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“Voz do que clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
E toda carne verá a salvação de Deus.” (Lucas 3.4,6)

O que pode vir de um deserto? Será que pode sair algo de bom de um deserto?
Deserto: lugar árido, seco, sem vida! Lugar de abandono e sofrimento! Lugar do nada, do vazio, da abstinência, da renúncia!
Mas, ao mesmo tempo, o deserto torna-se um lugar de reflexão, avaliação e preparação.
Lembramos o povo de Israel que trilhou 40 anos pelo deserto até chegar à terra prometida. Durante este período o povo teve muito tempo para repensar e reiniciar sua vida com Deus de uma forma diferente.
Aqui João Batista é aquele que vem do deserto, após 40 dias de abstinência e preparação. Só depois dessa experiência é que ele está preparado para a nobre missão: preparar o caminho para o Salvador!
João, partindo de uma palavra de Isaías, fala de um novo caminho, de uma preparação. É preciso rever as atitudes, avaliar a vida e recomeçar!

É preciso preparar o caminho! Este que, muitas vezes, está cheio de buracos, pedras, encruzilhadas, subidas, curvas e muitas surpresas!
É preciso abrir um caminho! Retirar o que se torna empecilho!
Tudo isto porque a Salvação está próxima.
Deus quer oferecer uma nova chance, um novo começo para a humanidade! Ele faz uma nova Aliança!
Ele é um Deus que desce, que se torna gente, criança! Um Deus que deixa o trono celestial para nascer numa humilde estrebaria em Belém.
Deus usa o caminho contrário do que o mundo costuma pregar.
O mundo procura alcançar a felicidade através da força e do poder!
Deus age através do amor. Este é o maior poder, capaz de transformar a humanidade!
Um poder que se torna forte na fraqueza e na fragilidade! Ainda hoje Ele age nos desertos de nossa vida.
Diante desse tão grande gesto de amor de nosso Deus, torna-se necessário uma atitude constante de avaliação de nossa caminhada, de nossas atitudes, de nossa maneira de ser e de agir com o nosso próximo!

“Natal é tempo de rever,
da gente amar e renascer,
Natal é tempo de pensar,
em Deus que só quer salvar!”
(Música de Acácio Santana)

Pa. Neiva Maria Barg