Prédica: Filipenses 2.5-11
Autor: Martin Volkmann
Data Litúrgica: Domingo de Ramos
Data da Pregação: 30/03/1980
Proclamar Libertação – Volume: V
I – O texto
1. Os vv. 6-11 se destacam, à primeira vista, do contexto. Nos versículos imediatamente anteriores e posteriores temos imperativos. Tal não é o caso nestes versículos. Aí só temos indicativos. Além disso, muda totalmente o assunto, bem como o estilo. Enquanto antes a comunidade é o centro – os verbos estão na 2a pessoa do plural – , agora a atenção está voltada totalmente para o Cristo Jesus. Quanto ao estilo, Lohmeyer (p.91) mostra quão estranhos são alguns termos para o estilo de Paulo. Além do estilo, são incomuns para Paulo certas concepções: natureza de Deus, igual a Deus, esvaziamento, exaltação ao invés de ressurreição. Tudo isto nos leva a concluir que temos aí um hino ritmicamente bem estruturado que não foi composto pelo próprio apóstolo, mas que ele conhece da tradição cristã (cf. Rm 4.25; Cl 1.13s; 1 Tm 3.16; 1 Pe 2.22). O hino, porém, sofreu acréscimos da mão de Paulo, especialmente no v.8 (morte de cruz). No mais parece que Paulo o adotou integralmente, pois o hino descreve todo o caminho do Cristo: inicia no céu, passa pela terra e termina novamente no céu. Quanto à estrutura do hino, os comentadores divergem entre si. Bem evidente, no entanto, é uma cesura entre os vv.8 e 9: até ali o sujeito era o Cristo; a partir do v.9, Deus passa a ser o agente. A primeira parte (vv.6-8) descreve o Cristo pré-existente, sua encarnação e vida até a morte; a segunda parte (vv.9-11) descreve a sua exaltação. A linguagem e as figuras são mitológicas; há muitos textos de outras religiões, por exemplo, gnósticos, que descrevem cenas semelhantes à de nosso texto. As reflexões posteriores deverão mostrar até que ponto este hino, mesmo falando mitologicamente, se diferencia da mitologia.
2. Qual a relação deste hino cristológico com as admoestações anteriores e posteriores? Onde delimitar a perícope? No v. 12, evidentemente, há uma ruptura iniciando-se um novo assunto. O v.5, sob o ponto de vista formal e de conteúdo, está ligado aos vv. 1-4 (basta ver que o verbo do v.5 aparece duas vezes no v.2). Por outro lado, também há uma vinculação aos vv. subsequentes: o hino está ligado através do pronome relativo a Cristo Jesus no v.5. Assim, este versículo passa a ter uma posição chave: é o elo de ligação entre a parênese e o hino; resume a admoestação anterior e lança o olhar para a fundamentação da mesma, no hino. Por isso, justifica-se iniciara perícope com o v.5. De outra parte, porém, é fundamental para a interpretação de toda a perícope a compreensão correta deste versículo.
As versões portuguesas de Almeida e de A Bíblia na Linguagem de Hoje, interpretam o em Cristo Jesus como modelo e acrescentam um verbo (houve, respectivamente tinha ) que não existe no original. Com isto está preparado o caminho para uma compreensão ética dos vv.6-11: Jesus, na sua história, é exemplo a ser seguido pelos cristãos. No entanto, em Cristo Jesus, ou só em Cristo é uma fórmula fixa muito comum em Paulo (cf. Rm 3.24; 6.11; 8.1; 1 Co 1.2; 3.15; Gl 1.22; 2.4; Fp 1.1; 3.3 e muitas outras mais). Esta expressão resume a relação do cristão com o evento salvífico: Se alguém está em Cristo, é nova criatura (2 Co 5.17). Portanto, o hino tem o objetivo, não de mostrar em Cristo um exemplo a ser imitado, mas o de descrever o evento salvífico que fundamenta e que determina todo o ser do cristão. Nesta mesma linha deve-se entender o único verbo do v.5: PHRONEIN não designa aqui a mentalidade, o sentimento, mas a orientação da vida que é determinada por uma realidade posta: em Cristo Jesus.
3. A primeira parte do hino (vv.6-8) descreve o caminho do Cristo da mais alta dignidade ao mais profundo abandono. Caem em vista as contraposições: a mesma natureza de Deus – natureza de servo; igual a Deus – semelhante ao homem. Poder-se-ia pensar na comparação Cristo – Adão (cf. Rm 5.12ss), principalmen¬te tendo em vista Gn 3.5. Por outro lado, o final do v.8 faz lembrar seguidamente o servo sofredor de Is 53. Porém, estas duas referências não condizem com o que está expresso aqui. Não há indício algum de uma tentação à semelhança de Gn 3. Além disso, as expressões a mesma natureza de Deus e abandonando tudo o que tinha (esvaziamento) mostram que o pré-existente era igual a Deus e abandonou esta existência divina (Bornkamm, p. 228). O termo EN MORPHË THEOU – a mesma natureza de Deus (v.6) não designa a forma, a maneira, a aparência, mas a essência de algo, ou seja, neste caso, o pré-existente não tinha só a forma ou a aparência de Deus, mas ele era, em seu ser, igual a Deus. Assim, as duas expressões no v.6 dizem a mesma coisa (cf. Käsemann, p. 65ss). A referência a Is 53 também não serve, porque lá o servo
sofredor, mesmo assumindo a culpa dos homens, se diferencia radicalmente dos demais. Aqui, no entanto, é dito:tornando-se semelhante ao homem, não fez distinção entre ele e os outros homens (v.7).
Como, porém, entender a identificação feita no v.7: ser homem = ser escravo? Aqui, novamente, aparece o termo MORPHË e, logicamente, também aqui ele não designa a forma ou aparência, mas a essência, a natureza: o pré-existente se torna, em sua essência, escravo. Porém, não em sentido social. Atrás disso está a concepção helenística, segundo a qual todo homem está sujeito aos poderes do cosmo, que o dominam. Toda vida é uma escravidão (cf. Rm 8.21; Gl 4.1-5, 8-9; Cl 2.20ss; Hb 2.15). Assim, o hino destaca de forma magistral esta contraposição: aquele que tinha a natureza divina, isto é, a total liberdade, assume, de livre e espontânea vontade, a situação radicalmente oposta; ele se torna homem, isto é, assume a total falta de liberdade.
E nesse momento o hino, que é muito semelhante a outros hinos gnósticos, rompe a mitologia. Aquele que fora totalmente livre não assume essa natureza de total escravidão por obrigação ou imposição , mas por obediência (v.8; cf. Rm 5.19; Hb 5.8). E essa obediência é mantida até a última consequência – a morte. Exteriormente esse caminho é idêntico ao que todos os homens têm que ir; o que o torna diferente é a maneira de como ele o segue: não em resignação ou rebelião, mas em obediência. (J. Roloff, p.62) A referência à cruz – elemento fundamental da pregação de Paulo (cf. 1 Co 1.17s; 2.2; Gl 3.1) – é um acréscimo do apóstolo para destacar a peculiaridade do fato. Com isso, a obediência de Jesus passa a ser o elemento básico que perpassa toda a primeira parte do hino e fundamenta o que é descrito na segunda parte.
4. Enquanto antes Cristo era o sujeito, agora ela passa a ser objeto da ação: o obediente é exaltado, isto é, é honrado sobremaneira. Essa é a resposta de Deus ao que fora obediente. E novamente se rompe aqui o mito: ao passo que, por exemplo, a sabedoria divina, enviada ao mundo e rejeitada pelo mesmo, volta à esfera celestial (cf. Henoque Etíope 42.1-3; veja também Pv 1.23-31), aqui Deus mesmo age com o Cristo obediente e, através dele, com todo o mundo e todos os poderes que o dominam. Por isso, o evento de Cristo é o evento escatológico que rompe todos os valores do mundo, abrindo uma nova possibilidade de vida, na fé (cf. Bornkamm, p.225 e 230). A exaltação não significa a simples volta à situação anteriormente abandonada, mas a um destaque todo especial: ele é o Senhor. Este destaque especial é acentuado por dois aspectos: a) ele recebe o nome que está acima de todos os nomes. O nome não é uma simples denominação que o diferencia dos outros; pelo contrário, o nome revela dignidade e ser; irradia, por assim dizer, a essência e a torna manifesta (Käsemann, p.83). A concessão do nome significa a transmissão do poder – não de forma oculta, mas abertamente, de modo que todo o mundo o fique sabendo. Por isso: b) a aclamação daquele que tem o poder por parte de todos os poderes em todo o cosmo. Esse universalismo do poder do Cristo obediente é destacado nos vv. 10 e 11, como diz no original, por todo joelho e toda língua, respectivamente pela menção das três esferas do cosmo. Com isso fica claro: Jesus Cristo é Senhor não só de sua comunidade, mas de todo o cosmo. Duas coisas merecem ser observadas aqui. Primeiramente, a menção do nome Jesus: aquele que foi exaltado é o mesmo que foi obediente e que morreu na cruz. O exaltado é aquele que viveu no mundo. E este que é exaltado – isto é o segundo aspecto – recebe o título de Senhor. Esta é a denominação do próprio Deus. Quer dizer, a partir de agora, o senhorio de Deus sobre todo o universo se manifesta neste um: no Cristo exaltado. E isto, simultaneamente, é a glória do Pai. Portanto, o senhorio de Cristo não significa afastamen¬to de Deus em relação ao mundo; pelo contrário, o senhorio de Cristo representa exatamente o voltar-se total e absoluto de Deus para o mundo. A exaltação daquele que se humilhou é a vitória de Deus sobre o mundo. (Bornkamm, p. 232)
A que nos leva esta análise? A duas constatações:
a) aquele que deixa tudo, tornando-se obediente até a morte, é o Senhor sobre todo o cosmo;
b) neste caminho, rompendo todos os valores do cosmo, ele abre, para a sua comunidade, uma nova possibilidade de vida.
II – O texto e a nossa situação
1. Nosso texto fala uma linguagem mitológica. Por isso, aquilo que ele descreve parece um tanto estranho aos nossos ouvidos secularizados, principalmente aos ouvidos daqueles para os quais a fé cristã é tão estranha e pouco ou nada tem a dizer. Como pode uma religião ter algo a dizer para a realidade concreta do dia a dia, se ela vem com essas histórias pouco reais? O fato de a comunidade cristã apelar para tal linguagem mitológica, interessando-se mais pelo Jesus lá no céu, lá longe da realidade concreta – não será isso um sinal de que essa comunidade já não se lembra mais do Jesus terreno, dessa figura marcante e admirável que, por sua maneira de ser, poderia significar algo para a vida de uma pessoa?! Mas, expulsando-o lá para longe, não se evidencia nisso que a mensagem cristã, de fato, não é mais do que estória, algo que, em última análise, não atinge a realidade concreta?!
Por outro lado, existe também uma realidade onde tal linguagem mitológica é cultivada e tem uma influência enorme na religiosidade popular. Basta lembrar aqui os movimentos místicos (Tia Neiva, nas redondezas de Brasília) ou os cultos afro-brasileiros.
A linguagem mitológica do hino, pois, traz em si uma dupla dificuldade: Por um lado, corremos o risco de nos perder em conversa mitológica, quem sabe descrevendo pormenores da pre¬existência do Cristo, e com isso reforçando a concepção dos primeiros de que, de fato, a mensagem cristã nada tem a dizer para este mundo, para a nossa realidade concreta. Por outro lado, com tal ênfase no mito, estaremos solidificando a religiosidade dos outros, reforçando a sua opinião de que importa a ligação com o além. Se a pregação enveredar por esse caminho terá contado, provavelmente, belas estórias, mas não terá pregado o Cristo escatológico. Porque o que o hino narra – sem dúvida em linguagem mitológica – não é uma estória lá do céu, mas a descrição do acontecimento básico que diz respeito a este mundo; que põe em cheque os valores deste mundo; que abala os fundamentos do cosmo. Por isso, este mito é o questionamento da auto-suficiência dos que não acreditam mais em mitos. Ao mesmo tempo, é a crise do bitolamento daqueles que se satisfazem com estórias do além, esquecendo-se do aquém.
2. Como este mito diz respeito à nossa realidade concreta? De que forma o caminho do Cristo descrito no hino põe em cheque os valores deste mundo? A maneira de como é descrito o caminho do Cristo – esvaziamento, obediência – justamente isto é estranho a nossos ouvidos. E, por isso, talvez se torne tão difícil ver exatamente a relação deste caminho com a nossa realidade. O pré-existente tem a natureza divina – o que é isso, senão dizer que ele vive a total liberdade, sem condicionamentos. Ele tem tudo – a vida total; ele tem aquilo que o próprio Deus é. Mas, justamente essa liberdade total lhe dá a liberdade de não usar Deus como sua propriedade. Ele não cai na tentação de fazer aquilo que nós sempre de novo fazemos de Deus: uma conquista nossa, consequentemente manipulável. Deus – um objeto em nossas mãos para atender aos nossos interesses, para disfarçar a nossa falta de liberdade, para encobrir a nossa escravidão. Em que sentido? Certamente, para muitas pessoas ainda vale o mesmo que é dito em linguagem mitológica no hino: o mundo dominado por poderes que determinam o destino de cada um – os astros, o destino. Mas também é certo que a nossa escravidão se evidencia bem mais sutilmente: nas conveniências sociais, na tradição, na rotina, na vida totalmente determinada por regras e prescrições. Mas há ainda outras formas de escravidão: produção e consumo, trabalho sem participação no lucro, ausência de poder decisório, o ser apenas um número.
A total liberdade do Cristo o leva à total escravidão. Mas há uma diferença fundamental deste Cristo para com os outros homens: ele foi obediente até a morte. Sem dúvida, embarcar nesta escravidão é embarcar na morte. A morte física só é a oficialização de algo presente a cada instante. Mas, o que é a obediência do Cristo? Não é subserviência, obediência cega, inconsciente; pelo contrário, é a adoção consciente de uma caminhada. É a entrega sob uma escravidão, para possibilitar a não-mais-escravidão. É ser ele mesmo objeto, para que todos os outros possam deixar de sê-lo. A obediência do Cristo é justamente a sua humildade (v.8).
3. Por isso ele é o Senhor. O forte é vencido em seu próprio arraial. Não, por alguém que apresenta um poder semelhante, por uma outra forma de dominação e força, mas por aquele que se entrega totalmente em suas garras. Deus se identifica, não com aquele que tem poder e procura dominar os outros para assim impor-se a si mesmo, mas com aquele que se identifica com os sem-poder, com aquele que se coloca totalmente ao lado do fraco, do que está por baixo. E, com isso, foi quebrado o ciclo, no qual só tem valor aquele que conquista o seu próprio poder. Porque a existência de poderes dominadores neste mundo, seja lá qual for o seu matiz, só existe porque um quer impor a si e a sua maneira de ser contra o outro e sua maneira de ser. Com isso só tem valor aquele que está por cima.
Mas, a partir de agora, este caminho de valorização pessoal está quebrado: valor tem aquele que não procura impor-se a si mesmo, mas que se sabe valorizado por se colocar na esfera de influência do Cristo (v.5). A partir de agora todos os poderes deste mundo não têm mais poder, não valem mais. Será verdade isto? Não continuamos sendo objetos, manipuláveis, sujeitos às conveniências sociais?
O nosso texto fala em para que (v.10). De fato, isto não é uma realidade constatável, visível, inconteste. Sem dúvida, é uma realidade para aquele que está em Cristo, e será uma realidade inconteste no dia em que este senhorio de Cristo for manifestado a todo o mundo. Por enquanto, é uma realidade sob a cruz. Talvez por isso este acréscimo de Paulo não seja tão deslocado: somente sob a cruz, ou seja, fio esvaziamento, na humildade, é que estamos livres de todos os poderes e totalmente sob o senhorio de Cristo. Por isso, esse texto também serve muito bem para a pregação neste Domingo
de Ramos: um senhorio oculto. Senhor é aquele que não se apresenta como tal, mas que o é por ser humilde.
4. Qual a relação do hino com a parênese? Sobre que pregar: só sobre o hino ou só sobre a parênese? Nem um nem o outro, mas ambos. O caminho do Cristo – disto fala o hino – abre para a sua comunidade uma nova possibilidade de vida. Como? Não mais procurando ser alguém através da obtenção de poder, mas orientando-se segundo aquilo que vale na esfera de senhorio de Jesus Cristo. E o que é isto? É esvaziamento e humildade, ou seja, é assumir a posição de serviço, de estar aí para o outro.
A pregação deverá conter as duas partes: a parênese e o hino. Mas ela de forma alguma poderá descrever o caminho do Cristo como exemplo a ser seguido. Não se trata de uma imitação de Cristo. O que o hino descreve é a fundamentação, a força, a possibilidade, o desafio para uma vida em Cristo. Onde pessoas se deixarem desafiar por isso, haverá testemunho do senhorio de Cristo, para a glória de Deus, o Pai.
Concluo esta reflexão, acrescentando uma versão do texto, a qual sugiro utilizar como leitura:
Orientai-vos segundo aquilo que vale na esfera do senhorio de Jesus Cristo.
Ele, mesmo tendo sempre a natureza de Deus, não se aproveitou deste ser igual a Deus.
Pelo contrário, abandonando tudo isto que tinha, assumiu a natureza de servo.
Tornando-se semelhante ao homem, não fez distinção entre ele e os outros homens. Humilhando-se a si mesmo, tornou-se obediente até a morte, e morte na cruz.
Por isso Deus também lhe concedeu a mais alta honra e lhe deu o nome que está acima de todos os nomes,
para que, diante deste nome – Jesus – terminem todos os que têm nome e poder neste mundo e em todo o cosmo
e que tudo e todos reconheçam: Jesus Cristo é Senhor – para a glória de Deus, o Pai.
III – A pregação deste texto
Nossa reflexão levou-nos à seguinte conclusão: Senhor é aquele que deixa tudo e se torna obediente. Neste caminho ele abre para os seus seguidores uma nova possibilidade de vida. A pregação deverá desdobrar estes dois aspectos. Uma possibilidade para tal seria o seguinte esquema:
Domingo de Ramos: Hosana (Mt 21.9) – Jesus Cristo, é Senhor Como Jesus Cristo vem a ser Senhor?
– esvaziamento = identificação total com a realidade do cosmo
– obediência = não-conformismo atuante nova possibilidade de vida sob o seu senhorio
– Jesus Cristo – evento escatológico e não exemplo a ser seguido
– vivência do esvaziamento e da obediência = vivência da cruz
– nenhum outro poder Domingo de Ramos
– a caminho da cruz
– Jesus Cristo é Senhor para a glória do Pai
IV – Bibliografia
– BORNKAMM, G. Meditação sobre Fp 2.5-11. In: Herr, tue meine Lippen auf. Vol. 2. Wuppertal/Barmen. 1959.
– FRIEDRICH. G. Der Brief an die Philipper. In: Das Neue Testament Deutsch. Vol. 8. Goettingen, 1968.
– KÄSEMANN, E. Kritische Analyse von Phil 2.5-11. In: Exegetische Versuche und Besinnungen. Vol. 1. Goettingen, 1965.
-LOHMEYER, E. Der Brief an die Philipper. In: Kritisch-exegetischer Kommentar über das Neue Testament. Goettingen, 1964.
– ROLOFF, J. Meditação sobre Fp 2.1-11. In: Calwer Predigthilfen. Vol. 12. Stuttgart. 1973.
– SCHMIDT. H. P. Meditação sobre Fp 2.1-11. In: Predigtstudien. Ano 1973/74. Stuttgart e Berlin, 1973.
– SCHNACKENBURG, R. Cristologia do Novo Testamento. In: Mysterium Salutis. Vol. II1/2. Petrópolis. 1973. pp.79-90.
– SÖLLE. D. Gottes Selbstentäusserung. In: Atheistisch an Gott Glauben. Olten, 1968.
– STÄHLIN. W. Meditação sobre Fp 2.5-11. In: Predigthilfen. Vol. 2. Kassel. 1968.