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“Sempre haverá pobres e necessitados na terra. É por isso que eu ordeno a você: Abra a mão em favor do seu irmão, do seu pobre e necessitado na terra onde você está”. (Deuteronômio 15.11)

Lema do mês de fevereiro de 2010

 

De acordo com a vontade de Deus, sociedade justa é aquela onde os bens materiais são repartidos de modo que não haja oprimidos e pobres, mas sim liberdade e vida digna para todos. Numa sociedade em que as pessoas vivem como filhas de Deus, elas são responsáveis para que as necessidades dos pobres sejam providas.

O Povo de Israel recebeu esta missão com a lembrança de que ele mesmo havia sido pobre e escravo no Egito. Como povo libertado por Deus, não deveria reproduzir as estruturas injustas existentes na sociedade, mas continuar realizando o gesto libertador de Deus, possibilitando um recomeço de vida às pessoas carentes, possibilitando a reconstrução da cidadania.

Expressão máxima dessa convivência fraterna e justa deve ser a comunidade cristã. Cabe a ela dar testemunho e ser voz profética, provocando uma tomada de consciência sobre as desigualdades sociais e sobre a necessidade de criar relações justas para que todos tenham vida digna.

Este é o grande desafio! A sociedade acentua drasticamente as desigualdades. À medida que crescem as cidades, multiplica-se o número de famílias em risco social. Por mais que se esforce, a comunidade não tem “pernas” para atender a crescente demanda. Isso provoca um sentimento de desânimo e de incapacidade.

Aprendamos do exemplo do beija-flor que, durante o incêndio da floresta, foi questionado pelos animais em fuga: – “Por que você voa em direção do incêndio?” – “Estou levando água para apagar o fogo.” – “Mas seu bico é pequeno demais para levar água suficiente. O incêndio é muito grande.” – “Não importa. Eu estou fazendo a minha parte!”

 

Pastor Geraldo Graf