Proclamar Libertação – Volume 32
Prédica: Romanos 5.1-8
Leituras: Êxodo 19.2-8a; Mateus 9.25-10.8 (9-23)
Autor: Mauro Alberto Schwalm
Data Litúrgica: 5º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 15/06/2008
1. Introdução
A leitura conjunta dos textos previstos para este domingo permite perceber que há dois componentes importantes que lhes são comuns, a despeito de suas peculiaridades histórico-contextuais. De forma intensa e primária destaca-se a dimensão da graça e da justificação. Junto com ela, no movimento de sua brisa, seguem-se notas importantes relacionadas com a dimensão do comprometimento que a ela responde. À dimensão da oferta graciosa anexa-se a perspectiva da atitude, do acolhimento ativo.
No evangelho deste quinto Domingo após Pentecostes encontramos a seguinte “lógica”: a – a graça do evangelho manifesta-se na sensibilidade de Jesus para com as multidões, que vagam desorientadas, sem rumo; b – essa graça emana de Jesus, mas deseja envolvimento de “trabalhadores”, pois a tarefa não é pequena; c – Jesus convoca e capacita, conclamando seus seguidores a compartilhar de graça o que de graça lhes foi concedido (eu limitaria a leitura até o v. 8).
No texto do Antigo Testamento (Êxodo), encontramos um significativo paralelo com o texto do evangelho: a multidão em movimento, em sua jornada pós-escravidão, congrega-se em torno de Moisés e das palavras proferidas no Sinai, palavras essas que proclamam a graça da eleição, da escolha para ser povo de Deus, e que culminam na expectativa do compromisso da obediência. Em Romanos 5.1-8, base para a pregação, encontramos essa graça novamente destacada, já na primeira expressão: “justificados, pois”, como uma ação que vem de fora e não originada no próprio cristão. Igualmente a encontramos no destaque de que a mesma deu-se em favor de pessoas distantes, desvinculadas de Deus. E na continuação de sua formulação o apóstolo Paulo dá a entender – nesse caso – que o envolvimento ativo da comunidade ocorre no louvor e na glorificação dessa intervenção graciosa de Deus. Pode-se derivar daí que à pregação caberá comunicar a graça ofertada e a resposta ativa esperada em seus desdobramentos possíveis. A liturgia promoverá a resposta de louvor e a glorificação da comunidade reunida em culto.
2. Exegese
Convém lembrar que a Carta aos Romanos não é uma “carta” no sentido das demais epístolas do Novo Testamento. A sua construção não tem o caráter essencialmente pastoral de outras cartas. Oferece antes um conjunto de reflexões teológicas no qual Paulo articula elementos basilares de suas convicções doutrinárias, válidas de forma ampla para a vida cristã. De certa forma, é um documento de apresentação, no qual o apóstolo indica as balizas pelas quais norteia seu caminho, pois Paulo não conhecia a comunidade de Roma e esperava ser aceito e acolhido por ela na condição de apóstolo (Rm 1.1-15). Obviamente isso não diminui a relevância dos conteúdos abordados, tendo em vista a vida cotidiana e regular do povo de Deus e sua predicabilidade.
No capítulo 5 da Carta aos Romanos deparamo-nos com blocos de ênfases distintas, mas complementares. A primeira metade do capítulo volta-se para a descrição da esperança que carrega os cristãos e que tem sua causa na graça da justificação. Já a segunda metade do capítulo dedica-se à comparação entre Adão e Jesus Cristo, na qual se evidencia a supremacia da graça auferida pela obediência de Cristo, a qual supera a desobediência de Adão, por intermédio de quem a lei se havia feito necessária. Essa, por sua vez, é superada pela graça da reconciliação como dádiva oferecida a partir de fora (extra nos). Esse tema, a propósito, perpassa a carta do começo ao fim.
V. 1-2 – A justificação aqui descrita pode ser entendida como a proclamação que torna justo o que antes não era. O que está em questão, para Paulo, não é a justificação de atos, mas a justificação de uma relação. Não se trata de conceder o status de “justas” a atitudes injustas. Trata-se de estatutar como justa, legítima e viável uma relação antes tida como inviável, e isso a partir da ação de uma das partes, precisamente daquela que “teria o direito” de exigir reparação.
Na exposição teológica do apóstolo, a distância abissal entre Deus e o ser humano só pode ser superada por causa da iniciativa de Deus mesmo. Assim é superada a inimizade e articula-se a possibilidade da paz com Deus. O acesso a essa compreensão somente é possível por causa da dádiva da fé. A versão atualizada de João Ferreira de Almeida pode induzir a uma compreensão equivocada ao formular “tenhamos paz com Deus”, como se essa paz fosse uma construção a ser feita a partir do empenho humano. A justiça de Deus fez-se para que tenhamos (possamos ter) paz, não o contrário.
Obviamente, em outras passagens encontraremos referência mais clara e contundente ao cultivo dessa paz como resposta de quem crê. Aqui, porém, corresponde ao propósito de Paulo a inequívoca afirmação de que se pode falar em paz com Deus porque Ele a viabilizou em e através de Cristo.
O restabelecimento da paz, em cuja graça “estamos firmes” (presente), foi possível a partir do evento cristológico (passado) e nos direciona “na esperança da glória de Deus” (futuro). Paulo fala de “regozijar-se na esperança da glória”. É justamente essa esperança que inspira e motiva ao louvor e glorificação. Nessa formulação fica evidente a convicção do apóstolo de que a dádiva da graça, ainda que plena, se consumará no reino de Deus. Vive-se na convicção daquilo que ainda não é. Esse é o passo da fé.
V. 3-5 – Mas não se trata de regozijar-se apenas por causa da possibilidade do acolhimento no reino de Deus, o que pode levar a uma teologia da glória, marcada por arrogância e hybris. Trata-se de encontrar sentido também em meio às circunstâncias adversas da vida. Paulo não tem a intenção de desenvolver uma teologia de legitimação do sofrimento ou do martírio nessa sua formulação. A ela subjaz muito antes a sua própria experiência de amarguras no apostolado. Daí ele deriva a perseverança como virtude a ser cultivada “no tempo da esperança pela glória de Deus”. Quem persevera confiantemente também em meio às tribulações vai adquirindo a experiência de que as tribulações não necessariamente têm a última palavra e, dessa forma, olha o caminho à sua frente (a possibilidade de novas tribulações) com esperança. Paulo coloca a esperança como ponto de partida e chegada, fechando assim o círculo: a esperança emana de Deus e por ele é sustentada na ação de seu Espírito Santo, o qual concede a convicção do amor de Deus.
V. 6-8 – O aspecto cristológico está no centro da argumentação de Paulo, ao lembrar que a morte de Cristo (ele perseverou a despeito da tribulação) ocorreu em favor de pessoas fracas e afastadas de Deus. Chama a atenção que fraqueza (pecado) aqui é sinônimo de ausência de vínculo relacional com Deus. Para ressaltar o significado do sacrifício vicário, Paulo apela para a “lógica”, que pressupõe encontrar-se também entre os romanos: quem sabe, muito remotamente, alguém até arrisque sua vida em favor de uma pessoa de boa vontade e bom coração, mas, ainda assim, é muito improvável que alguém se sacrifique em favor da mesma. Portanto o gesto através do qual somos contemplados com a possibilidade da paz com Deus torna-se ainda mais significativo, pois não se deu em favor de gente que o merecia, mas em favor de pessoas que Paulo define como sendo de má fama, pecadoras, afastadas de Deus. Mediante a fé essa fraqueza relacional se encontra com o vigor da graça e por ela é substituída.
3. Meditação
a – A paz vem de Deus
A paz com Deus não é um sonho, não é um projeto, não é um esforço. É uma realidade. Essa é a convicção que o apóstolo Paulo repassa. No que diz respeito à possibilidade da restauração da relação com Deus, nada precisa ser feito. Já foi feito por intermédio de Jesus Cristo. Essa é a diferença entre a expectativa da lei e a oferta da graça. O texto não deixa dúvidas em relação a isso: algo foi feito em nosso favor e torna-se verdadeiro para nós não em função do cumprimento de prescrições legais, mas mediante a fé, a confiança, em outras palavras, mediante a aceitação de que isso é verdade. Aí residem o fator decisivo bem como o fator desconcertante. Afinal, bem que nós gostamos de poder construir sobre nossas próprias virtudes e competências! Paulo ressalta: a competência é de Deus e não minha, nossa. E nisso somos convidados a nos gloriar! De fato, isso só é possível mediante a fé, mediante a convicção de que se precisa de Deus e do que Ele fez por nós. Isso é doutrina. Doutrina que só faz sentido quando perpassa minha própria medula.
b – Alegria e gratidão
Gloriar-se “de si mesmo” é natural. Sobretudo quando se pode apontar para capacidades e potencialidades pessoais, para as próprias realizações. Gloriar-se em outrem? Gloriar-se em Deus? Isso exige convicção. Exige o passo da fé. Exige o passo da alteridade, do olhar para fora e para além de si mesmo. Gloriar-se nas coisas boas ainda vai! Mas gloriar-se também naquelas que não agradam? Aí já é demais! É nesse contexto que normalmente surge a pergunta: “Onde está Deus?”. O que o autor propõe não é coisa pouca, se levarmos em conta a tendência do raciocínio humano. E ele sabe disso. Se correr risco de vida em favor de uma pessoa de boa índole, já é improvável, imagine então se não for! Mas é assim que ele descreve a misericórdia, a graça. Aí está um sólido bloco de ensinamento cristão: não é necessário depender de si mesmo. É possível depender de Deus, largadamente, como numa boa e confortável rede nordestina!
c – Esperança perseverante e experiente
Essa dependência acontece em esperança, uma vez que nem tudo já é como se desejaria que fosse. O fundamento foi lançado e nele sou sustentado, mas o reino pleno é futuro! Assim, com esperança se atravessa tribulação, sofrimento. E não só uma vez, mas muitas! Aos poucos, a experiência vai se consolidando e se vai percebendo que é possível continuar. A esperança se fortifica para a continuidade da jornada em direção ao futuro de Deus. É como andar de bicicleta. Depois de muitas quedas, aprende-se a manter a direção, o que não significa que não se caia de novo. Mas pelo menos se saberá continuar depois do tombo.
d – Resposta em perseverança
Mas o texto não diz tudo. Nem poderia. É por isso que o lemos em conjunto com o evangelho e com a tradição judaica. Aqui Paulo destaca que a paz com Deus é um dado inequívoco. Dado (substantivo, fato) que vem a nós, dado (do verbo dar). Que cabe a ele responder não deveria ser dúvida! O apóstolo enfatiza o louvor, dimensão inalienável da vivência comunitária. Quem, pela fé, acolhe a dádiva exulta em gratidão e glorifica aquele que a possibilita. Paulo deseja que os romanos tenham essa convicção. E isso se estende para os ouvidos de hoje. Mesclando com Mateus e com Êxodo, é necessário relembrar que a vivência sob a graça ocorre também mediante trabalho, mediante repartir, mediante o compromisso e a obediência. Trabalhar pela paz, para superar a ausência de rumo das multidões; repartir em favor da paz, porque recebemos paz; comprometer-se com a paz; seguir (obedecer) os mandamentos para que a paz seja realidade não somente entre “eu e Deus”, mas “entre nós”. Há que se construir libertação sobre a libertação recebida!
4. Imagens para a prédica
A pregação poderá ser planejada a partir de alguns elementos já presentes na exegese e na meditação. É preciso decidir se convém ou se é necessário destacar muito a situação da comunidade de Roma ou da relação de Paulo com a mesma. Nesse caso, seria importante buscar mais subsídios na literatura especializada. Pessoalmente, optaria em dedicar-me sem demora ao conteúdo do texto:
a) A possibilidade da paz com Deus é presente. Assim como fomos gerados, Deus estendeu a mão para fazer-nos nascer para uma nova relação com ele. Aqui se pode lembrar o Batismo como sacramento dessa nova relação. A imagem da parteira, do obstetra, que ajuda a trazer à luz e que estimula para a respiração (a qual se espera que siga depois naturalmente), pode ajudar a comunidade a pensar plasticamente.
b) Esse presente foi dado a quem nem sequer o merecia. A graça consiste em poder usufruir de algo que vem a nós por causa da misericórdia de quem o oferece e não pelo mérito de quem o recebe. Histórias de perdão podem ajudar a entender isso. Lembro-me da história de uma esposa traída, agredida, humilhada e separada de seu companheiro, que anos mais tarde o recolhe das sarjetas e o acompanha solidariamente em seu estado terminal (saúde, profissão, relacionamentos acabados). Não se trata de um ideal a ser padronizado, mas de uma ilustração possível para a graça imerecida.
c) A restauração da relação com Deus é vivida no horizonte da esperança perseverante. Esperar sim. Perseverar também. A esperança por si só não gesta necessariamente a mudança. A perseverança sim! Perseverar pressupõe enfrentar não somente os ventos a favor, mas também os ventos contra. Qual a esperança do corredor de fundo (maratonista)? Chegar ao final de seu percurso de 42 km! O que é necessário? Perseverar no ritmo, na velocidade, no ato de correr, apesar da dor e da fadiga.
d) Enquanto se espera e se persevera, glorifica-se a Deus. A comunidade reúne-se, o povo encontra-se, celebram-se a vida, suas alegrias e frustrações. Celebram-se a paz oferecida, a esperança possibilitada, a perseverança necessária, busca-se ânimo. Culto é travessia, é cabo de aço esticado entre dois mundos. O mundo das ofertas de Deus e o das minhas possibilidades. Enquanto se espera e se persevera, age-se em favor da paz (por exemplo). O tema da paz já é inerente ao texto. Poderia ser um tema para a concretização. A paz com Deus desdobra-se na resposta cristã para a construção da paz na terra. Mas outros temas podem ser concretizados aqui. Como a paz com Deus que me é ofertada se desdobra/pode se desdobrar nos processos de libertação dos quais se carece mundo afora e bem concretamente onde se vive? Globalização, neoliberalismo, aquecimento global, corrupção, violência, desemprego, migração, pobreza… Não são justamente esses os temas que andam nos “tirando a paz” há muito tempo? Qual é o tema que bloqueia a paz com Deus e entre as pessoas em seu contexto? Perseverar na esperança da libertação do que suprime a paz é parte de nossa resposta.
5. Subsídios litúrgicos
Saudação:
O culto poderia iniciar relembrando os versículos de 1 João 4.19 e do evangelho do dia (Mt 10.8b): “Nós amamos, porque ele nos amou primeiro; de graça recebestes, de graça dai”. Estes versículos poderiam estar grafados em um cartaz (cartolina ou outro material) visível para a comunidade o tempo todo, para acompanhar o culto como pano de fundo. Uma formulação possível:
Caras irmãs e caros irmãos. Nós amamos porque Deus nos amou primeiro. A paz é possível porque Deus a oferece primeiro. Perdão é possível porque Deus o oferece primeiro. Reconciliação é possível porque Deus nos oferece reconciliação através de Jesus Cristo. A esperança é possível porque Deus a concede e fortifica através de seu Espírito Santo. Como comunidade, somos chamados a celebrar e a repartir a paz, o perdão, a reconciliação, a esperança! De graça o recebemos, glória a Deus! De graça o compartilhemos, amém!
Oração de coleta:
Nós te damos graças, Senhor, pela dádiva da paz, pela oferta da restauração da amizade contigo, pela justificação imerecida por meio de Jesus Cristo. Tu nos concedes a possibilidade do acesso à tua graça mediante a fé; isso vem de ti e não de nós. Ajuda-nos a beber continuadamente da fonte da esperança, que persevera em meio às adversidades, que celebra, que se empenha em palavra e ação em favor da vida. Que o teu Santo Espírito continue derramando em nossos corações abundantemente o teu amor, para que experimentemos e propaguemos a paz que procede de ti. Amém.
Oração de intercessão: (abaixo segue uma sugestão de formulação. Sobretudo o quarto e o quinto parágrafos merecem atualização local)
1 – Intercedemos, Senhor, pelos problemas globais com os quais nos debatemos atualmente. Tua criação está comprometida por causa de nossa irresponsabilidade; a temperatura sobe, pessoas e animais não têm acesso à água em muitos lugares do globo; o lucro doentio de alguns decreta a miséria de milhões. Ajuda-nos a cultivar não somente a paz de espírito, mas sobretudo a paz concreta. (pausa silenciosa)
2 – Intercedemos, Senhor, por obreiros e obreiras de tua igreja mundo afora. Que sejam perseverantes na pregação, na missão, no serviço, no ensino. E que tua igreja saiba estar em sintonia com as necessidades e problemas do nosso tempo. (pausa silenciosa)
3 – Intercedemos, Senhor, pela situação em nosso país. Precisamos de paz, carecemos de justiça, carecemos de equilíbrio social e econômico. Que homens e mulheres públicos de nosso país recuperem o sentido de suas incumbências em favor da coletividade. (pausa silenciosa)
4 – Intercedemos, Senhor, por nossa comunidade e por nossa região. (aspecto local) Ajuda-nos a perseverar na lucidez que provém de teu amor, para que possamos sinalizar a tua presença e a tua proximidade. (pausa silenciosa)
5 – Intercedemos, Senhor, por pessoas enlutadas e enfermas (nomes). Ajuda-as a experimentar a paz que provém de ti, apesar da provação e da tribulação. Que a sua esperança se mantenha viva em ti e que possam perseverar na confiança. (pausa silenciosa)
Uma lenda judaica: (embora a lenda abaixo seja relativamente bem conhecida, pode ajudar a enfatizar a dimensão da paz recebida e a ser compartilhada)
Um rabino foi convidado por Deus para conhecer o céu e o inferno. Ao abrir-se a porta, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão cheio de suculenta sopa. À sua volta estavam pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo tão comprido que era possível alcançar o caldeirão, mas não a própria boca. O sofrimento era imenso.
Em seguida, Deus levou o rabino para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica à primeira. Havia o mesmo caldeirão, pessoas em volta e o mesmo cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados. “Eu não compreendo”, disse o rabino. “Por que aqui as pessoas estão tão felizes, enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual?”
Deus sorriu e respondeu: “Você não percebeu? É porque aqui elas aprenderam a dar comida umas às outras”.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).