe encorajou Natanael a crer em Jesus. – Eli disse a Samuel como responder a Deus: “Fale, Senhor, porque o teu servo ouve”. Filipe participou a Natanael: “Achamos aquele de quem Moisés falou na lei, e a quem se referiram os profetas”. E quando Natanael perguntou: “De Nazaré pode sair alguma cousa boa?”, Filipe animou-o com as palavras: “Vem, e vê”. Ambos estimularam para a fé; Eli, a Samuel, e Filipe, a Natanael. – Dou a pensar que também nós precisamos estimular- nos para crer. Outros precisam de nossos estímulos e nós dos estímulos de outros. Todos somos sempre de novo inexperientes com Deus. Lembro o que escreveu a revista Época, que muitas pessoas querem ter um relaciona- mento mais íntimo com Deus. Recordo que Eli conhecia seu pecado e que isso não o impediu de guiar Samuel para Deus. Nós também sabemos que somos pecadores, mas conhecemos muito mais a graça de Deus que nos foi trazida por Jesus Cristo, e são pessoas pecadoras, mas perdoadas, que melhor podem ajudar-se para um relacionamento de confiança com Deus. Encorajo a comunidade a ser esse lugar onde nos animamos mutuamente para uma relação pessoal com Deus. No final, relembro que todos sabemos que Deus nos é favorável e ilumina nossa vida. Às vezes, só nos falta dizer como Samuel: “Eis-me aqui, pois tu me chamaste. Fala, Senhor, que eu ouço”. Estimulo a comunidade a essa atitude e asseguro que Deus nos dará clareza sobre nossa vocação e sobre nosso agir e viver. Expresso ainda o desejo de que sejamos uma comunidade na qual nos auxiliamos mutuamente para a fé.
5. Comentário
Cada um avalie essa prédica. Não a proferi, mas a imagino coerente com o que se impôs a mim no decorrer da reflexão sobre os textos. O prega- dor não se deve deixar tirar de sua trilha por meio de minha exposição, apenas sentir-se motivado a confiar no que vai percebendo no texto quando o lê a partir de sua espiritualidade e experiências de vida. Sinta-se, contudo, em seguida animado a ler comentários e auxílios homiléticos para testar suas impressões; a delimitar sua mensagem (pois cada texto pode ser desenvolvido em várias direções); a decidir sobre o alvo da pregação; a fixar o que dirá como mensagem; e a resolver sobre o convite que fará e que precisa ser coerente com o evangelho.
Pense também que, no início da prédica, é importante delimitar o assunto para que a comunidade saiba o que a aguarda e sinta-se atraída para refletir junto; que no corpo da prédica deverá organizar o assunto delimitado; e que na conclusão poderá resumir a mensagem e fazer talvez um convite. Tenha o pregador além disso em mente que a prédica é um ato de solidariedade e que ela deve vir do coração e falar ao coração. A comunidade não é nossa inimiga, mas são nossos amigos e amigas. Conforme Lutero, a prédica é um estímulo para a fé.
6. Orações
Na oração inicial, agradecemos pela presença de Deus em nossas vidas e reconhecemos que, às vezes, temos o sentimento de que Deus não mais fala conosco. Em geral, isso se deve ao nosso afastamento de Deus. Pedimos que nos perdoe, para que possamos celebrar o culto sabendo-nos sob sua graça. Dispomo-nos a afastar-nos de todo mal e a servir a Deus. – Após o perdão, Senhor, anunciamos o perdão, convidamos a comunidade para aceitá-lo com fé e nos dispomos a viver na presença de Deus. – O anúncio do perdão deve ser feito tendo em mente que Deus é favorável a nós. É a partir do anúncio do perdão que podemos estar no culto com alegria e com a certeza de que Deus falará a nós. Na oração intermediária, lembramos que Jesus Cristo chamou seus primeiros discípulos e que os discípulos chama- dos estimularam outras pessoas a crerem em Jesus Cristo. Pedimos-lhe que continue a chamar seus discípulos e discípulas, também entre nós, e que nos dê clareza sobre nossa vocação e nossa vida. . A oração de intercessão é o momento de dizer a Deus – como Samuel – que estamos aqui e que queremos ouvi-lo falar. Pedimos que Deus revele a cada um sua vocação; que a igreja e a nossa comunidade sejam lugar onde todos podem crescer na fé; que Deus nos ilumine para que saibamos discernir entre aquilo que convém e o que não convém na vida cristã. Expressamos que conhecemos nossas fraquezas, mas que experimentamos a graça de Deus – e que em decorrência disso podemos ajudar-nos mutuamente. Incluímos o tema de intercessão da IECLB, a oração por todas as pessoas, pelos povos, pela paz e justiça entre os povos, pelas autoridades e as intercessões da comunidade. No final, agradecemos a Deus que podemos orar e que ele ouve e atende nossa oração e nos dispomos a lhe servir. A bênção deve ser deitada sobre a comunidade. Existe uma maneira de falar a bênção, que dá a entender à comunidade que se trata de algo supérfluo, e outra, na qual a comunidade percebe que a bênção que veio sobre ela durante o espaço de culto agora a acompanhará em sua caminhada cotidiana durante a semana. Sugiro como leitura de cabeceira para todos que têm que pregar periodicamente e organizar o conteúdo da mensagem o livro indicado abaixo sobre Técnica de Redação.
Bibliografia
BECKER SOARES, Magda/ NASCIMENTO CAMPOS, Edson. Técnica de Redação. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979.
HERTZBERG, Hans Wilhelm. Die Samuelbücher.Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1968.
KEGEL DUTRA, Mayke M. 1 Samuel 3.1-10,19. 2º Domingo após a Epifania: In: Proclamar Libertação XXV. São Leopoldo: Sinodal, 1999.
KRAUS, Hans-Joachim. Gottesdienst in Israel. München: Chr. Kaiser, 1962.
VON RAD, Gerhard. Teologia do Antigo Testamento. Vol.1. São Paulo: ASTE, 1973.
VOLKMANN, Martin. 1 Samuel 3.1-10(19). 2º Domingo após Epifania: In: Proclamar Libertação XIX. São Leopoldo: Sinodal, 1993.