08/11/2015- 24º Domingo após Pentecostes
Pregação: 1ª Reis 17.8-16; Leituras: Mc 12.38-44; Hb 9. 24-28
P. Deolindo Feltz – Cuiabá – MT
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
Bom dia/Boa Noite!
Assim nos diz o Salmista: “Felizes são os que moram na tua casa, sempre cantando louvores a ti…É melhor passar um dia no teu Templo do que mil dias em qualquer outro lugar. Eu gostaria de ficar mais no portão da entrada da casa de Deus do que morar na casa dos maus”. (Sl 84.4,11)
Que essa alegria e vontade do Salmista também permeie o coração de todos nós aqui presentes. Não há dúvida de que estar no Templo, na casa de Deus, é estar num lugar muito especial e melhor do que em qualquer outro lugar. Por isso, que bom que todos vocês vieram! Sejam muito bem vindos.
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CANTO DE ENTRADA
Nº 328 – HPD II – Um só rebanho
SAUDAÇÃO
(Podem ser lidas as senhas para o dia ou mesmo o versículo a seguir)
Em Joel 2. 32 está escrito: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. É nesta esperança que invocamos a presença do Trino Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
CANTOS DE INVOCAÇÃO
Nº 321 – HPD II – Vento que anima
CONFISSÃO DE PECADOS
Em provérbios 28. 13 está escrito: “Quem tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida, mas Deus tem misericórdia de quem confessa os seus pecados e os abandona”.
Assim, convido para confessarmos os nossos pecados a Deus, buscando sua misericórdia e seu perdão. As palavras do Salmo 51. 1-12 foram importantes na vida do Rei Davi. São palavras de uma confissão que ele mesmo fez há muito tempo atrás por causa de um grande erro. Elas causaram efeito na vida de Davi, trouxeram mudanças, e houve compromisso com Deus. Com esse mesmo intuito, o de se arrepender, de receber perdão, e de se comprometer, queremos nós também proferir, em conjunto, estas palavras do Salmo 51. 1-12 como sendo a nossa confissão de pecados.
Confessai e dizei comigo: Por causa do teu amor, ó Deus, tem misericórdia de mim…(NVLH)
ANÚNCIO DO PERDÃO
Um pastor recém-chegado na paróquia estava indo realizar o primeiro culto numa das comunidades. Nesta comunidade havia uma mulher muito religiosa. Dizia ela que Deus a amava muito e lhe respondia tudo o que ela perguntava.
O pastor ouviu esta história e foi tirar a limpo. Ainda antes de o culto iniciar ele perguntou: É verdade que Deus lhe conta tudo o que deseja saber? Ela disse: Sim! É verdade pastor! Deus me conta tudo o que eu peço a Ele. Muito bem! Disse o pastor. Agora, para eu poder acreditar mesmo nesta história vou lhe pedir para perguntar pra Deus qual o grande pecado que eu cometi quando era ainda estudante de teologia? Eu já confessei este pecado pra Deus, me arrependi dele, mas desejo que a senhora pergunte qual era o pecado. Depois do culto, se a senhora me responder, eu vou acreditar.
Terminado o culto, o pastor veio até essa senhora e perguntou: E então? Deus lhe contou sobre o meu pecado? Ele se comunicou com a senhora? E ela respondeu: Sim! Deus falou comigo! E o que ele disse? Perguntou o pastor. Ele disse o seguinte: Desde o início do culto, quando eu perguntei pra Ele sobre esse seu pecado Ele disse que tentou se lembrar, mas não conseguiu.
“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro mais”.(Isaías 43.25)
Palavras de perdão e graça!
KYRIE
Nossa mente, nosso coração, nossas palavras, nossos pensamentos e nossos sentimentos devem estar voltados para além daquilo e daqueles que estão à nossa volta. O mundo distante também geme e sofre por causa de suas dores. Estando distantes, muitas dessas dores, nós, com nossas próprias mãos, não podemos aliviar… mas Deus pode. A nós cabe clamar a Deus para que Ele mesmo olhe por estas dores e as alivie. Assim, como comunidade cristã, clamamos a Deus cantando:
Canção: Pelas dores deste mundo, ó Senhor!
GLÓRIA IN EXCELSIS
Mesmo diante de um mundo que passa por muitas dores não deixa de ser um mundo onde momentos, ações e situações boas também acontecem. Acima de tudo Deus é um Deus de amor, de compaixão, de ajuda. Por mais que às vezes O sentimos distante, Deus não se esqueceu deste mundo e continua mandando seus bons sinais na terra e na nossa vida. É bem por isso que podemos e devemos, além de clamar, dar glórias a Deus. Façamos isso cantando:
Canção: Bendirei ao Senhor em todo tempo!
ORAÇÃO DO DIA
Bondoso Deus! Aqui estamos mais uma vez! Parte de tua grande família, parte de teu povo vem a esta Tua casa para se reunir contigo! Aqui estamos para experimentar de novo um momento especial de paz, de conforto, de ensinamento, de comunhão; momentos esses que o mundo lá fora não consegue nos oferecer! Sabemos que é melhor estar aqui do em qualquer outro lugar. Por isso, Deus, obrigado por teres nos trazido. Encha nosso coração com os teus ensinamentos, preencha nosso ser com teu Santo Espírito, nos ensine a andar nos teus caminhos! Que estes poucos minutos que a ti dedicamos possam ser um momento especial pra nossa vida e também para Ti. É a nossa sincera oração, em nome do Teu Filho Amado. Amém!
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Hebreus 9. 24-28
Aclamar o Evangelho cantando Aleluia
2ª Leitura Bíblica: Marcos 12. 38-44
CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
Nº 379 – HPD II – Pronto para ouvir
PREGAÇÃO
Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos/as nós.
O texto bíblico previsto para este momento de pregação encontra-se em 1ª Reis 17. 8-16. Ele conta a história de um profeta chamado Elias que foi enviado por Deus para se abrigar e se alimentar na casa de uma pobre viúva, moradora de uma pequena cidade chamada Sarepta. Vejamos o que aconteceu.
Ler o texto de 1ª Reis 17. 8-16.
Para nos situar um pouco na história, o texto que acabamos de ouvir encontra-se dentro do Livro dos Reis que, em nossa Bíblia, são divididos em dois livros: 1ª Reis e 2ª Reis. O nome destes livros já diz tudo sobre o conteúdo deles. Eles contam, especialmente, a história de pessoas que reinaram em Israel por algo em torno de quatrocentos anos, desde a morte do grande rei Davi até o exílio babilônico.
Neste tempo, houve muitas conquistas, muitas construções, muitas riquezas acumuladas pelos reis de Israel. Por outro lado, foi um tempo de muita decepção para Deus. Os avanços trouxeram consigo religiosidade de povos conquistados, e a idolatria ganhou espaço na vida do povo israelita. Um exemplo disso é o próprio rei Salomão que, com seus setecentos casamentos com estrangeiras, cujo pano de fundo era juntar riquezas, fazer aliados, obter força, permitiu que muitas espécies de divindades estrangeiras também adentrassem em Israel.
Além de Salomão, outros reis também pecaram nesta mesma direção. A decepção de Deus com relação ao seu único povo e os seus líderes O fizeram distanciar-se deles, ao ponto de até mesmo permitir que a nação israelita se dividisse em dois reinos, dois reis, duas nações: o Reino de Judá, ao Sul, onde ficava o Templo de Jerusalém, a Casa de Deus; e o Reino de Israel, ao Norte. Um povo único e fiel, que era sonho de Deus, estava agora dividido, idolatrando e travando lutas entre si mesmo.
Com esta separação os israelitas do Reino do Norte estavam proibidos de irem até o Templo de Deus, em Jerusalém, no Reino do Sul, para adorarem a Deus e ouvirem os seus ensinamentos. Isso resultou num grande vazio espiritual nestes israelitas, que acabaram se entregando de vez à idolatria.
Assim, neste Reino do Norte, vazios espiritualmente, reis continuaram decepcionando Deus. Mas, quem conseguiu o título de pior deles foi o rei Acabe. Ele se casou com Jezabel, uma mulher que não era israelita. Era filha de um rei da Fenícia, sacerdotisa e fiel adoradora de um deus chamado Baal, uma espécie de deus da tempestade, dos poderes da natureza, onde em cultos havia mutilação e sacrifício de crianças. E, uma vez casando-se com ela, Acabe autoriza a adoração deste deus Baal no Reino do Norte, constrói para ele um templo e um altar, e torna o seu culto oficial.
Nesse contexto, onde o rei e rainha são idólatras, onde os súditos estão confusos e proibidos de adorarem ao Deus Verdadeiro em Jerusalém, surge Elias, um profeta escolhido e enviado por Deus para ser seu porta-voz e mensageiro. A presença de Elias neste contexto crítico em termos de espiritualidade significava a misericórdia de Deus por estas pessoas sem vez, sem voz e sem rumo.
Quanto à pessoa de Elias pouco se sabe. Uma única informação é que ele era de Tisbé, uma cidadezinha que logo depois ficou desabitada. No entanto, foi enviado por Deus para desafiar este deus Baal, o “deus que faz chover”, dizendo ao rei Acabe que, em nome do Senhor Verdadeiro, durante os próximos anos, não irá chover, até que ele mesmo diga que irá chover novamente.
Uma vez que depois desse encontro entre Elias e Acabe parou de chover, começou a vir uma seca e nada mais se conseguia produzir, Elias foi considerado perturbador de Israel, e começou a ser perseguido por Acabe e, principalmente, por sua esposa Jezabel.
Por estar correndo risco de vida, Deus disse a Elias para que se refugiasse longe dali, à beira de um pequeno riacho para ter água para beber, e prometeu que ali também seria providenciado por corvos comida todos os dias de manhã e de tarde.
Porém, com o tempo e com a seca na região, este riacho também secou. Ele precisava de um novo local para poder sobreviver e poder se proteger dos soldados da rainha Jezabel. E o que acontece com Elias a partir daí é o que acabamos de ouvir no texto previsto.
Como ouvimos, Elias, a pedido de Deus, sai da beira daquele riacho onde estava escondido e caminha 150 km até chegar a uma cidade estrangeira, chamada Sarepta. Sarepta pertencia à Fenícia, e ficava fora dos limites das terras dos israelitas algo em torno de 35 Km. Quem governava essa região era o próprio pai da rainha Jezabel. A lógica seria abrigar Elias em qualquer outro lugar, menos ali. Por outro lado, a lógica também aponta para o fato de que, para os guardas da rainha, Elias poderia estar em qualquer outro lugar, menos ali.
Quando Elias chega a Sarepta encontra sua anfitriã numa situação pior que a sua. Ela estava catando alguns gravetos para acender o fogo e comer pela última vez e morrer de fome. Mesmo assim, Elias pede água, pede pão, insiste para que o pão dele seja feito primeiro, e a viúva, indo contra qualquer tipo de lógica, confiando apenas na sua promessa de não faltar azeite e farinha em sua casa, fez o que ele pediu. O resultado da hospitalidade desta mulher, da sua disponibilidade de partilhar o pouco que tinha, e da fé de que Deus iria prover o sustento, foi o cumprimento da promessa de Elias: “Não acabará a farinha da sua tigela, nem faltará azeite no seu jarro até o dia em que eu, o Senhor, fizer cair chuva”.
Estimada comunidade!
Até aqui um pouco de história. Mas, uma história com alguns ensinamentos bem importantes para nós hoje. Podemos destacar pelos menos cinco de muitos possíveis:
1º – Israel teve reis poderosos, sábios, estrategistas, fortes, ricos, mas não eram muito fiéis a Deus. O resultado de idolatria e infidelidade destes homens poderosos foi o distanciamento de Deus e a queda de tudo. Para nós também vale a dica: Não importa quem nós somos, não importa o que fazemos, não importa o que temos… não ser fiel a Deus significa cair.
2º – Muitas conquistas dos reis de Israel abriram brechas para algumas coisas erradas que desagradaram a Deus. Junto com o sucesso vieram sementes da desgraça. Com relação as nossas conquistas pessoais, familiares e comunitárias, estamos deixando algumas brechas para coisas erradas? Estamos trazendo junto com nosso sucesso sementes que podem nos fazer cair, cedo ou tarde?
3º – A viúva da história está numa terra estrangeira, não faz parte do povo de Israel, sofre com a seca, é pobre, passa por muitas dificuldades, mas mesmo assim é fiel e confia no Deus verdadeiro. De certa forma, esta viúva nos ensina que o lugar, ou mesmo situação em que estamos passando não é desculpa para confiar em qualquer outra coisa a não ser em Deus.
4º – A viúva pobre, quando dividiu o seu pão com Elias, trocou o certo pelo duvidoso, acreditou naquilo que parecia impossível, se desprendeu do pouco que tinha em nome daquilo que ele havia lhe prometido, foi contra a lógica. E ela fez tudo isso simplesmente pela fé. Você faria o mesmo?
5º – Por último, olhando para a viúva podemos concluir que por pior que seja a situação de alguém, ainda assim é possível acolher e partilhar. E, uma vez feito na perspectiva da fé, esse acolher e partilhar, com certeza, se transforma em bênção.
Que assim seja. Amém!
CONFISSÃO DE FÉ
O Credo Apostólico resume o que nós acreditamos. Ele, na verdade, fala onde está depositada a nossa fé. Por isso que se chama confissão de fé. É o que Deus nos ensina. Não são palavras vazias. É a resposta a todo mundo sobre o que eu creio. Por isso confessemos a nossa fé com estas palavras:
Creio em Deus Pai, …
CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
Canção: Sabes Senhor! O que temos é tão pouco pra dar!
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Obs: Deixar as pessoas falarem de suas necessidades, de seus agradecimentos, enfim, dos motivos que elas querem mencionar na oração de intercessão. É importante isso ser feito em voz alta para que as pessoas saibam do que e de quem se trata. Entende-se que o fato de mencionarem isto em culto já é oração diante de Deus e uma forma de informar os demais membros sobre a situação que experimenta aquela pessoa ou família. Após falarem, disponha de 30 segundos de silêncio na perspectiva de que nesse tempo as pessoas coloquem diante de Deus aquilo que não foi mencionado. Depois deste tempo, segue com a oração:
Senhor nosso Deus! Em voz alta e em silêncio ouviste de cada um de nós aqui presentes aquilo que está em nosso coração. Não temos dúvidas de que ouviste a cada um, pois Tu estás em tudo e em todos. Além disso, sabes da nossa vida, do que temos em nossa mente, em nosso coração, antes mesmo de falarmos. É isso que esperamos de ti ò Deus: olhe por cada situação que foi lembrada, falada, pensada, olhe para cada um de nós em nossa vida, olhe nossas famílias, nosso líderes, nossa Igreja, nosso país. Olhe não com olhar de julgo, mas de amor, de carinho, de atenção, de ajuda. Senhor! Toda a nossa vida está em suas mãos, aliás, tudo está em suas mãos. Use-nos para que nesta vida sejamos instrumentos de paz e amor. Ajude-nos sempre a sermos fiéis a ti, nos ajude a não deixarmos brechas para sementes do mal, nos ajude a não darmos desculpas diante de nossa situação, por pior que seja, nos ajude a acreditarmos no que parece impossível, nos ajude a sempre acolhermos e partilharmos. Pai amado! Estamos chegando ao final deste encontro contigo. Da mesma forma que nos trouxe até aqui nos leve de volta para nossa casa. É o que está em nosso coração. Por fim, oremos como teu filho nos ensinou…
PAI NOSSO
Pai nosso …
LITURGIA DE DESPEDIDA
AVISOS
BÊNÇÃO
Que o Senhor esteja à vossa frente para vos guiar;
Que Ele esteja atrás de vós para vos proteger;
Que Ele esteja ao vosso lado para caminhar convosco;
Que Ele esteja embaixo de vós para não vos deixar cair;
Que Ele esteja dentro de vós para vos consolar;
Que Ele esteja acima de vós para com tua poderosa mão vos abençoar.
Portanto, que o Senhor vos abençoe! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
ENVIO
Que a paz de Deus que excede todo o nosso conhecimento e entendimento nos guarde para uma viva esperança. Ide na paz do Senhor.
CANTO FINAL
Nº 474 – HPD – Ontem, hoje e sempre