Prédica: João 17.(9-10) 11-19
Leituras: Salmo 47.1-8 e 1 João 4.13-21
Autor: Hans Alfred Trein
Data Litúrgica: 7º.Domingo da Páscoa
Data da Pregação: 28/05/2006
Proclamar Libertação – Volume: XXXI
1. O mundo pede passagem
Enquanto escrevo, o país está sendo chacoalhado por um dos mais devastadores escândalos de corrupção política. A cada novo dia, mais uma porca enlameada e imunda é fustigada pela aldeia. Acusações são desferidas por acusadores que não temem admitir pública e cinicamente a sua própria corrupção, tudo em nome da própria honra e família, malas de dinheiro são carregadas por deputados pastores da Igreja Universal, Comissões Parlamentares de Inquérito, compostas por colegas que só permanecem isentos até prova em contrário, o partido da ética tornando-se permeável de corrupção a caminho do poder, a mídia se lambuzando, em festa, com toda essa imundície… Enfim, o mundo, com sua face explícita mais perversa, apresentado pelo Evangelho de João como grandeza em oposição a Deus, a tal ponto que Jesus não quer incluí-lo em sua oração sacerdotal. A maioria dos atores nesse mundo declara-se cristã. E agora, o que fazer com a distinção entre discípulos e mundo?
2. Contextualização
A oração sacerdotal encerra uma série de falas e procedimentos por meio dos quais Jesus se despede de seus discípulos. Um breve olhar para a moldura de todo o capítulo 17 nos informa: Jesus (preexistente, v. 5) veio do Pai e entrou no mundo (16.28). Foi odiado pelo mundo (15.23, 25), mas venceu o mundo (16.33) e recebeu autoridade sobre todos os seres humanos (v. 2). Aos que Deus lhe confiou (vv. 2,6) Jesus deu o conhecimento de Deus, que é a vida eterna (vv. 2,3) e que o mundo não conheceu (v. 25). Jesus mostrou-lhes quem é Deus, dando-lhes a palavra de Deus (v. 6), que é a verdade (v. 17), que produziu neles conhecimento da relação de unidade e de envio entre Deus e Jesus (v. 8), que o mundo ainda não crê e não conhece (vv. 21, 23). Agora que Jesus já não está mais no mundo (v. 11), ele quer devolver a guarda dos discípulos a Deus, pois esses continuam no mundo (vv. 11, 12), foram por ele enviados ao mundo (v. 18), e Jesus não pede para que sejam tirados do mundo (v. 15). Ao mesmo tempo, também pede para receber a mesma glória que ele já tinha com Deus antes de existir o mundo (vv. 1, 5). Jesus cumpriu a missão de separar e preparar aqueles que Deus lhe deu no mundo. A missão continua a cargo desses santificados (v. 19) e dos que vierem a crer depois (vv. 20, 26 – “e ainda farei conhecer”), que vão ser assistidos pelo poderoso Consolador (16.7ss) para que o mundo creia e conheça Deus (vv. 21, 23) e sua palavra encarnada, Jesus.
O que aparece condensado nessa oração é, a rigor, um resumo de todo o evangelho. Jesus, a palavra preexistente à criação do mundo por Deus, recebeu uma missão definida de ser e multiplicar a palavra de Deus no mundo. Ele não alcançou a transformação do mundo, mas foi semente, preparou gente para continuar a tarefa, para serem muitos Cristos no mundo, para viverem a mesma unidade que existe entre Deus e Jesus. Eles passarão pelas mesmas dificuldades já sofridas por seu mestre. Estão avisados para não se escandalizar.
Depois de considerar a sua tarefa cumprida e pedir que o Pai o glorifique, Jesus passa a focar sua intercessão mais nos seus discípulos e discípulas. O capítulo termina com um bloco que ainda inclui os crentes do futuro. Aqui até mesmo a sua comunidade está mencionada na Bíblia. E não só isso: Jesus está intercedendo por ela.
3. Uma versão para facilitar o entendimento
Embora seja indicado suspeitar sempre de traduções que querem facilitar o entendimento de textos que já têm quase 2.000 anos de idade e ainda por cima provêm de uma cultura totalmente diferente, oriental – em geral essas traduções apenas escondem o seu caráter interpretativo mais intenso, pois cada tradução é uma interpretação –, apresento a seguir uma versão de Jörg Zink que é um pouco mais enxuta, pois elimina as repetições:
“Agora peço por eles. Não peço pelo mundo, mas sim por aqueles que me deste. Eles pertencem a mim, como tudo o que me pertence é teu e tudo o que é teu é meu. Todo o amor e o poder que nos unem agora são visíveis neles. Não estou mais com eles no mundo. Eles, entretanto, permanecem no mundo, e eu estou vindo para interceder por eles:
Pai Santo, conserva-os sob a proteção da tua palavra. Pois para tal recebi a mensagem de ti, de que sejam um, assim como tu e eu somos um. Enquanto eu estava com eles, guardei-os, repassando-lhes a tua palavra e dando-lhes proteção. Ninguém deles se perdeu, exceto aquele um que estava destinado à perdição.
Agora, estou vindo perante ti e dizendo tudo isso diante de seus ouvidos, para que a alegria que me completa também encha os seus corações: a alegria de estar junto de ti. Eu lhes dei a tua palavra, e as pessoas a seu redor os odiaram, pois nada conseguem extrair de sua vida humana, assim como também nada tenho com isso. Eu não te peço para tirá-los do mundo, mas para guardá-los do mal e de protegê-los de tudo o que for apenas humano. Desvela-lhes a verdade e dá-lhes firmeza e segurança em sua fé.
Tua palavra é a verdade, segundo a qual devem viver e na qual devem crer. Quando eu os enviar novamente mundo afora, então experimentarão a mesma coisa que aconteceu comigo: pois também tu me enviaste para dentro do mundo. Se, agora, me santifico por eles, entregando a minha vida, então que seja para que também eles se santifiquem pela verdade e permaneçam protegidos dentro dela” (ZINK, p. 135/6 – tradução própria).
4. Meditando sobre as possibilidades
Como um poema, a oração sacerdotal condensa e comporta muitos temas, cada um deles merecedor de no mínimo uma pregação. Recomendo um exercício que também fiz: perguntar o que são e o que fazem os quatro atores principais do capítulo 17 – Deus, Jesus, discípulos, mundo. O exercício conduziu-me às seguintes reflexões:
* A intercessão – O mundo moderno teve as suas dificuldades com a oração em geral e com a intercessão em particular. Qual é seu efeito, sua eficiência? Se não puder ser medido, então também não pode ser comprovado. Na pós-modernidade e depois de reconhecimentos da física quântica, admitem-se efeitos e eficiência também fora do âmbito restrito da religião, embora ainda persista a dificuldade de comprovação. Por isso permanecemos no nível testemunhal. Eu mesmo sou um agraciado por intercessão. Saber que meus pais intercedem diariamente por todas as suas famílias filiais, lembrando o meu nome e o de cada outra pessoa, faz-me sentir mais seguro e integrado numa comunhão maior com Deus. Sinto-me carregado e acolhido. Se já é bom saber que alguém intercede pela gente, quanto mais se é Jesus. Jesus faz essa oração pelos seus numa hora difícil para ele. Certamente a oração também consola o orador. Como sabemos, a intercessão carrega-nos pelos trechos mais sombrios da vida, quando estamos doentes e isolados no hospital, emocionalmente frágeis, depressivos, solitários… Restaura a identidade coletiva perdida no processo de urbanização e individualização das sociedades modernas. É tão importante, que alguns grupos neopentecostais descobriram a intercessão como boa fonte de ren- da. Jesus ora por nós; nós oramos pelos outros. A intercessão reporta-se à unidade que existe entre Deus e Jesus, oportuniza-nos participar dessa unidade e produz unidade entre todos aqueles que são de Deus. Uma prédica poderia desembocar num incremento à prática comunitária da intercessão ao modo de Jesus.
* Estar no mundo, mas não ser do mundo – O mundo em João é uma categoria que merece uma atenção especial. Se você quiser fazer do “estar no mundo, mas não ser do mundo” o tema principal de sua prédica, recomendo aprofundar o assunto consultando um dicionário de teologia ou, pelo menos, uma concordância. A seguir, dou apenas alguns indicativos. Confesso que tropecei sobre o fato de Jesus excluir o mundo de sua intercessão. Por que Jesus faz isso? O mundo não é digno de sua intercessão? De um lado, o mundo é o palco da vida, o cenário da atuação de Deus, de Jesus e dos discípulos (vv. 12, 13, 15). Em Jo 3.16, somos informados de que “Deus amou o mundo de tal maneira que enviou seu filho…” No v. 21, Jesus pede pela unidade dos discípulos “para que o mundo creia”. Nessas passagens, o mundo é o objeto da ação amorosa e salvadora de Deus. De outro lado, João fala desse mundo em contraposição a um outro projeto de vida: o reino de Deus. No Apocalipse, também de João, não se fala de um outro mundo, mas de um novo mundo, e nele não haverá mais lembranças das coisas passadas. Surgiu-me a pergunta: Afinal, foi o mundo ou o gênero humano que caiu e precisa da redenção? É apenas o gênero humano, reputado na tradição judaico-cristã como coroa da criação, que se desviou em desobediência e precisa de salvação, enquanto o restante da criação permaneceu bom? Então o que é o mundo em oposição a Deus? Se, entretanto, pensarmos que toda a criação de Deus caiu e se corrompeu, então como compreender o mundo pelo qual Jesus não quer interceder? Não pedir pelo mundo pode significar que Jesus não quer que o mundo fique assim como está. Excluindo o mundo de sua intercessão no v. 9, Jesus distingue entre mundo e discípulos. Essa mesma distinção é reafirmada também no v. 16: Jesus não é do mundo (cf. 8.2, onde parece que os fariseus e as autoridades judaicas são), os discípulos também não o são. Nem o próprio Cristo (17.14c, 16b; 14.27), nem os seus (15.19b; 17.14b, 16a; 1 Jo 3.1) pertencem de alguma forma ao mundo. Muito pelo contrário, aquele selecionou esses, (livrando-os) do mundo (15.19c), embora ainda tenham que viver no mundo (17.11b); além disso, o seu reino também não é deste mundo (18.36) e, por isso, Jesus não pretende assumir o poder de Estado. “Se imaginarmos atrás da palavra ‘mundo’ o mundo das pessoas, as relações humanas, a organização social e cultural, o sistema político e econômico, então todos esses versículos fazem sentido… É o mundo do consumo, do medo das tradições religiosas, da comunicação, diante do qual sempre de novo precisamos decidir que uso faremos dele… O cristão é diferente, é “desmundanizado”… A nossa missão é de santidade no meio do mundo” (FUCHS, pp. 156/7).
* Unidade dos cristãos – Um pequeno grupo tem que ficar unido, se- não é aniquilado, ainda mais com uma mensagem tão distinta do mundo. Entretanto, no contexto também estão os cristãos das gerações posteriores (vv. 20, 26). Hoje, os cristãos estão tentando superar suas divisões no Conselho Mundial de Igrejas. A divisão fundamental e escandalosa é o não-reconhecimento mútuo do ministério e da sucessão apostólica por católicos, ortodoxos e protestantes. Ela é escandalosa, pois desconsidera a unidade dada – assim como Deus e Jesus são um… – e submete essa unidade dada e gratuita às instituições e ambições humanas… Além disso, é autodestruidora, pois obstaculiza que o mundo creia. Coisas desse mundo! Superada essa divisão básica, não haverá mais impedimento para a celebração conjunta da Eucaristia.
* O conhecimento de Deus – Esse é um tema forte da oração sacerdotal como um todo. Os verbos conhecer e reconhecer aparecem nove vezes no capítulo 17 e ao redor de oitenta vezes no evangelho. Para não confundir conhecer com gnose, é necessário compreender o significado do conhecer neotestamentário em analogia ao conhecer do primeiro Testamento. Em nosso trecho, o verbo não aparece explicitamente – talvez seja uma razão temática para essa delimitação de texto para a prédica. Entretanto, está presente in- diretamente na medida em que o conhecimento de Deus produz a união íntima e amorosa, a identidade (17.11, 21) entre Jesus e Deus (“Quem me vê a mim, vê o Pai” – 14.8-10). Os discípulos participam dessa união por meio do conhecimento: Jesus deu-se a si mesmo como palavra encarnada, como verdade a ser conhecida. Conhecer não significa apenas “saber a respeito de” (intelecto), mas sim ter “íntima comunhão com” (amor), “ser um com”. Conhecer Deus é tão aberto, acessível e inclusivo de outras religiões e fés como “temer a Deus”. Para os cristãos, o conhecimento de Deus está vinculado a Jesus Cristo para evitar que eles persigam uma imagem de Deus cria- da pelo próprio coração e, ficando pendurados nessa imagem, no final se percam. Os ídolos não estão em outras religiões, mas dentro de cada religião. Se nós cristãos perdermos a referência a Jesus, não estaremos mais em condições de realizar a tarefa, a missão que Deus deixou para nós no mundo. Deus abençoou outras culturas com outras referências e mediações. Assim como não existe apenas uma cultura no mundo, Deus é tão grande que ele não precisa limitar a sua redenção do mundo a apenas uma experiência his- tórica e cultural.
Recomendo pregar sobre esse tema com base em outra delimitação de texto e buscar auxílio num dicionário teológico.
5. Minha proposta de pregação
Proponho uma pregação sobre a pergunta que me surgiu espontanea- mente na primeira leitura do texto: Por quem Jesus está intercedendo e o que ele pede? Se você quiser fazer uma série de pregações sobre o mesmo texto, poderia começar com essa e peregrinar com a comunidade pelos ou- tros temas refletidos acima. Penso que seria um exercício que faz jus a um texto tão denso como a oração sacerdotal.
Por quem Jesus intercede?
Jesus intercede pelos seus, por aqueles que o Pai lhe deu e que ainda lhe pertencem (v. 9). Os seus são um recorte da humanidade. Esse recorte refere-se inicialmente ao grupo restrito em torno de Jesus. Desses só se perdeu um, para cumprir-se a Escritura (v. 12). Jesus teve uma tarefa em relação a esse recorte: guardá-los no nome de Deus (v. 12), dar-lhes a palavra de Deus (v. 14), enviá-los ao mundo (v. 18), santificar-se a favor deles para que sejam santificados na verdade (v. 19). Agora está devolvendo a guarda a Deus, quando parte do mundo para junto do Pai santo (v. 11). Ampliando o recorte, também pensa naqueles que vierem a crer nele no futuro (vv. 20, 26), ou seja, a igreja de hoje.
Pensando na igreja de hoje, é importante considerar o seguinte: a intercessão de Jesus pelos seus, em separado do mundo e por ele separados, respectivamente santificados no mundo, é a intercessão pelos seguidores e seguidoras que têm uma tarefa no mundo, da mesma forma como ele também já teve uma. Não são pessoas que gozam do status de salvos, mas sim pessoas que têm uma tarefa, foram preparadas para ela, participam de uma missão, “para que o mundo creia” (v. 21) e “para que o mundo conheça que Deus enviou Jesus” (v. 23). Essa igreja de santificados no mundo não é idêntica à igreja visível, instituição organizada e dirigida por humanos. No capítulo inteiro, fala-se naqueles que Deus deu a Jesus. Ele não deu todos a Jesus. Na diversidade das experiências históricas e culturais, podemos ter certeza de que Deus se valeu de mais escolhas. Na igreja (vem de ecclesia = eleitos, escolhidos, separados, santificados) cristã, temos que nos despedir definitivamente da idéia de que apenas os cristãos serão salvos, enquanto todas as pessoas de outras tradições religiosas serão condenadas por Deus. Essa idéia está grávida de violência, e repetem-se no mundo acontecimentos em que essa violência está sendo parida.
O fenômeno comum do etnocentrismo (cada povo acha que o seu jeito de viver e a sua cultura é a única verdadeiramente humana) induz-nos a um equívoco grave: transformar uma missão de salvação num status salvífico, uma tarefa num direito, ainda por cima excludente. Isso também já aconteceu com os nossos antepassados na fé, os judeus, quando transformaram a sua eleição e escolha por Javé – que, aliás, entendo como permanente, não tendo sido substituída, mas apenas complementada pela escolha dos cristãos – num status e não a entenderam mais como uma separação, a santificação para uma tarefa no mundo, a saber, a de ser luz para os povos. Não incorramos no erro de querer limitar a ação de Deus àquele fragmento que a nossa tradição cultural nos legou. Deus é maior do que a nossa mente, consegue compreender e tem muitas estratégias nas diversas culturas – que, aliás, são diversas por sua vontade expressa. Um estudo combinado de Gn 11 e At 2 pode evidenciá-lo. Podemo-nos alegrar, pois nem tudo pesa sobre os seguidores de Cristo. Livres desse sobrepeso, podemos dedicar-nos a fazer bem feita aquela parte que nos cabe. E agora vamos ver o que Jesus está pedindo pelos seus hoje.
O que Jesus pede?
* Que Deus guarde os discípulos pelo poder do seu nome (v. 11d);
* que Deus guarde os discípulos do mal (v. 15b);
* que Deus santifique os discípulos na verdade que é a Sua palavra (v. 17);
* que os discípulos sejam um como Deus e Jesus o são (v. 11e);
Fora da delimitação textual
* que os discípulos e seus seguidores (v. 20) sejam um (v. 21a);
* que os discípulos sejam aperfeiçoados na unidade (v. 23b);
* que todos os discípulos estejam em Deus e Jesus (vv. 21c, 23);
Há que mencionar ainda o que Jesus não pede: ele não pede pelo mun- do (v. 9b) e não pede que Deus tire os discípulos do mundo (v. 15a). Não pedir significa deixar a questão na inteira competência de Deus Pai, sem qualquer espécie de interferência ou constrangimento. Diferente seria Jesus pedir que Deus não tire os discípulos do mundo; nesse caso, Jesus estaria apresentando uma demanda ao Pai. O texto apenas nos informa do que Jesus não está pedindo. Num outro espaço, seria interessante refletir por que o redator do texto incluiu precisamente essas duas informações.
A leitura da epístola permite acentuar a prática do amor como marca da presença de Deus em nós, bem como da nossa união com o Pai e o Filho. Conhecer Deus, que é amor, a gente só consegue amando. Por meio do amor permanecemos nele. Só podemos amar porque Ele nos amou primei- ro. O amor garantirá a nossa união com Deus e a unidade entre todas as pessoas de Jesus Cristo. Quem não ama o irmão que vê não pode amar a Deus, a quem não vê, não conhece Deus, não tem comunhão com Ele.
6. Subsídios litúrgicos
Estamos no 7º Domingo da Páscoa, que pela ordem evangélica tinha o nome de “Exaudi” – Ouve, Senhor! Ele está marcado pela despedida de Jesus. No próximo domingo, é a festa de Pentecostes. Nela Deus e Jesus estão enviando o poderoso Consolador prometido, que realizará os pedidos de intercessão de Jesus.
Confissão de pecados: (como primeira atividade, depois da saudação e acolhida) Deus Santo e Misericordioso! Quando nos encontramos contigo, somos atingidos por tua luz. Damo-nos conta de quanto nos tornamos pare- cidos com o mundo. Falhamos na missão que Jesus nos deixou. Não lutamos com todas as nossas forças contra a injustiça e pela paz. Permitimos que outras grandezas se colocassem entre Tu e nós. Desunião entre os que se chamam pelo nome de cristãos enfraquece o testemunho que devemos ao mundo, para que conheça a Ti e creia. Perdoa-nos, dirige-nos, para que reencontremos a alegria em cumprir a Tua vontade e em servir a Teu projeto neste mundo.
Cantos: Hinos do Povo de Deus 92,1-4+7; 94,1-3 + 4-5; 118.
Salmo: 47.1-8. Louvor Àquele que governa toda a terra.
Oração de coleta: Senhor Deus, Pai Todo-Poderoso, Tu que enviaste o Teu Filho Jesus Cristo ao mundo, como Tua palavra de verdade, sustentaste-o na sua missão e o protegeste do mal, nós te pedimos: recebe a intercessão de Jesus por nós, para que sejamos cada vez mais unidos a Ti e a Ele no conhecimento e no amor e Jesus possa ser glorificado em nós. É o que Te pedimos por Jesus Cristo, Teu Filho, que contigo e com o Espírito Santo vive e reina de eternidade a eternidade.
Leitura bíblica: 1 João 4.13-21.
Intercessão: pelos mesmos motivos da oração de Jesus. Recolher mais motivos antes do culto.
Bibliografia
BAUER, Johannes B. Dicionário de Teologia Bíblica. São Paulo: Loyola, 1973. 2 vols.
ZINK, Jörg. Das muss man von Jesus Christus wissen. 3. ed. Gütersloh: Verlagshaus Mohn, 1978.
FUCHS, Werner. Auxílio Homilético sobre João 17. (9-10)11-19. In: Proclamar Libertação, vol. XIX. São Leopoldo, 1993. pp. 153-157.