Prédica: 1 Pedro 3.8-17
Autor: Rolf Dübbers
Data Litúrgica: 5º. Domingo após Trindade
Data da Pregação: 06/07/1980
Proclamar Libertação – Volume: V
I — Anotações quanto à autenticidade da epístola
A perícope se apresenta como escrita por Pedro, apóstolo de Jesus Cristo (1.1). O autor denomina a si próprio presbítero e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e co-participante da glória que há de ser revelada (5.1). Finalizando, confessa: Por Silvano vos escrevi resumidamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual deveis permanecer firmes. (5.12) Poderia a nota por Silvano significar que Pedro pediu ao fiel irmão Silvano (por este ser mais versado no grego) que desse forma ao material por ele acumulado? Seja qual for a resposta quanto à autoria direta e única, ou indireta e parcial, de Pedro (a carta é impregnada de experiências que o pescador Simão teve na companhia de Jesus de Nazaré), estou convencido de que possuímos, neste documento, um resumo de inestimável valor de uma pastoral de Pedro, homem do povo, incumbido pelo Pastor Supremo (5.4)de um múnus universal e permanente: ser pescador e pastor de homens (Lc 5.10; Jo 21.15ss). Esta pastoral de Pedro, o primeiro membro da nova comunidade de Jesus (Mt 16.18), é anterior, superior e indispensável a todas as pastorais posteriores da cristandade. Devemos deixar assentados na cátedra os profetas e os apóstolos; e nós, aos pés deles, devemos ouvir o que eles dizem, e não dizer nós o que eles devem ouvir. (Lutero, prólogo à edição de parte de usas obras, 1539)
II – Anotações linguísticas e exegéticas sobre o texto
1. No v.8 lemos: Finalmente, sede…. É como se o autor tivesse chegado ao fim de sua carta. Pergunto: o texto pode ser compreendido como fecho do documento, se este ainda continua num rico desenvolvimento posterior, nos caps. 3 até 5? Seria melhor traduzirmos: A meta principal, porém, seja: todos de igual ânimo…!. Parece-me ser um desafio fraternal: Meus irmãos, o alvo supremo do nosso procedimento cristão seja: vv.8s!. Pode ser também uma simples, mas enérgica, ordem, unida a exortações quanto à essência da fé cristã: Meus irmãos, não alterem o que é inalterável: o nobre alvo da graça divina que nos salva é bendizermos e fazermos o bem!
2. O v.13 diz: Ora, quem é…. Este versículo refere-se ao v. 12. E o v. 12 descreve ações e reações divinas, de acordo com o procedimento humano. Desses fatos divinos, descritos no v.12, o v.13 tira as consequências para um prudente comportamento humano em situações humilhantes. O pregador, para facilitar a compreensão da boa lógica entre os vv. 12 e 13, talvez possa acrescentar o seguinte, na leitura e na consideração: Ora, à vista disso, sendo este o imutável procedimento divino (v.12), quem…(v.13)?.
3. No v.17, a intenção da passagem fica melhor evidenciada se lermos: Porque é melhor praticarem o bem, mesmo que a vontade de Deus seja que sofram, do que praticarem o mal. A meu ver, o v.17 reflete experiência de Pedro na comunhão com Jesus. Pedro está convencido de que a vontade de Deus pode ser, efetivamente, a de que soframos, sem que isso seja compreendido logo por nós (Mc 14.36). O impacto e a experiência amarga de sofrimentos inesperados e incompreensíveis pode abalar-nos e arrastar-nos a palavras e ações irrefletidas (Jó; SI 106.32s: Jo 18.11; Mc 14.66ss). A intenção do v.17 é socorrer e prevenir os leitores para não estranharem sofrimentos imprevistos (nem todos são imprevistos! cf. v.10ss), sucumbindo ao poder do mal, praticando também o que é mau e negando, assim, que são chamados a agir como pessoas que bendizem (3.9). Pedro crê que, nos pensamentos e caminhos divinos, o sofrimento tem seu lugar para aprendermos a obediência salutar, como também nosso Senhor, o Supremo Pastor Jesus, sofrendo a prendeu a obediência, tornando-se bênção (2.21 ss; Hb 5.8s). A chave para compreender a firmeza de Pedro nas exortações da nossa perícope, é que cm Cristo, o próprio Deus aceitou o sofrimento não pagando o mal por mal, guardando assim isenta de qualquer mancha a eleita e preciosa Pedra Angular do novo povo de Deus (2.6ss).
4. Digno de menção é o uso de passagens do Antigo Testamento. Tinham os destinatários bons conhecimentos das Escrituras Sagradas de Israel? A propósito, numa obra de nossos pais, a Formula Concordiae, de 1580, essas Escrituras são chamadas limpíssimas e puríssimas fontes de Israel. Considero indispensáveis esses antigos documentos para quem teme cair na tentação da permissividade dos nossos dias, e quer escapar da atração de religiosidades sincretistas. Já foi publicado um Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros (Editora Forense Universal. Rio de Janeiro, 1977)! Pergunte-se, cada um, qual o papel da riqueza de Israel em sua vida pessoal, eclesial e social! O rebanho de Deus (5.2) não pode viver sem este pano de fundo para as Escrituras Sagradas do Novo Testamento.
A perícope inclui em extenso trecho do SI 34, com a certeza de que a teologia e a antropologia deste antigo testemunho correspondem, plenamente, às realidades divinas e humanas, tal qual foram confirmadas pelo caminho de Deus, Pai, em Cristo. Este testemunho proclama o valor de uma sã religiosidade para toda a sociedade humana, a saber: um prudente amor próprio, amor ao próximo, temor, confiança, esperança e obediência para com o Senhor, Deus de Israel, Pai de Jesus.
5. Digna de nota também é a forma como, na perícope, encontramos uma mensagem do profeta Isaías (Is 8.13). Isaías disse aos seus contemporâneos desnorteados: Ao Senhor dos Exércitos, a ele santificai!!. E Pedro escreve aos cristãos: Como Senhor (em sentido absoluto!) santificai a Cristo em vossos corações! (3,15). Essa igualdade teológica – Deus corresponde a Jesus, e Jesus corresponde a Deus, sem jamais ser negada a natureza verdadeiramente humana da pessoa de Jesus — é comum às mensagens neotestamentárias. É a ele, o rejeitado pelos homens, mas ressuscitado e glorificado por Deus (2.4; 1.3), que pertencem a honra e o poderio para todo o sempre (4.11), e é ele que merece confiança, temor, esperança e obediência ilimitadas! Tamanha santificação não cabe jamais àqueles senhores que amedrontam os destinatários com suas ameaças (3.14).
6. Atenção especial exige o v.9b: … fostes chamados…. Da realidade deste chamamento ou, melhor ainda, da realidade daquele que chama, depende o valor da perícope e, digamo-lo logo, o valor de toda a ética e de todo o dogma cristãos. Cinco vezes a carta ressalta que somos chamados (1.15; 2.9; 2.21; 3.9 e 5.10). Ser chamado é uma expressão-chave em toda a Bíblia, de Gênesis a Malaquias, de Mateus ao Apocalipse. Procedimento em Cristo (3.1 6) não tem sentido algum sem a realidade de Deus Pai e de Deus Filho, e sem a verdade do chamamento divino. O pregador deve observar bem que Pedro não argumenta com os leitores sobre o fato do chamamento. Este é aceito pelos destinatários. Pedro aponta para as suas consequências. A perícope resume o chamamento divino numa bela e profunda afirmação: o Criador quer que a criatura humana se torne, receba e herde a bênção. Deus não quer o definhamento humano. Quer, na terra, um rebanho de Deus, que receba e proclame as virtudes divinas (2.9). Deus chama o homem para fora da solidão, da corrupção e da confusão à comunhão com seu nobre Filho, eleito e precioso, para que nasça e cresça uma raça eleita, uma nação santa na terra.
O pregador jamais se deve esquecer de que as exortações da perícope não são o resultado de um ideal humano, de uma ética filosófica, política ou cousa semelhante. Elas resultam de experiências e convicções teológicas. Não devemos, nem podemos, estranhar se aqueles que ignoram o testemunho do chamamento divino em Cristo, ou o rejeitam por motivos vários (talvez gostem mais de outros chamamentos, que jamais faltam!), rejeitarem também o procedimento cristão como sendo algo inacessível c insuportável à natureza humana. Em todo o caso, o pregador deve ter muito cuidado para não pregar a lei, em vez de proclamar o evangelho. Como assim? Resposta: se hoje exigimos a observação das exortações da perícope, sem consideração alguma do status (situação) espiritual dos nossos ouvintes, corremos o perigo de pregar leis insuportáveis e incompreensíveis. Que jamais haja exortações, sem que antes, ao mesmo tempo ou logo após, sejam proclamadas testificações (cf. 5.12!). Com isto já passamos ao ponto seguinte.
III – Anotações para a meditação
É convicção cristã que no homem Jesus de Nazaré temos, digamos assim, o procurador de Deus para advogar e cumprir na terra a sua causa, para o bem dos homens. Na existência terrena deste procurador há dois fatos estranhos, mas também edificantes: ele sofreu e ele ressuscitou. É também convicção cristã que este procurador delegou o múnus apostólico, a fim de que seja proclamado o chamamento divino e os povos sejam levados ao encontro do enviado de Deus, para serem abençoados e se tornarem uma bênção. Esse múnus apostólico do testemunho dos sofrimentos e da ressurreição de Jesus é único, intransferível e insubstituível. Testemunhas não podem ser substituídas, a não ser por outras. Mas estas não existem. Nós, que vivemos após a existência física terrena do procurador de Deus, somos somente recebedores e administradores desse múnus único, presente nas Escrituras Sagradas da cristandade: o Novo Testamento. Testificar da ação salvífica e santificante de Deus em Cristo é uma função básica do nosso serviço pastoral.
Estamos, agora, diante de um fato importante: a perícope foi dirigida a pessoas que já ouviram a respeito dessa ação divina e a aceitaram. Pedro se dirige a pessoas que já foram evangelizadas (1.25), que já passaram da ignorância para o conhecimento de Deus (1.14); que já conhecem, amam e têm a Jesus Cristo como real e verdadeiro, embora jamais o tenham visto (1.8); que estavam desgarradas como ovelhas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo Jesus (2.25); que já foram regeneradas mediante a palavra de Deus (1.23); que renasceram para uma nova esperança pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (1.3; 3.15). É óbvio que os nossos ouvintes dominicais já ouviram a respeito da ação divina em Cristo. Mas já abraçaram-na com fé? É certo que cometeríamos uma grave falta se, na nossa pregação atual sobre 1 Pe 3.8-17, desconsiderássemos ou menosprezássemos o que Pedro pressupõe nos destinatários de sua carta. Mas, graças a Deus, Pedro, como pastor mui sóbrio, não exorta somente; testifica também, isto é: proclama a ação divina em Cristo!
Eis uma importante tarefa nossa na pregação desta perícope: unirmos sabiamente as exortações às proclamações, e as proclamações às exortações. Não julgamos, simplesmente constatamos: nossa situação cristã, eclesial e geral, impregnada por um lado de tanta indiferença e, por outro, curiosamente, de tanta religiosidade sincretista, exige de nós – como administradores (não sucessores!) do múnus apostólico único das testemunhas oculares do procurador de Deus – que unamos sabiamente duas funções básicas: proclamar o procedimento divino, e exortar a um procedi¬mento humano correspondente ao primeiro. Não sejamos orgulhosos, negando aos nossos ouvintes qualquer status espiritual! Mas não sejamos também sonhadores ingénuos, supondo que eles (e nós mesmos, junto com nossas famílias) já são regenerados, renascidos, convertidos ao Pastor Supremo, a quem amam e em quem põem sua inteira confiança; que já conhecem e praticam o bom procedimento em Cristo; que já compreenderam, aceitaram e experimentaram a beleza do chamamento de Deus (3.9), a saber: o de sermos abençoados para nos tornarmos uma bênção e herdarmos bênção. Realmente, não convém supor que os nossos ouvintes já estejam a par do conteúdo da esperança (3.15) cristã.
E mais: o procedimento abençoador de Deus em Cristo não tem nada de adocicado (v.12). Com a citação extraída do SI 34, Pedro testifica que o procedimento de Deus é discernente, dependente do comportamento humano. É bem possível que Deus resista ao homem! Não haverá existência desejável, nem dias felizes para o que tem má língua e o que pratica o mal. Pedro pôde citar esse salmo com boa consciência, pois a concepção de Deus, nesse salmo, foi confirmada pelo procurador de Deus que veio para cumprir os planos divinos na terra. E, nestes planos cumpridos e a serem cumpridos, não há e não haverá malícia alguma. Cumprindo a vontade de Deus na terra, o Filho querido achou melhor sofrer e ficar limpo, do que fazer o mal e ficar maculado.
Na pregação sobre essa perícope, o pregador deve esforçar-se, antes de tudo, por testemunhar de maneira sóbria, com profunda humildade, com boa consciência (3.15), as virtudes e excelências (3.9) daquele que nos chama. Talvez consiga, assim, despertar nos ouvintes, pela graça de Deus, corações abertos e dispostos ao cumprimento das admiráveis exortações da perícope. Parece-me que o próprio Pedro teme dois perigos em que podem cair os peregrinos e forasteiros (2.11) – é assim que chama o rebanho de Deus, que é qual ilha no mar da humanidade. Os dois perigos são: uma certa moleza, que gosta das virtudes divinas na oferta do santo batismo e da santa ceia; e a falta de uma humildade corajosa para um bom procedimento em Cristo. Ele sabe, por experiência própria, que uma existência sincera e verdadeiramente cristã é uma obra de Deus em e por Cristo. Graças a Deus que, na base histórica do rebanho de Deus, está um homem que foi levado à humildade pelo humilde procurador de Deus! Existência cristã não é um passeio, nem um artigo dominical. É nobre, mas algo difícil para a nossa natureza faminta por dias felizes e sem sofrimento. Mas, por desejarmos uma vida digna de ser vivida, Pedro nos recomenda: Santificai a Cristo como autoridade eterna, procedendo como zeladores do bem! Assim não sereis envergonhados quando o Pai eterno (Is 9.6) julgar a cada um com imparcialidade (1.17). Pedro sabe que o mundo não suporta o novo caminho cristão. Os cristãos são duramente perseguidos por terem abandonado o fútil procedimento dos antepassados (3.16; 1.11; 4.4). O contexto anterior da perícope (3.1ss) leva à conclusão de que houve oposições da parte de um cônjuge contra o outro: pois um obedecia à palavra, o outro não. Existe algo semelhante em nossa vida pessoal eclesial, social de hoje? Quem teme, confia, espera, obedece à palavra do Senhor? Dissemos que sincera existência cristã seria obra de Deus. Mas esta será dada aos famintos, que oram e vigiam (Lc 1.53; Mc 14.38). A sociedade de hoje, em todas as suas camadas, precisa de tais existências como o pão de cada dia.
IV – Anotações para a prédica
Somos membros da cristandade. Mas, somos membros conscientes e maduros, ou vacilantes prestes a sair? Pedro pertence aos homens que foram incumbidos de ganhar pessoas para a Igreja de Cristo, e também de instruir, consolar, confirmar e exortar os cristãos. Que ele o faça mediante esta sua passagem! Ouvindo-o, somos levados a três assuntos:
1. Já sofremos oposição por pretendermos viver como cristãos?
Por inclinação natural desejamos ser aplaudidos. Não gostamos de ser ridicularizados, difamados, ameaçados, etc. Quando somos questionados (3.15) devemos aceitar Isso com dignidade, numa sociedade livre e por amor a Deus, que é amigo da liberdade. Os cristãos pecaram muito, difamando, ameaçando, liquidando seus adversários e até sinceros não-adeptos! Mas não deixa de ser amarga a experiência de ser amedrontado por causa de um bom procedimento em Cristo. O que é bom procedimento em Cristo? Uma resposta simples: agir como o Mestre, que andou, fazendo o bem e não praticando mal algum.
2. Pedro previne, fortalece e exorta os cristãos alarmados.
Há contestações justas, não só da parte de homens, mas também de Deus, contra cristãos que não refreiam a sua língua e são amigos da briga e do mal. Falta de brandura, de respeito, de boa consciência, e até de uma sincera conduta cristã, própria da defesa da religião cristã, são uma vergonha' Assim é profanado o nome de Cristo. Mas Pedro não conhece dúvida alguma no caráter justo do caminho cristão. Deus está com os justos que se arrependeram para a remissão dos pecados e para uma nova vida em Cristo (v.8s; 4.3ss). Qualquer que seja a situação, talvez insuportável, sempre é melhor fazer o bem!
3. Pedro lembra e testemunha o santo e divino chamamento que abençoa.
Deus não quer a ruína de ninguém. A chamada de Deus é universal. Cinco vezes Pedro fala da esperança em Deus. Mas essa esperança ultrapassa a vida terrena. De fato, se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes dos homens (1Co 15.19). Realmente, a religião cristã é mais do que um manual para conseguirmos dias felizes no breve espaço entre nosso nascimento e nossa morte. Se sofrimento, cruz, morte e sepultamento do procurador divino fossem os fatos absolutamente finais de sua existência, não seria possível proclamarmos o chamamento divino para procedermos em Cristo (nós, os mortais tão enamorados desta vida!). Quando muito, tal chamamento apontaria, talvez, para uma alternativa trágica, que teria a sua grandeza, mas que jamais poderia ser exigida de nós. Olhando, porém, para a ressurreição da Pedra Angular, eleita e preciosa para Deus, Pedro afirma: Somos testemunhas desse feito divino!. A respeito disso declarou o teólogo protestante David Friedrich Strauss (falecido em 1874): Raras vezes um fato incrível foi tão fracamente testemunhado; jamais um fato mal testemunhado foi tão incrível. Fracamente testemunhado? Não é nova esta queixa. Já pelo ano de 180, o filósofo Celso criticou a morte humilhante e a fraca testificação da ressurreição de Jesus. Aliás, nem os destinatários da pastoral de Pedro, que jamais viram a Jesus, tiveram uma testificação melhor do que Celso, Strauss e nós. Então, todo o bom procedimento em Cristo (3.16) inclui um risco? Inclui, sim!
V – Bibliografia
– BEA, A. A historicidade dos evangelhos. São Paulo, 1967.
– VIDLER, A. R. Einwände gegen das Christentum. 2a ed., 1964.
– SCHLATTER, A. Die Theologie der Apostel. 2a ed., Stuttgart, 1922.
– SIEGMUND, G. O ateísmo moderno. São Paulo, 1966.
– CULLMANN, O. Petrus. Zürich, 1976.
– JÜNGEL, E. Morte. São Leopoldo, 1977.
– BERDIAJEW, N. Von der Würde des Christentums und der Unwürde der Christen. 5a ed., Luzern, 1947.