Em algum lugar existiu um lenhador que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parava tarde da noite. Esse lenhador tinha um filho lindo, de poucos meses; e uma raposa, sua amiga, a qual tratava como bicho de estimação de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa tomando conta do seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada. Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem; e, portanto; não era confiável. Quando ela sentisse fome, ela comeria a criança. O lenhador, sempre retrucando com os vizinhos, falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam:
– Lenhador abra os olhos! A raposa vai comer seu filho! Um dia, o lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários, ao chegar em casa, viu a raposa sorrindo como de sempre e sua boca totalmente ensanguentada… O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça da raposa… Ao entrar no quarto, desesperado, encontrou seu filho no berço, dormindo tranquilamente, e ao lado do berço uma cobra morta… O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos. Neste lugar nasceu uma linda arvore que jamais seria cortada…
Hoje em dia temos um sério problema em nossa sociedade que atinge também nossa vivência de fé: a falta de confiança. Falta-nos confiança nas pessoas, todos têm inveja, todos falam de nós, todos alvejam nossa vida com disparos de cobiça. Temos muita dificuldade de entender que as pessoas a nossa volta são apenas isso: pessoas a nossa volta. Ninguém é a encarnação do mal que veio para nos ferir. Por que confiamos tão pouco em nosso semelhante? Por que listar o que as pessoas a nossa volta podem fazer de mal? Seria bem mais gratificativo se listássemos o que os outros podem nos trazer de bom.
Um senhor de mais idade costumava me dizer: “Primeiro a confiança em Deus, o resto virá”. Como está a nossa confiança em Deus? Talvez a impressão de que outras pessoas querem o nosso mal esteja na falta de contato com o Pai de todos, sem contato com Deus, não podemos nos ver como irmãos. Pelo contrário, passamos a nos ver como inimigos. Outro benefício do contato com Deus é a certeza de sermos seus filhos, filhos do criador. Por que então ter medo de inveja, mau olhado, olho gordo, cobiça, se nosso Pai é maior? Não faz sentindo nos afastarmos do próximo por desconfianças infundadas. Na maioria dos casos perdemos a confiança em outras pessoas pelo que ouvimos dizer delas. Frase muito conhecida: “Você sabe o que o fulano disse de você?” Pronto, a confiança foi embora. Muitas pessoas estão longe de nós neste momento por culpa nossa, por que desconfiamos delas sem nem as conhecermos, por causa de um “disse que me disse”.
Da falta de confiança em Deus e no próximo surge um fenômeno muito comum nos dias de hoje. A falta de confiança em si mesmo. Muitas pessoas julgam não serem capazes de atividades no dia a dia por não conseguirem confiar em suas capacidades. O caminho para a recuperação passa pela confiança em Deus e no próximo, assim é possível, de novo, confiar em si próprio. Pense nisso e, se você confia em alguém, não se importe tanto com o que os outros dizem. Siga sempre seu caminho, confie em Deus e não se deixe influenciar, não vale a pena.
Oremos: Senhor, meu Pai, eu confio em Ti e em Tua proteção para minha vida. Concede, amado Deus, que eu possa ver no dia-a-dia tua bondade e presença ao meu lado. Dá também que eu enxergue irmãos e irmãs nas pessoas próximas a mim. Senhor, confiando em Ti eu não temo o mal, tenho paz e vivo feliz. Amém.