Prédica – Romanos 5.1-11
3º Domingo na Quaresma – 15/03/2020
15/03/2020 – 3º Domingo na Quaresma
Prédica: Romanos 5.1-11
Pastora Roseli Romi Buchmayer
ACOLHIDA
“Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra, e luz para os meus caminhos”.
Com estas palavras do salmista acolhemos a todos (as). Que neste culto a palavra de Deus possa iluminar nossos caminhos, nossas vidas, nossas decisões. Amém.
Acolhemos os/as visitantes, que se sintam bem em nosso meio. Que o amor de Cristo possa ser vivenciado na vida de vocês através de nossa comunidade.
CANTO DE ENTRADA Nº 625– LC – Bem de Manhã
LITURGIA DE ABERTURA
SAUDAÇÃO
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus o Pai e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.
CANTOS DE INVOCAÇÃO
Nº 462 – LC – Vem Espírito de Deus
CONFISSÃO DE PECADOS
Senhor Deus, nosso Pai Celestial. É de coração aberto que nos dirigimos a ti neste momento. Temos motivos para te agradecer e, ao mesmo tempo, tantos pedidos a te fazer.
Nossos corações estão cheios de ansiedades, de dúvidas, nossa fé é fraca. Queremos melhorar; para isto precisamos de tua ajuda. Tantas vezes não agimos, porque não queremos errar e consequentemente não ser criticados, pecando por omissão.
Senhor e Deus, quantas vezes somos insensíveis diante de outras pessoas, não querendo ver as suas necessidades. Quantas vezes somos impertinentes demais. Quantas vezes queremos acumular poder e ser os únicos cheios de razão.
Sabemos que somos pessoas cheias de limitações, mas nem estas queremos admitir. Poderíamos continuar enumerando as nossas fraquezas, mas isto nem é necessário. Tu as conheces todas. E nós queremos pedir-te perdão e uma nova chance. Tem, Senhor, piedade!
ANÚNCIO DO PERDÃO
“Os seus pecados os deixaram manchados de vermelho, manchados de vermelho escuro, mas eu os lavarei; vocês ficarão brancos como a neve, brancos como a lã” – Is 1.18b.
Em gratidão ao perdão recebido, cantemos:
Nº 582 – LC – Há Sinais de Paz e de Graça
KYRIE
Gratos a misericórdia do Senhor, queremos nos lembrar das pessoas que sofrem, daqueles (as) que são perseguidos (as) por causa da fé em Cristo Jesus.
Como uma única igreja de Jesus Cristo em toda à terra, intercedemos por nossos irmãos mundo a fora, a fim de que recebam a proteção do nosso Deus, para que seus corações se encham de paz, alegria e esperança.
Nº- LC 56- Pelas dores deste mundo
GLÓRIA IN EXCELSIS
Louvamos a Deus que ouve nossa oração e nosso clamor, pois seus ouvimos estão atentos e inclinados diante de nossa prece:
Nº 183 – LC – Glorificado
ORAÇÃO DO DIA
Eterno e todo-poderoso Deus, Pai Celestial. Hoje, neste terceiro domingo da paixão, estamos reunidos aqui em culto, como tua comunidade. Queremos lembrar de tua paixão e morte na cruz de teu Filho.
Tu vieste ao mundo, como uma frágil criança. Tu soubeste te colocar no lugar das pessoas, viver como pessoa, amar, sofrer, sentir. E o mundo não suportou o teu modo de viver e de conviver.
O mundo não suportou o teu imenso amor, o mundo não suportou a tua paz! E tu acabaste na cruz Foi o pecado que te matou – o pecado das pessoas naquela época e também o nosso pecado.
Nós, que geralmente nos preocupamos demais com a nossa própria vida e conosco mesmos, também somos responsáveis pela falta de amor e pela falta de paz neste mundo.
Que sejamos tocados por tua palavra e que ela transforme a nossa vida. Por Cristo Jesus, nosso único Senhor e Salvador. Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Êxodo 17.1-7
2ª Leitura Bíblica: Epístola de Romanos 5.1-11
Aclamemos o Evangelho cantando “Aleluia”
3ª Leitura Bíblica: João 4.5-42
CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
Nº 160 – LC – Como tu queres
PREGAÇÃO
O que você sente quando se fala de paz, alegria e esperança?
O texto bíblico nos mostra 3 características básicas de um Cristão: Paz, Alegria e Esperança!
Paz com Deus – Essa paz a qual o Apóstolo Paulo fala, é estar em paz, sem estar em inimizade. Paz essa conquistada por Cristo para todos (as) que estavam em inimizade com Deus, e agora foram reconciliados, tornando-se amigos de Deus conforme o v.10, sendo diariamente convidados a aceitá-la e desfrutá-la, para estarmos em paz com Ele.
Paz com Deus inclui o que o Senhor, com seu amor, pode nos dar: perdão e reconciliação diariamente, e tudo o que ele pode conceder aos que nele crêem. Mt 21.22 (e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis).
Ter Paz é ter acesso a Deus, estar em pé diante dele e, sob sua guarda, benção e proteção, para fazermos a vontade dEle.
A Paz com Deus nos liberta do trabalho de conquistar a paz e a reconciliação com Deus, porque Deus já fez isso por nós através de Jesus Cristo. Assim podemos usar as nossas forças, tempo, dons, para adorá-lo e servir com alegria.
Alegria essa que diz o v.2. “nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus”.
A Glória de Deus é a sua luz que reflete em nós as qualidades, atributos perfeitos de Deus: seu poder, sabedoria, beleza, santidade, amor, alegria. Dessa Glória de Deus participava Adão, criado à imagem e semelhança de Deus.
Era homem aprovado por Deus, pois se assemelhava ao Criador em justiça e, portanto, vivia em plena paz, alegria e esperança. Mas o pecado afastou Adão, Eva e a toda raça humana desta comunhão plena com o criador.
Mas a obra redentora e justificadora de Cristo, que nos reconcilia com o Pai, restaura a imagem de Deus em nós, nos tornando novas criaturas, como lemos em 2Co 5.17, feitos à imagem e semelhança de seu filho, pela relação da promessa contida no batismo e da fé que assume e vive este batismo diariamente.
Essa imagem de Deus se torna cada vez mais real, à medida que crescemos na comunhão com Deus, através do ouvir a pregação do evangelho, da leitura da Bíblia, orações, participação dos sacramentos, batismo e Santa Ceia. Assim vivemos esta transformação diária pelo poder do Espírito Santo que atua em nós mediante a Sua graciosa palavra.
Nosso corpo será ressuscitado e glorificado à semelhança do corpo ressuscitado de Cristo. Por isso, desde já nos alegremos por sermos filhos (as) da glória de Deus, pois seremos com Ele glorificados.
Ap 3.21 nos diz – “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, diz o Cristo glorificado ao seu povo; assim como eu venci, e me sentei com meu Pai no seu trono“.
A presença de Cristo por um lado é uma fonte de esperança e por outro, causa de sofrimento, conforme nos anuncia Rm 8.17-30. A Glória de Cristo nos liberta do poder do pecado, mas, ao mesmo tempo, torna-nos mais conscientes e sensíveis à atividade do pecado no mundo, gerando sofrimento.
Estes sofrimentos, no entanto, dão-nos a certeza de pertencermos a Cristo e nos fortificam na esperança da glória, de acordo com o apóstolo Paulo em 2Co 4.17-18. Por isso nós também nos alegramos nas próprias tribulações e sofrimentos, segundo o v. 3.
Pois o caminho que conduz à glória do céu não é um tapete de flores. Passamos por um presente difícil e perigoso, nos preparando para a glória que nos está assegurada.
Mas aí nos lembramos da promessa de Cristo: “No mundo passareis por aflições, mas tende bom ânimo, pois eu venci o mundo” – Jo 16.33.
Mas aí pode surgir a pergunta: Alegrar-se com o sofrimento? Isto parece estranho, masoquismo! (sentir prazer no próprio sofrimento).
As tribulações são a evidência clara de que ainda não alcançamos a glória. A nossa confiança, esperança e alegria não nascem de uma vida cômoda, sem dificuldades.
Viver em paz com Deus não significa que estamos isento do mundo cheio de dificuldades que degeneram a vida espiritual das pessoas. O cristão não é alguém que vive isolado numa ilha de felicidade, mas um cidadão do céu, vivendo na terra, no campo da batalha, onde as forças do mal e da destruição atacam perigosamente.
O Apóstolo Paulo diz em 2Co 12.10 – “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo, Porque quando sou fraco, então é que sou forte“.
Permaneça firme, sem esmorecer, e alegre-se no fato de saber que Cristo venceu todos os nossos inimigos e que Deus governa toda a história e ninguém poderá nos roubar o prêmio da vida eterna.
Não é algo fácil de se concretizar, nem é uma fuga do presente mundo, mas uma ativa e confiante presença no mundo, agindo em nome de Deus.
No final do v.3 e o v.4 nos diz que a tribulação produz perseverança e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
Isto quer dizer que na medida em que confiamos em Deus e nos entregamos aos seus cuidados, a cada passo que damos, a cada decisão tomada, a cada situação de vida, experimentamos a segurança da presença do amor de Deus, que não desaponta os seus, e que reforça a esperança de ficarmos bem.
Esperança que não é mero desejo ansioso, descrente, por dias melhores, mas a segurança de que haja o que houver, Deus está conosco e nos guia pelo caminho certo até o fim, visando um fim proveitoso, que é a nossa eterna glorificação, junto a ele, em seu reino de glória.
O v.5 diz que a esperança não confunde, não envergonha, não desaponta. A esperança cristã não é ilusória. Não é fantasia para desviar a atenção dos problemas.
Não é baseada em sentimentos, qualidades ou boas ações humanas. Mas está firmada no amor de Deus que é fiel, verdadeiro e não engana. Amor revelado em Cristo na cruz, que não nos decepcionará no dia da sua vinda.
O apóstolo Paulo dirige-se aos romanos e anuncia-lhes que, através do batismo e do renascimento diário, há novidade de vida. É Deus mesmo quem devolve ao ser humano sua qualidade de ser imagem de Deus. A vivência da paz com Deus (v. 1,5) e com o próximo irrompe no mundo. Deus intervém em favor da humanidade.
Deus intervém não por causa de consciência intranquila. Ele também não carece de sacrifícios humanos, tampouco se sente ofendido em razão da culpa humana.
O cuidado de Deus para com o mundo não tem preço. O Deus revelado em Jesus Cristo não pesa o comportamento humano para verificar se a humanidade merece seu amor ou sua oferta de reconciliação.
O poder do amor de Deus é imensurável. Deus é amor, em sua essência. A paz que Deus oferece em comparação com aquela que “vem de cima”, dos grandes centros do poder no mundo, é muito diferente.
“Amou ao mundo de tal maneira que deu o seu único Filho”. Jesus não morreu por acaso, não foi vítima de um acidente ou de grave enfermidade. Seu sacrifício na cruz aconteceu “em nosso favor”, na perspectiva da salvação.
A pressão exercida pelo jogo de interesses e pelo egoísmo faz a humanidade ser presa de um atoleiro. O Cristo na cruz inaugurou um novo mundo, pautado pela humildade e pelo amor.
É dessa forma que Deus firmou o seu rosto amoroso. Ele mesmo tomou lugar entre o “abismo do desastre” e a situação do ser humano que corre loucamente em direção ao abismo. Em seu comportamento cheio de contradições o ser humano revela o quanto ele é fruto de seu meio.
Deus mesmo carrega sobre seus ombros a nossa desobediência, assim como a tentação de vivermos a autossuficiência. Em Jesus Cristo, Deus vive um longo processo de reconciliação e inaugura uma relação filial.
Ele é Pai/Mãe e nós, filhas e filhos. A fim de que essa boa notícia não se transforme meramente em peça de um quebra-cabeça complicado, Deus nos deu, além da Palavra, sinais visíveis, instrumentos de seu amor: Batismo e Santa Ceia.
Embora permaneçam os sofrimentos, as tribulações e a fragilidade humana, a nova espinha dorsal é consistente, ela dá esperança, perseverança, coragem. “Nada nos poderá separar do amor de Deus” – Rm 8.35,38.
O amor de Deus faz a diferença. É o novo rosto de homens e mulheres que contribuirá para a transformação do mundo. Por que, então, não sonhar com uma humanidade alegre, grata e mais esperançosa?
Ser “Aceitos por Deus pela fé, temos paz com Deus”. Paz com Deus leva à paz consigo mesmo. O contrário da paz seria “ter ou fazer guerra” com Deus. Especialmente quando houver pedras na estrada da vida. A oferta de paz com Deus é definitiva, mas isso não significa que nós humanos estejamos plenamente convencidos dessa oferta.
A aceitação da paz é fruto do amor de Deus e da confiança no Redentor, que chama da perdição à salvação. O Deus de Jesus Cristo não decepciona. “Foi Cristo quem nos deu o presente por meio de nossa fé, esta vida (nova) na graça de Deus”. Abre-se o horizonte da esperança.
A afirmação a respeito de Deus é, ao mesmo tempo, afirmação sobre o ser humano e vice-versa. O texto apresenta a fotografia do ser humano, assim como identifica a visão de Deus.
Verdadeira humanidade só se conhece e se vive a partir da cruz de Cristo. Quando o apóstolo fala do Cristo fonte da nova identidade, ele anuncia o Cristo da salvação.
Foi o Cristo da cruz e da Páscoa que “nos tornou amigos de Deus” (v. 10). Jesus Cristo semeou a esperança da salvação aos de perto e aos de longe (v. 6).
O apóstolo pecador não pode ajudar a si mesmo. Não há um ser humano sequer que possa superar a distância entre humanos e Deus. A novidade de vida é dom de Cristo (2Co 5.17). A transformação do ser humano concretiza-se em vida nova para a glória de Deus e para o bem do próximo.
Que essa Paz, Alegria e Esperança que está firme em Cristo Jesus, reine em nossos corações. Amém.
HINO
Nº 623- LC – Senhor, meu Deus, quando eu
CONFISSÃO DE FÉ
Como membros do corpo de Cristo, queremos a uma só voz declarar nossa fé no trino Deus, mediante as palavras do Credo Apostólico Creio em Deus Pai…
CANTO PÓS CONFISSÃO
Nº 629 –LC – Dia a dia
AVISOS
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Amado Deus, gratos Te somos por que mais uma vez a Tua palavra iluminou nossos corações e nossos caminhos. Obrigado, Pai querido, porque em Jesus temos a verdadeira paz, a verdadeira alegria e a verdadeira esperança, que não passam nem perecem com as coisas deste mundo.
Abençoa-nos em mais uma semana que se inicia, seja em nosso lar, em nosso trabalho ou em nossos estudos. Desta forma, também incluímos todos os motivos acima citados, que possam sentir o Bom Pastor a cuidar de todas as preocupações, inquietações e problemas.
Assim nós oramos numa só voz a oração que teu filho Cristo Jesus nos ensinou: Pai nosso…
LITURGIA DE DESPEDIDA
BÊNÇÃO
Que o Senhor Deus te abençoe e te guarde
Que o Senhor Deus esteja sobre ti te protegendo
Que o Senhor Deus esteja abaixo de ti firmando os teus passos,
Que o Senhor Deus esteja à tua frente te guiando,
Que o Senhor esteja ao teu lado te livrando.
E assim te abençoe o Deus Triúno, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
ENVIO
Ide na paz do Senhor, e servi a Ele com toda a alegria do vosso coração. Amém.
CANTO FINAL
Nº 571 – LC – Viver Com Jesus é Cantar