Prédica – Romanos 5.1-5
1º Domingo Após Pentecostes (Trindade) – 12/06/2022
12/06/2022 – 1º Domingo Após Pentecostes (Trindade)
Pregação: Romanos 5.1-5;
Leituras: Salmo 8; João 16.12-15.
P. Ricardo Brosowski – Campo Novo do Parecis – MT
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
Bom dia/Boa tarde/Boa noite!
No último domingo celebramos a Festa de Pentecostes. Data especial, onde lembramos o agir missionário do Espírito Santo, que sopra e anima dos discípulos a falarem do amor de Deus e de sua obra para todas as pessoas.
Saúdo a todos com as palavras de Atos 2.42, onde lemos: “E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações”.
Acolher os/as visitantes
CANTO DE ENTRADA
Nº 461 – LCI – Espírito, Verdade.
Ou: Nº ____________________________________________________
SAUDAÇÃO
Todas as vezes que Igreja se reúne, ela não o faz em seu próprio nome, mas o faz em nome do Deus que é Pai e Filho e Espírito Santo. Amém (+).
CANTOS DE INVOCAÇÃO
Nº 3 – LCI – Deus Trino.
Ou: Nº ____________________________________________________
CONFISSÃO DE PECADOS
Vamos confessar nossos pecados:
Amado, onipotente e eterno Deus. Diante de ti, como comunidade, estamos reunidos para dizer-te aquilo que tu já sabes: nós erramos e pecamos mais uma vez!
Nossas palavras revelam nossa falta de amor, mas nossos silêncios denotam nossa indiferença.
Nossos gestos delatam nosso egoísmo, e nossas omissões desnudam nossos medos.
Nossos pensamentos, por mais secretos que sejam, apontam para nossas mágoas, invejas, fracassos, medos.
Isso tudo mostra que somos pecadores. E como pecadores, merecemos castigo e morte aqui e por toda a eternidade; sabemos disso. Porém, também sabemos de teu imenso amor por nós. Amor que não poupou nem a vida de teu filho. E por ele que ousamos pedir: perdoa-nos.
Auxilia-nos com teu Santo Espírito, para que possamos encontrar a melhor forma de pensar, falar e agir. Clamamos por tua misericórdia. Amém.
ANÚNCIO DO PERDÃO
O profeta Isaías escreve (Is. 12.2): “-Deus é o meu Salvador; eu confiarei nele e não terei medo. Pois o Senhor me dá força e pode, ele é o meu Salvador”.
Quando, em meio a nossa fragilidade e culpa, colocamos nossa esperança de perdão naquilo que Cristo fez, na cruz, por nós, conseguimos compreender que ele é o nosso Salvador.
Sendo salvos por Cristo, por causa da sua graça, mediante a fé, como nos diz a escritura, não há o que temer. Amém.
KYRIE
Somos pecadores, perdoados. Mas as marcas de nossos erros permanecem no mundo. Nossas atitudes, ou a falta delas fazem com que o testemunho de amor, que deveria ser dado por todos os cristãos não ocorra.
Assim vemos guerras, fome, prostituição de todos os tipos, ganância, ódio, destruições em todos os cantos. Assim, queremos clamar que Deus tenha piedade de todos aqueles que sofrem por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer. Cantamos, tem Senhor piedade!
GLÓRIA IN EXCELSIS
Deus não está longe de nós! Ele está sempre perto! Até podemos virar nossas costas para Ele, mas ele sempre é nosso braço forte e mão amiga. Por isso podemos cantar: Glórias a Deus nas Alturas!
ORAÇÃO DO DIA
Amado Senhor, nosso Deus e Pai. Tu nos deste a graça de conseguirmos reconhecer a tua glória eterna. Sabemos de nossas dificuldades, de nossos pecados, de nossas crises, por isso te pedimos: congrega-nos sempre unidos na fé em ti.
Permitas que a tua santa Palavra nos alcance e nos anime a sermos missionários e missionárias, nas palavras que dizemos e nos exemplos que damos. Em nome de Jesus Cristo, que veio ao mundo, sofreu e morreu a nossa morte, para que pudéssemos viver a vida dele. Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
De pé, aclamamos o Evangelho cantando Aleluia.
1ª Leitura Bíblica: João 16.12-15.
(após a leitura do Evangelho, pedir que a comunidade sente).
Nossa segunda leitura está no Salmo 8, vamos lê-lo.
2ª Leitura Bíblica: Salmo 8.
CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
Nº 165 – LCI – Estou pronto, Senhor.
PREGAÇÃO
Nos tempos da juventude, um hino, escrito por Asaph Borba, cantado em alguns retiros tinha essa letra: “Somos filhos da graça, Divina e sem par. Frutos do amor que nos veio alcançar. Graça que livra da morte e pecado, por ela nós somos reconciliados”. Eis uma frase que resume de forma bem condensada aquilo que a fé cristã nos ensina.
O Salmo 8, que lemos antes nos traz uma pergunta muito interessante: “Quando olho pro céu, que tu criaste, para a lua e as estrelas que colocastes, cada um em seu devido lugar; que é um simples ser humano para que penses nele? Que é um ser mortal para que te preocupes com ele?”.
Essa pergunta tem preocupado a humanidade por muito tempo. Para Aristóteles o homem é um animal político – que se relaciona com outros homens. Para Thomas Hobbes, o homem é lobo do homem, em uma guerra de todos contra todos. John Locke nos dizia que o ser humano nasce vazio, como se fosse uma “folha em branco”, que vai se preenchendo com as experiências do dia-a-dia. Maquiavel nos assusta ao dizer que o homem é mau por natureza, e só não é mau, caso seja obrigado a ser bom.
Na contramão disso, Jean-Jaques Rousseau alerta que o ser humano nasce bom, quem corrompe a sua bondade é a sociedade. Já mais próximo de nós, Friedrich Nietzsche diz que o ser humano é uma corda esticada, numa ponta está um animal e na outra um super homem.
E, talvez, o mais pessimista de todos (e para ser considerado pessimista entre filósofos, o cara precisa ser muito pessimista), Arthur Schopenhauer escreve: O homem é um macaco cego, gordo e irracional, que carrega nas costas um macaco aleijado, mas que enxerga.
Quando olhamos para o salmo que lemos, observamos algo interessante. O ser humano é um paradoxo! O ser humano recebeu de Deus, poder para cuidar de tudo aquilo que Deus criou.
Ou seja, é alguém importante. É alguém que cuida daquilo que não é seu, como se fosse. Um mordomo, que arruma, cuida e zela (ou pelo menos deveria arrumar, cuidar e zelar).
Porém, ao mesmo tempo, o ser humano continua sendo alguém tão pequeno, que o salmista pergunta: Que é o ser humano? Tão pequeno, por qual motivo Deus ainda se preocupa com ele?
Quando olhamos para a Bíblia como um todo, vemos que ela afirma uma coisa interessante, e que está bem fora de moda: O ser humano é um ser pecador. E esse pecado faz com que se afaste de Deus. Esse pecado faz com que o ser humano mereça castigo, e como sabemos, “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).
Essa condição de pecado atinge o ser humano em sua totalidade; na esfera existencial, na comunitária, no âmbito social e cósmico. Como maldade enraizada no coração humano, o pecado faz com que pessoa abuse da sua própria liberdade, o que gera uma destruição da ordem da vida.
Isso cria um total desequilíbrio na harmonia que o ser humano deveria ter consigo mesmo, com os outros, com o todo da criação e com o próprio Deus. E, quando isso acontece, nada mais o ser humano consegue fazer em sua condição, que agora não é mais de liberdade, mas de escravidão ao pecado.
O ser humano, por si só, envolto em seu egoísmo, em sua egolatria, em suas crises escondidas, em suas atitudes fracassadas já não é mais capaz de alcançar a Deus. Nessa solidão, o ser humano nada mais consegue fazer. Dominado pelo pecado, quando o ser humano olha para si, só consegue encontrar a condenação.
Bem verdade que o discurso da atualidade é bem outro. Na era coach, o ser humano é levado a acreditar, erroneamente, que ele tem tudo que precisa dentro dele! Que ele é pode fazer todas as coisas! Que no próprio esforço ele vai conseguir preencher todas as lacunas da vida dele! Etc.. etc… etc.
Qual o resultado disso? Pessoas depressivas por não conseguirem o que almejam; pessoas ansiosas pela necessidade de fazer tudo bem feito e o mais breve possível; pessoas cansadas de tanto correr, sem, necessariamente alcançar o que almejam.
É verdade, o ser humano é extremamente importante! Porém, não pelas suas potencialidades e qualidades. Ele é importante por ser amado por alguém! Podemos dizer que o ser humano só existe para os outros, na medida que ama e é amado por eles.
Assim, chegamos a nossa próxima leitura. Abramos nossas Bíblias na carta do Apóstolo Paulo aos Romanos 5.1-5. (Esperar as pessoas encontrarem o texto e proceder a leitura. Pode-se, inclusive, animar alguém diferente a fazê-la).
Bem, se o ser humano sozinho não consegue alcançar perdão e salvação. Aqui conseguimos encontrar um norte que de esperança. Paulo está falando com a comunidade daqueles que creem. Interessante notar como ele utiliza o nós – primeira pessoa do plural.
O que indica que ele se enquadra na mesma situação que os outros membros da comunidade. Paulo não é mais, nem menos que os outros.
Nesse texto, em especial, vemos quase uma confissão de fé, do Apóstolo. E nessa confissão, vemos desdobramentos para dentro da vida cotidiana das pessoas. Fala da graça alcançada e a forma como ela é alcançada. E também uma fala sobre as aflições que ocorrem na vida, também na dos cristãos.
Nosso Reformador Martim Lutero, diz que Paulo utiliza nesse texto, de duas expressões extremamente interessantes e imprescindíveis. A primeira é “através de Cristo” e a segunda “pela fé”.
Nessas duas expressões encontramos respostas para as perguntas mais complexas para a cristandade. Como alcançamos a salvação, a justificação? Através de Cristo e pela fé. Como devemos enfrentar as dificuldades que nos sobrevém? Através de Cristo e pela fé.
Isso nos tira da arrogância de cairmos na tentação de acharmos que somos capazes de fazer tudo. Não nos justificamos por obras, ou méritos próprios, mas somos justificados. Essa justificação se mostra não na atividade humana, mas justamente na sua passividade.
Não seria erro nenhum dizer que o ser humano sofre a justificação. E sofre a justificação através de Cristo, pela fé.
A justificação que absolve do ser humano vem como presente do próprio Deus. E é essa ideia de justificação, que vem como presente, através do que Cristo fez, quando cremos que ele morreu por nós, que faz com que a Igreja permaneça viva.
A confissão de Augsburgo, no artigo IV diz: “Ensina-se também que não podemos alcançar remissão do pecado e justiça diante de Deus por mérito, obra e satisfação nossos, porém que recebemos remissão do pecado e nos tornamos justos diante de Deus pela graça, por causa de Cristo, mediante a fé, quando cremos que Cristo padeceu por nós e que por sua causa os pecados nos são perdoados e nos são dadas justiça e vida eterna”.
O conceito de justificação humana sempre chama para olhar para fora. Ser justificado significa saber que a justificação nunca se concretiza nos méritos humanos, nas obras humanas e nem mesmo na transformação ou conversão humana. Olhando para as próprias forças, o ser humano somente pode se desesperar.
Ser justificado é ficar com os olhos fitos em Cristo. E olhando para Cristo saber-se tão amado, que por graça, por presente, o próprio Deus manda o próprio Filho para morrer na cruz. E desse modo assumir a culpa do pecado, fazendo do ser humano justo, não pela força humana, mas pela graça amorosa.
Entender essa justificação é o papel da fé. Jesus Cristo morreu na cruz, mas não apenas pelos que estavam ao seu redor, naquele tempo. Mas morreu por mim. E se ele morreu por mim, eu também sou justificado.
Sabendo disso, conseguiremos enfrentar as dificuldades que ocorrem no dia-a-dia de cabeça erguida. Os problemas sempre ocorreram e sempre ocorrerão. Isso não vai mudar. O cristão continua sendo de carne e osso, o cristão continua vivendo no mundo, e o mundo continua sendo normal.
No sofrimento, assim como na angustia, assim como no sentimento de indignidade, como nas crises existenciais, nas dores da alma, aquele que se sabe justificado pela graça, consegue viver pela fé e através de Cristo. Isso nos basta.
Lembrem: “Somos filhos da graça, Divina e sem par. Frutos do amor que nos veio alcançar. Graça que livra da morte e pecado, por ela nós somos reconciliados”. Amém.
HINO
Nº 193 – LCI – Nós cremos todos num só Deus.
CONFISSÃO DE FÉ
A Palavra de Deus é para nós um espelho. Ela revela as nossas incapacidades, contudo, ao mesmo tempo, nos revela o amor de Deus que nos encontra em nossa necessidade.
Esse presente, assumido em fé, deve ser testemunhado em todos os lugares onde estivermos, em palavras e ações. Comecemos com palavras, confessando aquilo em que nos cremos.
Hoje usamos as palavras do credo Niceno-constantinopolitano (pode ser impresso ou projetado. Disponível em):
Credo Niceno-Constantinopolitano
Creio em um só Deus, o Pai onipotente,
criador do céu e da terra,
de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo,
Filho unigênito de Deus
e nascido do Pai antes de todos os séculos,
Deus de Deus, Luz de Luz,
verdadeiro Deus de verdadeiro Deus,
gerado, não feito,
consubstancial com o Pai,
por quem foram feitas todas as coisas;
o qual, por nós homens e pela nossa salvação, desceu do céu,
e encarnou, pelo Espírito Santo, na Virgem Maria,
e se fez homem;
foi crucificado em nosso favor sob o poder de Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado;
e ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras;
e subiu aos céus; está sentado à destra do Pai,
e virá pela segunda vez, em glória, para julgar os vivos e os mortos;
e seu reino não terá fim.
E no Espírito Santo, Senhor e vivificador,
o qual procede do Pai e do Filho;
que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado;
que falou pelos profetas.
E a igreja una, santa, católica e apostólica.
Confesso um só batismo, para a remissão dos pecados,
e espero a ressurreição dos mortos
e a vida do século vindouro. Amém.
(versão Livro de Concórdia)
CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
Nº 192 – LCI – Creio, Senhor, que és Deus.
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
(levantar motivos de oração)
Senhor, nos te louvamos e agradecemos por todo o bem que tens nos feito. Te agradecemos, pois te revelas para nós em tua Sagrada Escritura. Obrigado por nos acompanhar, ainda hoje, com teu Santo Espírito, que encoraja, fortalece e anima a caminhada da tua Igreja.
Te pedimos: cuida de tua Igreja! Seja amparo e luz nos momentos de dificuldade na caminhada. Abençoa a todos os ministros e ministras, também a cada membro, para que possamos ser sal e luz do mundo. Faz com que de nossas comunidades, possam sair mais pessoas dispostas a te servir e servir as comunidades.
Cuida também de nossa nação. Concede sabedoria, força e honestidade para as nossas autoridades, para que façam o que te agrada e promove o bem.
Cuida de todos os que estão em situação de sofrimento. Dos doentes, dos enlutados, daqueles que passam necessidade.
Também colocamos em tuas mãos os motivos que estão em nossas mentes e corações, são eles:
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
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Alegra-nos com as coisas boas que nos acontecem. Fortalece-nos nas dificuldades cotidianas. É o que te pedimos em nome de Jesus, que nos ensinou a dizer essas palavras:
PAI NOSSO
Pai nosso…
LITURGIA DE DESPEDIDA
AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ – destinada para…
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BÊNÇÃO
Abençoe-vos o Deus todo poderoso:
Que ele vá na tua frente, orientando a caminhada,
Que esteja atrás de ti, te protegendo e guardando,
Que permaneça do teu lado, sustentando e dando consolo.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém (+).
ENVIO
Vamos em paz, servindo ao Senhor com alegria.
CANTO FINAL
Se de manhã:
Nº 585 – LCI – Foi na cruz.
Se a noite:
Nº 352 – LCI – O dia passou.