|

Jesus Cristo diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).

Há muitos anos, ouvi a frase que diz que se pode dizer muito sobre uma pessoa a respeito do sapato que ela usa. Agora, em tempo de Advento, pensando sobre isso, concluí que metade de mim concorda com essa afirmação, ao passo que a outra metade discorda. Por exemplo, se uma pessoa usa sempre sapatos de esporte, são grandes as chances de eu estar certa, quando concluo que ela gosta de esportes. Por outro lado, se uma pessoa chega em um lugar com o sapato estourado, como saber se ele acabou de estragar praticando esporte, ou se ela realmente não cuida de suas coisas?

Eu creio que as pessoas podem sim saber muito de nós observando nossos pés: não a partir dos sapatos que usamos, e sim, a partir dos passos que damos e dos caminhos que trilhamos. O que nos tem sido mais importante neste ano que chega ao fim? Escolher com cuidado os sapatos que usamos, ou os caminhos pelos quais estes nos tem conduzido?

2° domingo de Advento. Quando da minha infância, meu sapato favorito era um chinelinho havaiana que meu avô encontrou há uns meses lá pela casa deles. Hoje é uma confortável pantufa. Assim, ao longo da vida, nosso sapato favorito irá mudar inúmeras vezes, e não há problema nisso. O que é único, e deve, assim, sempre permanecer, é o nosso caminho. Que este Advento nos ajude a olhar com gratidão para o agir de Deus e celebrar o Natal desejosos de nos importar mais com os nossos caminhos, seguindo os passos do próprio Salvador.