Prédica: Números 11.11-12,14-17,24-25
Autor: Milton Schwantes
Data Litúrgica: Domingo de Pentecostes
Data da Pregação:22/05/1983
Proclamar Libertação – Volume: VIII
I
Estranhei! Um texto de Números para a Festa de Pentecostes?
Confesso que, inicialmente, nem mesmo me estava claro da que tipo de perícope se tratasse. Não me lembrava de conhecê-la. Sim, temos aí um texto novo na Ordem de Perícopes. Agrega-se a estas dificuldades iniciais o fato de que a perícope, evidentemente, é pinçada de entre um contexto maior; é uma seleção de versículos. Imagino que esta minha reação inicial, eminentemente subjetiva, há de ser semelhante a de outros tantos pregadores.
Contudo, na medida em que me fui achegando mais às palavras deste texto, quando o li com outros e quando com ele fui ao púlpito, passei a apreciá-lo. Esta perícope tem uma palavra muito importante para nossos dias e para mim. É uma dessas parcelas bíblicas um tanto negligenciadas que, quando redescobertas, falam por si. Abrem espaços para a fé. Portanto, só posso animar a enfrentar e a ser enfrentado por Nm 11.11-12,14-17,24-25.
II
Nm 11 é um mosaico. Por certo é um conjunto. Porém, é igualmente evidente que peças muito diferentes o compõem. Quer dizer o contexto literário, no qual nossos versículos se encontram, é um tanto complexo. Sua matriz básica é a temática da murmuração de Israel no deserto. Este é o temário do primeiro versículo: queixou-se o povo (v.1). E este é o assunto do versículo que antecede a etiologia final 'enterraram o povo que teve o desejo das comidas dos egípclos (v.34). Porém, sobre esta matriz temática foram encravadas cenas diversas, das quais cada qual tem lá suas peculiaridades: o fogo consumidor em Taberá (vv. 1-3), o desejo das comidas dos egípcios (vv. 4-10,13,18-23,31-35), os 70 anciãos proféticos como auxiliares de Moi¬sés (vv. 11-12,14-17,24-25), os 2 profetas àmargem (vv. 26-30). Nm 11 é comparável a uma planta enxertada: sobre o cavalo da murmuração no deserto foram enxertadas diversas ramas. Nossa perícope é uma dessas ramas enobrecidas!
Se observo bem, então, a nível literário, existem motivos todo especiais, para que Nm 11 seja comparável a um mosaico. Acontece que este é o primeiro capitulo que narra episódios do deserto, após a demorada estadia no Sinai (Êx 19 até Nm 10!). Em Nm 11, como que estão condensados os problemas do itinerário pelo deserto, após a partida daquele monte. Além disso, não deixa de ser transparente que Nm 11 retoma o início da trajetória de Israel pelo deserto, em Êx 15.22-18.27: tanto Nm 11, quanto Êx 15-18 tematizam o maná e os juizes/anciãos/profetas que passam a auxiliar Moisés. Isto é, Nm 11 repete certas temáticas de antes da chegada no Sinai. Exatamente esta também é a opinião de Dt 1.9ss, onde a instituição de juizes de Êx 18.13ss e a de anciãos/profetas de nossa perícope em Nm 11 constituem um só episódio.
III
Pelo que se vê, na base de Nm 11 encontramos certa intencionalidade literária, que tem a ver com a inclusão do bloco literário do Sinai (Êx 19 até Nm 10) em meio aos episódios do deserto (Êx 15-18 + Jm 10 10ss). Já por isso, torna-se um tanto difícil perguntar pela situação histórica, em meio à qual surgiu nossa perícope, isto é, os vv. 11-12,14-17,24-25. Há de se deduzir desta constelação literária que sua origem obedece antes ao interesse da autoria literária do que à criatividade de determinada situação vivencial ou ritual. Acontece que nossa perícope não celebra ou enfoca determinado momento da vida (como o culto . a festa, etc.), mas desenvolve e elabora um certo assunto. Seu l«ma é a função vicária da profecia. Este tema é desenvolvido antes no estilo da reflexão, do que no da narração ou do anúncio.
Este jeito de ser de nossa perícope já indica que havemos de localizá-la numa fase mais adiantada da história de Israel, talvez até na época do exílio. Reflete sobre a profecia, em retrospectiva. Dois indícios apontam nessa direção: Por um lado, a temática da vicariedade profétlca alude à antiga tarefa dos profetas de serem intercessores do povo. (cf Am 7 lss, etc.) Mas, nossa perícope, de fato, vai além, ao mostrar que o profeta não só intercede pelo povo, mas até carrega este povo. É o que vamos encontrar no Servo Sofredor de Dêutero-lsaias (Is 52.13-53.12), na era exílica. Por outro lado, é surpreendente que justamente os anciãos se transformem em profetas. O Antigo Testamento no-los apresenta envolvidos com jurisprudência, sabedoria e aconse¬lhamento, mas não com profecia. Contudo, no exílio estas suas funções deixaram de ter relevância, podendo ser substituídas por outras, no caso a profecia. (Noth, p. 75, entende nossos versículos como acréscimo posterior ao javista do 10° século, sem contudo definir de que época seria tal acréscimo. Von Rad, p.19, atribui o texto ao eloísta. Existiram tais fontes?)
IV
A escolha dos versículos para nossa perícope deu diretivas de¬cisivas quanto ao seu conteúdo. Até se deveria dizer: a delimitação da perícope se deu em vista a determinado conteúdo.
Inicio por caracterizá-lo negativamente. Qual é o conteúdo que a perícope não visa? Como vimos, o contexto literário tematiza as murmurações do povo. Contudo, nenhum dos versículos selecionados para a perícope se refere a este assunto. Isto é, ela quer ser interpretada sobre o pano de fundo dás queixas no deserto. Esta decisão de quem propôs a perícope é sábia, por dois motivos. Primeiro: ela enfatiza que a questão teológica do vicariato, em debate em nossos versículos, é bem mais fundamental e, como assinalávamos, teve origem em uma situação toda peculiar do Israel exílico. Segundo: ela evita que se aluda às murmurações no deserto de modo superficial, ou que sejam moralizadas para propor um ideal de apatia. Conseqüentemente, a pregação deveria seguir corajosamente o trilho aberto pela opção da perícope, não insistindo nas murmurações, que poderiam ser a temática de outra prédica, mas centrando atenção no que interessa.
A profecia carrega o povo! Sustenta-o! Esta é a temática precípua da perícope. Afinal, sua palavra chave é carregar (5 vezes) e carga (2 vezes). Esta temática prefigura o Cristo que carrega a carga e interpreta, à luz da esperança, o sofrimento do povo que carrega a carga. É, pois, muito evidente que, em nossa perícope, tudo gira em torno da vicariedade profética, de sorte que outros enfoques de conteúdo que vierem à tona deverão ser relacionados a ele.
É o que se dá, quando nosso texto reivindica Moisés para o movimento profético. A profecia é, sabidamente, um movimento típico da época do reinado em Israel/Judá. Ora, nossa perícope foi formulada à luz de experiências havidas com os profetas. Testemunha que os profetas vieram a ser tão decisivos para Israel, que seu espírito foi ancorado em Moisés. O espírito destes exaltados( isto é, profetas) é também um espírito saído do espírito de Moisés. (von Rad, p. 13) Nossa perícope alicerça, pois, a profecia no grande expoente do passado, nas raízes históricas de Israel (cf. também Êx 3.1ss; Dt 18.18s). Este é um testemunho extraordinário dos autores de nossa passagem, pois os profetas que, em vida, eram perseguidos e marginalizados passam a fazer parte do que é decisivo para Israel.
Importância semelhante deve ser atribuída a mais outro aspec¬to. É surpreendente que anciãos são reivindicados para profetas. No geral, o AT nos apresenta tais anciãos como a liderança em lsrael. São os mantenedores da sabedoria, as autoridades judiciárias, os chefes políticos. Nestas suas funções de organização e administração, segui¬damente aparecem em oposição aos profetas (cf. por exemplo Is 3.14; Ez 8.12). Justamente estes são convertidos em profetas. Tornam-se profetas tão entusiastas, que não cessam de profetizar (cf. v. 25, onde se há de ler, com a Septuaginta: e não cessaram mais de profetizar, ao invés de: depois nunca mais profetizaram). Portanto, nossa perícope está tão carregada de profecia, que até mesmo anciões-administradores são anexadados ao movimento profético.
Também merece destaque especial o fato de nossos versículos relacionarem os profetas ao Espírito. Profecia é movimento carismático. No caso, o espírito profético é mediado por Moisés; entre o espírito que age nos anciãos/profetas e o espírito concedido por Javé há a figura de Moisés. Isso é típico para a era mosaica, na qual o grande guia do deserto recebe destaque em todas as áreas: lei, milagres, sacrifício, profecia, etc. Uma série de outras passagens vetero-testamentárias ressaltam uma relação mais imediata entre profecia e Espírito: Mq 3.8; 1 Rs 22.13ss; Is 61.1ss. etc. Sim, a festa de Pentecostes de At 2 nos fa¬ia da ação do Espírito Santo em cada crente. A comunidade toda é pro¬fética!
Moisés está na origem do movimento profético! Até anciãos podem vir a ser profetas! A profecia á ação do Espírito! Estes três enfo¬ques são relevantes para nossa perícope e para nossos dias. Auxiliam-nos a ver que a profecia de certos setores da Igreja de hoje não é inovação modernista, mas está ancorada no espírito mosaico, nas origens da história salvífica. Auxiliam-nos a confiar em que administração e organização são tarefas proféticas, isto é, profecia não é mera ilusão espiritualista. Contudo, estes três enfoques ainda não se apropriam do que é central na perícope. Aliás, recém à vista da viga mestra do texto recebem sua estabilidade apropriada. Portanto, busquemos clarear melhor o que seja a viga mestra: profetas carregam o povo!
Cientifiquemo-nos, antes de mais nada, de que experiência e consciência vicárias não são tão incomuns no Antigo Testamento, ainda que estejam particularmente elaboradas no Novo Testamento e aí centradas no Salvador Jesus. Não me refiro somente à tradição cultual da expiação e dos ritos sacrificiais a ela ligados (cf. Lv 16). Penso principalmente numa tradição de círculos proféticos: Abraão intercede para que os poucos justos sustem o juízo sobre os muitos injustos (Gn 18.22ss); prisões e sofrimento de Jeremias já começam a indicar o sofredor pelo povo; em suas ações simbólicas Ezequiel leva sobre si a iniquidade de Israel (Ez 4.4ss); o Servo Sofredor levou sobre si o pecado de muitos (Is 53.12); sim, as próprias narrativas sobre Moisés; mostram um homem cheio de temor que interceptou a cólera divina o que morrerá fora da terra em lugar do povo, (von Rad, p. 267) Estes e outros personagens a mais estão nas proximidades de nossa perícope Evidenciam o quanto, justamente na profecia, se foi articulando o passo decisivo, em que o profeta não só mediava a intercessão diante d« Deus, mas até, de modo provisório e prefigurando o Cristo, corporificava a mediação, sustentando Israel.
Feita esta localização de nossa temática da vicariedade no âmbito escriturístico, torna-se, em seguida, profícuo que se observe o alvo específico e particularmente diferenciador, em função do qual se dá, em nosso texto, a tarefa mediadora de Moisés e de seus anciões proféticos: a terral Trata-se de carregar o povo à terra prometida (v 12) Este acento é típico para a era mosaica; ela é constituída pelo povo liberto a caminho da terra que mana leite e mel. Esta temática da terra reaparece com força na profecia israelita, como o evidenciam, por exemplo, 1 Rs 21 (Nabote) ou Mq 2.1-5 (redistribuição da terra). Assim sendo, na prédica, de modo algum, se deveria negligenciar que o acesso à terra, à roça para plantar é o alvo concretissimo da mediação mosaico-profética. Isso evidentemente não impede que, como comunidade de Jesus, demos um passo decisivo a mais, ampliando o alvo em direção à ressurreição dos mortos. Este mundo derradeiramente novo da redenção final não dissolve as dores e as lutas do mundo presente, no qual o acesso à terra de trabalho é a prática da petição pelo pão nosso de cada dia. Nestes termos, o alvo assinalado na perícope ativa a esperança e aguça a crítica, faz olhar para frente e para o presente.
Carregar' o povo na caminhada rumo à terra da promessa implica em pouca glória e em muita cruz, dor, busca, protesto. Nosso tex¬to conhece as dificuldades e os impasses das minorias que, conscientemente, se põem a serviço das massas. Nessa trajetória não predominam os sinais da glória, as evidências do sucesso. Há, isso sim, cruz, solidão. Moisés é um solitário, está sozinho na condução (v. 14). Observe o quanto predomina o eu nos vv.11-12! Além de solitário, Moisés sente-se desamparado. Está em mal (v.11) e em miséria (v. 15) E um desgraçado (v.11). Está sendo triturado em meio a sua tarefa e seu trabalho. A prática de carregar e sustentar o povo coloca-o em crise existencial. Em sua solidão e em seu desamparo, torna-se irônico em relação a Deus. Afinal, foi Javé que concebeu o povo. Pois que também trate de ampará-lo (v. 12)! Sim, Moisés até mesmo deseja estar morto, •o Invés de sofrer as angústias de quem se coloca a serviço do povo. — Neste desânimo e nesta rebeldia, Moisés está muito próximo nós. Justamente a caminhada profética no processo de libertação dos povos dependentes e historicamente oprimidos traz toda sorte de experiências de cruz, dúvida e fraqueza diárias. Também a convocação de um número maior de auxiliares, de 70 anciãos proféticos, não vai eliminar este fenômeno. Irá torná-lo comunitário, isto é, a tarefa profética será solidariamente carregada por uma comunidade de solitários e fracos agraciados. Neste sentido, penso que a prédica não faria bem, se fosse querer sugerir que as dificuldades de Moisés vieram a ser superadas com a instituição dos 70 anciãos. Os anciãos não são chamados para que tudo funcione melhor, mas para que as cruzes sejam enfrentadas com maior solidariedade e decisão. Com estas observações, O texto já nos vai acompanhando para o sermão.
Na prédica que elaborei a partir desta bela perícope, entendi que devesse fazer convergir á atenção para a tese de que a profecia, de modo definitivo a de Jesus, carrega e sustenta o povo de Deus e a humanidade. Pentecostes emerge das minorias proféticas.
Num primeiro momento, chamo a atenção para a perícope que è pouco conhecida na comunidade. O povo de Deus do AT saíra da opressão do Egito, estivera no Sinai e, agora, está a caminho da terra prometida. Dificuldades não faltam. Quem agüenta conscientemente as dificuldades e busca novos rumos para o povo, são alguns poucos. Especialmente Moisés faz frente aos problemas. Nesta situação, Deus convoca mais 70 anciãos para profetizarem e ajudarem a carregar o povo rumo à terra prometida. Em Jesus temos o ponto mais alto desta história de Deus com seu povo. Em seu Filho, Deus mesmo nos carrega, leva sobre si nossa carga.
Num segundo momento, trato de evidenciar que Moisés, anciãos, profetas e, a partir de Pentecostes, todos nós, na fé em Jesus e no poder do Espírito, estamos ai para sustentar a todos. Graças a Deus, a história da Igreja, ontem e hoje, está repleta de maravilhosos exemplos de grupos e de pessoas que, qual sal, deram gosto ao todo. O movimento da Reforma não teria sido um momento destes? Os acampados de Ronda Alta não profetizam para todos? As comunidades dos imigrantes do século passado não foram proféticas, assistir na escolarização? Os camponeses da Rondônia não são, simultaneamente. núncia e esperança para todos?
Num terceiro momento, ressalto que fala de gente perfeita, mas de gente a caminha com dúvidas e retrocessos. Não são heróis. São solidários na dor e na fé. À luz da morte de Cristo por nós, temos até o direito de admitir nosso pecado. É Jesus que nos dá o dom do Espírito, nos “reúne, ilumina, santifica e conserva .”
Este, evidentemente, não é o único esboço possível de uma prédica a partir de Nm 11 . Espero que a reflexão exegética tenha assinalado a possibilidade de outros enfoques a mais e de outras pistas.
VI
A título de subsídios litúrgicos proponho as seguintes formulações:
1. Confissão de pecado: Senhor e Deus. Pai misericordioso. Não gostamos de admitir que estamos sob a ameaça do pecado. Mas. à luz de teu Espírito, nossa culpa resplandece. Nossas ideias, nossos atos estão no domínio do mal. Nossas sociedade injusta, de fartura para alguns e fome para a maioria, testemunha o pecado. Ouve-nos, Deus Pai, e renova-nos. Tem piedade de nós. Senhor!
2. Oração de coleta: Vem, ó Espírito Santo! Reúne-nos, porque sem ti estamos desorientados e dispersos, ilumina-nos, porque sem ti não compreendemos a dor dos outros. Santifica-nos, para que em nossa comunidade possamos ter mais união. Conserva-nos na fé, para que o desespero não se aposse de nós. Vem, ó Espírito Santo! Anima-nos, teu povo, a sermos comunidade e a escutarmos tua Palavra. Amém.
3. Oração final: Senhor, nosso Deus, Louvamos e agradecemos a ti por este culto, para o qual nos chamaste neste dia de Pentecostes. Glorificamos-te por estares derramando o teu Espírito sobre todos nos, criando em nós fé e vida.
— Vem, ó Espírito Santo! Concede a esta tua comunidade a lucidez de estar a serviço de todos: desta localidade, de nosso país, da humanidade. Somos poucos! Ajuda-nos a crer que através destes poucos, manténs e sustentas a todos. Ajuda-nos a não sermos egoístas, querendo preservar nossa fé para nós. Ajuda-nos a ter alegria em viver para outros.
– Vem, ó Espírito Santo! Ilumina nossa diretoria em suas tarefas. Ilumina a todos que tem cargos de responsabilidade em nossa comunidade, na juventude, no culto infantil. Ilumina os pastores de tua Igreja e os que nela assumiram cargos do direção. Concede a todos o dom de carregar o teu povo.
– Vem, ó Espírito Santo! Santifica e conserva a toda humanidade. De modo particular, intercedemos por este nosso povo, por seus doentes e desempregados, órfãos e abandonados, viúvas e marginalizados, presos e perseguidos. As dores de nosso mundo são múltiplas. Necessitamos de ti, para que este teu povo sofrido sobreviva nesta terra. Dá-nos tua companhia, ó Espírito Santo Amém.
VII
Literatura especifica sobre Nm 11 é escassa:
– NOTH, M. Das vierte Buch Mose Numeri. In:Dos Alte Testament Deutsch. Vol.7. Göttingen, 1966.
— PEISKER C.H. Meditação sobre Nm 11. In Homiletische Monatshefte. Vol. 52. Göttingen, 1977.
— Rad, G. von. Teologia do Antigo Testamento. Vol. 2. São Paulo, 1974.
— SEGUNDO, J. L. Massas e Minorias na dialética divina da libertação. São Paulo, 1975.