Prédica: Marcos 7.31-37
Autor: Baldur van Kaick
Data Litúrgica: 12º. Domingo após Trindade
Data da Pregação: 02/09/1979
Proclamar Libertação – Volume: IV
Duas perguntas bem cedo me preocuparam na análise deste texto: 1) Será possível pregar a partir deste texto? 2) Por que a proibição de Jesus, no v.36, de anunciar a outros o que acabara de acontecer?
A partir destas duas perguntas me pus a pesquisar e ofereço a seguir em primeiro lugar informações exegéticas sobre o texto e o v.36, para então perguntar pela atualidade e relevância do texto para hoje.
I — O texto encontrado por Marcos
Em si o texto está claro, mas através da análise de detalhes podem ser descobertos aspectos que em uma leitura preliminar não são percebidos.
V.32: Assim deve ter iniciado a narrativa' antes de a perícope ter sido introduzida no evangelho de Marcos com o v.31 Pessoas que não são caracterizadas mais nitidamente levam um surdo, que também tem dificuldades de falar, a Jesus com o pedido de que Jesus o cure. O texto pressupõe que o surdo fala, mas que não consegue fazê-lo corretamente (cf. v. 35). O pedido de impor as mãos é pedido para curar.
V.33: A primeira reação de Jesus consiste em afastar o surdo-gago da multidão, pois o que está para acontecer, a sua cura, não tem caráter de demonstração pública. Quando Deus se revida, ele o faz em particular. Os gestos de Jesus – de por os dedos nos ouvidos do surdo e, umedecidos com saliva, na língua – mostram que Jesus procura se comunicar de alguma forma com o surdo. Não se trata com certeza de gestos mágicos usados por Jesus. Nota-se que Jesus não faz do surdo um objeto, mas o trata desde o início como pessoa humana.
V.34: O gesto de olhar para o céu mostra que Jesus está orando. O que está para acontecer é obra do próprio Deus através de Jesus. O gemido de Jesus pode ser tanto expressão da concentração de forças no ato de curar (Bauer) como exteriorização da revolta sentida por Jesus em vista da situação de sofrimento não desejada pelo Criador e contra a qual Jesus agora se volta com energia a fim de transformá-la (cf. Jo 11. 33ss, Schweizer, p.31). O imperativo seja aberto (Almeida: abre-te) não indica só que Jesus tem autoridade de mudar uma situação não desejada pelo Criador, mas também que a cura acontece através da palavra.
V.35: Imediatamente acontece o que Jesus ordenou. O surdo recebe a faculdade de ouvir e de falar desembaraçadamente. O verbo no imperfeito (falava) revela que a cura foi duradoura: o gago não perdeu novamente a capacidade de falar.
V.37: O espanto dos espectadores acentua a magnitude da cura A interpretação que segue, e que certamente provém da comunidade cristã primitiva, pois pressupõe reflexão teológica, Interpreta a cura como fazer o bem (cf. Mc 3.4; At 10.38). Já o verbo no presente (e faz os surdos ouvir e os mudos falar) lembra que não se trata nesta cura de um caso isolado, mas que, como Jesus se revelou nesta cura, assim é seu agir constante. Ao mesmo tempo esta interpretação é uma referência a Is 35.5,6 e quer dar a entender: são as curas esperadas para o tempo messiânico que se estão cumprindo na atuação de Jesus. Com Jesus está irrompendo o tempo da salvação!
II — O acréscimo de Marcos
Desde W. Wrede está claro para os exegetas que o v.36 é acréscimo do evangelista Marcos. Quem quiser ler mais sobre o assunto deste versículo – o segredo messiânico de Jesus em Marcos – terá que consultar um estudo especializado. Para nós bastará constatar que a proibição de Jesus é redação de Marcos e que o evangelista persegue um objetivo bem específico ao fazer Jesus proibir que os circunstantes anunciem adiante a cura e revelem deste modo a sua messianidade.
Das conclusões principalmente de E. Schweizer e U. Luz em torno do assunto, eu destaco as seguintes:
1. O evangelho de Marcos foi caracterizado como uma história da paixão com introdução pormenorizada. E realmente cai na vista que os últimos dias de vida de Jesus ocupam um largo espaço no evangelho. Isto sem dúvida evidencia que para Marcos a paixão e morte de Jesus são um dado muito importante para quem quiser conhecer Jesus. Não basta saber que Jesus é um homem poderoso, que expeliu demônios e curou doentes! Para compreender Jesus – conforme Marcos – é essencial ver também o que vem depois de sua atuação na Galileia e que será anunciado pela primeira vez em 8,31, mas desde 3,6 para o leitor atento já deve estar claro: que Jesus caminha de encontro à cruz.
Para que o leitor do evangelho se lembre em 7,31-37 que e preciso olhar adiante, para a cruz, Marcos coloca na boca de Jesus esta proibição de não proclamar a outros o que havia acontecido ao surdo.
2. Só mais tarde se tornará claro também que crer em Jesus significa entrar no seguimento, um tema que aflora no início do evangelho, mas começa a sobressair a partir de 8,34, logo após o relato do primeiro anúncio de Jesus sobre sua morte. Crer não significa ver em Jesus o Messias e, no mais, permanecer neutro, mas – como Jesus dirá no versículo mencionado: Se alguém quer vir após mim. a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Para que o leitor do evangelho na leitura da cura do surdo-gago se lembre também disto – que é preciso seguimento, que é preciso disposição também para carregar a sua cruz, e que não basta ver em Jesus o Messias, – para isso Marcos colocou a proibição na boca de Jesus de não revelar esta cura, uma proibição que não aparecerá mais no evangelho depois de Jesus ter falado abertamente que terá que sofrer e de ter chamado ao seguimento.
3. Mas é preciso dizer também o seguinte: Para Marcos nem é possível conhecer Jesus a não ser no seguimento. Em todo o evangelho praticamente ninguém o compreende: nem os fariseus, que decidem matá-lo (3.6), nem os seus concidadãos em Nazaré, que o rejeitam (6.1-6), nem os próprios discípulos (8.14-21). Para Marcos só quem está disposto a seguir a Jesus poderá realmente compreendê-lo. E é por isso que Jesus chama cada vez ao seguimento depois de ter sido incompreendido (Schweizer, pp.222-223).
É no discipulado, no seguimento, que se abrem os olhos para Jesus, para compreender a cruz, e não na distância do espectador neutro e descomprometido. E é Jesus mesmo quem precisa abrir os olhos dos homens para que eles reconheçam quem ele é (Schwei¬zer, p. 223).
4. Merece atenção, no entanto, também a segunda parte do v. 36. Ela acentua que por mais que Jesus o proibisse, não foi possível de impedir que divulgassem o que ele fizera. Muito pelo contrário: a proibição teve efeito diametralmente oposto.
Também isto para Marcos foi importante: Onde Deus se manifesta em Jesus como o Deus misericordioso – e assim ele compreende as curas de Jesus -, isto não pode permanecer em segredo. A misericórdia de Deus, revelada nas curas, rompe todas as tentativas de mantê-la em oculto. Aliás, em quase todos os textos em que Jesus emite estas proibições elas são sistematicamente desobedecidas. A revelação da misericórdia de Deus vence o particularismo e se torna manifesta, pois nela se mostra algo de essencial sobre Jesus e sobre Deus, que não pode permanecer oculto.
Assim o evangelista Marcos escreve o seu evangelho, como tudo leva a crer, a cristãos que estão no perigo de ver em Jesus somente um homem divino, sem compreensão para a cruz – que para Marcos é central – e para o seguimento. Introduzindo no texto da cura do surdo e gago a proibição de Jesus de narrar adiante o acontecido, Marcos quer dar a entender aos cristãos de seu tempo que de nada adianta conhecer as curas de Jesus sem ver a sua cruz e o seu chamado ao seguimento. Mas uma vez acertado isto, Marcos também quer mostrar que nem é possível ocultar o que aconteceu no caminho para a cruz, ou seja, que Jesus viu os que estavam à margem e foi sensível ao sofrimento dos fracos e deixou os doentes experimentarem o amor de Deus. Marcos conseguiu mostrar estas duas coisas através de um tema que se repete muitas vezes no evangelho – a proibição de Jesus e o não cumprimento desta proibição pelos circunstantes. Precisamente nisto reside a impres¬sionante habilidade teológica deste evangelista.
III – A atualidade do texto
Aquele que cura o surdo-gago se encontra no caminho para a cruz – e sem compreender a cruz e entrar no seguimento, pouco dele teremos entendido.
Aquele que caminha para a cruz, no caminho para a cruz se lembra de um surdo-gago e lhe revela, através da sua cura, a misericórdia de Deus.
Parece-me que estas duas frases indicam a direção na qual se poderá descobrir a relevância do texto para nós hoje. Eu penso inclusive que o texto, interpretado nestas duas direções, cabe bem na atual situação eclesial, em que as duas posições se chocam porque – ao contrário de Marcos – são absolutizadas e não relacionadas corretamente, o que causa muitos conflitos na igreja.
A primeira frase mostra que para Marcos não é suficiente conhecer o Jesus taumaturgo. Importante é conhecer a sua cruz. Sem ver a sua cruz e começar a entendê-la, pouco teremos compreendido de Jesus. A cruz é central para compreender Jesus, pois é dela que nós vivemos. Indispensável também é o seguimento. Não basta conhecer os títulos de Jesus. É no seguimento inclusive que aprendemos a conhecer Jesus e o próprio Deus.
Quero crer que a correção que o evangelista quis conseguir na fé dos cristãos de seu tempo vale também para nós. O mais difícil, também hoje, parece ser compreender a cruz de Jesus e entrar no seguimento. É sobre isto que deveríamos por isso falar na prédica e refletir antes dela. O que é seguimento? É possível seguimento na sociedade de hoje? Não são outros os valores que determinam a nossa vida? O que significa seguimento em uma sociedade que precisa de transformações? E o que significa a cruz? Eu gostaria de lembrar aqui o documento Discipulado Permanente – Catecumenato Permanente, da IECLB, que faz afirmações muito centrais justamente sobre o tema do discipulado cristão e que valeria a pena
consultar para esta reflexão.
O tema do discipulado será importante para a comunidade, porque através deste tema poderá ser criada uma comunidade mais disposta ao discipulado. Mais importante do que afirmações categóricas serão, no entanto – na prédica – , para atingir este objetivo, encorajamento e perguntas e pistas que levarão a comunidade a refletir sobre o seguimento.
A segunda frase lembra que Jesus no caminho para a cruz viu os que estavam sofrendo e os deixou experimentar a misericórdia de Deus.
Marcos não faz o que hoje muitas vezes fazemos: Marcos não absolutiza um aspecto em detrimento do outro, mas, visto um, ele acentua em seguida também o outro. Assim como para ele é importante que Jesus, que curou o surdo-gago, está a caminho da cruz e quer o discipulado, do mesmo modo lhe é importante que Jesus, que vai para a cruz, é sensível à dor humana e se volta para um homem que sofre.
A pergunta para a comunidade e o pregador e se estarão dispostos a ver também este lado da atuação de Jesus e refletir sobre ele. O pregador está anunciando este Jesus, que se volta para os fracos, e pretende anunciá-lo na pregação a partir deste texto? A comunidade está se voltando para os que sofrem e têm dificuldades com a vida presente e futura que oprime e assusta? Há na comunidade pessoas que intercedem pelos fracos dentro e fora da comunidade, como houve pessoas que intercederam pelo surdo-mudo?
A meu ver, através deste texto a comunidade poderá ser sensibilizada mais para o sofrimento que há em seu redor e tornada mais disposta para se colocar – dentro do seguimento – do lado dos fracos. Se isto for conseguido através da prédica, um bom objetivo terá sido alcançado.
Resumindo eu diria que a pergunta para o pregador na pregação a partir deste texto é como transmitir a mensagem de modo que os que veem em Jesus só um modelo de atuação solidária – ou só um homem divino – vejam que Jesus foi para a cruz e chama para o seguimento, e como conseguir que os que estão no seguimento se tornem mais sensíveis para os sofrimentos dos fracos. Pois Jesus foi sensível e quer que exatamente os que sofrem experimentem a misericórdia de Deus. O texto poderá significar muito para a comunidade, para o seu presente e futuro, para a sua aprendizagem na fé, na medida em que conseguir atingir estes dois objetivos – e criar uma comunidade mais disposta ao seguimento e preocupada com os que estão à margem.
Para mim está claro que o pregador não poderá conseguir isto em um último sentido – isto é obra do Espírito Santo. Mas ele foi chamado para ser instrumento de Deus e deve por isso anunciar o evangelho de modo tão claro e teologicamente responsável quanto possível, e isto inclui a reflexão sobre os objetivos a serem atingidos pela sua prédica.
A partir destas reflexões, eu poderia imaginar uma prédica que seguisse a sequência e os tópicos desenvolvidos no esboço abaixo – a ideia básica, em torno da qual poderá crescer a prédica e de onde lhe virá inclusive a unidade, é a pergunta inicial por que Jesus proibiu que proclamassem a cura e, na segunda parte, por que a sua proibição não teve efeito.
IV — Esboço de prédica
1. Se Jesus ordena às pessoas que nada digam adiante sobre a cura do surdo-mudo, ele deve ter tido as suas razões. Jesus deve ter pedido que silenciassem sobre a cura que tinham presenciado, porque pensava que não seria bom para os homens ouvir por enquanto falar de suas curas. Provavelmente por dois motivos:
a) As curas poderiam levar a uma falsa compreensão de Jesus Se olharmos o evangelho de Marcos, veremos que Jesus faz sempre de novo estas proibições. Cf. 3,12; 1,34. Jesus simplesmente pensa que não é suficiente revelar às pessoas as suas curas. Para conhecer Jesus é preciso mais: é necessário ver também como termina a sua vida; é preciso ver a sua paixão e morte, que ocupa uma grande parte do relato do evangelho. E tudo isto ainda estava para acontecer. E na paixão e morte poderá ser visto um outro lado da vida de Jesus: a sua confiança irrestrita em Deus; que Deus não está presente só onde acontecem milagres, mas também na fraqueza da cruz; em um homem que sofreu e foi crucificado. – Para compreender Jesus é preciso compreender também a cruz. E isto não é fácil. Os discípulos não a entenderam. E, no entanto, é da reconciliação que aconteceu na cruz que todos nós vivemos.
b) Mas há mais uma segunda razão para a proibição de Jesus. Na segunda parte do evangelho de Marcos existe um tema que começa a sobressair sempre mais no evangelho: o tema do seguimento, do discipulado! Jesus diz, um capítulo depois do nosso texto: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me! (8,34). Ë isto o que importa! Jesus tem receio que os homens vejam nele só um homem poderoso, e que a sua fé se limite à aceitação que ele é o Messias, o Filho de Deus, um homem divino. Para Jesus não basta assimilar estes títulos, para Jesus é preciso mais; é preciso seguimento. É preciso aprender a atitude que corresponde a um discípulo. Por isso a ordem de Jesus de não narrar adiante as suas curas!
Será que só as pessoas no tempo de Jesus estavam no perigo de se equivocar sobre Jesus? Será que os homens não continuam os mesmos? Nós, como somos nós? Não é o discipulado uma das coisas mais difíceis também em nossas vidas? Confiar irrestritamente em Deus – como se faz isto? Dá para ser discípulo na sociedade em que vivemos? – E no entanto, nós estamos desde o batismo colocados, sem exceção, no discipulado. Uns estão mais adiante neste caminho, outros ainda bem no início talvez. O que é preciso é crescer no seguimento. Nele é que também aprendemos a conhecer quem é Jesus. Nele começamos a entender a sua cruz; que ela é essencial para nós; que vivemos a partir do que Ia aconteceu, pois lá fomos reconciliados com Deus. – Em um documento de nossa Igreja são feitas várias colocações importantes sobre o cristão como discípulo; eu destaco apenas três: o cristão como discípulo precisa aprender certos conteúdos; o cristão como discípulo precisa aprender o amor, a liberdade, a esperança; o cristão como discípulo precisa aprender a cumprir a missão cristã.
2. E no entanto: como foi ineficiente a proibição de Jesus. Ele proibiu que revelassem a cura. mas nada conseguiu Aliás, também neste ponto o evangelho de Marcos deixa claro: quase nunca as mias ordens foram obedecidas. Quanto mais o proibia, com maior intensidade o proclamavam. Também isto chama a atenção: Por que a ordem não surtiu efeito? Por que não foi possível manter em segredo as curas? Talvez o texto nos dê a resposta. (Aqui eu narraria com próprias palavras a perícope). Trata-se do simples relato de uma cura. No entanto: Assim é Jesus, reagem os presentes! Tudo ele tem feito esplendidamente bem! Não somente faz ouvir os surdos, como falar os mudos! E no livro de Atos é dito uma vez que – por onde que ele andava – fazia o bem (At 10,38). Vejam! É por isso que as curas não puderam permanecer em segredo. Pois nelas se revela algo de essencial sobre Jesus e sobre Deus, ou seja, que em Jesus a misericórdia de Deus se havia voltado para os fracos. Isto não podia ser ocultado. No caminho para a cruz – e desde 3.6 Jesus já se encontra neste caminho — ele não se esquece dos fracos, mas cura o surdo – e manifesta deste modo o quanto Deus quer bem os que sofrem em todos os sentidos.
Nós estamos vendo este Jesus? Estamos revelando este Jesus aos que sofrem? Os discípulos não puderam esquecer este Jesus. Todos os evangelhos relatam sobre este lado de sua vida, pois isto foi uma boa notícia para todos que sofriam – e continua a ser uma boa notícia que encoraja os que padecem. Estamos anunciando este Jesus, que faz nascer fé e esperança entre os homens? (Aqui o pregador teria que falar de sua comunidade e que nela há pessoas que precisam de coragem e esperança e que -seria bom se pudesse dizê-lo – muitos já receberam do evangelho coragem e esperança para viver e lutar por uma vida mais digna.)
3. (Na parte final o pregador poderia fazer um resumo, ressaltando mais uma vez os dois aspectos:) a) A preocupação de Jesus é que não se assimilem simplesmente conhecimentos sobre ele, tais como: ele é um homem poderoso, etc. A sua preocupação é que haja seguimento, discipulado. Que se aprenda o que é confiar em Deus. Que se arrisque algo neste discipulado. Que não se permaneça neutro. Que se aprenda que vivemos da cruz de Cristo e da reconciliação lá alcançada. – Cada um está em um certo lugar neste discipulado. O que importa é que como comunidade cresçamos – e é crescendo no discipulado que também cresceremos no conhecimento de Deus. b) Aquele que seguiu, em nome de Deus, para a cruz, viu as pessoas sofredoras do seu tempo e trouxe fé e esperança para elas. Deixou-as experimentar a misericórdia de Deus, que quer o bem do homem e não o seu sofrimento. Curou. Isto caracterizou a sua vida. O seu modo de agir. Isto não pôde e não pode ser ocultado, para o bem dos que sofrem e para o bem da comunidade cristã. – Estar como comunidade no discipulado também inclui que a comunidade seja sensível à dor daqueles que sofrem e aprenda a ser instrumento de Cristo que leva fé e coragem aos homens. Isto não é tarefa de um ou de dois, mas de muitos – da comunidade cristã.
V – Bibliografia
– IECLB. Discipulado permanente — Catecumenato Permanente. In: BURGER. G. (ed.) Quem assume esta tarefa? São Leopoldo. 1977.
– LUZ. U. Theologia crucis als Mitte der Theologie im Neuen Testament. In: Evangelische Theologie. No 2. München. 1974.
– SCHWEIZER. L. Das Evangelium nach Markus. Göttingen. 1967.