Saudação
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” (Mateus 5.10) Bom dia/Boa noite! Celebramos no mês de junho as festas juninas por todo o país, mas muitas vezes não sabemos o que celebramos. A principal celebração e o aniversário de João Batista, profeta no Noto Testamento, que preparou o caminho do Salvador. Celebremos este encontro com alegria e amor, pois é o próprio Deus que nos chama para o encontro com Ele. Sejam bem-vindos e bem-vindas.
Hino: LCI 15 – Em tuas mãos
Confissão de Pecados
Como povo de Deus reunido queremos agora fazer a confissão de nossos pecados e suplicar o perdão de Deus. Após um tempo de silêncio oremos:
Amado Deus, diante de tua presença colocamos os nossos pecados, as nossas dúvidas e as nossas incertezas. Querido Pai, em muitos momentos nós somos falhos e não reconhecemos a nossa falha e principalmente a nossa falta de compromisso contigo. Ajuda-nos a reconhecer os nossos pecados, muitos deles ocultos aos nossos próprios olhos. Perdoa quando colocamos outros fundamentos e outros alicerces senão a Ti em nossa vida. Dá que possamos ser filhos e filhas corajosos no sentido de agradecer, louvar, servir e obedecer, a cada novo dia. Dá que possamos aprender com João Batista a nos arrependermos de nossos pecados, e assim viver uma vida nova de compromisso e de amor pelos nossos semelhantes. Por Teu Filho que morreu pelos nossos pecados, nosso Senhor e Salvador é que pedimos perdão: Amém
Palavra da Graça
“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração” (Salmo 19.8). Quem com sinceridade confessou os seus pecados recebe de Deus a boa notícia de salvação: Teus pecados estão perdoados em nome do trino Deus. Amém.
Kyrie Eleison
João denunciava as injustiças e anunciava um novo tempo em que o Salvador viria trazer um reino de paz e justiça. Mas ainda vivemos tempos difíceis, onde guerras matam pessoas, a fome é uma realidade diária para muitas famílias e as doenças atingem muitas pessoas. Diante dos sofrimentos no mundo cantamos: Tem piedade, Senhor – LCI 58
Glória
Deus nos perdoa e nos aceita com seus filhos e suas filhas e atende os lamentos do povo a este Deus que é Amor e perdão queremos cantar glórias e louvor com o hino: LCI 73 – Ontem hoje e para sempre
Oração do Dia
Deus eterno, Senhor misericordioso. Louvado seja o teu nome. Assim como usaste João Batista para preparar o caminho de teu Filho Amado. Usa também a nós. Fala conosco para que possamos não somente ouvir, mas principalmente entender e praticar a Tua Palavra no viver diário. Cria em nossa comunidade o desejo de que através de nós, tu possas revelar a promessa de Cristo a todas as pessoas. Que a tua Palavra seja lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos. Oramos em nome de Jesus Cristo, teu Filho amado que contigo e o Espírito Santo vive e reina eternamente. Amém
Hino: LCI 149 – É como a chuva que lava
Leituras Bíblicas
Leitura do Antigo Testamento: Malaquias 3.1-4
Leitura do Novo Testamento: Atos 13.13-26
Leitura do Evangelho Lucas 1.57-67 (na pregação faço uso também do texto de Lc 3.1-20)
Pregação
É tempo de festas juninas e a mais popular é a Festa de São João. Em todos os lugares há festividades, com fogos, fogueira, doces, pipocas, pinhão, quentão, balões, bandeiras e danças. Mas o que é festejado? Parece que infelizmente o motivo principal da festa de São João foi esquecido. E você sabe qual é o significado desta festa?
O Dia de São João é comemorado, em 24 de junho para lembrar o dia em que nasceu João Batista, o profeta que preparou o caminho para o Salvador Jesus. A data cristã é celebrada em diversos países. No Brasil, o dia de São João é comemorado, de norte a sul, no formato de Festa Junina. O maior símbolo dessa comemoração é uma fogueira.
João nasceu no dia 24 de junho do ano 7 a.C, na Judeia, na cidade de Ain Karem, um pequeno vilarejo situado a oito quilômetros de Jerusalém. Seu pai era sacerdote e chamava-se Zacarias. Sua mãe, conhecida como Isabel, era prima de Maria, mãe de Jesus.
O casal nunca teve filhos. Estudos indicam que, além de idosa, Isabel era estéril. No entanto, um dia, o anjo Gabriel anunciou a Zacarias que eles teriam um filho e ele deveria se chamar João. O acontecimento foi considerado um milagre. (Lucas 1.57-66).
A tradição nos traz a informação de que antes do nascimento de João, Maria perguntou à sua prima Isabel como ela saberia do nascimento. Então Isabel disse que, nesse dia, ela acenderia uma grande fogueira para que, de longe, a prima soubesse que o bebê havia vindo ao mundo. Por esse motivo, a fogueira é o símbolo principal do Dia de São João.
O futuro profeta aprendeu a ler e a escrever com os seus pais. No final da sua adolescência, seu pai, Zacarias, morreu, e ele passou a sustentar a sua mãe. Quando ela morreu, a vida de João Batista tomou outro rumo.
Já adulto, João foi morar no deserto da Galileia com o objetivo de fazer pregações às margens do rio Jordão. Ele vivia uma vida precária, agasalhando-se com roupas feitas de peles de animais. Mesmo vivendo uma vida difícil, João era acompanhado por vários seguidores, que acreditavam em suas pregações.
Na sua fala, João pedia que as pessoas se arrependessem dos seus pecados. Para o completo arrependimento, ele as batizava nas águas do rio Jordão.
Em sua passagem pelo deserto, João passou a ser considerado profeta ou “homem enviado por Deus”. Foi no deserto que ele anunciou que Jesus seria o messias e que chegaria para salvar a humanidade. João Batista também batizou Jesus.
João é lembrado como o primeiro mártir da Igreja. Segundo o Novo Testamento, o profeta denunciou a vida adúltera do rei Herodes Antipas. O monarca havia se envolvido com sua ex-cunhada, Herodias.
Em uma festa, a filha de Herodias e sobrinha do rei, dançou para ele e os convidados, encantando-os. Embriagado, Antipas disse à moça que faria qualquer coisa que ela quisesse. A moça, incentivada pela mãe, pediu a cabeça de João Batista em uma bandeja. Antipas, gostava de conversar com João, via que ele era um homem justo e santo, entristeceu-se e não podendo voltar atrás na sua promessa, ordenou que os soldados fossem até a prisão onde estava preso João Batista, e trouxessem a sua cabeça em uma bandeja para a sua sobrinha que a levou até a sua mãe. O dia do martírio de João é lembrado em 29 de agosto.
João Batista é lembrado por ser pregador, mártir, justo e o último dos profetas.
Vamos refletir um pouco mais sobre o profeta João a partir do Evangelho de Lucas 3.1-20: (Fazer a leitura do texto)
No dia de São João a cristandade comemora o aniversário de João Batista, o escolhido por Deus para anunciar ao povo a chegada de Jesus Cristo. E João fez esse serviço do seguinte modo: Ele atacava e denunciava os abusos e as injustiças do povo e das autoridades, e pregava o arrependimento de todas as pessoas para receberem o perdão dos pecados. Ele dizia: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos céus… Já está posto o machado à raiz das árvores; (e) toda árvore que não produz fruto é cortada e lançada no fogo”(Mt 3.2,10). “E assim, com muitas exortações ele anunciava o evangelho ao povo” (Lucas 3.18).
Quem se arrependia dos pecados era batizado por João. Daí surge o seu sobrenome: Batista. João batizava no Rio Jordão todas as pessoas que se arrependiam e confessavam os seus pecados. João também batizou a Jesus Cristo. Isto mostra que seu batismo era importante.
Mas, nem todos aceitaram o testemunho de João. Os grandes e poderosos que não gostam que seus erros sejam apontados, resolveram que João Batista era um subversivo, e por ordem do rei Herodes ele acabou preso. Porque o serviço, para o qual Deus o havia escolhido, exigia que ele denunciasse todos os abusos cometidos na família, na sociedade e no governo,
Além de sua coragem pessoal, João Batista continua sendo importante para nós porque ele anunciou a vinda de Jesus Cristo. Ele apontou para Jesus, deu testemunho de Cristo e ele mesmo dizia: “Convém que Jesus cresça e que eu diminua” (João 3.30). João Batista se entendia como aquele que tinha a tarefa de pregar o caminho ao Senhor Jesus Cristo. Ele sabia que ele mesmo não era o mais importante, mas que a pessoa mais importante era aquela que viria depois dele, mas que já existia junto a Deus desde a eternidade, Jesus.
O ministério de João Batista foi caracterizado por um chamado ao arrependimento e perdão dos pecados. Para João, ser mais religioso era ter mais compromisso com as pessoas, praticando a justiça e a misericórdia. Muitas pessoas vinham de longe em busca de seus conselhos. Aquelas pessoas que aceitavam seus ensinamentos e se dispunham a essa mudança de vida, João pedia que recebessem o sinal do batismo nas águas do Rio Jordão. E a novidade da época era que antes do batismo a pessoa devia passar pelo arrependimento e por uma mudança de conduta ética.
João chama o povo a agir, viver como arrependidos e não simplesmente saírem por aí dizendo que tem por pai Abraão e se acomodarem nisso. Deus pode suscitar filhos a Abraão de qualquer lugar, até mesmo de uma pedra. Mas é preciso mais. É preciso viver como arrependidos. O compromisso do batismo deveria “dar bons frutos” em relação a outras pessoas.
As pessoas que procuram João perguntaram o que eles deveriam fazer. João pedia que dividissem, que partilhassem o que tinham. Mostra um evangelho social, de partilha.
João pedia que as pessoas não deixassem o seu trabalho, mas que deviam trabalhar pela salvação fazendo o trabalho que devia ser feito. Que se fosse um cobrador de impostos, que fosse um cobrador de impostos justo; que se fosse um soldado, que fosse um soldado cumpridor de seu dever. E para um funcionário do governo romano João Batista diz que deve agir com honestidade. Que bom seria se todos os nossos representantes públicos agissem com honestidade. Se eles não se deixassem levar pela corrupção. Nessa corrupção também nasce muita desigualdade, falta de assistência para a população.
Se fosse hoje, João diria que se você é um agricultor, motorista, político, doméstica, professor, pedreiro, pastor, que seja bom naquilo que faz e zele pelo cuidado e amor para com o seu próximo. Seja solidário.
O dever de cada pessoa é servir a Deus onde Deus o colocou. João estava convencido de que em nenhuma parte se pode servir melhor a Deus do que no trabalho diário.
Dessa forma devemos testemunhar a nossa fé, vivenciar a nossa fé onde vivemos e no que fazemos.
João estava seguro de que ele era somente o precursor do rei. Este rei ainda estava por vir, e viria com um juízo. No v. 17 fala: ‘Com a pá que tem na mão, ele vai separar o trigo da palha; ajuntará o trigo no seu depósito, porém queimará a palha no fogo que nunca se apaga’. Com a pá, naquela época, os grãos eram lançados para cima. Os grãos pesados caíam no chão e a palha voava e acontecia a separação. Assim como se separa a palha dos grãos, assim o rei separará aqueles que o seguem daqueles que não o seguem.
Mas, João Batista não é só para ficar na história e ser lembrado como uma pessoa corajosa e de importante testemunho e ensinamento. Pois, assim como Deus usou-se de João para “que os desobedientes voltem a andar no caminho direito. E conseguirá preparar o povo de Israel para a vinda do Senhor.” (Lc 1.17), assim Deus deseja contar conosco para servirmos de boas testemunhas, animando o povo na luta “contra os dominadores deste mundo tenebroso” (Ef 6.12), em favor daquilo que “é deveras digno e justo”.
Por tudo isso a festa de São João deve ser comemorada como ações de graças, pelo nascimento, pregação e missão deste grande profeta do Novo Testamento. Por isso nesta festa não deve faltar alegria, comida, fogo e dança, como também momentos, no qual se agradece a Deus pelo testemunho corajoso de João em favor do Reino de Deus. Só desta maneira pode-se resgatar o sentido real da festa junina em favor de uma festividade sadia. Amém.
Confissão de Fé
Hino: LCI 609 – Palavra não foi feita
Oração de Intercessão
Pai nosso
Avisos
Bênção
Envio
Hino: LCI 300 – Deus vos guarde