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Luis Henrique Sievers assume em 2023 como Pastor Sinodal. Ele fica no lugar de Gilciney Tetzner, que esteve na função por oito anos. Sievers estará à frente da regional Sínodo Vale do Taquari, que reúne 15 paróquias e cerca de 33 mil membros da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).


Quais suas origens e como foi a iniciação na igreja?
Sou catarinense, nascido na cidade de Rio do Sul, de mãe católica e pai evangélico, uma raridade para a época. Minha participação nos cultos, meu envolvimento com a juventude e com as crianças do culto infantil chamou a atenção. Ao final do, hoje, Ensino Médio, o pastor Kjell Nordstokke, e algumas lideranças do grupo de mulheres sugeriram que eu fosse estudar teologia em São Leopoldo/RS. Depois de muito pensar, optei pelo curso, mesmo sendo longe de casa.

Qual a inspiração para se tornar pastor?
Minha mãe diz que, desde criança eu já brincava de ser “padle” (padre). Na juventude, desenvolvi a sensibilidade pelo sofrimento das outras pessoas. Nossa própria realidade, pai chapeador e mãe doméstica, com sete filhos, não deixava muita margem de sobrevivência digna. Carrego comigo o sentimento de querer ajudar as pessoas nas suas aflições, sejam elas materiais ou espirituais.

Em quais comunidades já trabalhou e como surgiu a indicação para assumir na função de pastor sinodal?
Depois de formado academicamente, a igreja me enviou, ainda solteiro, para a Paróquia dos Migrantes, em Cacoal, Rondônia. Em dezembro do mesmo ano, voltei ao RS para casar, em Ivoti, com Sueli Koch Sievers, professora de português e literatura. Quatro anos depois, fui eleito Pastor Distrital do Distrito Eclesiástico Regional Noroeste. Fiquei responsável de acompanhar e supervisionar os trabalhos das comunidades e paróquias de uma grande região amazônica. Também tive experiência na Alemanha e em janeiro de 2010, chegamos com nossa mudança em Lajeado.

O que representa esse novo ciclo em sua vida?
Nossa vida pessoal e profissional nos proporciona desafios sempre novos. Ser eleito Pastor Sinodal do Vale do Taquari significa atender a um chamado para servir com os dons que Deus me deu. Não poderia ser de outra forma visto que nosso Senhor declarou que não veio para ser servido, mas para servir e resgatar muita gente.

Qual a percepção sobre o Vale do Taquari?
Estamos em uma região com muitas possibilidades em quase em todas as áreas. O futuro é promissor. É tarefa de todos nós cuidar para que todos os seus habitantes possam usufruir dos frutos das riquezas locais, promovendo vida digna. Em 2024, vamos comemorar os 200 anos de presença luterana no Brasil. Estamos nos preparando para, também no nosso Sínodo Vale do Taquari, olhar para o passado com gratidão e para o futuro com esperança.

Quais as prioridades para o trabalho a partir de 2023?
As prioridades são definidas de forma coletiva. Na última assembleia ficou definido que é nossa tarefa despertar a consciência missionária e motivar as pessoas para a missão de anunciar o Evangelho de Jesus em palavras e ações.


Fonte: Felipe Neitzke – Rádio e Jornal A Hora