(……) e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8.32 Vivemos num tempo estranho. Dizem que certezas não existem mais. Tudo a nossa volta se torna relativo. O que parece não é, o que é não parece ser. Estamos afundados em informações, em “verdades”. Firmamo-nos nisso como se estivéssemos pisando em chão firme. Porém, logo nos frustramos ao percebermos que nem tudo corresponde aquilo que foi dito, exibido, postado ou escrito. Submergimos na areia movediça do engano. Vamos nos acostumando com um cenário ilusório. Aos poucos, o fundo lamacento da mentira passa a ser o chão da “verdade que muitos pisam.
Diante disso, em que podemos ainda nos firmar? Um hino do cancioneiro da PPL – “O Povo Canta” – pode nos ajudar:
/: A Verdade vos libertará, libertará :/
Não temais os que matam o corpo, Não temais os que armam ciladas.
Não temais os que vos caluniam, Nem aqueles que portam espadas.
Não temais os que tudo deturpam, Pra não ver a justiça vencer
/: Tende medo somente do medo de quem mente pra sobreviver. :/.
A verdade para nós cristãos tem nome. Ela se chama Jesus Cristo. E diante de toda a enxurrada de informações, temos sempre que nos perguntar: o que revela a Cristo? E isto, não apenas na Bíblia, mas também em meio a vivência da fé no cotidiano. Entretanto, somos rápidos no julgar e vagarosos em reconhecer nossos erros. Criticamos com a velocidade da lebre e pedimos desculpas com a lerdeza da tartaruga. Cercamo-nos de “certezas que fazem parte do senso comum e caímos na vala da ignorância.
Nem tudo o que reluz é ouro (…). Por isso, as verdades que nos são vendidas tem que passar pela peneira da fé. Precisamos nos perguntar: se o que vemos, ouvimos e percebemos confere com a realidade e com o que cremos. Ou então, se é mais um dos subterfúgios ideológicos para fazer parecer coerente o que é enganoso; escravizando mentes e corações. Deixemos que a verdade nos liberte para que o brilho deste mundo não nos confunda. Nesse sentido, a fé nos fará permanecer em pé diante das armadilhas daquele que é o pai da mentira (cf. Jo 8.44).